terça-feira, 11 de agosto de 2020

LIVRO: SINAIS DE VIDA. Parte 2 de 3.

 PÁGINA 30-31: PSICOLOGIA 40 – RAZÃO OU EMOÇÃO? AVENTURA AMOROSA OU VIDA PROFISSIONAL? Jeff recebe uma ótima proposta para residir em uma faculdade escocesa. Ele dá a notícia a Ivy, que responde: "Fui uma idiota por ter pensado que você era diferente dos outros homens". Ivy procurava um homem de verdade depois de tantas decepções?  Ela esperava um futuro diferente do que tinha? O que leva uma mente a se enganar mesmo sabendo que vai acontecer a mesma coisa? Jeff não tinha culpa, mas na mente de Ivy, todos os homens são iguais por usarem as mulheres como objeto, e ela não iria conseguir se livrar disso. "Melhor acabar com isso rapidamente, ele disse a si mesmo. Ela vai se sentir melhor amanhã". Pelo menos Jeff pensava com a razão, não com a emoção. Mas isso causa barreiras na mente das pessoas. Como Ivy era muito "usada" pelos homens, mesmo no caso de Jeff, que recebeu convite para seu futuro profissional e precisava ir atrás dessa oportunidade que bateu em sua porta, ela jamais entenderia isso por classificar todos os homens como cafajestes. Se bem que não deixa de ser uma realidade a forma que ele a tratou, mesmo com toda classe, ainda assim, devemos levar em conta que ele estava indo de encontro ao seu futuro profissional.

PÁGINA 32: CURIOSIDADE 214 – O livro não faz nenhuma citação, mas como LOST é cheio de encontros entre os personagens, existe uma boa possibilidade de Jeff ter encontrado com Desmond em algum momento de sua vida, já que sua vida se resumiu entre Londres e Escócia, os dois países pelos quais Desmond também viveu. Antes de começar a 2ª Temporada, será mostrado um texto muito interessante que explica esse tipo de encontro e que mostra que até uma pessoa do outro lado do mundo, pode influenciar em alguma coisa da sua vida. Tal texto foi exibido nos Extras do DVD.

PÁGINA 33-34: PSICOLOGIA 41 – NOSSAS REAÇÕES NOS SURPREENDEM. Na hora da morte, cada um tem uma atitude diferente dependendo da situação. Reação de Jeff enquanto o avião está caindo: "Ah! Tudo bem! Todos nós vamos embora algum dia!". Sua reação foi conformismo imediato. Segundos depois, a reação modifica totalmente: "Uma jovem asiática (...) Por um instante seus olhos aterrorizados encontraram os olhos dele. Ele quis sorrir para ela, e tentou pensar algo tranquilizador para dizer. No entanto, quando abriu a boca, Jeff ficou surpreso em descobrir que, em vez de falar, estava na realidade gritando a plenos pulmões". É fácil pensarmos e falarmos em como resolver determinadas situações, porém, na hora dos acontecimentos, nossas reações podem ser totalmente diferentes. A mente de Jeff ia falar, mas seu corpo gritou. Acreditem, como disse no começo, na hora da morte as atitudes nos surpreendem a tal ponto que até um ateu pode clamar por Deus ao sentir a morte chegando em segundos. Isso prova que não conhecemos nem a nós mesmos. Quanto à asiática ao seu lado, poderia ser Sun? O comentário abaixo tem a ver com esse.

PÁGINA 34: PSICOLOGIA 42 – NOSSAS REAÇÕES NOS CEGAM. Leia o comentário anterior antes de começar este. Na hora do medo, nossas reações mostram como ficamos. Observem esse trecho: "No entanto, ainda que frequentemente sentisse uma certa animação ao avistar Sun, sempre acabava constatando que não era a mesma mulher". O medo atrapalhou os sentidos de Jeff, fazendo com que ele visse em Sun, a mulher oriental que ele queria confortar enquanto o avião caía. Como ele e a mulher oriental que estava próxima de sua poltrona no avião estavam em pânico, a fisionomia de terror dela modificaria os traços do rosto, bem como também ele não prestaria muito bem atenção nela, já que o terror da morte chegando não o faria observar outras coisas com detalhe. Mas será que realmente não poderia ser Sun? O livro não esclarece a possibilidade, mas poderia ser mesmo Sun, já que não fica claro se haveria outra oriental no voo.

