ADMINISTRAÇÃO 112 – Quando o barco aparece, os três que assumiram a liderança do grupo: Jack, James e Sayid, já que John estava fora de controle, caem direto na água. Mas o que chama a atenção é a atitude do médico. Enquanto os outros dois vão retirando a camisa para pular na água, Jack entra na água com camisa e tudo, pois o que ele quer é chegar logo. Não foi à toa que ele se tornou involuntariamente líder, pois tem atitude de quem quer resolver logo as coisas, sem perder tempo com detalhes insignificantes. Óbvio que citei essa cena para comparar com empresas, o qual funcionários podem se dar bem, podendo até subir de cargo exatamente porque tem presença de espírito para resolver as coisas, não se perdendo em pequenos detalhes. Tomam decisões corretas por impulso devido ser muito bem prestativos.
CURIOSIDADE 358 – Desmond diz que velejou por duas semanas e meia na direção norte e que deveria ter chegado a Fiji em menos de uma semana. Somando duas semanas e meia temos por volta de 20 dias, que foi exatamente quando ele saiu da Ilha. Se observarem em que momento se passa o episódio que ele sai, teremos exatamente o 45º a 46º dia em que tinha saído. Curioso também observar que Desmond disse que deveria ter chegado a Fiji em uma semana, palavras parecidas com as do piloto Seth Norris. Mas aí é onde está, pois eles nem faziam ideia o quão longe estavam de onde eles pensavam que deveriam estar.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 101 – Falando de Penélope, Desmond diz: “A Penélope superou isso. Ela vai casar”. Mas a legenda contém o seguinte: “A Penélope seguiu adiante. Ela vai casar”. Essa é a segunda vez que trocam “seguir adiante” por “superar isso”. Aí você pergunta o que teria demais nisso. Superar isso significa dizer que a outra pessoa sofreu, mas conseguiu superar o fim do relacionamento. Seguir adiante é o inverso, pois a pessoa não deu importância ao fim do relacionamento e seguiu sua vida, buscando outro relacionamento. Você ainda pode insistir que isso não é nada. Mas vamos a um problema sério que ocorre em LOST: as palavras sem o áudio dublado e traduzidas ao pé da letra. Tem certas séries que certas palavras devem ser utilizadas e exatamente aquelas, pois têm importância fundamental para as soluções da trama. Eu digo séries, porque em filmes você tem um fim exato, por volta de duas horas, portanto, já se sabe quais palavras terão peso na trama. Lost é o típico da série em que não poucas, mas um grande número de palavras e frases não devem ser traduzidas por sinônimos ou adaptadas para nosso país, nem sequer adaptadas segundo movimento labial, pois tais falas são palavras-chave para o que pode vir nos próximos episódios. “Seguir adiante” é exatamente o slogan principal da última temporada, se não, até mesmo de toda a série, para sempre ficar subentendido o suposto purgatório, o qual veremos quase isso no mundo paralelo. Sendo assim, deram mancada nessa tradução adaptada, que respondia muita coisa para a última temporada.
FILOSOFIA 39, PSICOLOGIA 138 e CURIOSIDADE 359 – John tenta evitar que Eko continue digitando o botão:
EKO: Não sou escravo de nada!
JOHN: Você é escravo disso… Não digite.
ECO: Não me diga o que eu não posso fazer!
EKO: Você é livre agora, John! Não volte mais aqui! (Eko o expulsa da escotilha.)
Vou logo para a curiosidade. Pela primeira vez alguém utiliza a frase de John contra ele próprio: “Não me diga o que eu não posso fazer”. Para quem tanto falou isso, ouvir de alguém… quem diria.
