terça-feira, 22 de setembro de 2020

T2/E19 - S.O.S. - Parte 3 de 3.

 SOCIOLOGIA 178:

JAMES: Já montou um sindicato lá na fábrica de areia, companheiro?

        Conforme comentei nos primeiros episódios da 1ª Temporada, mesmo quando uma civilização recomeça do zero em uma ilha, por mais que não haja recursos para dar início a uma "cidade", ainda assim a sociedade se forma. Na 1ª Temporada vemos se formar o grupo de líderes, dos sociáveis, dos inventores, inclusive da "periferia", como bem dizia James, ou seja, aqueles que são marginalizados pelos outros. Por fim, nascem também os sindicatos, pois os grupos começam a se fazer de uma forma que até mesmo a política começa a aparecer, ou mesmo, grupos que se divergem de outros.

ADMINISTRAÇÃO 109:

ROSE: Você já parou para pensar que as pessoas estão desistindo porque você tem um sério problema de liderança? Exatamente! Você está sempre tentando alguma coisa. Por que não deixa as coisas acontecer?

BERNARD: Se eu não tentasse fazer alguma coisa você não estaria aqui!

        Como falei antes, agora uma pessoa comenta sobre as falhas na liderança de Bernard. Isso mostra que nem todos têm capacidade de liderar, pois liderar não é mandar, exigir, obrigar, criticar, soltar indiretas. Bernard tentou iniciar uma liderança, mas como não tinha esse dom, acabou sozinho, pois as pessoas não gostaram da forma como aconteceu. Vemos na resposta de Rose o fato de estarmos sempre tentando determinadas coisas que nunca conseguimos. Em vez de insistir em algo que não se consegue, não seria melhor deixar as coisas realmente acontecerem? Como dissera certa vez Locke a Sun, enquanto esta procurava por sua aliança: para achar a aliança, a solução era parar de procurar.

        Quem sabe o fato de não conseguimos determinado objetivo implicasse dizer que seria melhor não tentarmos tal função e que não temos capacidade para tal? Não estou querendo dizer que devemos parar de tentar as coisas, pois nunca devemos desistir do sucesso, mas que se devem parar determinadas tentativas e pensar no porquê de não conseguirmos, meditar sobre isso.

Por fim, Bernard dá a resposta que desagrada a Rose, então ela se ofende e se retira de sua presença. Se não fosse pelas tentativas dele e a mentira dela em dizer que estava curada para ele parar de tentar, os dois não teriam caído ali. As estranhas propriedades da Ilha curaram Rose, mostrando que ela tinha razão em parar e deixar as coisas acontecerem.

ISENTO DE ERROS 50 e MISTÉRIO 64:

ISAAC: Existem lugares com muita energia. Lugares na terra como este, onde estamos agora. Talvez esta energia seja geológica, magnética ou talvez seja outra coisa e quando isso é possível, canalizo esta energia e a passo para os outros.

Segundos depois.

ISAAC: (...) Me desculpe, não posso fazer nada por você.

ROSE: Eu não tinha esperança.

ISAAC: Não é que você não possa ser curada. Como eu disse, há energias diferentes. Este não é o lugar certo para você.

        Eis uma possível prova da cumplicidade deste homem com a Ilha. Será que ele não era um morador da Ilha? Será que não foi por causa dele que conseguiu manipular os eventos para que esse casal caísse na Ilha? Essa conversa também serviu para a série buscar uma interessante explicação para os estranhos poderes da Ilha, como será visto também na 3ª Temporada pelas palavras de Juliet. Propriedades eletromagnéticas realmente podem alterar funções no organismo humano.

SOCIOLOGIA 179 – AS APARÊNCIAS ENGANAM – Kate acha uma barba postiça. Eles desconfiam de que os "Outros" fingiam serem pessoas rústicas, primitivas. Vejam como as pessoas têm a tendência de imaginar que alguém com barba e que não se encontra vestido formalmente, ou uma mulher sem um bom trato na aparência, pode ser uma pessoa sem cultura, sem sabedoria ou leiga em qualquer assunto formal ou informal e que não demonstre ter sociabilidade.

