MISTÉRIO 40 e FILOSOFIA 27 – Quando amanheceu, Michael e James se deram conta que a maré os trouxe de volta para a Ilha. Sawyer diz: "A maré trouxe a gente de volta... para casa". Há uma força misteriosa que faz com que nada saia da Ilha, seja pelo céu, seja pelo mar. Interessante é James usar o termo "voltar para casa". A ilha que era símbolo de tensão, do desconhecido, tornou-se símbolo de casa, mesmo à força. A forma como ele falou também simboliza desânimo, frustração e falta de esperança de uma forma bem irônica. Curiosamente eles queriam voltar para casa. Voltaram, mas isso quer dizer que a casa agora seria aquela?
LEGENDA VS. DUBLAGEM 50 – James fala a respeito do barco dos "Outros" que levaram Walt, dizendo que a água entraria naquele barco até com uma chuvinha fraca. Na legenda ele diz “na primeira tempestade”. Nem preciso explicar a diferença entre as duas frases, não é? A diferença de ambas demonstra inclusive que o barco é fraco (entraria água com uma chuvinha fraca) e na outra que o barco não é tão fraco (na primeira tempestade, levando a crer que resistiria a uma chuvinha). Concordam? Por mais que a dublagem em áudio tenha deixado a frase com mais cara de Sawyer, não é a tradução correta.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 51 – James diz que o barco dos "Outros" alcançaria a velocidade de 150 km no máximo. A legenda diz 100. Pode ser insignificante, mas faz diferença para quem quer estudar a geografia do lugar e desvendar mais mistérios da série. Outro fator importante é que, como eu acrescentei um novo quesito nesse blog, NÚMEROS, me induziria a colocar mais uma conversa em que cita um dos Números pelo fato de ser 150, múltiplo de 15, quando sabemos que a legenda é mais fiel, portanto, não existe 150.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 52 – Michael reclama de Sawyer e este responde: “Olha! A gente está no mesmo barco!”. Esse comentário é irrelevante, mas coloquei assim mesmo. A dublagem fala em sentido figurado (ou literal também), porém, sabemos que apesar de ser o mesmo barco, de certa forma eles não estão nos mesmos pedaços do barco, se nem barco existe mais. Na legenda eles falam que estão na mesma corrente. Falar em "mesma corrente" soa com mais sentido, pois eles só estão próximos porque a corrente marítima os prendeu em um mesmo lugar, senão, cada um teria seguido um percurso diferente, além de também a legenda dar um sentido mais físico e real, mesmo que o áudio seja interessante.
FILOSOFIA 28 – Quando Claire acha a imagem da santa, Charlie manda tomar cuidado, solta o bebê, entregando a ela, e pega a santa. Sabemos que ele fez isso com medo de ela soltar a santa, cair no chão e se quebrar, revelando a droga dentro. Simbolicamente, também poderíamos observar o cuidado que ele tem com a droga ser maior que com o bebê. Ele solta o bebê com medo que Claire solte a imagem, revelando o que valia mais para ele naquele momento. Em outras palavras, uma forma bem simples de se mostrar o valor que uma pessoa dá a determinadas coisas, quando é um viciado. E lembrando que mesmo que a santa se quebrasse ele poderia alegar facilmente e seria até óbvio que não sabia o que havia ali dentro, portanto, seu cuidado era mais para não por ser descoberto, e sim para manter a droga ali por interesse.
SOCIOLOGIA 102 – Michael reclama que James não tem a mínima ideia do que é se importar com alguém. Na legenda consta "ter que cuidar de alguém". Não importa a forma como foram colocadas as duas frases, apesar de a segunda ser mais profunda, mas o que importa aqui é ver que as palavras de Michael deixarão de ser verdades quando assistirmos a partir da 3ª e especialmente a 5ª temporada, quando vermos que o convívio com as pessoas muito tempo pode mudar alguém, principalmente no caso de James que passou sua vida sozinho aplicando golpes e enganando mulheres sem nunca ter tido uma vida em família. Quando assistimos a 1ª e até mesmo nessa 2ª Temporada, vemos que ele faz o possível para evitar as pessoas. Como na Ilha ele é obrigado a conviver com todos e sem ter para onde ir, ele não só vai aprender o novo conceito de convívio, como também vai aprender a se importar com o próximo (isso também ocorre com Jeff). Como comentarei em um episódio no final desta temporada, quando James pede curativos a Kate para demonstrar que também pode fazer o mesmo que Jack: cuidar dos ferimentos dos outros. Kate diz: “Tá querendo se comparar ao Jack!”. Sawyer responde: “A diferença entre nós não é tão grande assim não!”. Já comentei sobre o paradoxo e a similaridade entre esses dois, James sabia o que estava dizendo, até porque, Jack tem aquilo que ele (James) não quer ser, assim como Jack tem um temperamento que é peculiarmente seu e não quer admitir que James tenha aquilo que ele (Jack) também não quer ser. Na 5ª temporada perceberemos que um se tornará o outro e o conceito que nós temos dos dois será invertido.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 53 – Susan, a mãe de Walt, diz a Michael referente ao advogado que ele pôs para investigá-la: “É claro que sim! Seu advogado também investigou a minha. Nenhum de nós é santo!”. Na legenda consta na segunda parte da frase: “Nenhum de nós está vencendo!”. Observem a diferença de interpretações. Quando ela diz “nenhum de nós é santo” está reclamando porque ele não tinha o direito de reclamar de uma coisa que ela fez se ele também fez (contratar advogado para investigar a vida do outro). Seria algo do tipo: não me venha dar lição de moral que você também não é nenhum santo. Já na legenda, “Nenhum de nós está vencendo”, demonstra que ambos lutam pelo mesmo caso, portanto, está empatado e mesmo assim, ambos perdem por causa dessa briga. Vejam como as frases e a análise que fiz realmente soam com sentido em que um não tem nada a ver com o outro. Por isso que sempre digo e repito, na dublagem eles podem fazer com que tiremos conclusões da série que podem estar erradas quanto ao trecho original.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 54 – Dessa vez não há diferenças, mas sim, acréscimo. Quando Michael e James estão no que sobrou da jangada, eles discutem, então, conforme consta na legenda, James reclama: “Eu só estava tentado salvar o seu filho”. A dublagem acrescentou “o chato do seu filho”. Não concordo em acrescentar mais coisas, apesar de a palavra "chato” soar bem mais cara de Sawyer, entretanto, se realmente ele tivesse falado isso, a reação do pai não seria nada amigável, não acham? Chamar o filho de chato e o pai nada falar e ficar calado?
ATUAÇÃO 8 – Mais uma brilhante atuação facial de Evangeline Lily. Enquanto vai se arrastando pelo duto de ventilação e Desmond liga o toca-CD, Kate tem um tremendo susto. Veja pela brilhante expressão facial de Evangeline que obviamente você sente medo quando algo lhe pega de surpresa, mas observe bem que a expressão de pavor de Kate continua, até porque, qual a probabilidade de você ouvir música tão alta em uma ilha deserta? Provavelmente o pavor de Kate se intensifica pelo fato de, se há música tocando, há energia elétrica no local. Tudo isso acontecendo em rápidos segundos, mas com certeza esses pensamentos invadiram a mente de Kate. A atuação de expressão de pavor de Evangeline nesta cena merece um Oscar. Ela se deixou incorporar pela personagem.
A partir de agora as curiosidades são dos Extras do DVD e do site da série.
CURIOSIDADE 243 e ISENTO DE ERROS 31 – Assistindo aos extras do DVD, eles revelam que no momento em que Jack chega ao centro da escotilha, se você ficar de ouvidos bem atentos escutará Kate gritando por ele, que fica quase inaudível por causa da música tocada no toca-CDs. Isso prova que mesmo a cena em que mostra Jack entrando na escotilha, os produtores tiveram o cuidado de exibir os gritos quase inaudíveis de Kate, mostrando que eles procuram não falhar nas cenas, até porque, se há alguém gritando ali, temos que pelo menos ouvir algo.
CURIOSIDADE 244 – Existe um logo da Dharma na cauda do tubarão que ataca Michael e Sawyer.
CURIOSIDADE 245 – Quando Michael está falando com seu advogado, nós temos uma visão rápida das Torres Gêmeas.
CURIOSIDADE 246 – De acordo com o podcast, o episódio era para ser centrado em Sawyer, porém, como Michael havia acabado de perder seu filho, decidiram que o episódio seria dele.
CURIOSIDADE 247 – O tempo real deste episódio é diferente: o que se passa no Cisne é inteiramente uma espécie de flashback, e a maior parte da balsa também.
CURIOSIDADE 248 – Como em Vinte Mil Léguas Submarinas, três náufragos são lançados ao mar, sendo um, pescador, assim como Jin.
CRONOLOGIA – 45º dia.
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