sábado, 21 de novembro de 2020

T3/E17 - CATCH 22 (Ardil 22) - Parte 2 de 4.

 PSICOLOGIA 197 – COMO VOCÊ VÊ UM COPO PELA METADE? QUASE CHEIO OU QUASE VAZIO? O assunto que vou falar aqui, apesar de não se tratar exatamente de otimismo versus pessimismo, como a frase do título sugere, mas tem a ver com algo parecido, se tratando de como você vê ou faz certas ações do dia-a-dia, se considera como algo tedioso ou divertido; se transforma certos momentos da vida como amigo ou inimigo; a favor ou contra você. Observem a cena abaixo entre Jack e Kate e depois irão entender aonde quero chegar:

KATE: É estranho, não é? Estar de volta. Não procurar uma saída de uma jaula. Não encontrar uma razão para sair correndo pela floresta de novo. Eu não sei mais o que fazer da vida.

JACK: Então aproveita! Tenho certeza que logo, alguma coisa vai dar errado.

KATE: É! Minha grande aventura desta noite vai ser lavar os pratos no oceano.

JACK: Toma cuidado.

            A sociedade de hoje anda muito estressada e irritada, e qualquer acréscimo no seu cotidiano, principalmente aqueles obrigatórios, abate mais ainda os ânimos. A pessoa vai ficando cada vez mais agitada e isso atinge a mente, que consequentemente responde para todo o corpo, só que ela não percebe o como isso está fazendo mal, até porque, é uma alteração lenta e vai desgastando e cobrando das pessoas de uma forma que futuramente poderá não terminar bem para a sua saúde. Da forma como as coisas andam a depressão não será um caso de poucas, mas de milhares de pessoas. No caso de Kate, que estava reclamando de ter que ir lavar louça, atos como esse e outros parecidos serão sinônimo de tortura, mas… o que fazer quando a vida de hoje É um corre-corre supremo e que realmente lavar louça nesse momento torna-se um tormento? Existe saída? E se eu disser que pode ter saída e que é fácil, ao mesmo tempo, que é difícil? Tudo é uma questão de como você vê um copo pela metade. O que vou mostrar abaixo você pode dizer que falar é fácil e que quer ver se é possível fazer como eu falei. Bem… se eu consigo… por que você não? Vamos lá.

            1º) Primeiro caso a citar é o de Kate. Quando nossa vida é agitada e precisamos fazer alguma coisa por obrigação, lavar louça acaba alimentando o estresse. Faça dos atos do dia-a-dia seu amigo, não seu inimigo. Tenha na mente que (e não é uma invenção, os fatos que vou falar são verdades) lavar louça 1) é um exercício; 2) você está saindo do sedentarismo; 3) você ocupa corpo e mente para algo útil: ação sua e limpeza dos utensílios; 4) Você está em contato com água, a coisa mais refrescante que existe na Terra; 5) faça da água sua aliada: molho seu rosto, sinta de verdade o líquido e não somente umedeça o rosto. Perceba que a água alivia a face e isso é bom para a cútis; 6) Certa vez, em uma reportagem no Fantástico do ano de 2014, fora dito que lavar louça é bom para o cérebro e a memória. Como é um programa de credibilidade, então com certeza não é conversa para boi dormir… e o principal de tudo isso: 7) depois de todos esses pontos positivos você tem mais é que lavar a louça com alegria, não somente por saber dessas coisas, mas procure realmente fazer por diversão, nunca por obrigação ou “tortura”. Você poderia dizer que isso seria uma utopia, pois não existe essa coisa de fantasiar uma ação obrigatória. Não existe? Eu ajudo em casa para evitar que minha mãe trabalhe muito e podem ter certeza, faço tudo isso, e não faço querendo tapear a mim mesmo, eu realmente lavo com vontade. Às vezes eu e minha irmã chegamos até a “brigar” (no sentido de brincadeira) para ver quem vai lavar. Aí, me diga: em que lar isso pode acontecer? Mas é como eu disse, se você faz isso por vontade, nem percebe que está lavando louça. Se ajude e ajude sua mãe.

            2º) Já que citei o caso da louça, vamos a outro parecido: passar pano de chão. Dá para ver algo positivo nisso também? Não tenha dúvidas. 1) exercício; 2) fuga do sedentarismo; 3) contato com água; 4) hidroterapia. Vocês não fazem ideia o quão a água relaxa o corpo. E em se tratando dos pés? Quando você anda descalço em grama molhada é o mesmo que massagem nos pés. E não estou dizendo isso por experiência própria. Os médicos podem provar isso. A grama molhada relaxa de fato e massageia seus pés. A ciência também pode provar que os pés são os únicos órgãos do corpo humano que têm contato com todo o resto do corpo, ou seja, uma massagem em determinada parte do pé responderá positivamente à parte do corpo humano que ela tem ligação. Portanto, massagem + água = relaxamento. Enfim, além de se exercitar passando o pano no chão, sinta a água nos pés. “Tá”! Eu sei que a água já deve ter ficado suja. Mas esqueça isso, o que importa é sentir o líquido nos pés. Relaxe. Exercite, ande, sinta o refrescamento nos pés. Faça do “passar o pano” seu amigo, não um vilão. E como disse no 1º item, tente fazer isso com ânimo de verdade mesmo, não forçado, pois quando as coisas fluem naturalmente, o relaxamento surge mais rápido.