        A aparência não quer dizer nada, até porque, hoje em dia os ladrões não são somente maltrapilhos, mas usam paletó e gravata (não estou me referindo aos políticos, mas sim a ladrões mesmo). Já em se tratando de pessoas bem vestidas que aparentam serem cultas, também fazem parte do tradicional "a roupa não faz o monge". Nesse caso refiro-me a alguém estar em um cargo de uma empresa e que não sabe de nada de sua função, ou seja, foi colocado ali por algum grau de parentesco com os principais da empresa - nepotismo. Trata-se da velha tendência em fazer das pessoas o que elas vestem, quando elas não são o que aparentam ser. Um senhor barbudo e despreocupado com a aparência pode ter mais cultura e sabedoria do que alguém que entrou numa faculdade e que mal sabe ler (sabe-se Deus como chegou até a faculdade). No caso desses "Outros" da Ilha, eles próprios se autodenominaram como pessoas rústicas. Não que eles considerassem isso, mas pelo fato de pensarem como se estivessem na posição dos sobreviventes da Oceanic, ou seja, se vestir dessa forma em uma ilha para fazer com que os sobreviventes pensassem que eles próprios (os "Outros") fossem pessoas rústicas e perigosas, para então, meterem medo nos sobreviventes.

ISENTO DE ERROS 51 – O local onde Kate e Jack está começa a chover, mas na praia não está chovendo. Antes eu pensava que havia um erro nesta cena, porém, imagino que isso foi uma forma de os produtores mostrarem o tamanho da Ilha. Não é difícil supor que até em uma pequena cidade possa acontecer de chover em um extremo da cidade e em outro não. Eu mesmo já vi acontecer isso até entre uma rua e outra. Na cidade aonde moro, Patos-PB, eu vi o absurdo de uma das longas ruas da cidade, a rua do Prado, não tinha chovido, porém, acreditem, todas as ruas perpendiculares a ela tinham chovido do início da rua para adiante. Seria como se a chuva tivesse iniciado no limite da extensão da rua do Prado. Se na vida real essa estranheza acontece, o que não dizer desta série.

PSICOLOGIA 123:

ROSE: Quando você está doente e tem alguma coisa dentro de você que não devia estar lá você consegue sentir. Eu não senti mais aquilo. Eu achei que fosse o choque, mas não era. É este lugar. Eu disse isso para você parar de gastar o tempo que nos restava e tentando fazer alguma coisa.

BERNARD: Você pode estar em remissão!

ROSE: Bernard, eu sei! (no momento em que fala isso, passa ela e Locke em sua cadeira de rodas no aeroporto - flashback).

       Poderia classificar este comentário como Mistério pelo fato de Locke voltar a andar e de Rose ser curada do câncer assim que caem na Ilha, mas como já fora muito comentado, bem como também já fora comentado sobre a possibilidade de os moradores da Ilha serem todos portadores de câncer (MISTÉRIO 63 deste episódio), por isso o motivo de nunca quererem sair dali. Mas quero chamar a atenção para o lado psicológico que existe em cada um de nós. Como Bernard mesmo disse, Rose poderia estar em remissão, mas nós conhecemos quando há algo estranho em nosso corpo, bem como também sabemos quando algo deixou de acontecer no corpo. Claro que não quero dizer com isso que não devamos fazer exames quando nada sentimos, pois devemos sempre fazer um "check-up" em nosso corpo para saber quando algo de estranho estiver acontecendo. Rose sabia do que estava falando porque se lembrava de ter visto John numa cadeira de rodas no aeroporto. E o tempo ajuda nas suspeitas delas, pois já havia se passado mais de dois meses na Ilha.

