PSICOLOGIA 87 e ADMINISTRAÇÃO 80 – ESTUDE SEU CLIENTE – James realizou muitos golpes para conseguir dinheiro das mulheres. Certa vez ele procurou aplicar o maior dos golpes: enganar uma golpista igual a ele. Depois que a seduziu, ele foi saindo e deixou propositalmente a maleta com a grana dentro se abrir. Em comentários anteriores, eu falei a respeito de Kate pelo fato de ela saber quando alguém está mentindo, já que ela é uma exímia mentirosa. O mesmo acontece aqui com Cassidy Phillips por conhecer as armas de um golpista, ficando bastante difícil de ser enganada. Isso mostra a capacidade e desenvoltura que uma pessoa tem em trabalhar com a mente das outras e de criatividade para elaborar uma situação. Se bem que no caso de James, mesmo aplicando um golpe em uma golpista, vemos que ele sabia quem ela era, portanto, aplicou um golpe propositalmente para ser descoberto, pois ele sabia que ela perceberia que ele era um golpista, e assim, pediria para fazer uma dupla de golpistas com ele, tudo o que James queria: obter o maior dos golpes conseguindo ganhar a confiança de outra golpista, para então enganá-la mais tarde. Além da capacidade de trabalhar com a mente dos outros, vemos o que uma ideia bem elaborada e organizada é capaz de fazer, adquirindo então seu sucesso. James fez aquilo que muito foi trabalhado na série e que eu já comentei: fazer que uma pessoa tenha uma ideia quando na verdade era sua não da pessoa que acha que teve a ideia. Fazer com que a pessoa faça aquilo que você queria que fizesse, mas que ela não faria se você pedisse, contudo, elaborando de uma forma que ela pensasse que a ideia fosse dela, mas que você a manipulou para que ela fizesse o que você queria, sem precisar pedir. São pessoas assim que se dão bem na vida, nas empresas. Não que eu esteja citando esse exemplo do golpe, que é errado, ilegal e não ético. Refiro-me ao fato de você administrar bem as coisas para conseguir sucesso sem prejudicar ninguém. Trabalhar com a mente dos outros. Ver as necessidades. Tentar analisar o cotidiano dos clientes. Saber como os clientes pensam. Estudar o cliente para saber como tratá-lo e encantá-lo.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 82 – Sayid estava abrindo cocos em um toco enterrado em pé na areia, Hugo se aproxima e diz: "E aí, cara! Tá quebrando seu coco pra quebrar esse coco?". A frase é bem criativa e é a cara de Hugo, entretanto, na legenda diz: "Vai pôr um limãozinho no coco pra beber?". Até que a dublagem soou melhor, mas a tradução não é essa e a continuação da conversa é a seguinte: Sayid nada respondeu, então, "Hurley" complementou, conforme a dublagem em áudio: "Quebrando o coco! Sacou?". Dá a entender que o superinteligente Sayid não entendeu uma piada tão simples. Em contrapartida, levemos em conta que é Hugo quem não entende as coisas direito, e para ele é que o árabe quem não entendeu. Mesmo assim não salva essa “tradução” mal feita. A legenda continua assim: "Limão no coco? Lembra da música?", portanto, o sentido da frase aqui é outro, se refere à cultura americana, tratando-se de uma música que somente os americanos conhecem e que também tem a ver com a cultura deles (e nossa também) em pôr limão na bebida para dar um sabor especial. Entendo que a tradução da dublagem brasileira quis colocar algo que nós entendêssemos, já que tal música seria incompreensível para nós, pois nem eu sei a que música Hurley se referia, mesmo assim, temos no Brasil a famosa caipirinha, e tem pessoas que colocam limão na água de coco. Não ficaria estranha a tradução exata. Quanto ao caso da música, se o próprio Hugo fez citação do que falou referente a algum trecho de música, ficaria explicado para os telespectadores que se trataria de música. A dublagem não ficou ruim e combinou bem com Hugo, mas a tradução está totalmente errada e se subentende, como já disse, que Sayid foi burro em não entender a piada. Logo ele que é muito esperto. Mesmo que se pense que Hugo quem não entendeu que ele entendeu, mas que o fato de ficar calado e o olhando não quer dizer que Sayid não tenha entendido, ainda assim não salva a tradução adaptada para a dublagem em áudio.
SOCIOLOGIA 140 – LOST E O INCENTIVO À LEITURA – James pede para Kate ler algo para ele. Ela faz uma cara de tédio e ele diz: "Que foi? Atrasada para uma reunião importante?". A resposta é engraçada, mas também se tiram lições. Todos se encontravam morando em uma praia e nada tinham a fazer, portanto, ler não seria perda de tempo, e aliás, literalmente falando, ler nunca será perda de tempo. Se observarem outro detalhe, a série prega muitas mensagens, independentes se concordamos ou não ou se percebemos ou não, e uma das maiores pregações é sobre o incentivo à leitura. Nunca vi uma série trabalhar tanto com esse tipo de incentivo. Além de ler não ser perda de tempo, o que se faz em um lugar em que você se encontra preso e sem opção de entretenimento???
SOCIOLOGIA 141 – Quando Hugo vai pedir pra Sayid consertar o walk talkie, o árabe responde: "Por que tentar de novo? Isso é perda de tempo". O roteiro de cada episódio é muito bem escrito. Eles sempre trabalham com um mesmo assunto em todo o episódio, mas em situações diferentes. Em uma cena (comentário acima: o 140) vemos James pedindo para Kate ler um livro para ele, ela reclama e ele diz que ambos não têm nada de importante para fazer em uma ilha. Aqui ocorre o inverso. Sayid teria todo o tempo possível, não custaria ficar mexendo em um rádio.
SOCIOLOGIA 142 – Sayid se isolou dos outros desde que Shannon morrera. Hugo vai até ele para pedir que conserte o rádio:
SAYID JARRAH: Por que tentar isso de novo? Isso é perda de tempo!
HUGO REYES: Só tô tentando animar você!
SAYID JARRAH: Não preciso de animação!
Observem as atitudes das pessoas em circunstâncias diferentes. Um perdera seu amor, portanto, não tinha razões para se animar. O outro era gentil por natureza e tentou animar o primeiro. Após a resposta de Sayid, Hugo sai chateado. O árabe olha para trás, observando a saída de "Hurley", e depois para o rádio. Ele percebe que Reyes só queria ajudá-lo e pela forma grosseira que respondeu se sente ressentido. Jarrah estava inconsolável pela morte da amada. As pessoas procuravam dar conforto de alguma forma mesmo que não conseguissem. Isso reanima de alguma forma alguém, mesmo que a pessoa (tanto a que confortou como a que foi confortada) achem que as palavras não surtiram efeito. Curioso é que Hugo foi o único que foi lhe fazer companhia e trazer conforto. Uma das primeiras amizades entre os sobreviventes logo após a queda do avião foi entre esses dois, amizade essa que se firmará a partir da 5ª Temporada. Outra curiosidade é que Sayid agiu igual a Charlie quando este matou Ethan. Charlie se isolou e o árabe disse que o roqueiro não estava só, portanto, não havia necessidade de fingir que estava só. Agora foi Hugo quem veio relembrar a Sayid que ele não estava só. Por mais que demos bons conselhos, não implica dizer que temos "a cabeça no lugar", pois quando passamos pela mesma situação, existe uma grande possibilidade de agirmos da mesma forma.
SOCIOLOGIA 143 – INVASÃO DE PRIVACIDADE:
ANA: Pegou a combinação?
JACK: Acredite, Ana, ninguém acha que tá seguro.
ANA: Qual é a combinação?
JACK: ...
ANA: Tudo bem! Tô brincando!
Basta só um pouco de aproximação que as pessoas já acham que conseguem beneficências dos outros. Ana achava que Jack daria a combinação do cofre pela aproximação que eles já criaram desde o momento em que estavam embarcando no voo. Por causa dessa atitude, isso lhe trará problemas em breve. Esse erro acontece muito entre vizinhos que às vezes invade a privacidade um do outro, bem como no caso acima, quando se conhecem e acham que já são de confiança, como diria Charlie: "da família" (SOCIOLOGIA 133 do episódio anterior. É o primeiro comentário). O maior cuidado que devemos ter é com amizades. Temos de tomar cuidado e saber o que conversar com as pessoas, o que revelar, selecionar aquelas pessoas que podemos contar, principalmente nos momentos difíceis, mas mesmo assim, não se deve revelar segredos, mesmo que seja a essas pessoas. O maior exemplo para isso são os amigos. Se o fato de revelar pequenos segredos para "amigos" não é aconselhável, quanto mais a vizinhos. Haverá mais comentários sobre privacidade entre vizinhos em outras páginas.
MISTÉRIO 50 – Como dito nos primeiros episódios de LOST, sempre que algo de ruim está para acontecer, chove na Ilha. Antes de Sun ser atacada começou a chover. Apesar de ter sido um dos próprios sobreviventes quem a atacou, ainda assim a chuva apareceu. Como tal ataque estava sendo planejado antes, então, a chuva foi "se preparando" para chegar. Os leitores devem estar se perguntando como isso poderia acontecer, ou seja, a chuva ter "vida". Lembremos que chuva e "monstro" sempre andam juntos nos momentos de "presságio" e como existem estranhas "propriedades magnéticas" na Ilha, existe a possibilidade de algum fenômeno modificar a atmosfera dali, provocando a chuva (comentário antigo).
PSICOLOGIA 88, ADMINISTRAÇÃO 81 e SOCIOLOGIA 144 – Após o ataque à Sun, todos começam a achar que foram os "Outros" que fizeram isso:
ANA LUCIA: Eles voltaram! Vamos dar uma olhada por aí armados.
JOHN LOCKE: Armados podemos atirar uns nos outros achando que são um deles.
JACK SHEPARD: Tá bom! Vamos esperar a Sun acordar e ela vai dizer o que aconteceu, aí sim, saberemos o que fazer.
JOHN LOCKE: É uma boa ideia.
Ana deu a ideia que ele queria: pegar as armas, que era seu maior desejo. Observem como as situações que surgem são convenientes para conseguirmos aquilo que desejamos. AL também conversava com Jack e antes que o médico decidisse, John tomou a frente para evitar que Jack satisfizesse os desejos dela. O doutor percebeu a intenção de Locke e expressou sua ideia de uma forma mais sutil, passando a decisão de o que fazer para quando Sun acordar, firmando então sua posição para não agradar o careca. Locke não ficou para trás com a decisão do médico, concordando com ele e demonstrando que não estava contrariado. Percebe-se aí outra guerra entre esses dois a respeito de liderança envolvendo ideias e atitudes. Vários momentos com pessoas diferentes por CONVENIÊNCIA. Ana esperou qualquer brecha para tentar chegar às armas. JL aproveitou a ideia de AL para evitar que JS desse mais uma “liderança”. Shepard aproveitou a brecha para transferir a ideia para quando Sun acordar e não satisfazer Locke. Jonh aproveitou a brecha para concordar e não dar o braço a torcer, apesar de não querer outra ordem do médico. Foi uma verdadeira guerra de conveniência aí. Cada um utilizando de sua psicologia, cada um segurando sua forma de administrar, cada um demonstrando problema de sociedade com o outro daquele rol. Quantas e quantas pessoas não fazem isso? Procura qualquer motivo conveniente para conseguir aquilo que se deseja, principalmente para atacar verbalmente e "inocentemente" alguém. Qualquer palavra citada se aproveita a oportunidade para trazer à tona os problemas pessoais, mesmo que a palavra nada tenha a ver.
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