sábado, 1 de agosto de 2020

T1/E11 - ALL THE BEST COWBOYS HAVE DADDY ISSUES (Todos os Melhores Cowboys Têm Problemas com os Seus Pais) - Parte 2 de 2.

SOCIOLOGIA 41:

KATE: Pare com isso!

JACK: O quê?

KATE: Com isso!

       Kate se referindo a Jack por ele estar sempre ajudando sem dar um tempo para si mesmo, ou seja, descanso. Nada como uma boa resposta sendo a própria pergunta do outro para este perceber que está fazendo demais e que precisa dar um tempo para si próprio. Por ser médico, Jack se preocupava muito com os outros e esquecia-se de seus limites. É preciso que alguém dê uma “sacudida” para que a pessoa volte “a si”.

SOCIOLOGIA 42 – Muito tempo em um lugar com as mesmas pessoas faz com que comecemos a perceber virtudes e defeitos, inclusive segredos ocultos. Na busca por Claire que ainda está desaparecida, Kate e Jack vão para uma direção e John e Boone para outra. Kate acha a trilha como uma verdadeira rastreadora. Jack diz em um tom desconfiado: "Você é cheia de surpresas!", percebendo que ela escondia mais coisas que ele nem fazia ideia. Trata-se de convivência. Isso sempre faz com que conhecemos melhor as pessoas, inclusive percebendo seus gestos e modo de falar. É comum acontecer isso em namoros prolongados (se é que isso ainda existe), mas especialmente casamento, pois o convívio será para sempre e aí se perceberá coisas antes não sentidas.

SOCIOLOGIA 43 – Walt fala a Sawyer a respeito de pessoas já existirem na ilha. Sawyer diz que o menino tem uma imaginação fértil. Sawyer ainda não sabia da existência de outros na ilha, o que importa mostrar aqui é a tendência dos adultos em não acreditar em histórias ditas por crianças, principalmente quando são histórias pouco prováveis de acontecer. A possibilidade de ser verdade é pequena, mas não custa investigar, pois nunca se sabe quando pode ser real.

PSICOLOGIA 12 – O pai de Jack diz ao filho: "Eu conheço os meus limites". Muitos dizem isso, porém, vez em quando nos pegamos fazendo algo que nunca imaginávamos fazer, para mal ou para bem ou para algum impulso neutro, mas fazemos, portanto, ninguém conhece seu próprio limite. A prova disso é quando fazemos algo e não acreditamos ter feito aquilo. Se não acreditava é porque não sabia até onde ia seus limites. Resultado: Christian ultrapassou a barreira de seu autoconhecimento que não imaginava, em se tratando de bebida. E é porque dizia conhecer seu próprio limite. Além do mais, por várias vezes reclamava do limite do filho a respeito de mulher, como veremos nas próximas temporadas. Acabou morrendo por causa da bebida.

FILOSOFIA 16 e MISTÉRIO 12 O que acontece na vida a tal ponto de uma pessoa praticar maldades e no futuro sofrer pela mesma coisa que aprontou, como se fosse o tradicional “o mundo dá voltas”? Isso acontece com muitos, e os mesmos não têm explicação para tal. Seria intervenção divina? Sayid torturou Sawyer tempos atrás e agora fora capturado e coincidentemente torturado pela francesa. Sawyer diz a Sayid: "Tenho uma impressão que essa ilha te devolveu um dardo cheio de castigo" referindo-se à mesma tortura que sofreu nas mãos do árabe. É como se o que fazemos de errado cedo ou tarde pode-se voltar contra nós. Não somente com Sayid, mas muitos personagens também passarão por aquilo que já cometeram antes. Esse é o mistério da Ilha. Por que a ilha traz o pecado de cada um à tona? Intervenção dela??? Nesse caso de Sayid poderíamos dizer que seria castigo pelas coisas que praticou. Mas será que realmente não foi “intervenção” da Ilha?

