sábado, 26 de setembro de 2020

T2/E22 - THREE MINUTES (Três Minutos) - Parte 1 de 3.

 PSICOLOGIA 128 e CURIOSIDADE 349 MENTINDO PELA VERDADE. ESTUDO PSICOLÓGICO – Já comentei aqui em outros momentos a respeito de quem mente, que é quando fica visível na expressão facial e movimento corporal. Também comentei sobre o fato de alguém ser expert em algo e tenta fazer algo com outra pessoa utilizando sua esperteza, sendo que a outra pessoa também é experiente na mesma coisa. Exemplo: James tentou enganar uma mulher, mas esta sabia que ele tentava enganá-la porque ela também era golpista (se bem que no caso de “Sawyer”, ele arquitetou tudo, pois sabia que ela era golpista e sabia que ela descobriria). Não dê golpe em quem é golpista. Outro exemplo: em outro episódio alguém tenta mentir para Kate e a impressão que fica é: “não minta para uma mentirosa” (lembrando que isso fica subentendido claramente no áudio. Sempre fazendo de Kate uma péssima pessoa. Essa parte foi com Cassidy). O mesmo vale para John, quando Charlie está seguindo-o. Óbvio que Locke perceberia. Imagine… seguir alguém que é bom em rastrear. Não siga quem é bom em rastrear. Voltando ao assunto, quando os “Outros” capturaram Michael, eles precisavam fazer com que Michael mentisse e para que isso acontecesse e saísse o mais natural possível para que ninguém descobrisse que Michael mentia, eles forjaram uma sociedade precária para que assim o pai de Walt mentisse… falando a verdade. Esses “Outros” sabiam que dentre os sobreviventes da Oceanic havia alguns muito espertos e que poderiam perceber Michael mentindo, como por exemplo, Jack, Ana-Lucia, James, John e especialmente Sayid. Realmente Michael falou a verdade, apesar de ser mentira, pois o que ele viu foi realmente uma situação precária dos “Outros” porque foi assim que os moradores da Ilha fizeram, encenando uma moradia pior do que a dos sobreviventes. Por mais que uma pessoa observadora seja boa em estudar movimentos e expressões alheias, quando não existam cem por cento de mentira no meio, fica difícil detectar algo, mesmo que a pessoa seja boa na observação. Mas e quando há mentira embutida? Como fazer? Aí entramos no outro caso que aconteceu com o próprio Michael, mas que ele soube tirar de letra. Quando Jack perguntou se ele tinha visto Walt, a resposta foi uma mentira, dizendo que não, pois ele tinha visto sim três dias atrás. Com isso, Jack o olhou atentamente, e percebendo isso, ele complementou: “Não, mas eu sei que ele está lá”. Ele transformou a mentira em verdade e conseguiu brilhantemente desviar a mentira para o foco do “eu sei que ele está lá”, porque ele de fato sabia. Conseguiu levar isso para as duas lógicas. Se o “povo da ilha” estava ali, logo, Walt também estaria. A outra lógica é aquela do sentimento que um pai tem quando o filho está por perto, coisa que somente um pai sentiria e somente um pai conseguiria entender isso, por isso ele cita mais à frente a seguinte frase: “Você é pai, Jack?”. Michael teve desenvoltura para se livrar do interrogatório de Jack. Dois a menos para não se preocupar em enganar, pois Ana-Lucia estava morta. John estava longe daquela situação, com seus problemas de existência na ilha. Mas restava o pior obstáculo: SAYID JARRAH. Sobre isso vou deixar para o comentário a seguir. Recomendo que leiam, pois tem tudo a ver com esse. Antes de prosseguir ao próximo comentário, ainda resta o Curiosidade 349. Esta não tem nada a ver com a série, mas resolvi pôr devido um fato que acontece com TODOS NÓS, mas todos nós estamos ERRADOS. Agora vou à resposta de o porquê eu ter posto em negrito a parte: “ele tinha visto Walt”. Essa curiosidade é puro Português. Na legenda e áudio é falado: “Você viu O Walt?”. Isso está errado! Nunca, JAMAIS se deve pôr um artigo antes de nome próprio, pois fazendo isso, você está tornando Substantivo Próprio em Comum. O artigo serve para substantivar um nome. Sendo assim, seria como se disséssemos: “Você viu o walt?”, ou seja, está se referindo se você viu algum objeto chamado walt. Por isso que nesse texto está em negrito, pois pus a frase da forma certa, apesar de existir o artigo tanto na legenda quanto em áudio.

