SOCIOLOGIA 150:
JACK: Por que fez isso? Está fazendo um exército e não me pediu ajuda?
SAYID: Problema seu! Mas só tem uma razão para fazer um exército, Jack: estamos em guerra!
Sayid incorporou seu espírito de guerra na Ilha. Interessante observar também que ele não consultou o doutor como todos faziam, até porque, é um assunto que ele conhece e entende. O médico só iria atrapalhar. Contudo, como Jack se ofereceu para ajudar, tudo bem, mais é importante destacar esse diálogo, porque mostra que nem tudo na Ilha precisa passar pelas mãos de Jack, pois outros também atuam sem precisar pedir consulta. Todo mundo é capaz de fazer, criar alguma coisa. Não precisa viver dependente de alguém. Viver à sombra de outra pessoa.
PSICOLOGIA 93: QUANDO SE CONHECE QUE ALGUÉM ESTÁ MENTINDO
SAYID: Você lembraria se tivesse feito!
HENRY: Você também perdeu alguém… o que você quer que eu diga, eu digo, o que você quer que eu faça, eu faço!
Aplausos aos jogos psicológicos de "Henry". Ele percebeu naquele momento que Sayid ficou fragilizado após espancá-lo e que também o árabe havia enterrado alguém que amava (Shannon). Como fora bastante espancado, resolveu dizer que confessaria qualquer coisa para não levar mais socos, mesmo que fosse inocente. Vemos a seguir que Sayid, pra variar nos seus acertos em palpites, se convence mais ainda que Henry está mentindo. Foi justamente por causa da perfeição do relato do prisioneiro, que deu a certeza que o árabe já desconfiava. Como sempre costumo dizer, quando alguém tem um atento conhecimento em Psicologia, consegue descobrir através de gestos corporais, gestos faciais, palavras, modo de falar e movimentação do corpo das pessoas, quando alguém está mentindo.
PSICOLOGIA 94 – QUANDO O MEDO LHE TRAVA EM AÇÕES SIMPLES – Enquanto Sayid espanca Henry, Jack agarra Locke e não o deixa digitar o código no computador a não ser que ele revele o código da sala de armas (guerra de códigos) para tirar o árabe da sala de armas. O interessante é a situação invertida agora. O médico diz: "Você me convenceu a digitar o código, John, agora é com você!". Jack revida o que aconteceu no começo de tudo na Escotilha, quando John o convenceu a digitar os Números. A vingança do médico em resposta a algo passado. Agora vejam como o desespero faz a gente errar coisas simples. Exemplo: se você foge de alguém e consegue chegar em casa, tenta pôr a chave na porta, mas o nervosismo não o faz acertar em colocar a chave na fechadura e até pra girar a chave fica difícil. O mesmo aconteceu com John, desesperado para digitar o código e errando os números.
FILOSOFIA 34, PSICOLOGIA 95 e SOCIOLOGIA 151:
PSICOLOGIA AGUÇADA. SOBRENATURAL? NÃO MESMO.
CHARLIE: E como você sabe? (se referindo a Henry estar mentindo).
SAYID: Eu simplesmente sei.
CHARLIE: Foi o que Rousseau achou de você, Sayid. (quando ela capturou o árabe e achou que ele fosse um dos “Outros”)
SAYID: Pra Rousseau todos nós somos (espiões). Acho que tudo é relativo, não é?
(...)
SAYID: Eu sei porque não me sinto culpado pelo que eu fiz com ele. Mas eu não sei como explicar isso para o Jack e para o Locke porque eles esqueceram que você quase morreu e que a Claire foi raptada. Quanto a você, Charlie… você já esqueceu?
