1ª FASE: OS PROBLEMAS DE LIDERANÇA (JACK E JOHN)
PSICOLOGIA 99, ADMINISTRAÇÃO 89 e SOCIOLOGIA 157:
JOHN LOCKE: Nós prendemos alguém na Escotilha.
ANA-LUCIA: Nós prendemos? Nós quem?
JOHN LOCKE: Eu e o Jack.
ANA-LUCIA: O Jack sabe que veio me pedir isso?
JOHN LOCKE: Não preciso da permissão do Jack porque tem um homem preso dentro da minha escotilha!
Mais um dos resultados dos jogos mentais de "Henry". Quando Ana fez uma pergunta, demonstrando a liderança de Jack, dá a entender que só o médico quem manda. Agora, observem a frase final: "Tem um homem preso dentro da minha escotilha". JL acabou agindo como James, se apossando das coisas. A Escotilha não era propriedade de ninguém. Por fim, a respeito de Administração, é a mesma história que sempre venho destacando: essa disputa nociva de liderança. Locke foi perdendo a noção das coisas, se apossando do que não era seu e ficando indefeso em algo que era sua especialidade: esperteza. Jack foi perdendo a noção de liderança, ficando cada vez mais autoritário. Três temas em um texto tão pequeno.
ADMINISTRAÇÃO 90 e SOCIOLOGIA 158 – John Locke conversa com Jack Shephard sobre a possibilidade de levar alguém para interrogar Henry Gale:
JOHN: O que acha de Ana-Lucia? Foi pedir a ela para montar um exército para lutar contra os "Outros". Por que não ela?
JACK: Eu falo com ela.
JOHN: Eu já falei! Está lá dentro com ele.
Observem passo a passo as indiretas sobre liderança por trás da conversa entre esses dois:
"Foi pedir a ela para montar um exército", ou seja, você tomou a iniciativa de formar um exército sem me consultar ou me convocar para o grupo.
"Por que não ela?", ou seja, se você foi
atrás dela, por que não segue minha ideia e a leva para interrogar o
prisioneiro? A ideia foi sua, só estou reforçando (quando na verdade a ideia
era de John mesmo).
"Eu
falo com ela", ou seja, Está bem! Obrigado por me pedir. Vou falar com
ela.
"Eu já falei", ou seja, não precisa tomar a iniciativa, já fiz isso! Não vim aqui pedir sua permissão, só vim dizer minha opinião e o que já tinha feito. Não é só você que resolve as coisas por aqui! Eu também sei e posso resolver!
"Está lá dentro com ele", ou seja, já fiz
tudo, não esperei para falar com você, pois eu também posso agir.
O
inteligente John foi manipulado fácil e essas palavras que ele proferiu eram as
do prisioneiro, se tornando JL um perfeito fantoche de "Henry".
Em se tratando de administração, exemplificando uma empresa, é preciso nesse momento ter alguém que possa pôr as coisas no seu devido lugar, caso contrário, a "guerra" entre duas pessoas a respeito de algo como liderança pode trazer sérias consequências desastrosas para uma empresa.
SOCIOLOGIA 159:
ANA-LUCIA: Mas uma boa notícia, Henry, é que não cometo o mesmo erro duas vezes!
Certas coisas que acontecem em nosso passado, carregamos em nosso presente sem perceber. Quando Ana falou isso a "Henry", ela se referia ao erro que cometeu com Nathan, ao achar que ele era um espião no outro lado da ilha. Mas para ela dizer que não cometeria o mesmo erro duas vezes, a lógica pelo menos seria a de que Henry sabia ao que ela estava se referindo. Ela acabou dizendo ao "Henry" que já havia cometido esse erro. Quando somos envolvidos em conversas, acabamos entregando fatos que não devemos às pessoas. É uma questão que se deve tomar cuidado em sociedade.
