sábado, 22 de agosto de 2020

T2/E1 - MAN OF SCIENCE, MAN OF FAITH (Homem de Ciência, Homem de Fé). Parte 3 de 3.

 LEGENDA VS. DUBLAGEM 49 – Como eu sempre costumo dizer, as diferenças de tradução entre esses dois quesitos tomam sentidos totalmente diferentes às vezes. Há quatro comentários do Psicologia que eu falo sobre o poder da mente, que é o comentário logo acima (Psicologia 72, sendo o principal), os outros são o 66 (mais acima) e os destacados no próprio 72, o 3 e o 6. Foram todos baseados nas palavras de Desmond: "E se ela se curar", ou seja, baseados no poder da mente. Entretanto, todos esses brilhantes comentários foram enganados pela tradução da dublagem em áudio. Se fôssemos seguir pela fala original todos esses comentários não existiriam, porque Desmond não falou sobre a possibilidade de Sarah se curar, mas sim, na capacidade profissional de Jack a curar. Observem as falas legendadas e dubladas de Desmond: ÁUDIO: "E se ela se curar, Brother?"; LEGENDA: "E se a tiver consertado?". Não se tratou nem um pouco de poder da mente, de se curar, de fé, mas sim da autoestima de Jack que estava bastante  baixa e ele queria muito poder curar a paciente. Jack estava inquieto por não conseguir vencer esse desafio que foi posto para ele. O fato de ele ter conversado antes com Sarah, sabendo que seu futuro, seu casamento, sua dança, seu sonho, tudo isso foi impedido por um acidente, Jack se sentiu na responsabilidade de trazer a alegria dela de volta, e isto estava corroendo ele por dentro, até porque, ele tinha feito uma promessa a ela que a iria curar, e ele não queria ter passado uma esperança falsa. Tratou-se então de profissionalismo, capacidade, não de poder da mente. Por fim, o termo “consertado”, em vez de “curado”, se baseia exatamente no personagem de Jack e para o desfecho do fim da série: “Não ter o que é preciso para consertar”. Sobre essa frase não vou comentar nada agora. Somente nos devidos episódios certos.

 

A partir de agora as curiosidades são dos Extras do DVD e do site da série.

Extras do DVD

PSICOLOGIA 73 – Seguindo os dois comentários anteriores a respeito da descrença de Jack, quando uma pessoa tem uma convicção de algo, mesmo que passe por uma experiência que ponha em dúvida sua "filosofia", ainda não é suficiente para mudar tal pensamento. Mas às vezes, uma experiência pode pôr suas convicções em cheque, em dúvida. No caso de Jack as duas coisas aconteceram. Observe o diálogo a seguir:

KATE: Acredita que vai ficar tudo bem?

JACK: Acredito!

KATE: Não faz sentido!

Nos Extras do DVD há um comentário sobre o famoso discurso de Jack no qual ele diz que vai ficar tudo bem, da mesma forma como disse a Kate. Tanto nas duas conversas ele demonstra otimismo, que não é do feitio dele. Não que ele seja otimista, mas conforme vemos a história de Jack, ele é realista. Se observarmos bem, quando ele conversou com Kate e disse que ia ficar bem, não foi para demonstrar otimismo, mas porque ele viu a realidade. Ele não sabia o que estava por vir, portanto, como iria piorar? Já no discurso, ele disse que ficaria tudo bem porque aprendeu muito com seu pai e soube que as pessoas querem escutar aquilo que querem escutar, que há esperança mesmo que seja de 1%. No caso dos comentários dos Extras, os atores cogitam que Jack possa ter mentido pela 1ª vez, já que ele sempre foi realista e quis dizer aquilo que o povo queria ouvir, ou talvez ele realmente acreditasse que tudo ia ficar bem. Entretanto, em todo o decorrer da série vemos que Jack vai sendo "moldurado" muito lentamente (até isso foi bem roteirizado na série: lentamente) em suas convicções e só nos últimos minutos da série é que ele finalmente muda de ponto vista a respeito de algumas coisas. Esse caso mostra como a convicção de alguém a respeito de algo realmente é difícil de ser modificada.

CURIOSIDADE 236 – Shannon vê uma aparição de Walt sussurrando algo. As palavras ditas são: "Não aperte o botão! O botão é mau!". Tais palavras estão ditas de trás para frente. Chocante, não?

CURIOSIDADES 237 – A cena da cirurgia de Jack em Sarah foi feita em um hospital do Havaí mesmo, até aí tudo bem, até porque, quase todas as cenas em LOST foram feitas lá, como por exemplo, cenas na Coréia, Los Angeles, Iraque, Paris, etc. O curioso é porque… primeiro: cenas de hospital são construídos em estúdio e como não havia como os diretores forjarem uma sala cirúrgica, fizeram em um hospital dali mesmo. Segundo: a cena seria em uma sala e naquele momento surgiu um transplante para ser procedido ali, portanto, tiveram que encenar em outro quarto.