Como sempre gosto de lembrar, Sayid
conhece quando alguém está mentindo e ele nem sabe como explicar isso. Na
verdade, isso é pura Psicologia. Quem tem um censo bem aguçado percebe muita
coisa. Eu posso me classificar nesse grupo e realmente não há como explicar. Às
vezes, quem tem uma psicologia aguçada é capaz de saber quando estão falando
até dele próprio. Vejam um curioso exemplo:
Certa vez eu saí de casa direto para
o trabalho (videolocadora e play game) bem animado e sem pensar em nada. Assim que pisei na entrada da loja
e sem ter visto ninguém ainda, baixou-me um desânimo e comecei a ver e ouvir
cenas dos colegas de trabalho juntamente com alguns clientes falando de minha
pessoa. Não que eu tinha visto a cena exatamente, mas foi como se eu sentisse a
cena sem vê-la, sabendo até quem eram as pessoas envolvidas e até o assunto.
Essa cena na loja havia ocorrido há uma hora e nesse momento eu estava em casa tomando
banho no momento em que falavam de mim no trabalho. Até alguns clientes que
estavam lá e não mais estavam quando cheguei. Um detalhe a se acrescentar… não
tem nada a ver com sobrenatural, simplesmente você sente o peso no ar e como
disse bem Sayid e com razão: por isso que é difícil explicar isso…só sabe quem
sente. Estava no ar como sólido. Digo mais… para não parecer que eu estivesse
imaginando coisas, comecei a investigar com outros clientes que estavam lá no
momento da conversa e ainda se encontravam lá quando cheguei, mas que não
participaram da conversa. Até isso eu percebi, por isso me confiei em perguntar
a estes Eu não perguntei aos clientes o que havia acontecido, fui logo direto
ao assunto, narrando toda a conversa. Espantado, eles ficavam me perguntando
como eu sabia de tudo isso.
Voltando a LOST, o próprio Sayid diz que não sabe como explicar isso e ainda lembra a Charlie o que aconteceu a este e a Claire quando foram raptados pelo povo de Henry, ou seja, “vai esquecer o que eles fizeram com você e Claire?”. Levando esse assunto à política, há muitos políticos que praticam crimes eleitorais (ou não) e meses depois voltam ao cenário político fazendo promessas. O povo incrivelmente esquece o passado (como Charlie) e cai nas conversas deles novamente, sendo enganado pra sempre. Alguns quando são cassados, renunciam antes e dizem ao povo que está saindo porque não aguentam as coisas erradas que acontecem no mundo político, e por “amor” ao povo "sacrificam" seus mandatos (que cara de pau). O pior, acreditem, muitos caem nesse conto da carochinha.
ISENTO DE ERROS 42 – Trabalhar com bebê é complicado. Em cenas em que ele precise chorar e não esteja chorando, ninguém vai provocar seu choro, obviamente. A produção se utiliza de uma gravação de choro de bebê. O problema está em esconder o rosto dele para que a câmera não a flagre sem estar chorando. Claire está com Aaron nos braços para acalmá-lo enquanto ele chora. Eu assisti com cuidado e percebi que em todo o momento o bebê está dormindo. Para tirar qualquer dúvida, tem um rápido segundo que você verá o som do choro, porém, Aaron está super tranquilo. Nesse caso não foi exatamente um erro, já que está em cena um bebê. Mesmo assim, houve falha no cuidado que a atriz deveria ter segurando o bebê e evitando ser focado pelas câmeras que se descuidaram ao focar o rosto do bebê. Aliás, prefiro culpar mais os cameraman do que a atriz.
ISENTO DE ERROS 43 – Uma dispensa lotada de comida para uma pessoa em tanto tempo só se imagina uma coisa: a comida vai se vencer e tudo aquilo será perdido. Mas vejam como os escritores se preocuparam até com isso. James diz: "Você tem que colocar na geladeira depois de aberto". Hugo responde: "É! Mas no rótulo diz que ele fica na temperatura ambiente por até 7 anos". A velha satisfação que a série dá ao público, mostrando que a comida da Escotilha tem um prazo de validade suficiente para exatamente não mostrar que tanta comida para uma pessoa só seja uma ideia absurda.