PSICOLOGIA 129 e CURIOSIDADE 350 O PASSO A PASSO DO ESTUDO PSICOLÓGICO – Será que por mais que se tenha jogo de cintura e desenvoltura para enganar as pessoas, uma mentira se sustente por muito tempo? Michael tenta convencer Sayid para que não vá ao resgate, pois ele deixa subentendido que Jarrah esteja indo atrás de pegar o cara que fugiu da escotilha. O árabe responde: “Está me dizendo que vou deixar uma vingança afetar a segurança do Walt?”. Com isso, Jarrah percebeu que seu amigo estava procurando qualquer motivo para barrá-lo do resgate. Foi suficiente para o ex-torturador usar sua aguçada observação nas pessoas. Quando Michael exige que Sayid não vá ao resgate a Walt, o árabe fica olhando pra ele, depois fixa mais um pouco o olhar. Michael sente a mesma pressão que já esperava sentir com as pessoas que citei no comentário anterior, no caso: Jack. O árabe dá uma leve olhada para cima, mas sem tirar o olhar do colega. Com isso, Michael olha para baixo. Espera um pouco e retorna o olhar para Sayid, como se tivesse se achado e encontrado alguma coisa a dizer naquele momento, saindo do ataque do amigo e indo pra defesa. Ele ainda esboça aquele típico olhar de esperar que algo dê certo, que suas palavras deem certo, ou seja, fecha um pouco os olhos esperando que cole o que falou. Pisca bastante em seguida. Depois que Jarrah aceita, Michael dá um quase imperceptível suspiro de alivio. Depois de todo esse estudo facial minucioso e para ter certeza do que via, Sayid resolve apertar a mão do amigo. Essa foi a confirmação definitiva. Expressão facial e movimento corporal. Imagine… enganar um torturador que sabe quando alguém mente devido seus anos de experiência. Inclusive Sayid disse isso a Charlie em outro episódio quando torturou o falso Henry, dizendo que o torturou sem sentir culpa. Mais uma vez demonstrando sua experiência. O contato físico foi a forma definitiva que Jarrah encontrou para tirar todas as dúvidas. Ele não somente aperta, mas segura a mão de Michael, e ainda por cima usa sua outra mão, e com as duas, segura firme a mão do pai de Walt. Esse foi o momento de perceber que Michael ficou levemente tenso e com vontade de sair logo dali. Estão vendo que existem várias formas de se buscar a verdade? Não adianta perguntar, pois é óbvio que a pessoa continuará mentindo. Tudo isso é uma simples questão de Psicologia. Leiam o comentário anterior, caso não tenham lido, e leiam também o comentário a seguir que ainda tem ligação com estes dois. Antes de partir para o próximo, vou à Curiosidade 350, que mais uma vez não tem nada a ver com a série, mas sim, com o CURIOSIDADE 349, do item logo acima. É uma resposta a ele. Como eu havia explicado, nomes próprios não podem vir com artigos antes, a não ser que você realmente queira falar como objeto e não nome próprio. Mais uma vez se trata de uma questão de Português. No começo desse comentário, eu citei o seguinte: “vão ao resgate a Walt”. Nesse caso não há erro. Esse “a” não é artigo, mas sim, preposição. Mas na fala de Sayid ainda há o erro “do Sayid”, pois foi substantivado. E o pai quem fala “do Walt”. Fez do filho, substantivo próprio, objeto.

PSICOLOGIA 130:

VOCÊ ESTÁ VENDO DEMAIS. PSICOLOGIA AGUÇADA.

SAYID: Eu acho que o Michael tá escondendo alguma coisa.

JACK: Como assim?

SAYID: A atitude dele é de quem não está dizendo a verdade.

JACK: Mas, por que ele mentiria para nós?

SAYID: Porque eu acho que um pai faria tudo por um filho. Acho que pode ter soltado o Henry. Acho que vai levar vocês para uma cilada.

JACK: Você acha demais!

SAYID: Eu também achava que o Henry era um deles.

JACK: Tudo bem, vamos falar com ele.

SAYID: Ele tem que continuar achando que tá no controle.

            Aqui temos o veredicto de Sayid sobre as atitudes de Michael. O ápice de sua especialidade nesse assunto surgiu no momento em que Jack disse que ele achava demais. A resposta do árabe foi excelente. Aliás, diga-se de passagem, Psicologia Aguçada é uma coisa que não se explica. Em outro comentário mostrei a respeito do fato de algumas pessoas sentirem quando estão falando dela ou coisa parecida, que alguns tacham como “você está vendo demais”. Sensibilidade aguçada, “sensor” aguçado é uma coisa que não se explica. Parece um “sentido de aranha”, portanto, não se vê, só a pessoa que sente. Por isso que para os outros parece loucura, ou que “está vendo demais”. Por isso também que pessoas desse tipo costumam às vezes se sentirem mal por perceberem determinadas coisas, pois quem enxerga determinadas situações que os outros não veem, as afetam psicologicamente, e o pior de tudo é quando alguém percebe isso em você e começa a usar disso como arma, pois qualquer coisa que se fizer contra ti ninguém poderá provar nada, até porque, só você que sentiu isso, vê e percebe o ataque da pessoa que ainda por cima se diz ser “inocente” e que nada fez contra ti… alegando que você estava vendo demais. Se você, o atacado, não fala, vai definhando lentamente por ser tão observador. Se fala o que está vendo, é tachado de complexado. E a pessoa “inocente” que te atacou é tratado como um “anjinho” e vítima das alucinações do “louco”. Em suma, pessoas que fazem isso, atacando o outro porque sabe que o outro vai perceber, já que quem tem Psicologia aguçada, pessoas desse tipo: supostos “inocentes” são pessoas malévolas, que não têm amor; que tem o mal no coração. Cruéis. Já aconteceu fatos comigo, conforme expliquei no PSICOLOGIA 95 do episódio 14, a diferença, é que não ataquei, pelo contrário, fui investigando até obter as provas que precisava para mostrar que não via coisas. Em outras palavras, fiz como Sayid, averiguei antes. Voltando à Sayid: “A atitude dele é de quem está escondendo alguma coisa”, ou seja, aquela conversinha com Michael antes, conforme vimos no item anterior, se encerrando com as pegadas de mão. A firmeza ao segurar, para ver a reação do outro. Linguagem facial e corporal às vezes fala mais do que palavras. No fim do episódio, ele mostra sua conclusão:

JACK: Não sabemos se o Michael tá do lado deles.

SAYID: Ele tá do lado deles.

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