Depois que viu a fita em que dizia que os botões digitados era um experimento, John ficou obstinado a destruir o computador, mas é aí onde está: ele queria destruir pela raiva de saber que poderia estar sendo feito de pateta, mostrando a todos os outros que aquela história de botões digitados seria uma brincadeira de mau gosto, ou será que ele queria destruir porque ainda se sentia preso aos botões? Será que a liberdade de Locke não se tornou uma prisão maior? Poderíamos pensar na primeira hipótese que citei, mas quando vemos as cenas de frustrações dele, fica subentendido que John ainda estava preso aos botões, pois na verdade ele queria destruir porque se sentia tentado a continuar apertando os botões. Seria como um alcoólatra que tenta não beber mais, mais a tentação de pegar numa garrafa ainda o domina.
SOCIOLOGIA 185 – TENTAR VER PELO OUTRO LADO. RUSTICIDADE É SINÔNIMO DE IGNORÂNCIA? – Depois que Michael é descoberto como traidor, ele repete o que havia dito antes ao afirmar que os “Outros” eram caipiras, ou seja, torna-se válido o que comentei no episódio anterior, no PSICOLOGIA 128 que é o primeiro do artigo anterior, pois realmente os tais “Outros” forjaram uma sociedade precária para que Michael dissesse uma verdade que ele viu, de uma mentira que esses “Outros” forjaram, assim, a história de Michael pareceria mais real porque para ele foi de fato verdade, mesmo que tenha sido mentira. Em seguida, ele fala algo bem interessante: “Talvez estejam com mais medo do que nós”. Apesar de ele estar errado, o pensamento é válido, pois Michael conseguiu não somente pensar em seus sentimentos, mas também tentou ver pelo lado dos inimigos. Sempre temos uma tendência de olhar as coisas pelo nosso lado, mas precisamos ter discernimento para tentar ver as coisas pelo outro lado também, ver pela visão dos outros, pois nem sempre nossa visão está correta, o que também não quer dizer que a outra esteja, pois são dois lados e cada um vê segundo seu ponto de vista e cultura. Por outro lado, temos também uma visão preconceituosa do mesmo personagem. Estar em situação precária não quer dizer que seja rústica e assim ser mais assustado. Até em sociedade rústica pode haver mais humanidade do que em sociedade instruída. Aproveitando a mesma segunda fala de Michael, temos também a lei do ataque e defesa. Às vezes um ataque só ocorre por causa do medo, ou seja, se você deixa algo quieto, esse algo não te fará mal, que o diga a vida selvagem.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 102 – Quando vão falar a respeito do barco, Desmond diz: “Pode levar. É seu”. Na verdade, Desmond não deu o barco, como fica claro no áudio ao dizer “é seu”. Na legenda consta: “Não vai adiantar de nada mesmo”, seria como se dissesse “e de que vai servir um barco? Sempre paramos nessa droga de lugar”, mas essa frase fica subentendida exatamente acrescentando a que deixaram no áudio, mas após o da legenda, ou seja, “Não vai adiantar de nada mesmo. Pode levar.”, mas tal complemento subentendido não implica dizer que ele faria um segundo complemento: “é seu”. Pra variar, mais uma tradução adaptada que ficou bem diferente. Desmond não deu o barco. E quem daria um barco assim tão fácil?
NÚMEROS 78 – Desmond vai pagar o lanche de 4 dólares; diz que tem 8 meses pra ficar em forma e também diz à Libby que precisa de 42 mil pra comprar um barco.
CURIOSIDADE 360 – Libby diz a Desmond que seu marido, David, faleceu há um mês. As perguntas que ficam são: a) foi por causa disso que ela se voluntariou para ir para o instituto psiquiátrico Santa Rosa? B) Isso foi depois de ela deixar o instituto? C) Desmond pegou o barco e veio parar na Ilha. Quantos dias se passaram da entrega do barco até ele sair e quantos meses ele velejou? Se levar em conta o tempo que ele passou na Ilha com o tempo que velejou e se Libby possa ser que tenha frequentado o hospital psiquiátrico após a morte do marido, onde lá encontrou Hugo, então o tempo que Hurley também esteve internado pode ter sido na época em que o marido de Elizabeth morreu.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 103 – Um dos momentos raros em que parabenizo o áudio, não a legenda. Enquanto conversa com Libby sobre o que Charles Widmore fez, ao tirar a única pessoa que importava para Desmond, Libby pergunta quem era a pessoa e ele responde: “A filha dele”. Na legenda consta “Sua filha”. Dá para perceber a ambiguidade aí presente, pois sua filha dá a entender filha de Libby. Nesse caso, eu não diria que a legenda está errada. Ela está correta, mas na tradução se torna ambiguidade. Deve-se explicar também que não houve uma adaptação para o áudio, pois a tradução para o que fora dito em Inglês pode ser feita tanto em áudio quanto na legenda.
FILOSOFIA 40 – Quando Sun se oferece para ir junto com eles no barco, Sayid reclama pelo fato de ela ser mulher, lembrando a ela que Desmond conseguiu sozinho velejar sozinho, não havendo necessidade de mais alguém. Eu poderia classificar isso como Sociologia pelo fato de termos um leve preconceito aí, mas na verdade não foi tão preconceito, pois provavelmente ele se preocupava pelo fato de ela estar grávida. Classifiquei como Filosofia porque de fato a resposta que Sun dá é fenomenal:
SAYID: O Desmond conseguiu sozinho.
SUN: E olha onde ele veio parar.
Tudo bem que sabemos que a Ilha leva as pessoas de volta para ali, mas como eles não sabiam, ficou para Sun no sentido de que, se Desmond sozinho acabou voltando ao mesmo lugar, era necessário sim mais pessoas auxiliando no barco. Além do mais, uma das intenções de Sun era estar junto ao marido, cuja ideia que ela também teve foi bem interessante: ter um tradutor no barco, para assim facilitar a comunicação entre Sayid e Jin.
ADMINISTRAÇÃO 113 – Quando Desmond chega ao estádio, que é o mesmo momento que Jack também chega, Penélope chega em seguida. Quando ele pergunta como ela o achou, Pen responde: “Eu tenho muito dinheiro. Com dinheiro e persistência você acha qualquer um”. Devo destacar aqui não o fato de possuir dinheiro, pois provavelmente, mesmo sem muito dinheiro, Penélope procuraria por Desmond incessantemente, mas o que é importante aqui é mostrar quando uma pessoa está obstinada para conseguir algo. E quando se trata de procurar por alguém, de fato não existem barreira, se consegue achar. Como a categoria é Administração, nada como falar a respeito de empresas. Uma empresa, somente o gerente ou quem sabe até os funcionários, ou até mesmo um só… quando uma pessoa, um grupo ou toda a empresa se obstina a fazer algo para alcançar sucesso, a probabilidade de se chegar a um resultado bem positivo é maior do que quando somente o gerente se preocupa com o que é melhor para a empresa. Mas infelizmente estamos falando de grupo, e mesmo que um grupo tenha uma missão de fazer algo para um retorno positivo, ainda assim, nem todos farão como se deveria, porque nem todos se interessam, e é isso que causa estagnação nas empresas, nem progredindo nem saindo da posição financeira em que se encontra.
PSICOLOGIA 139 – E mais uma vez voltamos à questão do remorso culpando Michael. Jack já sabia da traição dele e ainda não tinha revelado. Há um momento que ele diz, olhando para Michael: “Ficar junto ou morrer só, não é?”. O médico foi esperto, pois disse isso para que a mente do “amigo” se acusasse mais ainda. É isso que acontece quando se faz algo errado, pois a mente não fica em paz e o sentimento de culpa vê acusações até onde não tem… se bem que nesse caso, o sentimento de culpa realmente foi intencional.
CURIOSIDADE 361 – No começo da temporada, não há quem não gostaria de saber ‘o que o homem das cavernas disse para o outro’, segundo o código de Desmond para seu substituo. Aqui temos a resposta de Desmond: “Tem cheiro de cenoura”. E bom é como ele cumprimenta Locke: “E aí, homem das caixas”.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 104 – Kelvin Inman fala sobre “o acidente” conforme a dublagem em áudio, mas na legenda é “incidente”. Parece insignificante? Veremos. 1ª importância: a diferença no dicionário. ACIDENTE: Qualquer acontecimento desagradável ou infeliz, que envolva dano, perda, sofrimento ou morte. INCIDENTE: acontecimento IMPREVISÍVEL que MODIFICA o desenrolar normal de uma ação. Há outros significados para as duas palavras, mas aqui, quis colocar somente a ver com a cena em questão. 2ª importância: em todos os episódios que falam sobre o que aconteceu na escotilha é falado como incidente, inclusive, os dois últimos episódios da 5ª temporada e que revela tudo o que aconteceu antes, durante e depois ao caso que teve a ver com a queda do avião, da Ilha e da várias outras coisas, se chama O Incidente. Sendo assim, a falha nessa parte aqui foi tremenda. Chamar de “acidente” foi horrível para a verdadeira história da série.
CURIOSIDADE 362 – Engraçado como assistimos uma série várias vezes e certas coisas passam despercebidas. Em outros comentários lá atrás comentei sobre as duas fitas (Estação Pérola e Cisne) e que John fala que alguém cortou as fitas. Neste episódio foi revelado quem havia cortado e eu mesmo não tinha percebido isso. Kelvin diz a Desmond que foi Radzinsky.
CURIOSIDADE 363 – Kelvin Inman fala a Desmond Hume sobre a infecção e pede para o escocês injetar logo, esperando que não seja infectado e esperando que não tenha sido tarde demais. A pergunta que fica é: sabemos que Kelvin estava mentindo, pois ele tirava aquela roupa de proteção quando saía, só pra enganar Desmond e assim este não sair da escotilha, entretanto, sabemos que havia sim uma infecção devido a ferimentos, coisa que só iremos saber na 6ª temporada. Será que não seria a isso que Inman se referia: realmente a injeção que é explicada na última temporada?
CURIOSIDADE 364 – Eko diz a John: “E se as experiências não eram com os homens daqui, mas com os homens lá?”. Já sabemos que o código para digitar no computador era real, sendo assim, o que Eko falou poderia ser verdade, mas… e se do outro lado também não fosse nenhuma experiência, mas que era mesmo pra observar e escrever nos cadernos tudo o que se passava na escotilha? Existe a probabilidade que realmente fosse experimento, pois todas as anotações nos cadernos que eram levadas pelo tubo pneumático para algum lugar, veremos na 3ª temporada que todas as anotações eram jogadas a céu aberto em um lugar da Ilha, amontoados como lixo. Mas se isso era realmente experimento com os que anotavam… qual era a importância disso? Bem… isso não foi respondido, não é significante, mas que me deixou muito curioso, isso deixou. Pena que não teve resposta.
As curiosidades a seguir foram retiradas do site da série.
CURIOSIDADE 365 – É a primeira vez em Lost que nós "saímos" da Ilha e nos exibe o mundo exterior.
CURIOSIDADE 366 – O título do episódio era uma citação de Jack no episódio "White Rabbit", e também Sayid citando Jack no episódio House of the Rising Sun, Kate citando Jack no episódio Man of Science, Man of Faith, Jack para Michael nesse mesmo episódio, foi mais tarde dita por Kate no episódio "Every Man for Himself", por Rose em "Through the Looking Glass" e por Juliet no episódio "The Incident".
CURIOSIDADE 367 – Esse episódio foi o primeiro
episódio com flashback de alguém que não estava no voo 815. Convenhamos também, é a primeira vez que um personagem ganha esse privilégio de ter dois episódio seguidos com flashback. Desmond é o cara hehe.
NÚMEROS 79 – As cartas que Charles Widmore não entregou a Penelope mostram que o número da casa era 23, enquanto que a de Desmond era 42.
CRONOLOGIA – 65º, 66º e 67º dia. Curiosamente esse episódio contem 3 dias, mas este episódio e o próximo se passa no mesmo dia, ou seja, esse dia, o 67º, contem três episódios, o inverso do anterior citado.