sábado, 19 de setembro de 2020

T2/E18 - DAVE - Parte 3 de 3.

 MISTÉRIO 60 – Os velhos comentários que sempre faço a respeito do julgamento da Ilha, especialmente aquelas pessoas que soltam frases que condenam ou inocentam a si mesmas. Quando Hugo tenta se suicidar, ele diz que nem Libby nem ninguém pode ajudá-lo. Essa foi a mesma frase dita por Shannon antes de morrer e será dita por Eko antes de morrer também. A pergunta é: Se Hugo "decretou" sua condenação, por que a Ilha não fez o mesmo que fez com Shannon e fará com Eko? Poderíamos até dizer que Shannon se demonstrava inútil, enquanto que "Hurley" era o contrário. E levando em conta o que acontecerá com Hugo no fim de LOST. Mas isso é outra história não para agora.

SOCIOLOGIA 171:

HUGO: Porque na vida real uma garota como você não ia gostar de mim.

LIBBY: O que eu sinto por você, isso é real!

HUGO: Você acha que eu posso mudar?

LIBBY: É! Acho que pode sim!

        Veja como quando uma pessoa tenha alguma parte de seu corpo que considera desproporcional ao normal se sente menor do que os outros. Isso atrapalha na sociedade, correndo risco de ser vítima de bullying. Conheço uma pessoa que, vejam a coincidência ao estilo de LOST, era gordo e a cara de "Hurley". Não chegou até o ensino médio porque não queria mais estudar. Algumas pessoas disseram que provavelmente sofreu bulling no colégio. Ele fez lipo e retirou mais de 50 quilos de gordura. Hoje ele tenta criar ideias para mostrar que é inteligente, porém, são ideias sem planejamento, sem estudo, sem orientação, sem balanço financeiro. Ele acha que sabe muito, sendo que nada sabe porque não estuda o que tenta fazer, procura logo pensar em algo e agir, sem planejamento nenhum, e provavelmente ele era desacreditado em seu próprio lar, apesar de querer demonstrar utilidade. Isso eu percebi quando estava perto da família, quando o visitava e observava o convívio familiar. Com isso vem o preconceito. Não se pode fazer algo de qualquer jeito. Tem que saber literalmente o que faz. Se soou estranho ao próprio Hugo uma linda loira se interessar por ele, imagine para quem vê os dois juntos. Diferente do que Dave tentava fazer, Libby dá incentivo para que ele mude de vida.

SOCIOLOGIA 172:

LOCKE: Eu quero falar com ele!

ANA: Acho que isto não está no programa!

LOCKE: Com todo respeito Ana-Lucia, eu não ligo pro que acha.

ANA: Cinco minutos!

        Já comentei algumas vezes sobre o seguinte: os sobreviventes da parte da frente fizeram amizade entre si, da mesma forma como os da parte de trás entre si. Como os da frente não tinham tanta intimidade com os outros, existe uma tendência de eles não darem muita atenção, como se vê o exemplo de Locke em não dar atenção à Ana. No caso de John, poderia ser também pelo fato de ele achar que a Escotilha era dele, mesmo assim, o maior motivo é o pouco entrosamento entre os grupos. Leva-se em conta também o fato de que ele quer conversar com o prisioneiro e não é da conta de ninguém saber o que vão conversar. Em seguida Ana deixa, mas estipula um prazo. A jovem não se daria por vencida e dá um prazo de tempo, mesmo deixando, assim como John não se daria por rebaixado e passaria mais tempo na conversa. Vemos três casos em uma sociedade: grupos que se fazem em meio a outros grupos; satisfação que não se dá a ninguém; alguém estipular condições e o outro ultrapassar um pouco do acordo para não demonstrar submissão. Daí se percebe como é difícil viver em sociedade de grupos divididos.

PSICOLOGIA 116:

FALSO HENRY: Por que você não me chama de Henry? Eu já me acostumei!

        Não deixa de ser deboche quando ele fala isso para John, mas convenhamos também que nos acostumamos com o tempo com coisas que nos acontecem. Agora que estava desmascarado, ele tentou sua última cartada ainda, querendo fazer com que a mentira se torne verdade ou que as pessoas se acostumassem com ele e que o considerassem como "Henry" mesmo. É claro também que ele estava usando sua psicologia para continuar manipulando Locke. Não foi uma última cartada nem precisava continuar, pois esse prisioneiro que vou deixar para citar seu nome na 3ª temporada, era mestre em manipulação e mesmo descoberto ele iria continuar usando as pessoas. Para não comentar a mesma coisa que fiz em todos os outros quesitos de Psicologia em se tratando desse personagem, resumo em algumas palavras: nós temos o poder de fazer qualquer coisa, é só utilizar bem as palavras, pois elas são mais fortes que qualquer atitude.

ADMINISTRAÇÃO 102:

SAYID: Como sabia o nome de sua esposa? Você o interrogou?

FALSO HENRY: Se eu contar qualquer coisa não tem ideia do que ele fará.

        Veja como uma pessoa adquire experiência de vida. Sayid já era sagaz, mas o tempo como torturador o fez conhecer bem o caráter das pessoas. Outro detalhe é que quem faz determinados atos saberá quando alguém pratica a mesma coisa. Sayid percebeu quando o falso Henry também interrogou o verdadeiro Henry. Por fim, vemos o “falso” falando sobre a pessoa a quem ele responde: seu líder. Essa é a primeira vez que é citada na série a existência de alguém acima de tudo o que acontece ali na Ilha. Na verdade, o líder citado por "Henry" é o responsável por tudo na Ilha.