CURIOSIDADE 295 – Uma das maiores da série. Se foi "Henry" quem roubou a filha de Rousseau, como é que ela não lembrou dele ao vê-lo preso na armadilha que ela montou? Poderíamos dizer que depois de 16 anos a pessoa esquece a fisionomia de alguém que só viu uma vez e por alguns segundos. Mas será que a fisionomia do sequestrador de seu filho, mesmo que visto rapidamente e há 16 anos seria esquecido pelo tempo?
CURIOSIDADE 296 – Da mesma forma como aconteceu com o fato de Danielle não se lembrar de "Henry", conforme consta no comentário, acontece com Sayid. Por que "Henry" não se lembrou de Sayid quando estava sendo torturado pelo árabe? Ben foi retirado da população da Ilha quando criança por Sayid, e este mesmo deu um tiro no peito do menino (5ª Temporada). Vou adiantar algo que só vai acontecer na 6ª Temporada. Quando Ben foi levado ao Templo, Dogen afirmou que ele iria esquecer sua infância, portanto, isso salva qualquer erro dos escritores. Entretanto, há um momento em que, se você olhar com muita cautela, por um breve segundo, "Henry" dá uma olhada para Sayid como se por um breve momento o reconhecesse. Suponho que esse olhar do personagem não foi nada ensaiado na cena, pois imagino que eles não tinham em mente ainda que Sayid iria atirar nele quando menino na 5ª Temporada. Deve ter sido uma breve coincidência, mas foi interessante.
As curiosidades a seguir são do site da série.
CURIOSIDADE 297 – De todas as traduções para o nome de Tariq que contem no site de LOST, a que eu achei mais interessante foi "caminho negro". Como diz o site, é um contraste com o nome da iraquiana pela qual Sayid se apaixonara, Noor, que significa "luz".
CURIOSIDADE 298 – Há várias curiosidades no site de LOST sobre as alusões que a série faz ao filme de 1939, O Mágico de Oz. Vou agrupar tudo em um único comentário.
O verdadeiro Henry Gale caiu na ilha depois que seu balão de ar quente saiu do curso e caiu ali (um comentário meu, à parte: se as coisas que caíam na Ilha eram tecnológicas, como um balão que não tem nada de tecnologia e é totalmente natural foi atraído para lá???). A personagem principal do filme é uma garota chamada Dorothy Gale. Henry Gale é o nome do tio de Dorothy. O famoso Mágico chegou à terra de Oz depois que seu balão de ar quente o levou para lá por engano. Ele, assim como o Henry de LOST, foi viver em uma comunidade em um local estranho aonde os habitantes não gostavam de sua estadia (outro comentário meu, à parte: o verdadeiro Henry caiu na Ilha, mas quem viveu em uma estranha comunidade foi o falso). Por fim, Us and Them (lembra o título do episódio: One of Them) é uma música do Pink Floyd do álbum The Dark Side of the Moon, que curiosamente muitos fãs dizem que se rodado junto com o filme original O Mágico de Oz, as músicas seguem fielmente a sonoplastia do filme.
CURIOSIDADE 299 – No fim do episódio algo acontece que eu não tinha percebido se não tivesse assistido os Extras. Quando Sayid é deixado pelos americanos, um dos soldados fala sobre a filha e mostra uma foto. Eu não tinha percebido que era Kate, apesar de achar parecida com ela. Perceberia menos ainda que o soldado era o pai adotivo dela. Mais uma daquelas ligações entre os sobreviventes fora da Ilha. O pai de Kate, Sargento Austen, é do exército americano que capturou Sayid.
NÚMEROS 63 – "Henry Gale" alega que seu balão caiu a 4 meses. O piloto que Inman estava procurando estava enterrado há 4 quilômetros de sua distância atual. Locke alega que o primeiro número da combinação do cofre é 15 para a direita.
CRONOLOGIA – 58º dia.
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