CURIOSIDADES 238 – O nome real do cachorro não é Vincent, mas sim, Madison.

CURIOSIDADE 239 – O título desse episódio se chama "Homem de Ciência, Homem de Fé". O título não se refere a Jack e Locke, como acredito que muitos pensavam (inclusive eu). Como se cogita que todo médico acredita somente na ciência e não em Deus, é o mesmo caso de Jack. Até mesmo os flashbacks se referem ao médico. Leia todos os assuntos de Psicologia desta página, deste episódio, principalmente o Legenda Vs. Dublagem logo acima, pois o significado do título gira em torno exatamente de uma pessoa só e não de duas: Jack Shepard. O que isso quer dizer? Conforme o comentário acima (L Vs. D), fica claro que o caso de fé e poder da mente de Sarah curar a si mesma (conforme consta na dublagem) não é verdade. Tudo girou em torno da capacidade profissional e própria fé do médico, não da paciente. O episódio em vez de ser John contra Jack, era na verdade Jack contra Jack.

CURIOSIDADE 240 – Os produtores relataram algo bem interessante neste episódio. Como ficou muita coisa para ser revelada, decidiram neste 1º episódio responder somente sobre o que havia na escotilha, deixando o caso da jangada para o episódio seguinte. Isso foi bom porque deixou algumas respostas a serem atendidas à medida que a série decorria, para assim, cativar o público. Esta mesma estratégia muitos escritores de livros fazem e quem utilizava muito dela era Sidney Sheldon e quando comecei a escrever livros, passei a usar do mesmo estratagema. Consiste em você descrever uma cena em que no ápice do acontecimento você pula para outro cenário, deixando o leitor aflito. Nesta outra cena, quando algo vai ocorrer, você volta ao cenário em que parou, ou de preferência, se seu livro tem muitos personagens, mudar para um terceiro personagem e assim por diante. O melhor momento de se fazer isso é em uma passagem de um capítulo para outro, não dando logo continuidade para onde parou no anterior. Enfim, tanto para escritores quanto para redatores (escritores de novo), o segredo de segurar um telespectador e/ou leitor é exatamente isso: não responder logo tudo de uma vez; na hora do clímax do enredo, mudar o cenário e o personagem.

CURIOSIDADE 241 – Quando Kate e John se dividem para um lado e Jack e Hugo para outro em plena noite, as duas duplas caminham pela floresta, só que a locação em que foi filmada isso foi a mesma e como bem disse os produtores, uma floresta à noite é uma floresta à noite para qualquer um, ou seja, as duas cenas foram filmadas no mesmo local como se fossem localidades diferentes, mas o cenário foi o mesmo, portanto, a vantagem de se filmar à noite em uma floresta é porque nenhum telespectador vai perceber que se trata do mesmo lugar. Podem até manter o mesmo ângulo que passa despercebido.

CURIOSIDADE 242 – Quando uma temporada de uma série acaba, sempre costumam fazer recapitulações da anterior. No caso de LOST isso foi feito, ainda assim, fizeram mais recapitulações durante o primeiro episódio. Os produtores explicaram que quando Hugo vem conversando com Jack e relembram de alguns fatos ocorridos, está fazendo exatamente alguns resumos desses fatos anteriores. A intenção é evitar chatear o público com resumos explicativos, sendo assim, tudo é feito dentro do episódio e por um dos personagens mais queridos e engraçados, pois com seu jeito peculiar de divertir as pessoas, o resumo fica mais plausível. Esse mesmo tipo de coisa é feito em livros quando há continuidade, que, conforme comentei nos itens acima, também fiz na Trilogia que escrevi. Mas no caso de chateação, de fato fiz um resumo explicativo no segundo livro de minha trilogia também, porque a história pedia certas complexidades do enredo, mas no 3º livro, a estratégia foi essa: resumo narrado em alguns momentos pelos personagens sem sair do foco da ação ininterrupta da história. É bom quando os personagens resumem, não o autor em 3ª pessoa.

 

SITE

NÚMEROS 52 – Jack menciona que ainda restam 4 armas (sendo que uma está com o pessoal da balsa).

NÚMEROS 53 – Kevin e Sarah iriam se casar 8 meses após o acidente de carro.

NÚMEROS 54 – Os Números aparecem em várias cenas dentro da Escotilha (Principalmente no mural).

CRONOLOGIA – Os episódios finais da 1º temporada e esta da 2ª se passam no mesmo dia, o 44.

Nenhum comentário:

Postar um comentário