MISTÉRIO 13 – John diz a Boone que “Vai chover em um minuto. Talvez alguns segundos”. Sabemos que nessa ilha chove inesperadamente e que John tem noção das coisas que vão acontecer por ter faro fino para isso. Contudo, como John adivinhou até os segundos? Se chover do nada não dá para adivinhar quando ela irá cair, portanto, como Locke acertou? Não que ele tenha algo a ver com a chuva ou a ilha (será?), mas daí, acertar o improvável é acertar demais! Vai ver ele tem sensibilidade de um inseto a respeito de chuva (comentário antigo).

ISENTO DE ERROS 13, NÚMEROS 25 e SOCIOLOGIA 44 Jack diz que são quase 4:00 da tarde enquanto que John diz a hora com precisão: 4:25. Tal comentário responde o comentário anterior, dando a entender a nós porque John sabia que ia chover em um minuto. Daí, vemos que John Locke não é um personagem exagerado na série, mas sim, que realmente conhece misteriosamente as coisas por ali, bem como conhece uma selva como ninguém. A posição do sol é o principal. Deve-se levar em conta também que quem observa a natureza tem certa noção não somente das horas, mas até dos minutos. Quanto à Sociologia, já vinha de antes, mas os conflitos entre Jack e John se intensificaram a partir daqui. Um demonstrando preocupação e controle, falando das horas. O outro demonstrando que sabe mais do que o primeiro, especificando as horas e os minutos, querendo demonstrar mais controle e sabedoria ainda.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 23 – Depois da discussão das horas e minutos entre Jack e John, Kate chama o médico para uma conversa particular pedindo para que ele saia do pé do Locke. Ele responde "Não dá", mas na legenda consta "Talvez". Isso pode ser insignificante, mas dizer que vai continuar importunando é diferente de "vou pensar". A dublagem mostra Jack confrontando Locke, mas a legenda mostra o médico pensando no assunto, apesar de demonstrar que vai continuar confrontando.
ISENTO DE ERROS 14 – John acha Kate e Jack e diz o seguinte: "Ainda bem que andou em círculos senão não teria te achado". Mais uma forma da série mostrar que andar na selva não é andar por ruas de uma cidade. Primeiro mostra que alguns se perdem no meio da selva (andando em círculos). Depois mostra que alguns sabem como se virar ali, dando inclusive satisfação aos telespectadores pelo fato de Locke achar fácil os outros sobreviventes, até porque, os outros andam em círculos por não saberem como se virar na selva. Por fim, utilizam as palavras de John para explicarem algo aos fãs e críticos antes que critiquem o fato de alguns acharam fácil os outros. Algo parecido com isso pode ser visto no Isento de Erros 6 do Episódio 7.

ISENTO DE ERROS 15 e MISTÉRIO 14 "Você achou o Charlie, acha o Ethan". Mais uma vez a capacidade do personagem John Locke é explicada aqui. O fato de John ser bom caçador, não quer dizer que terá sucesso sempre em suas buscas. É o mesmo caso do Isento de Erros 13 deste episódio. Por fim, para comprovar o que foi comentado, John responde: "A chuva apagou as pegadas", ou seja, mesmo que John fosse bom, não acharia Ethan por causa da chuva que atrapalhou, dando motivos ao fato de nem sempre ele ter realmente sucesso em suas caçadas. O próprio Locke dá a resposta: "E apesar dos meus conhecimentos de trilhas, seja ele quem for, ele sabe mais". Quanto ao Mistério, perceberam como a chuva chegou somente para apagar as pegadas e logo foi embora assim que Ethan sumiu???

