ISENTO DE ERROS 34 e ADMINISTRAÇÃO 68 – Quando dizem que irão fazer turnos para apertar o botão, Charlie responde bem debochado: “Turnos? Pra apertar um botão?” Mais uma vez os produtores mostram que não estão escrevendo bobagens em uma série. Realmente não faz sentido organizarem turnos para apertar um botão, por isso eles colocam algum personagem para debochar sobre isso (e tinha que ser logo Charlie). Leiam o Isento de Erros 32 novamente que perceberão que não seria tão absurdo assim ficar fazendo algo tão surreal. Quanto à Administração, vemos também as pessoas se organizando em turnos para praticarem uma função, ou seja, eles estavam criando um trabalho e que todos ajudariam.
ADMINISTRAÇÃO 69 – NINGUÉM GOSTA DE MUDANÇA Preocupado por estar cuidando da comida e achando que vai ter problemas com as pessoas pelo fato de proibir de que peguem algo sem autorização dele, Hugo diz que tudo vai mudar. John responde que mudança é bom. Hugo retruca: “Sabe... as pessoas dizem isso, mas não é verdade, cara!”. Esse episódio é uma verdadeira aula de administração. Toda empresa deve estar sujeito à mudanças se quiser manter movimentação, fluxo de clientes ou mesmo chamar a atenção pelos atrativos e design, porém, sabemos que ninguém gosta de mudança, e como lembrou bem Hugo, as pessoas dizem que mudança é bom, mas quando a tal acontece com as próprias pessoas com certeza elas não vão gostar.
SOCIOLOGIA 105 – UMA QUESTÃO DE NATURALIDADE Essa é curiosa. Enquanto estão no buraco, Ana Lucia pergunta a James porque ele está com uma arma e este responde: “Porque sou sortudo.” Sabemos que Ana foi colocada ali para espionar o trio e os três disseram que estavam no voo 815. É claro que Ana não acreditaria devido o pânico que passaram nos primeiros dias com a invasão dos "Outros", mas vemos três fatores que fizeram convencer Ana, mesmo desconfiada: 1) Jin falando outro idioma e em nenhum momento demonstrou que James e Michael entendiam 100%, ou seja, tendo nativos na ilha todos se entenderiam enquanto que em um avião pode haver pessoas de línguas diferentes. 2) Michael desesperado na busca do filho. Tanto o caso de Jin como o de Michael, Ana perceberia a reação do pai em desespero na procura do filho, como também a cara de “oqueestecaratáfalando” de Michael e James fariam a respeito de Jin. 3) Talvez esse terceiro ponto tenha sido a "carta de soltura" do trio, quando James disse “porque sou sortudo”. Como assim? Observem: quem mente procura convencer na mentira dando explicações e quem fala a verdade não quer dar satisfação por achar que não precisa e por estar tão consternado na desconfiança dos outros. Claro que isso não é via de regra, pois o contrário pode acontecer também, bem como quem estiver lendo isso começar agir com a dica para enganar os outros, não querendo dar satisfação de nada, até porque, quem também procura nada falar pode indicar também que está se esquivando da verdade. Pessoas muito observadoras percebem as coisas com mais facilidade. (VER: Psicologia 13, Episódio 11) e a autenticidade dos 3 casos acima ajudaram Ana-Lucia na confiança. Temos que lembrar que o excelente Ben (Henry Gale) com seus jogos psicológicos falou demais dando muitas explicações quando se passava por Henry Gale. Ele teria enganado a todos se Sayid não tivesse cavado o local onde o suposto Henry disse ter enterrado a suposta mulher e achado a identidade do verdadeiro Gale, ou seja, explicações demais o entregaram. Outro fator na resposta de James para convencer Ana-Lucia: quando ele não quis dar satisfação de como pegou a arma e a sua forma grosseira de responder, que um dia acabaria o ajudando (esse dia). Ana sabe como os misteriosos "Outros" agem, o que não condizia com o jeito “grosseirão” de James. E por último, analisem bem o que ele falou. Se ele disse sortudo é porque teve sorte em ter pegado a arma em algum lugar, como no avião, por exemplo, ou quem sabe até pego dos "Outros". Dizendo isso ele deixou claro que não era dele, mas que veio parar em suas mãos, por isso, Ana se convenceu mais. A sociologia entra nessa cena pelo fato de existir pessoas com temperamento complicado, mas que são transparentes demais em usar atitudes a tal ponto de convencerem os outros quando dizem algo pelo simples fato de serem transparentes demais.
