quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

T5/E2 - THE LIE (A Mentira).

 PSICOLOGIA 234 – A FUGA DA MENTE – Enquanto Hugo Reyes (Hurley) vem correndo com seu carro tendo Sayid na cadeira ao lado, um carro de polícia o segue e ele precisa parar. A policial que o intercepta é Ana Lucia. Nós sabemos muito bem que alguns espíritos de mortos costumam aparecer na série, mas na maior das partes, tais espíritos são na verdade o irmão de Jacob. Entretanto, essa aparição de Ana Lucia tudo leva a crer que não seja nenhuma das duas coisas. Como sabemos também, Hugo já teve uma personalidade fantasiada pela sua mente, chamada Dave. Ele estava correndo desesperado com o carro pelas ruas de uma forma tão irresponsável que não conseguia pensar direito e poderia ser interceptado de fato pela polícia. Como ele já teve uma personalidade subconsciente, mais uma vez criou outra, desta vez aparentemente por um dia. O medo que ele tinha era exatamente ser pego pela polícia, logo, seu subconsciente buscou alguém que foi realmente policial e que ele conhecesse e assim pôde agir e alertá-lo, até porque, o lado irresponsável e que age sem pensar de Reyes estava em conflito com sua razão, que queria fazer com que ele voltasse a si. Esse caso de Hugo acontece muito com muitas pessoas. Em momentos de crise a pessoa não consegue encontrar saída, daí, sua mente, para evitar entrar em pane, cria uma espécie de personalidade, ou mesmo, faz com que veja e ouça outra pessoa que não existe. Como a pessoa se encontra psicologicamente debilitada, esse é o momento em que o subconsciente avisa que algo não vai bem e é preciso tomar uma atitude, entretanto, como a pessoa já está desorientada, não irá conseguir se encontrar por conta própria, então, o cérebro avisa o perigo e pelo fato de a pessoa estar perdida, o cérebro resolve pesquisar lá na parte mais íntima e profunda da psique para tentar “desengavetar” algo que possa fazer a pessoa voltar a si. Mas como tal pessoa não está com estrutura para encontrar uma razão, a psique busca partes da vida da pessoa e procura encaixá-las em um quebra-cabeças cujas peças não se encaixem exatamente, mas que pelo menos consiga fazer o debilitado voltar um pouco a si, caso contrário, poderá entrar em colapso e não muito provavelmente, trazer sequelas graves ao cérebro, ou quem sabe até à morte. Isso foi o que aconteceu a Hugo Reyes, Ele sabia que corria como um louco no trânsito e sua mente quis avisar isso, mesmo que ele não quisesse aparentemente dar atenção a isso. É tão comprovado que depois que a suposta “Ana Lucia” sumiu, ele olhou para Sayid que se encontrava desacordado e disse: “Você ouviu”. Essa fala talvez seja a prova definitiva que não se tratava nem do espírito de Ana Lucia nem do irmão de Jacob, pois no momento em que ele falou isso para Sayid desmaiado, na verdade ele estava dizendo para ele mesmo. Seria como se ele quisesse dizer a si próprio algo que ele não estava dando atenção: “Você ouviu, não foi, Hugo?”.

CURIOSIDADE 1498 – Esta curiosidade eu acrescentei ao rever a série no canal SYFY em 28/02/21. Mais uma daquelas que eu percebi de cara, porém, fiquei com aquela vontade de comentar, mas achava tão irrelevante que deixei pra lá. Sempre que assistia esse episódio sentia-me incomodado em comentar, e sempre achando irrelevante. Desta vez resolvi trazer. Quando Hugo vai olhar o cara morto lá embaixo, poucas pessoas se aglomeram. Um rapaz com o celular na mão tira uma foto. Daí, ficava intrigado. Como é que alguém já levanta o celular e tira uma foto? Como ele estava preparado no exato aplicativo da foto já aberta? Ele teria de apertar o botão para acender o celular, procurar o aplicativo, clicar, abrir a foto, que não é rápido como em um segundo, e assim clicar na câmera. Teria uma explicação plausível para isso. Como acontece em qualquer caso de acidente ou morte, as pessoas já preparam seu celular para registrar o momento, então, quando o atacante de Sayid e Hugo foi jogado do primeiro andar e caiu morto, as pessoas por perto viram e já foram se aproximando com o celular pronto. Essa é a minha explicação plausível que salva a cena, mas vocês sinceramente acham que os produtores pensaram nisso? Provavelmente não. É uma falha de cena que tem um bom álibi.

 LEGENDA VS. DUBLAGEM 225 – DIFERENÇA ABSURDA + CORROMPER HISTÓRIA ORIGINAL – A diferença entre esses dois quesitos é tão absurda que chega a ser irritante! A moça que atende Hugo no mercadinho olha para ele e o reconhece, dizendo: “Você é um cara de muita sorte. Caiu naquele avião”. Com tais palavras a balconista revela que “Hurley” é sortudo por sobreviver a um acidente aéreo, e nada mais. E observem também que a fala ficou dividida em duas frases. Mas na legenda é uma frase única e que a vendedora fez uma conclusão sobre mais fatores a respeito de seu cliente. “Você é o cara que ganhou na loteria E caiu naquele avião”. Vejam a ENORME diferença! Ela não disse que seu comprador é sortudo por sobreviver a um acidente. Ela disse que ele é sortudo por acertar na Mega Sena E sobreviver a um acidente, logo, são duas sortes praticamente improváveis (somente uma delas já é, avalie as duas), sendo assim, quando ela ofereceu a cartela para Reyes comprar e que ela ganharia comissão pela venda da cartela, caso ele ganhasse, estaria usando a sorte de seu cliente para assim ela ter sorte também. Por que para mim essa diferença foi irritante? Porque os tradutores ignoraram o CONECTIVO e principalmente o fato de ele ganhar na loteria. Erraram feio na tradução para o português. Aliás, diga-se de passagem, o fato de ganhar na loteria para aquela cena era mais importante do que o fato de sobreviver a um acidente aéreo, pois a vendedora estava explorando Hugo exatamente em loteria e os tradutores menosprezaram a coisa que mais foi falada na série: o sortudo Hugo Reyes. Lamentável!

NÚMEROS 158 – O número que Ben pega no açougue é 342, ou seja, temos o 42 e, se quiser fazer um trocadilho, um 23 oculto. Quando Benjamin se dispersa de Jack diz: “Até daqui a 6 horas”.

CURIOSIDADE 1499 – Esta também foi acrescentada no dia 28/02/21 e da mesma forma do 1499 logo acima, também fiquei relutando se colocava ou não o comentário sem muita importância. Quando a mãe de Hugo chega em casa e diz que tem um paquistanês morto em seu sofá, eu ficava me indagando o que leva uma pessoa a achar que, mesmo errando o país, mas acertando o continente, acerta que um homem deitado no sofá seja asiático. Só por causa da barba, bigode e modo de vestir? Parece até um pouco preconceituoso, mas ao mesmo tempo é uma forma de identificar e descrever o modo de vestir e aspecto da pessoa, já que não o conhece. E por falar em “não o conhecer”, essa só vim perceber neste dia 28 de fevereiro mesmo. Não teria um erro nesta cena? Quando a mãe de Hugo chega e revela que tem um “paquistanês” morto em seu sofá, ela não já conhece Sayid? Assim que foram “resgatados” lá no começo da 4ª temporada a primeira pessoa que Hugo apresenta à mãe é o árabe. Ele inclusive esteve na festa de aniversário de Hugo com Nadia. Não era nenhum desconhecido. E mais ainda por estar presente nos noticiários da TV como um dos 6 da Oceanic. Era muito conhecido para Carmen não saber quem é. Por mais que seja confuso o tempo da trama e não sabermos direito qual a ordem cronológica exata, se já estavam atrás de Sayid e Hugo, isso já era pouco antes de eles embarcarem no Ajira 316, não era?  Ou seria naquela época em que o árabe passa a trabalhar para Benjamin e isso ocorreu antes? Bom. Conversando com o filho na cozinha, Carmen pergunta e depois afirma: “Quem é Sayid? Achei que ele fosse seu amigo”. Mostra como se ela não conhecesse e ao mesmo tempo soubesse quem é. Perto do fim do episódio Ben pede para Jack correr contra o tempo porque ele está se esgotando, então, provavelmente isso é antes de embarcarem no Ajira, o que compromete um pouco esta fala de Carmen. Talvez a pergunta com afirmação de Carmen “Quem é Sayid. Pensei que ele fosse seu amigo” sirva como álibi para a confusão da mãe de Hugo.

 LEGENDA VS. DUBLAGEM 226 – Hugo diz à mãe que Sayid é um cara legal, mas na legenda ele diz que seu amigo é um bom homem. Há diferença? Na verdade, em se tratando de Lost há sim, e é imensa. Esse é o problema de querer mudar demais certas falas, mesmo que sejam sinônimas. “Um bom homem” é um dos velhos bordões de Lost e é essencial para mostrar o interesse da Ilha. Além do mais, tem também aquela indireta de purgatório, o qual temos pessoas boas e más. E dessa vez não tem mais desculpas. Já estamos na 5ª temporada e não tem mais essa história de ‘não saber que determinada frase era um bordão importante da série’, pois com certeza os tradutores já deveriam saber dos bordões de Lost. E tem mais, ninguém somente assiste uma série sem pesquisar seus mistérios pela internet, quanto mais essa cujo tema principal são seus mistérios. E em se tratando de tradutores, mais precisamente quem trabalha na TV, eles mais do que nunca sabem mais sobre o que se passa na série do que nós.

SOCIOLOGIA 239 – A PIOR DAS ARMAS MODERNAS DA HUMANIDADE: A MÍDIA – O pai de Hugo diz a ele que os noticiários estão dizendo que o filho matou pessoas. “Hurley” diz que não matou ninguém, mas o pai se preocupa porque se os noticiários acreditam que ele matou, logo, todo mundo irá acreditar também. Gostei até demais dessa afirmação de David Reyes, pois temos aqui exposto a pior das armas da humanidade moderna: a mídia. Poucas cenas mais adiante Carmen diz a mesma coisa ao relatar que Hugo está nos noticiários como assassino: “E se o noticiário acha isso, todo mundo acha”. Existem muitas mídias por aí que nem vou citar exemplos óbvios, que conseguem manipular a humanidade da forma como quer, especialmente no campo da política. Quando se trata de assuntos como casamento gay; menoridade penal; pais darem palmadinhas nos filhos, enfim, são n assuntos que a mídia costuma manipular na opinião pública da população que é irritante. Posso até citar um exemplo aqui que nem deveria: a novela que mais gostei em minha vida: Que Rei Sou Eu. Ela foi feita para eleger Collor, o “rei jovem”. E conseguiu. Só que na verdade, se você observar bem, a manipulação foi mais além que isso. Na verdade, a novela não mostrava um Jean Pierre como o Collor e o Pichot como o adversário. Se analisar bem, Collor na verdade seria o Pichot, pois devemos nos lembrar que Pichot foi um rei criado por um grupo de interessados e que no fim da novela foi deposto. Collor foi criado por um grupo midiático que da mesma forma que o pôs no poder, o depôs. Finalizando o assunto, esses poucos exemplos mostram que a pior das armas da humanidade moderna se chama mídia.

CURIOSIDADE 986 e PSICOLOGIA 235 OS EFEITOS DE UM DESABAFO – Não haveria porque falar sobre a cena a seguir, mas achei tão interessante que já pretendia sim colocar no Blog. Hugo já se sentia tão mal em mentir para as pessoas sobre o que de fato aconteceu na Ilha e que todos estavam vivos, como também estava tão angustiado sobre os fatos antes e os de agora que ele não mais aguentava e precisava desabafar com alguém, o que acabou fazendo com sua mãe. Vejam como uma pessoa passando por esse tipo de situação e se sentindo na necessidade de desabafar, acaba contando mais do que devia. Imagine você, no caso, Hugo, dizer de uma vez que caiu em uma ilha maluca; que tinha um monstro de fumaça; nativos batizados por eles de “Outros” e que queriam matá-los; uma escotilha com um botão para ser apertado a cada 108 minutos; os “Outros” mataram os nativos que tentaram matar os sobreviventes do avião; depois os sobreviventes se uniram aos “Outros” contra invasores piores que os “Outros” comandados pelo pai de Penélope, namorada de Desmond que apertava o botão da escotilha; os sobreviventes e os Outros roubaram o helicóptero dos invasores para ir ao navio que explodiu, daí, ao quererem voltar para a Ilha, ela simplesmente desapareceu. Seria tão loucura e absurdo, especialmente para Hugo que já teve em um hospício, que o próprio não pensou nas consequências e correr risco de ser internado pela própria mãe de volta ao hospício. A forma como ele contou foi tão espontânea e rápida que a mãe acabou acreditando nele. E onde entra a PSICOLOGIA nisso? No perigo de as pessoas desabafarem. Quando estamos muito abalados, parece que a mente só consegue encontrar um pouco de alívio quando desabafamos com alguém. Isso ocorre porque a mente está muito sobrecarregada e quando desabafamos seria como se descarregasse um pouco, ou talvez muito, todo aquele peso que nos incomoda. Por isso que se recomenda que o ser humano procure praticar exercícios e não viver muito no sedentarismo, pois exercício libera a endorfina acumulada e que pode adoecer determinadas partes do corpo, especialmente o cérebro e o sistema nervoso. O caso do desabafo não libera endorfina, mas retira um peso na mente do indivíduo, que, se provocar o choro, é um bom estimulante aos músculos faciais e especialmente liberar o peso contido na mente. Mas convenhamos também e mudando de assunto, é um pouco perigoso você desabafar para as pessoas, pois muitas delas não merece confiança. A não ser que em seu íntimo você soubesse que existiria o risco de tal pessoa contar para outra o que você acabou de revelar, ou seja, tivesse a esperteza de contar algo que a pessoa que te ouviu corresse o risco de contar a outra porque de certa forma era o que você queria que acontecesse. Isso também acontece.

SOCIOLOGIA 240 – VÍTIMA DE SUAS MENTIRAS – Vejam o que acontece quando uma pessoa tem o costume de praticar determinados erros a tal ponto de perder sua credibilidade. Desta vez realmente Benjamin Linus queria ajudar Hugo, só que como Ben não era uma pessoa confiável e sendo considerado o rei da mentira e manipulação, no momento em que resolveu fazer algo de bom, não levou credibilidade. Isso lembra aquela história de uma pessoa que vivia mentindo e pregando peças nas pessoas, inclusive para assustar, se fingindo de morto, daí, no dia em que foi nadar em uma piscina, teve uma câimbra, tentou pedir ajuda e ninguém acreditou que fosse verdade, acabou morrendo afogado, vítima de suas chatas brincadeiras.

CRONOLOGIA – 102º dia.

            O 4º pulo no tempo os leva para o ano de 1954.

Fora da Ilha o ano é 2007.

 

As curiosidades a seguir são do site da série.

 

CURIOSIDADE 987 e NÚMEROS 159 (embutido) – Mattingly é uma referência a Don Mattingly, um jogador de New York Yankees, do qual o número 23 foi aposentado.

CURIOSIDADE 988 – Há várias rápidas referências a outras culturas neste episódio. 1) James chama Faraday de “Dr. Wizard”, corrigido para “Mr. Wizard” por Miles. Era um seriado científico para crianças. 2) O fato de Hugo colocar os óculos em um inconsciente Sayid referencia o filme Um Morto Muito Louco. 3) A imagem do matadouro faz alusão ao livro Slaughterhouse-five (Matadouro 5) de Kurt Vonnegut, no qual, o protagonista Billy Pilgrim viajava no tempo. 4) A cena em que Sra. Hawking está usando um pêndulo para encontrar um local secreto no mapa, refere-se a um cenário semelhante ao clímax do romance “Foucault Pendulum” de Umberto Eco. 6) Neil, um personagem raramente visto, é visto dificultando as vidas dos sobreviventes no começo do episódio; é um personagem “Red Shirt” clássico do Star Trek. Quando Neil é morto está vestindo uma roupa vermelha. 7) Hugo cita a cena do hospital do filme “O Poderoso Chefão”. Na cena os assassinos que atiram em Vitor Corleone, tentam matá-lo no hospital.

            Resolvi desta vez pôr todas essas curiosidades em um único comentário por achá-los não tão relevantes.

CURIOSIDADE 989 – APARENTES ERROS:

1) Ben acende seu fósforo duas vezes. Na primeira, a câmera está posicionada atrás das velas enquanto Sr. Hawking entra na igreja. Então existe uma outra tomada do outro lado da sala, onde vemos Ben fazendo o mesmo movimento.

2) A mesma foto (de dois homens em um matadouro) foi usada tanto atrás do balcão como ao lado da porta do açougue de Jill.

3) O tanque de oxigênio que Jack usa para reviver Sayid no hospital está vazio, com seu indicador logo na área vermelha do refil.

4) O cabelo de Sayid muda de liso para encaracolado.

5) O emblema da caminhonete está primeiramente tampado com uma fita preta quando Hugo estaciona, então está prata quando eles saem do posto de gás.

6) Na cena em que há sobreviventes correndo das flechas em fogo, um dos figurantes pode ser visto sendo atingido no peitoral e usando claramente uma proteção contrafogo em sua face.

7) Quando Hugo escolhe a camiseta de Shih-Tsu, ela é visivelmente menor do que quando ele sai do posto de gás, já com ela no corpo (isso eu percebi).

Ainda não foi desta vez que o Curiosidade chegou ao número 1000. Não é possível que não seja no próximo episódio. Qual será o comentário de número 1000???