segunda-feira, 24 de agosto de 2020

T2/E3 - ORIENTATION (Orientação).

MISTÉRIO 41 – Locke para Jack: "Está nervoso assim porque ele disse que conhece você? Isso sim seria impossível". Em um mundo tão pequeno, no caso, uma ilha, a probabilidade de alguém encontrar um conhecido é quase nula, por isso John estava tão surpreso. O que mais espantaria Locke é o fato de existir uma escotilha cheia de tecnologia e existir um homem ali, pelo qual, conheceria Jack. Mas como sabemos, probabilidades piores do que essa irão ocorrer a partir da 3ª temporada, intensificando mais ainda o mistério entre as ligações de cada personagem. Pelo menos percebemos que não é exagero da série, já que vimos que a Ilha é o maior dos personagens ali e que tem uma força que liga as pessoas (comentário elaborado na época em que passava a 2ª Temporada pela TV). Releia o texto da Teoria da Centralidade antes de iniciar os comentários dessa 2ª Temporada.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 55 – e PSICOLOGIA 74 1) COTIDIANO PSICOLÓGICO & PSICOLOGIA REVERSA. 2) UM PROBLEMA DE INTERPRETAÇÃO. John diz a Helen: “Eu não consigo dormir na cama de uma desconhecida!”. Observem essa interpretação. Quando ele diz isso dá a entender que conheceu Helen naquele mesmo dia e já a levou para a cama. Chamá-la de desconhecida reforça a tese… naquele momento dá a entender que a chamou de prostituta ou a tratou como uma. Se bem que infelizmente hoje em dia isso está normalizado demais. As pessoas “ficam” com várias em um dia só (geralmente acontece em festas) e possivelmente poderá haver sexo nesse dia, mas isso é outro assunto que inclusive já comentei em Psicologia 16 do episódio 13, é bom reler. Quanto à legenda diz o seguinte: “Eu... eu só não consigo dormir em outra cama”.  John não disse que é por causa dela, mas por causa do local. E ainda mais, ele diz: “eu só não consigo”, não dando uma afirmação exata como na dublagem “eu não consigo”, confirmando 100% que não consegue. Na dublagem ele a chama indiretamente de prostituta, enquanto que na legenda vem um fator totalmente psicológico de não conseguir fazer algo fora dos padrões normais do cotidiano. Quem nunca passou por essa experiência: você vai dormir na casa de alguém e não consegue por não se sentir em casa. Isso acontece até mesmo na hora de se alimentar e inclusive, tenho certeza que muitos já passaram por isso, nem sequer consegue fazer as necessidades fisiológicas em outra casa. Vou mais além ainda, se você se deitar em outra cama na própria casa, ou até mesmo mudar a cama de lugar ou não dormir na cabeceira, mudando para o local onde normalmente poria os pés, pode ser o suficiente para interferir no sono. Isso acontece devido sua mente já estar habituada a determinada situação. Quando se está em outro local você se sente inseguro. No caso das necessidades fisiológicas, você teme que alguém escute o que não deveria; se faltar papel; se demorar; aliás, só o fato de você ir a um banheiro alheio já pode lhe deixar com ar de constrangido.  A mente estando incomodada, nada se consegue fazer direito. Por isso que você não consegue dormir direito em outro lugar, pois sempre está com o pensamento e a preocupação em sua casa. No caso de dormir, mesmo que mude a posição, se deitando no local onde costuma pôr os pés, estará sempre com a mente no "será que vou conseguir dormir?". Isso já é suficiente para você não conseguir dormir. Uma dica que dou é: está com insônia e não consegue dormir? Não vá para a cama querendo dormir, pois só o fato de estar ansioso para que o sono chegue, ele não virá, pois a ansiedade irá atrapalhar. Faça o inverso, pois a chamada Psicologia Inversa sempre funciona. Vá para a cama, mas não querendo dormir. Se deite, apague a luz e pense. Pense bastante. Até com coisas que preocupam (se bem que preocupações também tiram o sono). Se você for para a cama não querendo dormir e só ficar pensando, quando menos esperar, o sono chegará e você nem perceberá. AH! E quando sentir o sono chegar, não lute mais contra ele. Se deixe vencer. O caso aqui é não querer ir dormir, mas se ele vem, não relute. Se você começar a se agoniar porque o sono não chega, está fazendo errado, pois como eu disse, não queira dormir. E não use essa tática ficando ansioso para ver se dá certo. Grave bem o que comentei… não é para dormir. Não se preocupe com sono, só pense. Se uma leve porcentagem invadir sua mente de “será que vou dormir?”, não vai dar certo. Ele virá porque você não está lutando para ter sono, está lutado para não ter, o que nada muda, pois você não está com sono mesmo. O segredo é enganar a mente. Isso é o que se chama de Psicologia Reversa.

Finalizando esse assunto e voltando ao Legenda Vs. Dublagem…

Por isso (pra variar) eu digo e repito, as diferenças nesses dois quesitos podem tomar interpretações totalmente diferente, como é o caso da interpretação totalmente errônea sobre Helen ser uma prostituta (VER Legenda Vs. Dublagem 9 do Episódio 4).

LEGENDA VS. DUBLAGEM 56 – Quando Jack captura Desmond, Locke pede para soltá-lo, o médico responde: "Eu faço o que eu quiser". Na legenda consta: "Não me diga o que posso fazer". Tais frases não há nenhum problema nas diferenças, mas lembremos que a frase da legenda é um bordão da série, além do mais, foi Jack quem falou para John, já que tal frase é a marca registrada de Locke, mais parecendo que John estava "tomando" de seu próprio "remédio". Mas se quisermos analisar as duas frases melhor, perceberemos que de certa forma há diferença. "Eu faço o que eu quiser" está mais para um filho desobediente respondendo grosseiramente ao pai, do que "Não me diga o que posso fazer" que está mais para alguém que não gosta de receber ordens de outra pessoa, especialmente à sua altura. E aí? Dá no mesmo essas duas explicações? Garanto que não. E o fato de ignorar a legenda incomodou-me muito mais por ser a frase chefe da série. Dito por Desmond? Mais motivo ainda para não ingorar.

SOCIOLOGIA 103 – James diz se referindo a Charlie: “Olha só quem tá se mudando para a periferia!”. O que importa aqui é mostrar que mesmo em uma civilização recém criada em uma ilha, existem os grupos da liderança, os que ajudam, os que fazem várias coisas e os que não ajudam. No caso de James, não está em nenhum dos grupos, mas sim no dos odiados, ou seja, só tem ele mesmo e sem querer contato com ninguém. Por fim, mesmo todos morando em uma praia de uma ilha deserta, o qual quase não tem o que se fazer, existe a classe que pode ser chamada de classe baixa, ou periferia, como disse James. As pessoas tendem a marginalizar as outras. Em outras palavras, quem faz a "sociedade" somos nós.

ISENTO DE ERROS 32 – Jack reclama com Desmond opinando que tudo aquilo não passasse de uma cilada mental, uma experiência. O interessante dessa série é que eles colocam diálogos que já substituem nossas dúvidas e questionamentos. Tem de ser muito convincente aos telespectadores para que uma pessoa fique digitando um código a cada 108 minutos dentro de uma escotilha por vários meses sem sair de lá e esperando um possível substituto. Vamos às provas: 1) Desmond se convenceu por causa de suas obturações doerem sempre que atravessa o corredor e isso ele comentou para os recém-chegados; 2) quando Kelvin morreu, Desmond voltou correndo. O tempo de digitar o código havia ultrapassado e tudo passou a tremer; um som estranho ficou ecoando pelos corredores, consequência desse magnetismo;  3) a chave no pescoço de Jack foi atraída pela parede, e como disse Sayid, o objeto é de titânio, quase sem magnetismo, provavelmente Desmond também viu magnetismo estranho acontecendo em seus primeiros dias na Ilha; 4) Sayid diz que jogaram muito concreto até no solo, mais além ainda do que a parede, mostrando que o que aconteceu ali foi sério, a tal ponto de jogar concreto para evitar uma explosão, ou seja, o próprio Sayid  diz que a última vez que fizeram isso foi em Chernobyl, o qual sabemos que houve um grave acidente ali, causando consequências em todo o mundo. Como esteve no exército, Desmond deve ter percebido isso também; 5) quando Kate vai tomar banho a água está com cheiro de enxofre (sulfúrico, conforme legenda), mostrando que há substância perigosa ali em baixo. Obviamente Desmond também percebeu isso no começo. Fora outras coisas que veremos a frente que nos faz imaginar, e aos próprios sobreviventes, que há algo estranho ali dentro suficiente para acreditar na possível história maluca de Kelvin. E voltando a Chernobyl, se o acidente de lá trouxe consequências em todo o mundo, por que o estranho caso da Ilha também não poderia ser levado a sério? Para algo ser contido ali implica dizer que seria evitada uma explosão magnânima que afetaria todo o mundo, e, principalmente pelo fato de ser uma ilha, ou seja, uma explosão ali causaria um tsunami de grandeza imensurável. Esse comentário é importante relermos quando chegarmos ao fim de LOST. Voltaremos a ele depois.

NÚMEROS 55 – Os números têm de ser digitados a cada 108 minutos, ou seja, 100 + 8. O tempo para digitar a partir de quando o alarme soar é de 4 minutos. 108 minutos equivale a 1 hora e 48 minutos. 4 e 8.

PSICOLOGIA 75 – Para entender melhor esse comentário, recomendo ler o Legenda Vs. Dublagem 48 do Episódio 1 da 2ª Temporada. Para os críticos, não há lógica nem dúvida alguma de uma pessoa não apertar um botão só porque alguém falou que se não for feito irá acabar o mundo. Mas se você leu o Leg. Vs. Dub. 47 juntamente com o ISENTO DE ERROS 31 logo acima, percebeu que haveria vários motivos para deixar dúvidas na cabeça de alguém que se encontra em um lugar em que coisas estranhas acontecem. As mesmas pessoas que consideravam loucura o que Desmond fazia e que o criticava, estavam presos em um dilema que eles mesmos consideravam loucura para eles e que não acreditavam que estavam se envolvendo com aquilo. Quanto a nós, meros telespectadores, quando vamos acompanhando a série, vamos criticando também, mas percebe no decorrer da série que as coisas realmente são estranhas. A pergunta que fica é: se estivéssemos no lugar deles, será que não faríamos igual?

CRONOLOGIA45º Dia. É o mesmo dia do episódio anterior.

Obs.: Sem curiosidades do site ou de Extras do DVD.

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