PSICOLOGIA 124 – MENTE RELAXADA RACIOCINA MELHOR – Locke tentava decifrar, mas não se lembrava dos símbolos que apareceram na porta da Escotilha enquanto ele estava com as pernas presas. Angustiado, resolveu sair por um tempo para caminhar e ficar sentado na praia. Ele também conversa com Rose na praia, o que o ajuda a desanuviar a cabeça. Ao retornar, encontra Ana-Lucia e diz: "Eu precisava esticar as pernas". Ele volta à mesa onde desenhava os símbolos e consegue fazer os símbolos com mais tranquilidade, lembrando das figuras. Observem como nossa mente quando está perturbada não consegue produzir nada. Depois que resolveu espairecer a mente dando uma caminhada tudo fluiu naturalmente. Foi preciso desviar a atenção daquilo que ele mais almejava para poder relaxar a mente e conseguir pensar melhor. É bem parecido com o que já comentei anteriormente, quando alguém perde algum objeto pessoal e tenta refazer seus passos, não consegue achar nada a não ser que resolva parar de procurar e tentar deixar as coisas acontecerem. Mente sã, raciocínio fluente. Quando nossa mente está sobre pressão, não adianta forçá-la, mas sim, relaxar e deixar as coisas acontecerem.

NÚMEROS 70: Enquanto procurava pessoas pra fazer o S.O.S., Bernard reclama que no começo tinha 15 pessoas. Agora tem 4.

BÍBLIA 5 – AS PESSOAS MAIS PEDEM DO QUE AGRADECEM – O assunto que vou comentar agora é pura religião. Rose diz o seguinte: "É! Acho que fui criada para não questionar as graças de Deus!". Ela se referia isso ao fato de a comida cair do céu e as pessoas não questionarem o porquê de isso acontecer, em vez disso, ela agradecia por ter comida. Certa vez li em um livro religioso que as pessoas mais agradecem a Deus do que fazem petições. Será? Eu discordo em gênero número e grau. Vi isso até em uma revista de Escola Bíblica Dominica (EBD) e discordei dela Por que está na revista não sou obrigado a concordar. Hoje em dia vemos mais petições, especialmente por cura e riquezas e muitas dessas pessoas não agradecem a Deus quando adquirem as bênçãos. Bem parecido com a parábola dos dez e que somente um voltou para agradecer.

MISTÉRIO 65 – Jack diz ao falso Henry que irá para a floresta tentar trocar seu prisioneiro por Michael. Já à noite, o médico e Kate decidem voltar para a praia, então, Michael aparece, como que tivesse fugido e desmaia. Ele aparece na hora em que os dois desistem. Conveniente não? É mais uma suspeita que leva a crer que todos os sobreviventes eram monitorados e que deixaram Michael ali de propósito.

CURIOSIDADE 330 – Mais um brilhante fim de episódio como acontece com muitos outros. A música de Otis Redding sendo tocadas e várias cenas sendo mostradas, combinando perfeitamente com a melodia: Bernard e Rose, Sun e Jin, Claire e seu filho, Hugo e Libby, James e Vincent (está ficando de coração mole hein, James), enfim, são aqueles fins de episódio com fundo musical perfeito, que abrilhantam mais ainda a série, como aconteceu no fim de vários episódios na 1ª Temporada.

 

As curiosidades a seguir são do site da série.

 

CURIOSIDADE 331 – Rose acidentalmente deixa cair suas pílulas no aeroporto e Locke, ainda em sua cadeira de rodas, as pega (fazendo Rose a única pessoa viva na ilha a saber sobre o milagre das pernas de Locke.)

CURIOSIDADE 332 – Foi a primeira menção oficial de Neil Frogurt na série.

CURIOSIDADE 333 – Na última cena de Rose e Bernard, o S.O.S. incompleto na praia parece uma cara carrancuda e, ao lado do casal, uma flor [rose] com o centro branco.

CURIOSIDADE 334 – Quase no fim do episódio (mais ou menos nos 40 minutos), depois da música "These Arms of Mine" de Otis Redding ser tocada, existe uma cena de Rose e Bernard juntos. Durante essa cena, logo após o fim da canção, existem mais músicas tocadas em série. É cantada uma frase duma canção de Bette Midler. Qual o nome da canção? "The Rose" (A Rosa). Conveniente, não?

NÚMEROS 71 – Michael retorna depois de estar desaparecido 8 episódios.

CRONOLOGIA62º e 63º dia.

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