PÁGINA 35: PSICOLOGIA 43 – SEU PROBLEMA É REALMENTE MAIOR QUE O DO PRÓXIMO??? Quando o avião cai, Jeff tinha pequenos ferimentos. Quando estamos feridos, achamos que precisamos mais de cuidado do que os outros, quando na realidade nem precisa tanto assim de socorro, e essa "realidade", desaparece quando vemos pessoas em estado pior. Isso aconteceu constantemente na série e no livro. Observem o que Jack diz a Jeff quando o médico trata de seu ferimento: "Quando puder, venha ajudar! Há muita gente em condições bem piores do que você". Nunca existirá alguém com um problema menor ou maior que o seu, até porque, cada um conhece a dor de seu calo e o fardo que cada um carrega é relativo. Mesmo um problema aparentemente simples para a maioria das pessoas, mas você sabe o que está passando e isso pode te derrubar praticamente. Nunca devemos julgar e comparar os problemas, entretanto, o caso desta cena aqui deve sim levar em conta a comparação, pois realmente a mente fica em estado de choque ao perceber que sobreviveu a um acidente aéreo, daí, quando alguém acorda a pessoa para a realidade, percebe que existem outros em situações piores, como no caso do acidente da Oceanic, quando pessoas morreram e outros estavam embaixo dos escombros.

Obs.: Quando a gente mergulha fundo assistindo algo, ao ver um livro que narra trecho da trama pode até confundir. Foi o meu caso. Eu jurava que tinha visto literalmente essa cena (com áudio em português), mas na verdade tinha lido. E vejam que mais interessante ainda: isso mostra o como mergulhamos fundo em uma leitura, projetando a cena lida como assistida. Eu projetei a cena visualmente de tão fundo que mergulhei na leitura. Anos depois de ter lido o livro percebi que havia me enganado. A cena foi no livro, não na TV. Massa!

PÁGINA 36: ADMINISTRAÇÃO 51 – A comprovação da liderança de Jack. Vejam a opinião de Jeff: "Por razões que Jeff nunca realmente entendeu, Jack emergiu como o líder de fato dos sobreviventes. Ele parecia inspirar respeito e lealdade entre os outros; ao menos, entre a maioria”. Já comentei muito sobre isso, mas para não deixar essa categoria com pouco conteúdo, vemos aqui mais uma vez as pessoas que têm capacidade de emergir como um líder, ou que as pessoas veem nele um líder, ou até mesmo as duas coisas.

PÁGINA 40 – SOCIOLOGIA 88 – Interessante como certas "cerimônias" são elaboradas por certas organizações para determinadas pessoas, porém, é só para demonstrar respeito, pois conhecer o homenageado que é bom...

       Quando Jeff vai para a faculdade escocesa, um comitê de "bem-vindo" está a sua espera. A pessoa que lhe recepciona demonstra um imenso prazer:

       "- Claro, senhor Blond - disse Jeff, sorrindo - Eu me lembro muito bem do senhor.

       O senhor Blond sorriu de prazer ao ser reconhecido por tão venerável personalidade. (...)

Quando o senhor Blond, todo cheio de si, fala com Jeff, o chama de Richard:

       - Uma pequena correção. Meu nome é Jeffrey Hadley, e não Richard"

       É normal errar o nome, porém, para organizar toda essa comitiva e ainda se agraciar por ser reconhecido pelo visitante, trocar o nome do visitante é uma gafe tremenda. Isso é no que dá exagerar na receptividade de uma pessoa que não tem tanta celebridade. Blond deixou parecer que conhecia demais, porém, errar o nome é uma vergonha considerável. Fazer uma "cerimônia" de bem-vindo e errar o nome é bem vergonhoso e constrangedor.

PÁGINA 55: CULTURA 15 – A LEI DA SOBREVIVÊNCIA NA SELVA. Jeff vai caçar porco-do-mato com outros. "Ele ficou excitado com a perspectiva da caçada. Na Inglaterra, teria rechaçado a ideia. Provavelmente se juntaria a um grupo de manifestantes protestando contra isso". Em outras palavras, a lei da sobrevivência. Ou você muda de atitude ou morre por defender seu ponto de vista, porque às vezes, pode ser preciso mudar em determinadas situações se quiser sobreviver.

PÁGINA 57: SOCIOLOGIA 89 e PSICOLOGIA 44 NENHUM HOMEM É UMA ILHA. Às vezes o isolamento não faz enxergar que um pouco de sociedade é bom. Depois que caiu na ilha, Jeff tinha achado uma caverna onde passou a morar lá sozinho, e assim, esculpia suas artes. Ele não gostava de participar de nenhum dos dois grupos existentes. Porém, quando começou a conviver com um dos sobreviventes que assava porco e peixes, percebeu que não era tão ruim: "Para sua surpresa, Jeff se sentiu à vontade com esse pequeno grupo, e ansioso por conhecê-los melhor (...) À medida que a conversa prosperava, hora após hora, enquanto caminhavam pela ilha, Jeff começou a perceber o quanto tinha perdido pela falta de contato humano, pela falta de amigos”. Isso é a prova que, por mais que alguém prefira estar só e também por não confiar muito nas pessoas ou não se identificar com um grupo, a sociedade pode fazer bem também a tal pessoa. Esse comentário tem ligação com o Sociologia 83, o primeiro comentário desta página.

PÁGINA 58: SOCIOLOGIA 90 e PSICOLOGIA 45 TUDO GANHA UM NOVO SABOR QUANDO SE TORNA SOCIAL. Este comentário tem ligação direta com o anterior. Depois que passou a se tornar sociável, Jeff foi cear com os outros: "O peixe estava morno e não tinha sido muito bem grelhado, mas pareceu um banquete para Jeff. Imaginou que fosse porque estava com muita fome. Mas também havia outro motivo: o peixe tinha ficado melhor pelo fato de estar fazendo uma refeição com amigos. Algo que não fazia há muito tempo. era uma sensação reconfortante". Observem como até a refeição ganhou um novo sabor pelo fato de Jeff voltar a ser sociável. Percebe-se também pelas suas palavras, que ele era sociável antes, talvez algo o tenha magoado profundamente no passado, ou pelo fato de ser pintor que se envolve com as modelos. Quando nos sentimos bem, até as coisas sem sabores ganham um diferencial. Jeff nem deu muita atenção ao peixe por não estar muito agradável, mas a comida acabou agradando só porque ele voltou ao convívio com as pessoas. O mesmo caso de sociabilidade pode ser visto na página 110 e vou descrever aqui para não se tornar um assunto muito repetitivo: Como Jeff era muito isolado, resolveu fazer parte de um grupo. "As pessoas pareciam tão agradáveis, que Jeff ficou confuso quanto ao fato de tê-las evitado por tanto tempo." São os pequenos detalhes da vida que podem fazer a diferença em nossas opiniões. Há pessoas que preferem viver isoladas, mas às vezes é bom um pouco de sociedade também e quando isso acontece se percebe que faz bem o contato com os outros, não importando como elas sejam.

PÁGINA 61: PSICOLOGIA 46 – EFEITOS DO MEDO PELA ADRENALINA – Parte 2. Enquanto fugiam do suposto monstro, Hurley, com todo aquele peso, correu como nunca. "Ele estava conseguindo acompanhar o grupo com um esforço aparentemente pequeno. - Surpreendente - pensou Jeff. - O que um pouco de medo faz com as pessoas". Essas últimas palavras dispensam qualquer comentário. Veja mais em Psicologia 15, episódio 13.

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