2ª FASE - TRANSIÇÃO DA 1ª PARA A SEGUNDA: OS PROBLEMAS DE CONVÍVIO (SAYID, CHARLIE e ANA-LUCIA).
SOCIOLOGIA 160:
ANA-LUCIA: Tudo bem pra você?
JACK SHEPHARD: Eu não contei pra ninguém, Ana.
ANA-LUCIA: Não esquenta, Jack!
Essa conversa aconteceu quando Jack se preocupou em Ana contar sobre o prisioneiro a alguém. Apesar de todos os sobreviventes fazerem parte do mesmo voo, os grupos foram formados, portanto, quem está correto? O anfitrião (JS) que faz amizade com a novata (AL) e passa a confiar nela para introduzi-la à sociedade, ou a novata que procura se encaixar no novo grupo, pedindo até conversa íntima com um do grupo só para entrar na sociedade? Com Jack, Ana se deu bem, mas olha o que aconteceu quando Ana tentou aproximação com Sayid:
SAYID: O que quiser dizer pode dizer aqui. É sobre a Escotilha?
CHARLIE: O cara que tá preso no armário lá. O que tem ele?
Ana-Lucia foi tentar falar sobre o prisioneiro a Sayid em segredo, já que Charlie estava por perto. Ela estava tentando demonstrar que fazia parte da equipe. A fala de Charlie aí acima está demonstrando que ele sabe tudo e que ninguém esconde nada dos outros ali, todos são unidos e os outros que chegaram depois (a turma de Ana) é que são intrusos, hostilizando a moça, quando isso não é verdade, pois se Jack e Locke tentaram esconder isso de todos os outros, então não havia um grupo unido (incluindo os da parte da frente do avião), sendo assim, Charlie estava errado. Em outras palavras, o grupo pode ser o mais unido possível, mas não implica dizer que tudo é compartilhado, sempre haverá segredos compartilhados entre alguns, possivelmente até entre dois ou três, como ocorreu aqui nesse exemplo no início. Provavelmente Charlie desconfiasse que o prisioneiro era realmente escondido por todos, inclusive ele, mas aproveitou o momento para hostilizar a moça.
SOCIOLOGIA 161 – PALAVRAS TAMBÉM RESOLVEM SITUAÇÕES – Após a conversa do comentário acima, Ana-Lucia mostra o mapa que leva até o balão, desenhado por Henry:
SAYID: Como convenceu ele a fazer isso?
ANA: Eu pedi por favor!
Jack, Locke, Sayid e Eko tentaram arrancar informações de "Henry" por meio de pressão física e psicológica. Ana-Lucia, justamente a pessoa mais explosiva, fez o que ninguém pensou em fazer: conversar civilizadamente. Com isso vemos que nem tudo na vida se resolve com certas atitudes, força bruta, por exemplo. Palavras também resolvem situações.
ADMINISTRAÇÃO 91:
SAYID: É um dia de caminhada!
ANA: Então é melhor a gente ir!
Sabemos bem que pessoas com atitude têm de tudo pra crescer na vida. Ana não quis perder tempo discutindo sobre a missão de ir procurar o balão e saber se o tal de Henry Gale falava a verdade, já foi chamando Sayid e Charlie para procurar o balão. Sayid nada mais comentou e por mais que não simpatizasse muito com Ana, gostou da atitude dela, pois ele tentou dificultar a missão e ela respondeu exatamente o contrário: “Estamos perdendo tempo. Vamos!”.
CURIOSIDADE 302 – Esse episódio em minha opinião não foi um dos melhores, mas os personagens deste episódio em si foram excelentes. Sayid e Charlie não andavam juntos tanto, mas foi muito legal e hilariante ver três pessoas que não tinham nada a ver um com o outro se aventurando pelas matas e trocando diretas e indiretas. Mas tem outra coisa mais curiosa ainda: o episódio anterior também se centrou em três personagens e da mesma forma desse, eram três pessoas que não tinham nada a ver, quer dizer, pelo menos Kate e Claire eram muito amigas, mas ver Danielle com as duas foi muito bom, principalmente pelo fato de ter a francesa, muito querida pelos fãs. O trio feminino junto deu um toque especial ao episódio anterior e foi bem legal ver Kate e Claire tendo um entrosamento amistoso com Rousseau e depois pedindo desculpas no fim, ao saber que a francesa salvou Claire na primeira temporada. Dois episódios seguidos com um trio nada convencional, mas a deste episódio foi muito divertido de se assistir.
SOCIOLOGIA 162 – Ana-Lucia vai mostrar o mapa que conseguiu. Sayid pergunta se ela mostrou o mapa a Jack e Locke. Ela responde: "O Jack e o Locke estão muito ocupados preocupando-se com Locke e Jack". Charlie exibe um discreto sorriso adorando o que ouviu, até porque, era bem visível o problema de liderança entre os dois e ninguém ousava sequer tocar no assunto. Aqui começa as divertidas cenas entre os três. Observem como uma disputa por liderança interfere no relacionamento entre pessoas. Isso é válido tanto para esse inusitado trio como para a dupla da liderança. E por fim, vemos como duas pessoas em disputa de liderança para algo pode ser nocivo para uma empresa. Um quer passar a perna no outro, não importando as consequências que podem acarretar para a empresa. Isso é válido tanto para empresas como para disputa de governo na política, como para diretoria de um colégio, enfim, sempre que se disputam cargos, quem perde são todos.
SOCIOLOGIA 163 – Os momentos mais hilariantes do trio: Sayid, Charlie e Ana-Lucia acontecem agora. Enquanto os dois homens se preocupam um com o outro, Ana diz: "Tá tudo bem! Tô bem, obrigada!", demonstrando que os dois nem estavam aí para ela. Cena idêntica quando Jack, Kate e Charlie foram a busca do transceiver no primeiro episódio da série, Jack perguntou se Kate estava bem e vice-versa. Charlie respondeu que estava bem também ao perceber os dois se preocupando entre si, sem se darem conta da presença dele. E olhem só, ocorre a mesma cena com Charlie agora, só que em posição favorável desta vez.
Começa então o toma lá, dá cá. Logo a seguir, eles acham o caminho do mapa que Henry desenhou. Ana diz: "É! Um a zero para Henry!", demonstrando o que é experiência. Dando uma indireta à Ana, Sayid responde: "Mostrar um ponto geográfico não quer dizer que vamos achar o tal balão". Percebendo a indireta, ela rebate de volta: "Talvez não, mas pelo menos é a ilha certa".
Charlie passa a se divertir com essa "guerra" de respostas e diz: "Bom humor não é o forte dele". Ana não dá nenhum sorriso e o fita bem invocada. Ele então também entra nesse "jogo de palavras" e sua resposta me fez rir à beça: "... e olha pra quem estou dizendo isso!". A cara de sem graça que Charlie fez e sua resposta de "contra-ataque" foi muito engraçada, bem a cara dele.
As "farpas" trocadas entre o trio chega ao ápice total quando Ana diz: "Olha! Acho melhor você deixar a arma pra quem sabe usar". Ela se referia isso pelo fato de ter sido policial, mas profissionalismo nenhum convenceria os outros a entregarem a arma para alguém que chegou recentemente e está se entrosando agora. Charlie diz: "É! Mas da última vez que você ficou com uma arma você matou uma pessoa". Além da resposta, que por si só já foi impactante, até porque, Ana matou sem querer a amada do árabe, Shannon, Charlie pega a arma e vai direcionando para Ana, contudo, desvia lentamente e passa para as mãos de Sayid, deixando a ex-policial sem graça e do tipo acusativo: "Você não faz parte do grupo!". E se fosse você? Como reagiria no meio de pessoas que querem fazer questão de lhe mostrar que é uma "persona non grata", uma pessoa que não agrada e que está sobrando, que não o consideram do grupo?
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