Narra a história de Paul Artisan, um
detetive contratado para procurar um cliente, cujo irmão gêmeo desapareceu. O
livro foi escrito por Gary Troup, o sobrevivente que é sugado pela turbina do
avião e que explode em seguida. Apesar de ser uma história fictícia, todos os
nomes de lugares e pessoas existentes no livro são nomes que existem na história
de LOST. Apesar de fictício, muitos autores (como eu já fiz isso por já ter
escrito livros) têm a tendência de colocar uma parte de sua vida no enredo ou
de pôr nomes de pessoas de seu convívio na história, portanto, apesar de ser
uma história fictícia dentro da série, existe grande possibilidade de Bad Twin
responder algum segredo de LOST, pois provavelmente Gary Troup pôs informações
que ocorreram em sua vida ou fatos ao seu redor, aliás, cogita-se na Internet
que ele tenha tido um rápido "lance" com a aeromoça Cindy, tanto que
o único nome real posto no livro foi da aeromoça.
CURIOSIDADE 226 – Antes de começar a destacar páginas do livro, deve-se falar
primeiramente sobre o nome Gary Troup. Assim como falei sobre Anagrama no
Episódio 10 (Ler Curiosidade 103), o nome desse personagem faz um anagrama de
outro nome. Uma das maiores teorias que rondava LOST desde que foi lançado era
a de que todos haviam morrido e estavam no purgatório. A palavra purgatório
inclusive é mencionada nos três livros oficias (Identidade Secreta, Sinais de
Vida e Risco de Extinção) que narram as histórias de outros sobreviventes, além
de ser constantemente falada na série. Neste, por exemplo, Manny
Weissman, amigo do detetive, fala sobre uma obra chamada Purgatório, na página
112. Agora observem o nome purgatório em inglês: P U R G A T O U R Y.
Trata-se das mesmas letras do nome de G A R Y T R O U P, o que chamamos de
Anagrama.
PÁGINA 16: NÚMEROS 46 – A história começa com um detetive investigando um tal de Sally Handler, com 48 anos. Um dos números é 42, da mesma casa dos 40. A dezena é 40 + 8. Mas, vamos ver esses números melhor: 48, ou seja, 4 e 8.
PÁGINA 38: CURIOSIDADE 227 – O amigo do detetive Artisan, Manny Weissman, fala a respeito de um livro, A River Runs Through It?. Conta a história do irmão certinho que continua com sua vida certinha, moído de culpa, pois sente que, não importa o que tenha feito, não fez o bastante. Essa frase não é familiar? Foi um dos famosos pensamentos que Christian Shephard passou para Jack, e que o filho levou essa "culpa" para a ilha e que acabou servindo para a conclusão da série LOST. Outros sobreviventes chegam a dizer essa frase também, inclusive no livro de um dos sobreviventes. Mais uma vez as ligações entre temporadas, mostrando que frases ditas no início servirão para o desfecho da história desses bravos sobreviventes, fazendo-nos pensar outra vez que todo o roteiro de LOST já estava definido muito antes da estreia pela TV.
PÁGINA 45: NÚMEROS 47 – O escritório da Fundação Hanso fica no 42º lugar. O de Cliff Widmore, no 47º.
PÁGINA 46: CURIOSIDADE 228 – As ligações com a história dos sobreviventes: Havia modelos de veleiros de corrida no escritório de Cliff Widmore (livro), da mesma forma como havia no escritório de Charles Widmore (mundo real – de LOST, claro), o que serviu de incentivo para Desmond fazer sua corrida pelo mundo em um veleiro. Cliff caçava ursos polares (livro), os mesmos animais que a fundação Hanso (mundo “real”) estudava a respeito de eletromagnetismo e que já continha na Ilha. Precisa nem destacar os sobrenomes de Cliff e Charles, que inclusive ambos começam com a letra ‘c’, não é mesmo?
PÁGINA 48: NÚMEROS 48 – O irmão de Cliff desapareceu há 4 meses, no dia 15 de abril, ou seja, 15 do 4.
PÁGINA 49: CURIOSIDADE 229 – Cliff diz: "Você faz suas próprias escolhas". A mesma frase que o pai de Hugo e mais outras pessoas diziam a ele, quando ele responsabilizava seu azar nos números. Para variar: as ligações das temporadas por meio das frases.
PÁGINA 55: CURIOSIDADE 230 – As ligações da história fictícia criada por Gary Troup com a "história real": Cliff diz que seu pai, Arthur Widmore, estava fechando um negócio com a Indústria Pesada Paik. Trata-se da mesma indústria e mesma pessoa (Byun Paik, o pai de Sun) do "mundo real".
PÁGINA 58: CURIOSIDADE 231 – Mais uma ligação entre mundo fictício e mundo real (de LOST). A esposa de Cliff tem o mesmo nome de uma das sobreviventes: Shannon.
PÁGINA 97: CURIOSIDADE 232 – Manny Weissman cita a história de Esaú e Jacó. Existem muitas alusões sobre os dois personagens bíblicos até o fim de LOST, quando a partir da 6ª Temporada, finalmente um “Esaú e Jacó” surgirão na história. Praticamente são os responsáveis por tudo o que acontece na Ilha. Não muita coincidência, o nome de um deles é Jacob (Jacó em português) e ambos são irmãos gêmeos.
PÁGINA 108: PSICOLOGIA 65 – PARENTE NÃO CHORA PELO MORTO. O QUE HÁ DE MAL NISSO? Enquanto investiga a família Widmore, Artisan fica intrigado pelo fato de a família não chorar a morte da esposa de Cliff. O detetive questiona esse fato e Arthur responde: "Isso se chama dignidade. Qual é o sentido de ficar chorando pelos cantos, com o nariz escorrendo como em ópera?". Excelente ponto de vista. No caso da investigação em si, o fato de não chorarem ou demonstrarem surpresa faz com que as suspeitas recaíssem nos parentes. Mas, vamos pensar um pouco sobre esse assunto. É certo que se alguém próximo morre, você vai sentir uma profunda tristeza. “Caso você não demonstre isso “pode” indicar que você não sentia tanto assim”. Entretanto, o fato de não chorar ou não ficar com o semblante visivelmente triste significa dizer que não sentia nada pelo falecido? É preciso chorar para dar satisfação aos outros que você está triste? Cada um tem uma reação diferente perante a morte de um próximo e nunca saberemos como iremos reagir, por mais que a maior lógica seja o choro. Analisaremos agora outro detalhe: Arthur cita a palavra "dignidade". Seria nesse caso orgulho excessivo o fato de não chorar na frente dos outros para não parecer escandaloso? Isso pode ser considerado dignidade: não demonstrar tristeza para não chamar a atenção? Analisando o fim da frase, o sentido fica inverso; "o nariz escorrendo como em ópera". Como em ópera existem muitas pessoas que choram um pouco "além da conta", poderíamos chamar isso de exagero (quase um escândalo). Nesse caso, o orgulho citado anteriormente virou educação (ou falta dela). Existem pessoas que realmente exageram em momentos fúnebres, querendo demonstrar todo sentimento possível aos presentes. Existe até aquela história cômica em que uma pessoa fica aos prantos pelo falecido, gritando para que o levasse junto também, então, alguém bate nele sem querer e ele cai na cova. Os gritos de "Eu quero ir junto! Eu quero ir junto!" se transformam em "Tirem-me daqui! Tirem-me daqui!". Depende do ponto de vista de cada um, não de quem faz, mas de quem vê, pois se estou querendo chamar a atenção estou errado, além de as pessoas perceberem; se estou escondendo minhas condolências, é orgulho besta que não leva a lugar nenhum; se estou chorando à força para convencer a si próprio que estou triste, estou me enganando, enfim, tudo tem que ser feito com naturalidade.
PÁGINA 180-181: ADMINISTRAÇÃO 60 e SOCIOLOGIA 100 – POR MAIS QUE O SER HUMANO NÃO ENTENDA ADMINISTRAÇÃO, ELE VIVE A ADMINISTRAÇÃO. NÃO EXISTE ORGANIZAÇÃO SEM LIDERANÇA. O detetive Artisan chega até um campo de nudismo, o qual, conforme diz um frequentador assíduo do lugar, nada se prega ou faz sermões; não há doutrina. Ele cita o filósofo John Locke (mais uma citação indireta ao mundo real de LOST, já que tal filósofo realmente existiu no nosso mundo – fora de LOST), e com isso, ele complementa que nesse campo de nudismo não existe hierarquia, não existe regras. Mas vejam a interessante conclusão que o detetive chega com essa conversa: "Elio, você fica dizendo que não há regras aqui, que não há autoridade. Mas alguém está no comando, alguém que diz o que fazer e o que não fazer, e acontece que esse alguém é você". Realmente, se analisarmos tais palavras, em qualquer lugar do mundo que existam pessoas que não seguem regras ou que não siga determinada política, existirão aqueles que participam na organização do grupo ou que procuram recursos para a sobrevivência do grupo, procuram evitar virar baderna ou atentado ao pudor, portanto, existe regras, existe hierarquia, exista doutrina. Até o fato de não querer regras é regra. Quem somos nós para incriminarmos as organizações se a sociedade vive de organização e hierarquia? É curioso notar que por mais que o ser humano não entenda administração, ele vive a administração.
PÁGINA 243: NÚMEROS 49 – O código do portão da casa dos Widmore é 81516, ou seja, 8, 15, 16. Zander e Cliff são gêmeos que nasceram em dias diferentes, com 23 minutos de diferença, no intervalo da meia noite. Um nasceu no dia 15 de agosto e o outro no dia 16 de agosto. Trocando em miúdos: 15 do 8 e 16 do 8. Eu não sei se foi somente coincidência ou intenção dos autores dos livros, mas tanto Identidade Secreta, como Sinais de Vida, como Risco de Extinção, e como Bad Twin, todos os números foram citados em páginas que também contém os números. Podem observar.
Aqui se encerra a história dos sobreviventes não mostrados na TV, e que foram mostrados nos livros oficiais. A seguir, na próxima página, antes de dar início à 2ª Temporada para que o leitor fique ciente de todos os tripulantes do voo da Oceanic 815, vai ser passada uma lista com todas as pessoas que estiveram no avião. A ideia de mostrar todos veio a partir da exibição da história dos sobreviventes narrado nos livros. Como provavelmente os leitores desse Blog vão estranhar tais personagens, já que nem todos os que assistiram a série pela TV têm conhecimento desses livros oficiais, seguiu-se a ideia de mostrar todos os sobreviventes e não sobreviventes. Primeiramente vai ser mostrado os que morreram na queda, para depois seguir com todos os que sobreviveram após a queda.
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