ISENTO DE ERROS 49, ADMINISTRAÇÃO 103 e PSICOLOGIA 117:

LOCKE: Foi apanhado de propósito? Você e seu grupo estão aqui sabe Deus há quanto tempo e você foi apanhado numa rede?

"HENRY": Deus não sabe há quanto tempo estamos aqui, John, ele não consegue ver esta Ilha assim como o resto do mundo. Por que razão eu ia querer passar por tudo isso?

LOCKE: Talvez seu grupo esteja procurando este lugar.

"HENRY": Isso aqui é uma piada, John! (...) O computador retrocedeu e voltou do zero… não aconteceu nada, John… eu não digitei o código não! Chega de mentir!

        A primeira pergunta de John foi a mesma que questionei comentários atrás. A possibilidade de o falso Henry ter se deixado ser capturado já que ele morava na Ilha. Se foi arquitetado, então ele é extremamente inteligente, pois muitas coisas aconteceram após isso, especialmente o que Michael fez com Ana-Lucia e Libby (grrr). Não haveria como ele ter arquitetado tudo tão perfeitamente. Mas se tudo saiu de seus planos, ele ainda foi muito inteligente por ter conseguido buscar outros meios para prosseguir em seu plano. Por outro lado, vemos também que devemos ter sempre um plano B ou até mesmo C, pois se "Henry" realmente falhou, se não fosse sua inteligência, tudo teria ido por água abaixo. É como já comentei antes, em se tratando de transações comerciais, toda empresa deve ter seus planos substitutos ou um preparo contra crises, caso contrário, poderá ter prejuízos a ponto de falência. Se o falso Henry fora capturado, mesmo sendo morador dali há anos, poderia ter ocorrido uma falha na série, mas devemos lembrar que ele caíra numa armadilha da francesa, portanto, de alguém tão experiente quanto ele, e se ela fez armadilhas, não foi somente para caçar animais, pois ela também sabia da existência dos "Outros", os responsáveis por raptarem sua filha. Quanto aos jogos psicológicos do prisioneiro, quando ele diz que não haveria razão para passar por tudo isso, utiliza as palavras ideais para convencer John. Isso demonstra como ele é sagaz no uso de suas palavras. Por fim, quando ele diz que aquele lugar é uma piada, utiliza da mesma opinião que qualquer telespectador diria, para mais uma vez mostrar que a série não está escrevendo bobagem ou coisa sem sentido, mas sim que sabiam o que estavam fazendo. Continuando a linha de raciocínio, o prisioneiro consegue dar o melhor de seus jogos mentais para deixar Locke totalmente perdido. Como ele mesmo disse: aquilo é uma piada, por isso ele não digitou o código.
        Como fica difícil de alguém acreditar em um computador de fim de mundo. A dúvida fica impregnada na mente de John, pois como ele não estava presente quando o código foi ou não digitado, nunca saberá se tudo aquilo é verdade, por isso, no fim da Temporada ele resolve não digitar mais, pois os jogos mentais do prisioneiro conseguiram manipular a fé e convicção de Locke. Depois "Henry" fala dos hieróglifos e do ruído de metal que ouviu quando não digitou o código. Mais uma grande jogada psicológica, pois ele sabia que John teria visto os mesmos sinais. Como "Henry" viu? Pode ser que ele tenha presenciado Locke vendo enquanto atravessava o duto de ventilação ou quem sabe pelas câmeras escondidas. Se não presenciou, será que ele sabia que isso iria acontecer? Dá para ter tais suspeitas porque foram muitos acontecimentos até chegar a esse desfecho. O falso Henry manipulou tudo até que Locke ficasse preso na porta ou o líder do "Henry" arquitetou tudo isso usando o prisioneiro? Fica a dúvida, mas o que importa é que de certa forma tais eventos pretendiam chegar a isso mesmo: deixar a dúvida na cabeça de Locke.

 

A partir de agora as curiosidades são do site da série.

 

CURIOSIDADE 322 – Enquanto inspecionava o descarregamento de suprimentos, Sawyer chama Charlie de "Tattoo" referenciando um personagem do show de TV Ilha da Fantasia (1978 – 1984), famoso por usar o bordão: "O Avião!".

CURIOSIDADE 323 – Até agora, esse é o único episódio da série inteira que acaba com uma cena de flashback.

CURIOSIDADE 324 – A foto Polaroid que Dr. Brooks mostra a Hurley parece mais escura do que no momento em que foi tirada e algumas pessoas que estavam presente no momento estão faltando. Isso pode ser devido a muitas razões, incluindo um erro de produção, o uso deliberado de uma foto diferente pelo Dr. Brooks, ou devido ao escurecimento normal das câmeras Polaroid.

CURIOSIDADE 325 – Enquanto filmando o começo do episódio, onde Hurley cai quando perseguia Dave, Jorge Garcia cortou sua mão por acidente em um pedaço de vidro na selva. Na cena seguinte, Hurley é visto com um emplastro na mão quando pegava as torradas DHARMA.

CURIOSIDADE 326 – Apesar da foto de Hurley ter sido tirada durante o dia, quando mostrada a ele, parece estar escuro do lado de fora da janela.

CURIOSIDADE 327 – Libby sabe que ambos, ela e Hurley, eram pacientes do Instituto de Saúde Mental Santa Rosa.

CURIOSIDADE 328 – Libby, no entanto, misteriosamente se contêm em dizer a Hurley sobre sua conexão anterior.

NÚMEROS 69 – O prisioneiro alegou ser parte do grupo que procurava por Henry Gale, 4 meses atrás.

CRONOLOGIA – 62º dia.

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