PSICOLOGIA 13 e FILOSOFIA 17 Jack terminou uma cirurgia iniciada pelo pai e que por conta de o pai ter bebido, cortou a veia errada causando a morte da paciente. Na reunião da direção do hospital, a pedido do pai, Jack não o entregou, porém, quando disseram que a paciente estava grávida, o filho não suportou duas gravidades da situação e confessou que o pai havia errado. O que leva uma pessoa a entregar o próprio pai? A resposta é o peso da consciência, porém, tirando esse caso, não foi tanto o peso, pois ele ia “salvar” a profissão do pai. O fato de saber que duas vidas foram perdidas, especialmente uma inocente que ainda iria nascer, supera qualquer consciência pesada, apesar de não ser sempre assim. Isso prova que nossa mente é capaz de suportar erros, mesmos que graves, mas quando a situação é mais complicada, ele nos acusará profundamente.

PSICOLOGIA 14 – COISAS QUE NÓS LEVAMOS EM NOSSO SUBCONSCIENTE SEM SABERMOS (lembrarmos). Tentando salvar Charlie, forçando o jovem a respirar depois de ter sido amarrado a uma árvore pelo pescoço, Jack não desiste um minuto, mesmo aparentemente não ter mais chance de salvá-lo. Nas suas tentativas insistentes, ele diz: "Vamos!". Quando assistimos os flashes dele, ele diz a mesma coisa para salvar sua primeira paciente que morre. Tentativas frustrantes e perdidas ficam arquivadas no subconsciente, às vezes pelo resto da vida e nunca entendemos porque somos insistentes em algumas coisas. Até nos animais isso acontece. Levei uma super tranquila gata de estimação de casa para o veterinário. Foram tentar raspara seus pelos e a máquina foi se aproximando até causar um susto nela que me arranhou bastante do pulo alto que deu. Os anos se passaram, ela nem mais se lembra, mas adquiriu medo até em tocar nela se estiver distraída, pulando alto da mesma forma. Se não fosse a tentativa em vão do Dr, Shepherd com sua primeira paciente, provavelmente ele poderia ter desistido de Charlie, já que Kate se entregou à possível morte de Charlie. Jack não queria repetir a desistência de anos atrás, mesmo sem lembrar-se disso.

PSICOLOGIA 15 – Enquanto procuram por Claire, chega um momento em que John Locke e Boone cansam e está perto de anoitecer. Sabendo que está para cair uma chuva, Locke manda Boone voltar, mas o jovem decide que vai continuar com ele. Essa foi a primeira vez que alguém usou a isca da ideia, ou seja, John sabia que Boone continuaria com ele. Locke fez com que Boone tivesse a ideia, quando na verdade a ideia era do próprio John. Esse tipo de uso de psicologia, que podemos chamar de Psicologia Reversa (apesar de não ser exatamente isso), será muito utilizado em LOST. Pessoas que fazem isso geralmente conhecem bem como funciona a Psicologia e são pessoas muito observadoras e inteligentes. Não que quem seja sua "vítima" não seja inteligente, mas é porque quem costuma usar desse estratagema arquiteta tudo muito bem para evitar ser descoberto. A possibilidade de que se descubra é mais possível acontecer se a vítima for do mesmo "nível" ou se a vítima convive muito com quem costuma fazer isso, desconfiando então de tudo o que a outra faz ou diz.

 

As três curiosidades abaixo são do site da série.

 

NÚMEROS 26 – Walt joga os dados 2 vezes, nele cai 6:6 e 4:3. 66-43=23.

CURIOSIDADE 109 – O título pode ser uma alusão ao álbum de Pete Townsend chamado All the Best Cowboys Have Chinese Eyes. Outra coincidência, apesar de não ser importante, é que tanto o episódio quanto o álbum têm o mesmo número de letras. Outra consideração é que esse é o maior nome de episódio de todas as temporadas, com 32 letras (23 ao contrário).

NÚMEROS 27 –  Charlie vai deixando uma pista para quem o estiver procurando, num total de 4 pistas.

CRONOLOGIA 10 – Este episódio continua direto do anterior e se encerra pela noite, portanto, se trata do mesmo dia do 10º episódio, o 16º dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário