segunda-feira, 31 de agosto de 2020

T2/E8 - COLLISION (Colisão).

MISTÉRIO 44 e SOCIOLOGIA 118 Como comentei no episódio 6 desta temporada, a Ilha escolhe as pessoas que julga serem boas. O caso de Ana é bem parecido com o de Shannon, pois assim como a loira, a ex-policial diz a seu analista que acha que seja uma dessas pessoas que prefere ficar sozinha. São palavras parecidas com as de Shannon quando disse que não queria ajuda de ninguém. O mistério maior é pelo fato de as frases de Ana terem acontecido muito antes de embarcar na Oceanic. Se a Ilha captou isso... como conseguiu? Quanto à sociologia, é aquela velha história: as pessoas que se sentem e procuram ficar isoladas tem a tendência de afastarem os próximos, o que acaba ficando negativo para tal pessoa. Isso aconteceu com comentários anteriores sobre James e Jeff. Mesmo quem gosta de viver mais isolado, em certos momentos é bom viver em sociedade, até porque, “nenhum homem é uma ilha”. Frase bem a ver com LOST, hein!

NÚMEROS 57 – O número do uniforme de Adam, colega de Ana, era 8-16. Ana deu 4 tiros em Jason. Isso lembra o mesmo momento de Charlie, quando deu 4 tiros em Ethan. Sayid diz que torturou James há quase 40 dias. 40 é múltiplo de 4, além de ser o próprio 4 invertido: 04. O número da questão da palavra cruzada que John está respondendo é 42. Pergunta: friend of Enkidu. Resposta: Gilgamesh. Quem sabe se isso não é uma indireta entre John e Jack.

PSICOLOGIA 78 – ISSO SE CHAMA: PRESENÇA DE ESPÍRITO Vejam esse excelente jogo de perguntas psicológicas entre duas pessoas. No fim da terapia de Ana, seu psicólogo diz que a mãe dela deixou a decisão com ele: saber se Ana está pronta ou não para voltar a trabalhar na polícia. Como um bom psicólogo, ele poderia muito bem dar seu veredito por conta das terapias se ela estaria pronta, todavia, dizer sim ou não seria fácil. Como era ela quem estava sendo avaliada, ele precisava saber através dela se estaria capaz, então, pergunta: “Você está pronta?”. Seria através dela própria que ele decretaria a resposta. Ana, como boa observadora, percebeu a pergunta e respondeu com outra pergunta: “O que você acha?”. A resposta dela teve duplo sentido, pois em seu íntimo, por mais que ela se achasse pronta, sentia que poderia ter uma recaída. Ao mesmo tempo, faz a pergunta muito firme e demonstrando em seu olhar o óbvio, “precisa perguntar? Claro que estou pronta!”. Para não dar uma resposta duvidosa, ela joga a responsabilidade inteligentemente de volta para seu terapeuta e ele não vê alternativa a não ser liberá-la. Pessoas com firmeza no que fala e observadora. Pessoas que têm em suas palavras uma excelente arma para se dar bem. Isso se chama presença de espírito.

SOCIOLOGIA 119 – A INTIMIDADE MOSTRA QUEM VOCÊ É (ou não é). Conforme comentei no episódio anterior, o preconceito entre grupos da parte da frente e da parte de trás do avião estava formado antes mesmo de se conhecerem (como se eles não tivessem feito parte do mesmo voo. Essa é boa). Ainda assim, vemos que até nos sobreviventes da parte da cauda, eles não se conheciam tanto como imaginavam. Com uma arma na mão, Ana-Lucia exige que amarrem Sayid com as cordas da maca em que carregavam James desmaiado. Libby se espanta com a atitude da colega e fala assustada e sem parecer conhecer a amiga: "Ana?!". Eko também diz não para ela. Isso mostra que ninguém conhece muito bem ninguém e que é nos momentos tensos e de limite extremo que uma pessoa mostra como exatamente é, mais precisamente, quando se convive por mais tempo com uma ou mais pessoas, que vai se conhecendo cada um. Isso fica mais perceptível no casamento, já que o namoro é a fase da alegria. Quando passam a morar juntos é que as "intimidades" vão se expondo.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 70 – Quando Ana conta a história dela a Sayid de quando foi baleada por Jason, ela fala que "só deixou ele sacar", porém, na legenda diz que ela "só deixou ele pegar a identidade". Isso não traz nenhuma revelação, mas na dublagem a gente não fica sabendo que ele tinha dito que ia pegar uma suposta identidade, que na verdade seria sua arma, a enganaria e atiraria nela. Dizer que só deixou sacar nunca nos fará imaginar que antes disso ele disse que pegaria uma identidade, demonstrando o descuido e inocência de Ana em ser ludibriada por um vagabundo, deixando-o sacar na verdade uma arma. Ele só sacou porque disse que ia pegar a identidade e ela acreditou. Outro fator a se destacar: o erro da dublagem em áudio também faz de Ana uma péssima atiradora, em vez de na verdade inocente, inexperiente, novata no ramo, pois quando diz que ele só deixou sacar, leva a entender que ele foi mais rápido no gatilho do que ela. "ÊTA DUBLAGEM RUIM, SÔ!"

LEGENDA VS. DUBLAGEM 71 – Quando Ana e Sayid conversam, o árabe fala sobre as torturas que praticou e diz se sentir morto. Ana disse que quando Jason atirou nela, também se sentiu morta, porém, na legenda diz: “Me sinto morta!”. O verbo está no presente e não no passado, ou seja, desde aquele dia do tiro ela se sente morta, nunca mais teve uma vida normal, e a frase que falou não está se referindo ao passado. Aliás, se estivesse se referindo ao passado seria de uma tradução totalmente débil mental, pois levar um tiro e perder o bebê, além de ficar bastante ferida, e não se sentir morta é uma grande piada. Essa diferença traz interpretações diferentes a respeito das duas traduções, pois no final do episódio, quando Ana oferece as armas para Sayid matá-la, ele responde: “Por que matá-la se nós dois já estamos mortos!”. Essa resposta foi referente ao que ambos disseram enquanto um narrava a sua história para o outro, ou seja, histórias parecidas, pois Sayid torturava pessoas e isso o deixava mal, o fazia se sentir morto. Se assistirmos somente na dublagem não entenderemos o sentido completo da resposta de Sayid nesse fim de episódio, pois no áudio, que está errado, Ana não diz que também se sente morta, mas que se sentiu morta no dia em que foi baleada, sendo que na legenda percebemos que o passado a afeta até hoje, ou seja, desde aquele dia ela se sente morta. Por fim, isso mostra como os dois sofreram em suas vidas e precisavam dessa conversa um com o outro para perceberem o como precisam de ajuda, de conforto, de conselho... e de desabafo. Resumindo, o que esses tradutores precisam é de uma boa aula de Português e saber interpretar as coisas.

CURIOSIDADE 265 – Gosto sempre de elogiar o elenco da série. Não é à toa que criei uma categoria chamada Atuação. Entretanto, finalmente achei uma atuação mal feita. O que vou mostrar a vocês não classifiquei como Atuação porque de certa forma nem sequer houve atuação. Mas para salvar o maravilhoso elenco da série, a cena que vou mencionar não ocorreu com ninguém do elenco principal, secundário ou figurante, mas sim, com um personagem que apareceu somente nesse episódio: Jason Elder, o homem que atirou em Ana-Lucia. Quando Ana revidou, matando Jason, a cena da queda após levar os tiros que o ator que interpretou Jason fez, foi uma das interpretações mais ridículas que já tinha visto na TV. Vou descrever a cena, mas se quiser rever, aconselho a não fazer isso, pois dá até vergonha assistir. Tomo 1: Ana atira em Jason (até aí, tudo bem. A cena estava com a grande atriz Michelle Rodriguez). Tomo 2: Jason recebe o tiro e no mesmo milésimo de segundo fecha lentamente os olhos, como se alguém estivesse fazendo sexo oral nele (Pô meu! Foi um tiro no peito, não uma chupada no bilau! Desculpem o termo e descrição pesada, mas é a única forma de descrever a cena. Vendo irão entender, mas já disse, se ver, não vai gostar). Tomo 3: Jason recebe o tiro e não faz cara de espanto, nem tem um impulso ou pelo espanto ou pelo tiro, não esboça reação nem põe a mão no peito rápido e impulsivamente pelo impacto da dor, mas sim, leva a mão vagarosamente (Pô meu! Você levou um tiro, não foi uma declaração de amor para uma pessoa amada, colocando a mão no peito com toda sedução de tartaruga!). Tomo 4: Jason cai. QUE QUEDA RIDÍCULA! Parecia que caía em câmera lenta e com toda classe para não se machucar no chão. (Pô meu! brufmszdinf... desculpem! Segurei-me para não rir... Tu levaste um tiro! Dava pra fazer toda essa classe, pensando como cair no chão? É TV, não teatro! Aliás, nem em teatro é tão amador assim… só poético.).

LEGENDA VS. DUBLAGEM 72 – Eko chama Ana para ir ao velório de Shannon e ela diz que não vai. Desta vez eles retiraram palavras, pois na legenda o diálogo continua: “Acho que não vou conseguir!”. Dizer que não vai não tem significado nenhum, simplesmente não vai, mas dizer que não consegue percebe-se que Ana se referia ao fato de ter matado Shannon, mesmo sem querer, mas que não conseguiria ir ao velório de alguém que matou sem querer. Quem conseguiria se sentindo culpado direto e com muito remorso? Mesmo que na dublagem só diga que ela não vai e a gente imagine o porquê, seria melhor colocar o que ela exatamente disse, para assim termos certeza do motivo.

CURIOSIDADE 1229 – Não há erro na enumeração desta Curiosidade. É porque vim descobrir poucos anos depois ao tentar reabrir meu Blog que ele havia se “perdido”. Belo trocadilho com a série, não? Daí, fui refazer em uma nova plataforma. E por que fui reabrir? Porque estava reprisando toda a série no canal SYFY e comecei a rever, claro. Ela é legendada. Prefiro assim. Estava reprisando quando eu descobri no canal. O excelente dessa série é que quanto mais vejo, mais coisas percebo e acrescento em meu Blog, portanto, ele nunca terá fim. Sempre acharei mais coisas não percebidas antes. Então, em 31/01/21, enquanto reprisava toda a série pela segunda vez, sendo episódios duplos da semana anterior, em uma maratona dominical do dia todo, acabei achando mais 5 interessantes curiosidades no fim da 2ª temporada e início da 3ª. Este episódio em questão está no meio da 2ª temporada, só que quando eu vi poucos dias atrás de postar os da semana, acabei esquecendo de acrescentar. Ao perceber as 5 curiosidades da semana, lembrei-me deste. Enfim, vamos lá. Uma cena de 1 a 3 segundos me passou bem despercebido e eu particularmente achei espetacular. Com certeza ninguém veria isso e mesmo lendo aqui agora, vão achar irrelevante, mas eu não achei. Quando as pessoas dos dois lados do avião se encontram na praia e começam os abraços do reencontro, para Libby e Eko aquilo era estranho, mesmo assim, e vejam só, aconteceu com duas daquelas figurantes que vez em quando aparecem no meio do pessoal, duas loiras foram receber a outra loira, Libby. A série é tão boa que até os figurantes capricham. Pode parecer insignificante isso, mas em uma cena de episódio até os figurantes se preocuparam em atuar bem? Gostei mesmo. Podem perceber que nos segundos finais do encontro e reencontro, duas loiras começam a receber Elisabeth e demonstrando claramente que ela é bem-vinda e a levando para suas “instalações”. Muito bom isso. Muito mesmo.

 

CRONOLOGIA48º dia.

domingo, 30 de agosto de 2020

T2/E7 - THE OTHER 48 DAYS (Os Outros 48 Dias).

ISENTO DE ERROS 36 e CURIOSIDADE 264 Observem a direção da queda da parte de trás do avião: ele vem do mar para a praia. Desta vez os produtores falharam feio. Onde está o terrível erro??? Vejam o comentário do início da 3ª temporada que irão entender. Estou só adiantando isso porque tal cena será importante ser relembrada quando chegar aos primeiros minutos do 1º episódio da 3ª T.

ISENTO DE ERROS 37 – Só para constatar que não há falhas nos minutos em que as coisas acontecem ali. Quando James tenta sair do buraco fazendo uma pirâmide humana, Eko passa a faca próximo dele para que ele não tente fugir, logo depois Ana é jogada no buraco. Quando assistimos o 7º episódio e Ana pede para Eko dar um soco nela e jogá-la no buraco (Ep. 7), eu fiquei esperando uma falha aí, pois voltando ao terceiro episódio na cena da faca e arremesso de Ana no buraco (Ep.3) acontecem seguidamente, uma cena atrás da outra, o que achei muito rápido. Contudo, quando Ana pede o soco, ele está guardando a faca (Ep. 7), ou seja, assim que deu a facada no buraco, Ana seria socada logo em seguida. Em dois episódios distintos os produtores tomaram o cuidado até de fazer essas cenas seguidas em segundos, pois quase ninguém perceberia isso a não ser, fãs que nem eu, que gostam de observar tudo. O mais importante ainda é que geralmente em um episódio que acontece depois de outro e tem alguma cena que tem sequência da anterior, é tendência de no episódio anterior ficar a desejar pelo fato de já ter sido gravado. Para não haver erros em locação de tempo, isso demonstra duas coisas: 1) Esses capítulos já estavam escritos; 2) Acrescentaram essa cena de Eko guardando a faca depois de já ter gravado o 3º episódio e este não havia sido passado na TV ainda. Caso os episódios eram gravados e passados ao público logo em seguida, então, possivelmente o primeiro caso seja mais provável.

SOCIOLOGIA 116 – MENTIRA TEM PERNA CURTA. FALAR MAL DOS OUTROS TEM VOLTA. Mentir é errado, especialmente quando você cria uma mentira e que pode correr o risco de em algum momento soltar uma pista para alguém descobrir que você está mentindo. Quando Goodwin conversa com Ana, ele diz ser da Peace Corps (Força da Paz). Ana pergunta: “Isso ainda existe?” e ele responde: “Incrível é que alguém da sua idade ainda saiba que isso existe”. Observem a gafe de Goodwin: é habitante da ilha, portanto, não teria como saber que a Força da Paz ainda existia. Quando citou que conhecia talvez tenha participado do grupo, só que em sua época. Por isso a importância de viver atualizado sobre o mundo, caso contrário, ficará “perdido”. Pelo menos Goodwin deu uma resposta na mesma hora, mesmo assim deixou Ana desconfiada, o que já é suficiente para a mentira dele ser descoberta. Mas casos assim não ocorrem somente em mentiras. Quando você for falar de alguém ou algo, especialmente por crítica, certifique-se se alguém por perto que você não conheça seja parente ou adepto de algo que você comenta. Vai que você fala mal de uma pessoa e alguém por perto seja parente ou conhecido daquela pessoa. Certa vez fui comprar uma revista em uma banca e ali perto estava havendo um evento da Igreja Universal. O balconista era meu colega. Chegou uma mulher para comprar algo e perguntou o que era aquilo. Meu colega, sabendo que sou evangélico, disse que era “coisa de crente” só para ver o que ela ia responder e ver qual seria minha reação. Ela disse: “crente é tudo ladrão!”. Eu esperei, pensando o que responder: “Deus! Dá-me sabedoria agora!”, assim pensei eu pensando o que responder. Um pouco depois respondi: “A senhora acha que eu tenho cara de ladrão?”. Ela respondeu que não com olhar de “eu nem te conheço”, sem perceber o que eu quis dizer. “Você sabe o que sua Igreja faz com o dinheiro que vocês doam? Eles dão um relatório sobre o que é doado e o que é gasto? Já pesquisou as igrejas evangélicas para saber quantas roubam? Como a senhora sabe se sou ladrão se nem me conhece?”. Eu só não continuei o questionamento porque ela percebeu o que eu estava querendo dizer e ficou tensa, pedindo logo o troco e quase correndo dali. Portanto, é como eu falei: nunca fale mal de coisas que você não sabe, nem sequer faz ideia se as pessoas próximas conheçam a pessoa ou assunto pelo qual você fala. Por fim, se você percebe que alguém mente, use de sua psicologia para algum dia ou alguma hora fazer com que a pessoa se contradiga com o que falou. Seja esperto e fale de uma forma que a pessoa não perceba aonde você quer chegar, pois como diz o ditado: a mentira tem perna curta.

ISENTO DE ERROS 38 – Para que os sobreviventes da parte de trás soubessem que não teria possibilidades de resgate e não ficassem esperando muito, os produtores resolveram colocar Cindy, a aeromoça, junto com eles, porque assim ela informaria aos outros sobreviventes que ouviu quando o piloto falou que não saberiam onde encontrá-los, já que estavam fora da rota de viagem por quilômetros. O pessoal da parte da frente teve o próprio piloto para dar a notícia para que assim não esperassem muito também, se bem que mesmo assim, nós vemos que metade deles esperou muito, como visto na 1ª temporada.
ADMINISTRAÇÃO 74 – Libby vai dizer a Ana sobre a infecção na perna de Donald e que se piorar poderá morrer. Ana responde: “E o que nós podemos fazer?”. A mesma coisa que aconteceu a Jack repetiu-se com Ana. As pessoas começaram a elegê-la como líder. Também aconteceu a mesma coisa com ela o fato de a liderança ser jogada para ela, pois chegou um momento que ela utilizou o pronome “nós”, ou seja, a perna estava infeccionando, mas o que ela poderia fazer? Ela ajudou as pessoas da queda e até a Bernard quando estava preso na árvore. Chegou a cuidar também das crianças. O mesmo comentário quando aconteceu com Jack é que as pessoas em grupo procuram sempre criar um líder e de preferência aquele que mais possua os traços de um líder.

SOCIOLOGIA 117 – Quando uma pessoa faz parte de um grupo e finge ser de outro, ela não consegue se identificar como alguém do grupo, mas consegue falar de uma forma que se identifique sendo do grupo sem dizer exatamente que é dele. Quando Ana-Lucia questiona a Goodwin o fato de os "Outros" terem levado algumas pessoas e outras não, ele responde que possa ser que os "Outros tenham levado aqueles que consideravam ameaças”. Ana complementa que "Eles" não levaram Goodwin, já que ele é alto e forte. Analisem a resposta dele: "Eles mudaram de ideia depois que dois deles morreram". Se quisesse convencer Ana com mais ênfase, Goodwin poderia ter dito: "Eles mudaram de ideia depois que MATAMOS dois deles". 1º) Matamos está no plural e ele se incluiria no grupo, entretanto, isso pesaria em sua consciência, pois ele não matou ninguém, e dizer nós, 2º) faria com que ele se incluísse na morte do próprio colega, e vai mais além ainda, 3º) ele se incluiria na morte de um componente de seu próprio grupo, portanto, era preferível não ser tão convincente e levantar suspeitas do que se acusar como um responsável pela morte de alguém do seu grupo real. Como eu falei no começo, quando você não consegue de jeito nenhum se identificar com um grupo pelo qual você não pertence, fala através da terceira pessoa e nunca da primeira pessoa, até porque, se você torce pelo Flamengo e resolve se infiltrar na torcida do Vasco, nunca conseguirá vestir a camisa do rival nem tão pouco dizer que é vascaíno. Estou errado?
MISTÉRIO 43 – Goodwin diz que Nathan não era uma boa pessoa, por isso não estava na lista e foi morto. Como já comentei exaustivamente, a Ilha escolhe as pessoas, ou seja, parece que elas foram predestinadas para o avião, mas se Nathan não estava predestinado, por que estaria no avião? Imagino que seja pelo fato de em uma viagem de avião muitas pessoas estariam embarcando. Contudo, o que seria bom para a Ilha? Cada um tem sua boa e má índole? Seria pelo fato de as pessoas não eleitas poderem comprometer o esconderijo secreto da ilha?

CRONOLOGIA – do ao 48º dia. Sobreviventes da parte de trás do avião.

Um dos episódios que mais gostei. Não há curiosidades no site da série.

sábado, 29 de agosto de 2020

T2/E6 - ABANDONED (Abandonada).

SOCIOLOGIA 112 – Quando Shannon grita ao ver o suposto Walt, todos correm para ver o que está acontecendo. É tendência de as pessoas sempre saberem o que está se passando, porém, Charlie briga com Claire porque ela ouviu os gritos, pegou o bebê e saiu correndo na direção dos gritos para saber o que estava acontecendo. Muitos têm esse hábito de ir ver o que está acontecendo, principalmente em cidades pequenas, no qual é raro acontecerem coisas inusitadas, até mesmo briga. São exatamente nas brigas em que um pode estar armado e uma bala perdida atingir um curioso que queria ver a briga. Nesse caso, a curiosidade pode literalmente matar o “gato”, e mesmo sendo em uma ilha, o risco é o mesmo, pois se alguém grita pode estar sendo atacado por um animal feroz que poderá atacar os curiosos. Além do mais, você vai fazer parte daquela estatística do “não vi nada, não sei de nada”. E se não tiver como negar que viu? E aí? Foi bom ter ido ver o que não deveria ter visto? Já vi uma notícia certa vez de um acidente em BR. Um curioso para o carro para espiar e acabou causando outro acidente. Morreu. A curiosidade literalmente matou.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 67 – Ana Lucia chama James de gênio, mas na legenda ela o chama de Einstein. Isso traz alguma importância para interpretações? Não! Mas se levarmos em conta que James apelidava a todos, temos um raro momento em que mais outra pessoa o apelida, o que é divertido: vermos alguém fazendo uma coisa pela qual ele já tem costume de fazer… e irritando a todos. Além do mais, gênio não chega a ser um apelido, mas sim, uma ironia que ela faz dele. Já chamar de Einstein, aí sim, é um apelido e ao mesmo tempo chama de gênio ironicamente. Existe uma grande diferença de tentar resolver um problema e não conseguir (gênio) para mostrar que sabe resolver um problema e na hora não consegue, passando vergonha, se julgando o mais inteligente de todos… um… “Einstein”.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 68 – Quando Eko decide ajudar Jin, Ana reclama. Ele responde: “Só sei agir assim!”. Eu pergunto: Como vocês interpretariam isso? Imagino a resposta. Se Eko está ajudando e diz que só sabe agir assim você pressupõe que ele só sabe ajudar, quando sabemos que sua vida foi bem errada. Porém, a legenda não parece representar isso. Ele diz: “É o único jeito que conheço!”. Dá para perceber de cara a diferença entre os dois diálogos. Como eles estavam em uma caminhada e não podiam continuar pela praia por causa dos rochedos, precisavam atravessar pela floresta. Eko diz em outras palavras que era ‘o único caminho que conhecia’, pois não tinha outro atalho para continuar, portanto, a frase é totalmente divergente da do áudio, como se na dublagem quisessem mostrar que Eko se preocupava com os outros e que vivia ajudando. Não que ele não quisesse ajudar, pois vemos que ele ajudou bastante Jin, James e Michael e sua intenção era ajudar mesmo, mas é que como sempre a tradução em áudio modifica muito a "natureza" de cada personagem. Repetindo, o áudio deu a entender que Eko se preocupava com os outros e vivia ajudando, sendo que na legenda ele está simplesmente se referindo a conhecer um único caminho para continuar a jornada, SENÃO, com certeza eles continuariam na mesma rota.

SOCIOLOGIA 113 – Contrário ao comentário anterior de Legenda Vs. Dublagem 67, vemos Ana-Lucia se contradizendo, comparado ao que falou a Eko quando reclamou de seu amigo estar ajudando James. Quando estão a caminho da praia, Cindy desaparece. Ana diz que vai atrás dela, mas Eko não aceita e pede para ficarem juntos. No dia anterior, quando Eko quis voltar para procurar Michael, ela não queria e ainda por cima disse a Eko que não ia esperar por eles. Isso mostra um pouco de egoísmo dela, pois quando se tratava do “outro grupo” ela não estava nem aí, mas por se tratar de “seu grupo” ela se importou. Se levasse em conta os direitos de cada um, Ana não poderia fazer acepção de pessoas já que todos faziam parte do mesmo voo, ou seja, são o mesmo grupo. Infelizmente isso acontece muito na sociedade de hoje, ao qual, grupos se fecham e agem cada grupo por si, quando na verdade todos fazem parte de um mesmo corpo. Nas empresas também há grupos separados e isso pode ser prejudicial, pois todos devem agir em busca de um bem comum em vez de fazer divisões internas, querendo até algumas vezes prejudicar os outros.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 69 e SOCIOLOGIA 114 Antes de James desmaiar, ele diz a Michael: “Te deixei na mão!”. A legenda diz: “Eu deixei você para trás!”. Os dois diálogos têm o mesmo sentido, porém, o fato de não seguir a tradução à risca, ou seja, sem ter de colocar nossos jargões, gírias e modo de falar, como acontece no áudio, acaba comprometendo o que realmente o personagem quis dizer. Nada vemos na dublagem em áudio, mas na legenda eles estão fazendo alusão a um famoso filme bíblico: Deixados Para Trás, por isso James disse isso. Acham que estou interpretando demais a série? Esperem para ver como essa frase será repetida na 3ª temporada a tal ponto de o 13º episódio ganhar esse título “Deixada Para Trás”. Além do mais, na 5ª temporada veremos algo parecido com o arrebatamento do filme supracitado, inclusive também há outro filme bíblico famoso chamado O Arrebatamento I, II e III. Por isso que digo que a forma como eles traduzem na dublagem comprometem o sentido da série. Aliás, tal expressão “deixei você para trás” será bastante trabalhado em toda a série. Quanto à Sociologia, vemos como as pessoas reagem na sociedade. James ficou surpreso em ver Michael lhe ajudando mesmo sabendo que ele deixou Michael “para trás”. Naquele momento ele percebeu que suas atitudes poderiam voltar-se contra si, mas também percebeu logo a seguir que as pessoas não são como ele e que poderiam revidar, mas em vez disso, o ajudam.

MISTÉRIO 42 e SOCIOLOGIA 115 – Quando Shannon corre atrás do suposto Walt, ela cai. Sayid tenta levantá-la, mas ela diz que não quer ajuda. Assim como acontecerá algo parecido com Eko na 3ª Temporada e com outros personagens em outros episódios, parece que a Ilha faz uma seleção de pessoas que julga serem boas. Shannon sempre demonstrava ser inútil e talvez tenha sido essa frase que deu seu decreto final, pois a Ilha quer pessoas que colaborem umas com as outras para que defendam a própria ilha e Shannon não queria ajuda, portanto, também não ajudaria as pessoas. Esse comentário será visto parecido nas próximas mortes. Convenhamos, ela e Boone eram um pé no saco. Em seguida, ela diz: “Você vai me abandonar!”. Quando vemos os flashbacks de Shannon, percebemos que não somente ela dependia dos outros, mas também as pessoas a tratavam como inútil, ou seja, elas também “moldaram” a loira. Quando ela responde isso, percebemos que o medo dela era de que ninguém a considerasse uma pessoa valorizada e ela tinha mais medo ainda de ficar sozinha, sem que ninguém lhe valorizasse. Então, vemos que as pessoas têm a capacidade de moldar o caráter de outras pela forma como tratam as mesmas. Assim como aconteceu a Dexter, no livro Sinais de Vida, que se achava incapaz porque as pessoas (até mesmo (e talvez principalmente) os de sua própria casa) o viam como um incapaz, fazendo com que Dexter acreditasse mesmo que não tinha valor, o mesmo acontecia a Shannon. Voltando ao mistério, quando Sayid diz que acredita em Shannon, naquele momento ele também vê a suposta aparição de Walt. É como se a ilha só agisse para algumas pessoas quando elas começam a ver ou se convencer de coisas que a Ilha quer que faça nas pessoas (obviamente algumas deduções minhas neste comentário não foram exatamente o que supunha, como será visto nas próximas temporadas).

CURIOSIDADE 263 – O episódio era para ir ao ar no dia 26 de outubro, mas o episódio "Adrift" foi colocado em seu lugar. Retirado do site da série.

CRONOLOGIA – 48º dia.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

T2/E5 - ... AND FOUND (... E Encontrado) - Parte 2 de 2.

 LEGENDA VS. DUBLAGEM 66 e SOCIOLOGIA 111 PRATICAR OU NÃO SEXO LOGO CEDO? Outro caso que envolve Ana-Lucia. Quando James pergunta se Ana é casada e ela diz que não, ele responde: “Que pena! Tá prontinha!”. Esse é o típico de frase dele, mostrando o como é garanhão ou somente dando uma cantada só para provocá-la. Porém, a legenda diz totalmente o contrário: “Parece ter vocação para isso!”. O que ele quis dizer é que se ela tem vocação para não ser casada, quer dizer que tem vocação para ser solteira e se tem vocação para ser solteira é porque não tem relacionamento amoroso, ou seja, analisem que James a chamou indiretamente de homossexual, principalmente pelo fato de ela liderar um grupo com mão de ferro, agir e falar com jeito nada feminino, até mesmo no modo de se vestir e por andar com armas naturais. Seu jeito “másculo”, que citei no LD 61. Acham que exagerei na interpretação? Então avaliem a resposta de Ana. Ela pergunta: “E você? É casado?”. Quando ele responde que não, ela pergunta: “É gay?”. Se observarem bem, a resposta dela foi à altura dele, ou seja, chamou de homossexual por conta de não ser casado, recebe a resposta de volta. Toma lá, dá cá. Analisando a resposta de Ana, percebemos que ela disse algo que principalmente no mundo de hoje, a grande e esmagadora maioria da população pensam a respeito do solteiro. Pelo fato de não ser casado, imaginam que possa ser homossexual, especialmente para os homens. Quando um homem não é casado, as pessoas tendem a julgar sobre a opção sexual dele. Vou mais além. Eu frisei bem "hoje em dia" porque conforme o mundo caminha e como já comentei em Psicologia 16 do episódio 13 (faço o convite para que releiam, pois tem muito a ver com o comentário a seguir), o fato de alguém ser virgem tornou-se uma coisa de outro mundo, mais precisamente, banal, ou melhor, “é coisa de otário”. A mídia televisiva ajuda muito a fazer com que as pessoas mudem seus hábitos, especialmente o sexual, com programas dirigidos exatamente para isso e com o título focado diretamente para o mesmo. Por conta disso, os adolescentes descobrem a vida sexual tão cedo que muitas das vezes sequer começam as mudanças do corpo quando atingem a adolescência, já praticando o sexo logo cedo, ou seja, até mesmo na infância, e olha que não é um sexo tão inocente não (se é que podemos classificar o sexo como inocente), mas um sexo quente, sujo e brutal. Nas festas hoje o que mais se vê é adolescentes ficando com outros em um só dia, como se bebesse água constantemente. A moda é pegar muitos em um dia só. Tem diferença nisso para prostituição, mesmo que seja só beijar? Agora, analisem meu raciocínio, se um menino beija várias meninas, implica dizer que várias foram beijadas também, ou seja, você não beijou uma boca de menina, mas várias bocas de meninos e daí se espalham bactérias e doenças. E é por conta dessas festas que rolam o sexo constantemente. Até quem é virgem mente, dizendo que não é para não passar vergonha, e para tornar a mentira mais confiante, procuram praticar o sexo mesmo, para assim dizer uma verdade plena. Aí, quem não vai gostar de praticar algo tão bom? As adolescentes ultimamente têm engravidado mais rápido que as jovens por conta do sexo que se tornou algo tão comum. Então eu digo (só para quem tiver o menor respeito a Deus): Isso é certo? Deus instituiu o casamento e hoje isso se tornou piada para a humanidade. Casamento e virgindade é piada para a humanidade. Será que Deus também acha piada? Qual será a opinião do Todo-Poderoso a respeito do sexo logo cedo e antes do casamento? Pois é! Por conta de o fato de ser virgem ser taxado de tudo, menos sensato, muitos homens levam fama negativa simplesmente porque não praticam.

CURIOSIDADE 255 – ASTROLOGIA, VIDENTES… E VOCÊ É O PALHAÇO. Sem importância essa curiosidade, mas não vou deixar de comentar. O amigo supersticioso de Jin disse que ele encontraria a mulher de sua vida vestida de laranja. No fim do episódio, enquanto caminha pela rua, Jin passa por uma jovem vestida de laranja. Ele olha para trás se lembrando das palavras do amigo e depois esbarra com Sun, não vestindo nada que tivesse a cor laranja. Tudo bem que isso é só uma cena, mas posso dizer também que esse negócio de astrologia é puro engano, como demonstrou essa cena. Desde quando a posição dos astros vai dizer com quem você vai se encontrar e até como vai estar vestido? Sinto vontade de dar risadas quando os astrólogos dizem que seu dia vai ser bom e que vai receber uma boa notícia ou que não deva sair de casa, etc. Imagine quantas pessoas há de determinado signo no mundo, exemplo: virgem (que pra mim não tem importância nenhuma). É óbvio que todos os dias receberemos notícias ou algo vai acontecer. Como existem muitas pessoas desse mesmo signo pelo mundo, a probabilidade de a previsão ser certa é enorme para algum deles (ou vários), isso é óbvio. Lembro-me de que certa vez uma famosa vidente disse que o Brasil seria hexa campeão se tomasse cuidado com a zaga e blá, blá, blá. Ora bolas! Até um técnico diria isso, precisa ser vidente? É típico daquela coisa: se for hexa, acerta, se não for (como sabemos que não foi), o “vidente” vai alegar que disse que seria campeão se tomasse cuidado com a zaga e outras coisas mais. Na época o Brasil estava até com dificuldades na zaga, portanto, é bem conveniente falar dos problemas visíveis (a zaga) para acertar o palpite, NÃO É MESMO? Aliás, até quem não entende de futebol pode dizer que se a zaga não atuar bem, a probabilidade de o time perder é enorme, NÃO É MESMO? Finalizando. Vou fazer uma previsão aqui mesmo sem saber de nada de Astrologia: você que nasceu no mês de junho... aguarde... pois terá uma grande notícia. (Boa ou ruim?) AGUARDE PÔ! EU NÃO FALEI QUE TERÁ UMA GRANDE NOTÍCIA!!! -_-

ISENTO DE ERROS 35 – Kate procura as mensagens dos náufragos para ver o que James havia escrito. Se os produtores não quiseram mostrar que Kate estava tão cega por não ter se despedido de James que não pensou direito, provavelmente eles pisaram feio na bola. Pensem comigo: quando o quarteto da jangada foi embora e levou uma garrafa com mensagens para parentes e amigos quando fossem resgatados, os quatro que estavam na jangada não teriam motivos para escrever nada, já que estavam indo em busca do resgate. No caso de James, não teria lógica menos ainda ele escrever mensagem (logo ele) para um amigo seu, por exemplo, e quando fosse resgatado entregasse o recado: “Olhe! Estou vivo! Leia o recado que mandei para você para saber que estou vivo! Leu? Tô vivo! Pois é! Agora me dê um abraço, cara!”. Isso faz sentido? Creio que não. Então, porque Kate procuraria uma mensagem de James se ele já estava na jangada? Espero mesmo que eles tenham “cegado” os olhos de Kate, até porque, vemos como ela estava transtornada por não ter se despedido dele.

 

As curiosidades a seguir são do site da série

 

CURIOSIDADE 256 – Não é tão curioso o que vou comentar, mas é inteligente. Não que eu soubesse disso, mas estava no site oficial da série. O título desse episódio e também o da 1ª Temporada são na verdade frases populares. Esse se intitula "... and found", que quer dizer "... e achados". Como o nome da série é LOST, então, o que complementa essa frase é "perdidos", que é a tradução da palavra "lost" – achados e perdidos. Bem criativo, pois se evitou dizer "perdidos e achados" pelo fato de a série já ter o primeiro nome (lost), portanto, cabe ao telespectador perceber a criatividade no título. Na primeira temporada isso também acontece, o título é "... in translator", que significa "... na tradução", ou seja, "perdido na tradução". Os três pontinhos já servem para o telespectador perceber a criatividade. Lost está subentendido e oculto no título destes episódios, até porque, é o título da série. O próprio nome da série é o complemento.

CURIOSIDADE 257 – Esse é o primeiro episódio com o número tradicional de flashbacks que é centrado em dois personagens. "Pilot, Parte 2" foi centrado em Charlie e Kate, mas contém apenas um flashback para cada, e é considerado multi-cêntrico. "Special" foi centrado em Michael e Walt, mas os flashbacks não foram balançados igualmente entre os dois personagens. Esse é o primeiro episódio centrado em Sun e Jin que mostram o ponto de vista de ambos. House of the Rising Sun centrou em Sun, enquanto ...In Translation mostrou a visão de Jin. Todos os episódios a seguir centrado neles possuem somente a visão de Sun ou a visão dos dois juntos.

CURIOSIDADE 258 – No currículo de Jin, é informado seu e-mail: jinsoo74@yahoo.com.

CURIOSIDADE 259 – Esse é o primeiro episódio da temporada que não mostra a Escotilha.

CURIOSIDADE 260 – Sawyer chama Jin de "Chewie" e Eko de "Mr. Ed.". No caso de Chewie foi interessante, já que ele não falava inglês.

CURIOSIDADE 261 – Peter Pan. Quando os Outros passam em procissão, uma criança segue arrastando um urso de pelúcia. Cena semelhante é vista em "Peter Pan".

CURIOSIDADE 262 – ERROS DE GRAVAÇÃO

No currículo de Jin, seu nome é escrito "Kwan" ao invés de "Kwon". Também, seu currículo afirma sua data de nascimento como 11 de novembro de 1974, e que ele tem 30 anos de idade. Isso é impossível, uma vez que o voo 815 caiu no dia 22 de setembro de 2004. Porém, sua data de nascimento foi confirmada em seu túmulo. Seu sobrenome é pronunciado corretamente em coreano (Kwon ao invés de Kwan), mas apenas escrito incorretamente. Ele poderia ter arredondado sua idade para que fosse levado mais a sério como candidato. Idades são calculadas de forma diferente na Coreia. Sua idade é um sal (?) quando você nasce, e você faz dois sal no primeiro dia de janeiro. Consequentemente, ele poderia ter 30 anos de idade pelos padrões coreanos em 2003. Entretanto, foi duas vezes confirmado que Sun e Jin casaram-se em 2000: quatro anos antes da queda ("The Hunting Party"), durante o Ano do Dragão ("Ji Yeon"), o que situa os flashbacks em, no máximo, 1999, quando Jin tinha 25 anos/27 sal. De qualquer forma, o currículo foi criado pelo departamento de itens de cenário e, provavelmente, não recebeu revisão pelos roteiristas, desconsiderando-o como canônico.

CRONOLOGIA – 47º dia.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

T2/E5 - ... AND FOUND (... E Encontrado) - Parte 1 de 2.

ATUAÇÃO 9 – Enquanto espera o cachorro fazer suas necessidades para ver se o anel que Sun perdeu foi engolido por ele, Ela diz: “Isto é ridículo! Nós estamos esperando que ele...”. Ela não complementa a frase, mas gesticula levemente com a mão e o rosto, impulsionando para frente, como se fizesse um gesto de empurrão. Achei a cena interessante, mas o que me chama mais a atenção é porque ela ficou encabulada de complementar a frase e preferiu gesticular, mesmo assim, o gesto demonstra vergonha em continuar a gesticular. Achei a interpretação de Sun tão bem feita que optei em colocar esse comentário.

SOCIOLOGIA 107 – Quando estamos presos em um lugar e sem perspectiva de vida, acabamos dizendo coisas óbvias ou até mesmo absurdas. Já falei sobre esses tipos de perguntas em outros comentários. Ao saber que Ana-Lucia tem um rádio que foi achado na escotilha que ela e seu grupo descobriram, Sawyer diz: "Você tem um rádio? Por que não usa?". A resposta de Ana é bem inteligente, aliás, nem sequer quis perder tempo para responder: "Puxa! Que ideia incrível! Tá atrasando o grupo". O inteligente James acabou fazendo uma pergunta boba. E quantas vezes não fizemos esse tipo de pergunta fútil, até porque, mais de um mês em uma ilha aparentemente deserta a pessoa não iria usar o rádio???

SOCIOLOGIA 108 – A PELE É NEGRA. ESTOU MENTINDO? Quando estão caminhando pela floresta, James está bastante fraco e precisa ser carregado. Ana-Lucia diz a Michael: "Leve ele com você". Libby, que nem estava na conversa, retruca: "O nome dele é Michael". Ana responde: "Éééé", no sentido de "É! Michael. Ok", mas de uma forma sem dar importância. É assim que se formam os preconceitos em uma sociedade. Como todos passaram a se conhecer por estarem isolados, forma-se um grupo. Existem grupos dentro de grupos. Com os sobreviventes da cauda, agora são dois grupos de verdade. Ana teve antipatia logo cedo por eles, assim como em breve, os da parte intermediária do avião ficarão com o "pé atrás" a respeito do pessoal da parte da cauda do avião. Ana não conseguia vê-los como alguém de seu próprio grupo, entretanto, todos eram passageiros do mesmo avião, com direitos iguais. Apesar do preconceito não ter acontecido com Michael por ser de pele negra, mas sim, ter acontecido com todos os sobreviventes da parte intermediária, podemos transferir esse caso para qualquer tipo de preconceito, como por exemplo, a própria cor negra. Não entendo o porquê de existir preconceito pela cor se todos somos iguais. A única diferença está na cor, mas o ser é o mesmo: humano. Se fossem espécies diferentes poder-se-ia argumentar, mas… e quando se trata de um mesmo semelhante? O preconceito hoje é tão forte que até retiraram a palavra "negra" do "vocabulário". Qual o sentido disso, se a palavra certa é cor negra mesmo? Isso não é ofensa, é dizer a cor. É somente uma cor, o ser humano é o mesmo que eu, que você, que qualquer um. Já fizeram até cota para pessoas de cor negra entrar em faculdade. Em minha opinião isso faz é aumentar o preconceito. Realmente se torna em separar pessoas de cor negra do resto da humanidade. Já escutei pessoas de pele negra em debates de sala de aula comentar a mesma coisa que eu ao discordar dessas cotas. Quer dizer que tem que existir um número limite de pessoas de pele negra para entrar em faculdade? Se ultrapassar esse número não vão poder entrar porque extrapolou o número limite? Isso faz sentido? Por que tratar tais pessoas "à parte", pois não dá no mesmo que colocá-los à parte da sociedade, à "margem" da sociedade??? Quem passar em vestibular está aprovado, não deveria ter essa coisa de "cláusula". Essas leis são as principais responsáveis de aumentar o preconceito. E voltando à cena com Michael, ele até poderia achar que Ana Lucia estava sendo preconceituosa, mesmo sem ser.

SOCIOLOGIA 109 – Quando alguém vai à busca de um emprego, tem de ir bem apresentável e com muito cuidado nos detalhes para que não se comprometa em uma entrevista com o gerente. Vejam o que aconteceu com Jin. Alugou um paletó, pois não tinha condições de comprar um. Como era alugado, não podia retirar a etiqueta. Na hora da entrevista, a etiqueta apareceu e o gerente a arrancou. Provavelmente Jin não teria conseguido o emprego se não tivesse cometido essa gafe. Aí vocês pensariam que isso foi positivo, mas na verdade foi extremamente negativo. Não foi só essa gafe que ele cometeu. Como era pescador, não prestou atenção ao cheiro de peixe que ainda estava em seu corpo, já que estava acostumado com o cheiro, não se preparando bem no assunto: banho e perfume (é óbvio que ele tomou banho e colocou perfume, mas deveria ter se preparado mais). Enfim, o gerente do hotel percebeu que ele era bem pobre e que precisava muito do emprego a ponto de fazer qualquer serviço. Resultado: o gerente conseguiu a pessoa para o que queria e ele ainda complementou: "Não peça aumento e nem folga. Não deixe entrar gente como você". Jin acabou sendo humilhado e dias depois se demitiu. Entenderam como foi negativo? É preciso estar muito bem preparado para esse momento, caso contrário, as consequências não fluirão como se deseja.

FILOSOFIA 31 e PSICOLOGIA 77 – PARE DE PROCURAR Sun perde sua aliança e desabafa com John Locke. Este, diz à sul-coreana que estava procurando algo na ilha e que só achou de uma forma: “Do mesmo modo que se perde algo: parei de procurar”. Por incrível que pareça isso é uma verdade. Tem coisas que procuramos, nos irritamos e nada de achar, até que desistimos e sem menos esperar o objeto sumido aparece. Há uma explicação lógica para isso, mas é explicação minha, não é científica. Quando procuramos algo temos a tendência de buscar refazer nossos passos feitos nos últimos minutos, como o próprio Hugo disse a Sun em um de seus conselhos para a coreana. Quando refazemos os passos que demos desde o momento em que achamos que foi perdido em determinada hora ou a partir de determinado lugar, começamos a ficar irritado por não achar, aí, ficamos repetindo esses mesmos passos várias vezes, então, os pensamentos não fluem mais como deveria. Por que alguns objetos são achados quando desistimos? Na verdade, quando desistimos, a tendência é relaxar. Quando estamos relaxados e deixamos as coisas fluírem normalmente, geralmente fazemos as mesmas coisas que fazemos no cotidiano, ou seja, somos um pouco robóticos e nem percebemos. Como sempre repetimos atitudes no dia-a-dia que às vezes nem percebemos e a tendência é passarmos por um mesmo lugar ou pegar as mesmas coisas várias vezes que, mesmo que queiramos refazer tais passos, não nos lembraremos de todos. Para facilitar o entendimento, digamos que você supõe que um objeto tenha sido perdido a partir de meio dia ou do momento em que visitou um amigo. Provavelmente um objeto supostamente perdido pode estar naquele lugar que passamos cotidianamente, mas como você supõe que foi perdido a partir do meio dia ou de quando visitou o amigo,  possa ser que tenha sido "perdido" antes daquela hora ou da visita… conclusão: como você desistiu de procurar, ficará mais relaxado e menos tenso, e por repetir seus passos constantemente, com certeza em algum momento irá àquele lugar onde deixou objeto. Por isso, a frase de John é certa: “Do mesmo modo que se perde algo... parei de procurar”. Isso já aconteceu comigo muitas vezes. É uma teoria não científica provável de acontecer. Pare de repetir aqueles passos específicos de todos os que você faz durante o dia e faça todos os passos normalmente, sem precisar se esforçar para lembrar, pois a mente já está sobrecarregada para forçar, desgastando ainda mais. Simplesmente deixa as coisas acontecerem naturalmente.

NÚMEROS 56 – Da parte de trás do avião sobreviveram 23 pessoas.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 62 e SOCIOLOGIA 110 Michael reclama com Ana: “O que faz você ser assim tão agressiva?”. Na legenda vemos “O que faz vocês serem tão nervosos?”. Durante esse episódio até o momento em que todos chegarem até a praia onde estão os outros sobreviventes, veremos constantemente essa diferença de, na dublagem em áudio, mostrar os pronomes na primeira do singular, enquanto que na legenda o uso do pronome é no plural (se referindo a todos). O que pode trazer de relevante para a história? Quando Michael diz "você" a Ana, nos faz interpretar que ELA é agressiva (áudio), além de ter difícil convivência com os outros e possuindo um aspecto “pouco másculo”. Quanto a dizer que todos são nervosos e não agressivos (quando na legenda Michael diz "vocês" que é uma palavra totalmente distinta de "você"), demonstra que todos são assim devido os maus bocados que passaram nas mãos dos ‘Outros’. Vejam mais sobre isso nos vários Legenda Vs. Dublagem que se referem a Kate, pois por conta de palavras traduzidas erradas, pode-se interpretar a índole de uma pessoa como sendo muito negativa, pois como estamos vendo nesse exemplo, não é Ana-Lucia que é agressiva e nervosa, mas sim, todo o grupo, até mesmo o valente Eko. Parece que até com Ana-Lucia resolveram fazer o mesmo com Kate, interpretar a personagem cada vez mais negativa conforme a dublagem em áudio.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 63 – Segue a mesma linha de pensamento do comentário anterior. Quando Michael questiona sobre o temperamento do pessoal da parte da cauda, Libby responde: "EU TENHO dificuldade pra confiar". Na legenda consta: "NÓS TEMOS problemas de confiança". O áudio transfere a desconfiança somente para Libby, mas são todos assim (os da cauda), não pelo fato de serem desconfiados por natureza, mas porque os horrores que passaram pelas mãos dos "Outros" os deixaram daquela forma enquanto estavam na ilha. É a velha dublagem em áudio deixando algum personagem bem negativo.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 64 – Quando Eko se apresenta a James, dizendo seu nome, este responde “Eko de ecologia?”. Enquanto assistia a esse episódio, a primeira coisa que eu pensei quando Eko disse seu nome foi a mesma piada que James fez. Se fosse outro que tivesse dito isso eu ficaria calado, porém, quem disse foi James. Sabemos como ele é debochado e dizer “Eko de ecologia” soa muito infantil, o que não é a cara dele. Na legenda consta “É como o cavalo, mister Ed?”. Ele disse isso se referindo a um personagem que só os americanos conhecem, ou seja, está mostrando a cultura americana. Trata-se de um cavalo que falava em uma séria televisiva dos anos 60 (essa parte peguei do site). Concordo que se colocassem isso na dublagem nós não entenderíamos, todavia, deveriam pelo menos ter colocado algo melhor do que uma frase tão infantil e sem graça como "Eko de ecologia". Não parece ser "Sawyer" quem falou. Tem mais a cara de Hugo ou Charlie.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 65 – Hugo diz a Sun que seu cachorro certa vez comeu um dólar e 39 centavos. Na legenda diz 35 centavos. OK! Essa diferença é insignificante. Mas qual a diferença de 35 para 39? Quase não há, então porque não põem a tradução correta? Poderíamos deduzir que eles puseram isso porque no nosso país não tem 39 centavos físico, mas sim, virtual, contudo, Hugo falou em dólares, portanto, é compreensível os 39, não acham? E olha que não há desculpa pela leitura labial, pois “Five” e “Nine” têm o mesmo movimento labial.