ADMINISTRAÇÃO 70 – ESTÁ ACHANDO RUIM SUA FUNÇÃO? QUER TROCAR??? John diz a Hugo: “Todo mundo tem uma função. A minha é de convencer as pessoas a apertar o botão a cada 108 minutos sem eles saberem pra que e por que. Quer trocar?”. Assim como no comentário de Administração anterior, aqui mostra como as pessoas se queixam da função que tem e falam bem da dos outros, não que seja esse o caso de Hugo, mas falar em trocar de função é conveniente aqui. É tendência nossa reclamar de nossas funções, mas em contrapartida, como dito antes, ninguém gosta de mudança, portanto, para que reclamar? Cada um tem sua função e no momento em que troca se queixa. Imagine se você dirige um time de futebol com a defesa ruim e põe seu melhor atacante para fortalecer a zaga. Você acaba perdendo um bom atacante e ganhando um péssimo zagueiro. A função de John era somente convencer e não era cansativo? Imagine tentar convencer alguém a fazer algo que nem o mandante sabe o que vai acontecer se o mandado deixar de fazer sua função? Não era cansativo para John fisicamente, mas era psicologicamente. Também foi uma forma da série evitar que nós, telespectadores, criticassem essa coisa de apertar um botão. O próprio Locke diz que tem que convencê-los a fazer algo tão sem lógica.
ADMINISTRAÇÃO 71 – ESPERAR O CAVALO IDEAL PARA MONTAR? John diz a Hugo que teve muitos trabalhos que não queria fazer, mas mesmo assim fez, complementando que Hurley não pode se demitir. Há muitas pessoas que têm um trabalho que não gosta, mas que as necessidades do dia-a-dia fazem com que busquem tal trabalho. Na grande maioria das vezes, os trabalhadores estão em algum lugar não por escolha, mas por necessidade, assim também como os estudantes universitários que escolhem um curso não por opção, mas pelo fato de não poder ir para outras cidades cursar aquilo que tem vontade, daí, acabam optando pelos cursos mais próximos ou pelo fato de uma universidade não ser estadual e ter de pagar uma mensalidade cara, então, acabam escolhendo as estaduais mesmo. Em outras palavras, na luta pela sobrevivência, temos que estar com a sela preparada para o primeiro cavalo que aparecer em nossa frente, pois se for esperar o cavalo certo, é bem capaz de não acharmos.
ADMINISTRAÇÃO 72 e SOCIOLOGIA 106 – MUITO DINHEIRO CORROMPE A ÍNDOLE DAS PESSOAS Hugo reclama com Rose: “Estávamos muito bem antes de termos batatas fritas... por que você deu o xampu pra Kate? Por que eu não ganhei manteiga de amendoim? Por que o Hugo tem tudo? Por que ele tem que decidir?”. Vemos um caso complicado em se tratando de pessoas que tem mais posses do que outras ou principalmente que pouco tinha e que quando adquirem mais coisas, causam desconforto nos outros (para não dizer inveja). Como sabemos que Hugo ganhou na loteria, o que ele falou é a pura verdade. Quando ganhamos um prêmio cobiçado, tudo o que é parente distante aparece. Quanto às pessoas mais próximas que temos intenção de ajudar em algo, poderá causar duas situações: uma é quando o próprio presenteado questiona ter ganhado somente o que ganhou (é o caso de Hugo). Além de demonstrar ingratidão, o presenteado não deveria ter a obrigação de ganhar nada. Outra situação é quando um parente ganha algo e outro ganha algo que julga melhor ou pior do que o primeiro, aí começa a haver conflito em família. Há outros casos em que o que ganhou decide tudo o que fazer, podendo haver discordâncias entre as pessoas, como disse Hugo: “Por que ele tem que decidir tudo?”. Será que não seria melhor nem ter ganhado o prêmio? Ou, se ganhou, o sortudo tem que saber muito bem como administrar o prêmio. Muitos compram imóveis, outras fazem viagens... não importa como use o dinheiro, mas deve se lembrar que este dinheiro um dia acaba, pois por mais que seja muito, tem limite. Mesmo que não haja conflitos entre pessoas, ganha-se e perde-se amigos por conta de muito dinheiro. Logo após ter ganhado na loteria, Hugo estava andando com seu amigo Johnny e ele disse: "Promete que você e eu vamos ser sempre os mesmos?". Hugo falava isso por temer perder o único amigo que tinha, tanto pelo fato de ele se tornar um "superamigo" por conveniência, como principalmente por perder a amizade dele, já que Hurley não havia dito que tinha ganho na loteria, fazendo perder a confiança do amigo. Se bem que, existem pessoas que, acreditem, não iriam gostar de saber que seu melhor amigo se tornou milionário. A possibilidade de ele ter outros "amigos" e de se tornar uma pessoa nada confiável é considerável, já que muito dinheiro corrompe a índole de alguém. Quem quiser conselho, dou dois bons: depositar em um banco e usar os juros, o que não é muito interessante, ou o melhor: fazer uma boa pesquisa de campo e analisar em todos os sentidos para montar um negócio onde possa fazer com que esse dinheiro fique sempre circulando e se multiplicando, trazendo um bom retorno, ou seja, você fez com que o poço com fundo se tornasse sem fundo.
ADMINISTRAÇÃO 73 – DESCOBRINDO SEU PODER DE TOMAR DECISÕES. TER ATITUDE. Continuando o comentário anterior, Hugo (Hurley) vai até Jack para decidir o que fazer com a comida: “Olha, você me encarregou disso e é assim que vamos fazer, tá bom?”. Essa cena é muito interessante em se tratando de tomar decisões. Todos seguiam as ordens de Jack, e como o médico encarregou Hugo de cuidar da comida, o gordão achou que deveria somente cuidar e mais nada. Hurley sentiu o peso antes mesmo de começar a função, pelo fato de já imaginar problemas que causaria com as pessoas. Então, como ele ficou encarregado, percebeu o poder que tinha em suas mãos e decidiu distribuir a comida, achando que não era o que Jack queria, mesmo assim fez para evitar conflito com as pessoas. Se levarmos isso para as empresas, veremos que é de pessoas assim que elas querem, pessoas que tomem suas atitudes independente da opinião dos gerentes da empresa, contanto, claro, que seja para benefício da mesma. Quando Hugo foi até Jack, ele disse sua decisão com raiva, porém, não esperava a resposta de Jack, confirmando positivamente com a decisão. Hugo relaxou a partir dali, pois assim como Locke, Jack o deixou decidir o que fazer e descobrir sozinho que tem o poder de tomar decisões ali também.
PSICOLOGIA 76 – USANDO AS PALAVRAS CERTAS Quando você está decidido a fazer algo, nem alguém que seja bom em trabalhar com o psicológico dos outros (como já comentei antes a respeito de alguns personagens: John e Ben), consegue usar de seu estratagema psicológico para convencê-lo. Por outro lado, quando se usa a psicologia no momento certo, ou melhor dizendo, nem precisa de psicologia, mas de usar as palavras certas no momento certo, você pode ser convencido de não fazer o que se pretendia. John Locke, com seu famoso "poder de persuasão", não convenceu Hugo a cuidar da comida. "Hurley" estava decidido a explodir a comida da escotilha, Entretanto, Rose, com suas palavras doces e usadas no momento certo, conseguiu convencer Hugo de não fazer o que queria: explodir. Isso mostra como uma boa conversa no momento certo é capaz de provocar mudanças.
Obs.: O Curiosidade abaixo não está errado. É de fato o1045. Isso porque quando revi este episódio pela vigésima, trigésima ou sei lá qual vez em janeiro de 2021 no canal SYFY, observei um erro de tomada de cena que sequer o site da série, o Lostpedia, observou. Não mexi nas enumerações. E é o 1045 porque nesta data eu estava revisando erros no Blog, por isso não continua após o fim do Blog e sim durante a época de revisão.
CURIOSIDADE 1045 – Bernard vai perguntar a Michael, Jin e Sawyer se há uma mulher negra no meio deles lá na praia. A câmera foca Bernard frente aso três prestando atenção. Quando Bernard revela ser Rose, eles ficam tão perplexos que inclusive Sawyer baixa a cabeça de surpresa. A tomada da cena após isso volta a Bernard frente aos três com o trio prestando atenção ao marido de Rose. As cenas não separadas, são seguidas uma após outra sem intervalo, logo, era pra o loirão estar perplexo de cabeça para baixo,
Curiosidades do site da série.
CURIOSIDADE 252 – O título desse episódio: "Todo Mundo Odeia o Hugo", é uma alusão à série "Todo Mundo Odeia o Chris".
CURIOSIDADE 253 – No fim do episódio, enquanto Sun está enterrando a garrafa com as mensagens, pode ser percebido que ao pôr a garrafa na areia, a aliança dela está na mão. Ao trazer a mão de volta, seu anel não se encontra mais no dedo. Quase imperceptível, mas ainda dá para ver sua aliança cair. Como no episódio seguinte ela perde o anel, a produção foi tão inteligente que gravaram esta cena para que mostrassem a perfeição das gravações e dos detalhes. Há de se tirar o chapéu para a série.
CURIOSIDADE 254 – A música tocada no começo do episódio é um Reggae jamaicano de 1968 dos 'The Uniques' chamada 'My Conversation'.
CRONOLOGIA – 46º dia.
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