            3º) Varrer. Mesmo caso do 2º: 1) exercício; 2) fuga do sedentarismo. Mas da mesma forma do 2º faça aqui também, ou seja, aproveite ao máximo como um verdadeiro exercício. Não passe o pano nem varra como meros movimentos. Tente fazer como em uma academia, ou seja, faça movimentos não por fazer, mas calculadamente como se estivesse fazendo determinados movimentos em academia, unindo o útil ao agradável, com movimentos braçais exatos, para frente e voltando; se agachando corretamente, sem forçar a coluna. Enfim, saiba como movimentar braços, pernas e coluna (Karatê Kid?). No caso de varrer, esqueça o fato de que causa poeira (ou use máscara). Tenha a varredura como aliada, não como hostil, pois você nem fará ideia o quanto de calorias poderá perder. E como nos outros dois, tente fazer com vontade, pois não adianta enganar a mente e fazer de mau humor, pois ela saberá que você não está sendo sincero e o benefício de varrer pode cair bastante no auxílio para a saúde. Procure os afazeres sinceramente por alegria, não por obrigação. O segredo é esse: mudar o ponto de vista. Ver o copo pela metade quase cheio.

            4º) Amargas filas de espera. Se for a um Banco, posto de Saúde, Caixa Lotérica, algum escritório, enfim, se for enfrentar uma fila ou ter que esperar algo que sabe que vai demorar muito tempo, leve algo para te entreter. Enquanto as pessoas estão na fila reclamando, você está se divertindo. Isso funciona até demais comigo. Longas filas; levo livro para ler. Vocês não têm noção de como é bom (para quem gosta de ler livro, claro) e você nem percebe o tempo passar. A única parte chata é quando chega sua vez (irônico, não?). Logo naquela parte boa do capítulo e você se admira porque já chegou sua vez. Os outros reclamavam e você curtia um bom livro. Quando chega minha vez fico surpreso por já ser eu o próximo a ser atendido. Já?! Tão rápido?! Pois é! Eu nem havia percebido que tinha se passado na verdade duas horas. Fiz da estressante e irritante espera em fila se tornar uma diversão… minha aliada.

            5º) Vai comprar algo, como por exemplo, pão… faça desse ato uma caminhada. Não ponha na mente que foi comprar algo, pense que está fazendo caminhada, o segundo melhor e simples exercício para a saúde. Aliás, vai a algum lugar? Seja para onde for ou não importando a distância, tenha preferência para ir a pé. Esqueça por alguns momentos do carro ou moto (nem bicicleta, que já é exercício. Esqueça a pressa também). Você economiza gasolina, pode até evitar acidentes e sai do sedentarismo para a caminhada. Se quiser pode ir de bicicleta, mas tenha sempre preferência em ir a pé. Nessas caminhadas aproveite o caminho e aprecie as coisas ao seu redor. “Tá!” Você vai comprar pão quase todo dia e o caminho e paisagem são os mesmos. O que tem para apreciar se é seu caminho todo dia? Você realmente vê o caminho todo dia? O cenário já virou uma roupa pra você, logo, você não vê esse caminho todo dia? Aprecie tudo o que vê: cada poste, cada carro que passa, as pessoas que passam, as nuvens, as árvores. Observe cada galho, o tronco, as folhas. Veja a natureza de uma forma que você não via antes, ou seja, simplesmente veja. E uma última coisa importante nesse item: se acha que já está entediado com esse caminho, mude. Não é fazer do ato de compra uma caminhada? Então dê a volta pelo quarteirão. Mude a rota e aprecie o ambiente. Faça do ato de compra uma caminhada de verdade e mude mesmo o percurso. E como lembrei nos outros itens: faça tudo isso com vontade, pois, se não consegue, tente se acostumar, se adaptar. Não faça disso uma enganação, ou seja, não estando com vontade e fazendo à força. Sua mente sabe disso e surtirá efeito contrário, dando mais cansaço à mente. Por outro lado, também pode surtir efeito positivo pelo fato de você procurar andar mesmo quando não está com vontade devido problemas pessoais. São nessas horas que enquanto você anda passa a pensar, meditar, analisar, daí, o corpo líber mais endorfina, que é prejudicial à saúde quando se acumula muito no corpo, moral da história, andar e meditar lhe trará relaxamento, como se fosse um desabafo para você mesmo.

            6º) Depois dos 5 itens anteriores, se você percebeu que pode ser possível sim ver as situações tediosas do dia-a-dia por outro lado, o positivo, e se quiser tentar se adaptar  a isso, e após tudo isso que leu, se perceber que realmente surte efeito positivo, já pode ser um grande passo aprendendo com tais itens a conseguir combater algo muito negativo que acarreta a maioria das pessoas: insônia.

            Já comentei isso aqui outra vez e volto o assunto à tona: a Psicologia Reversa, mas desta vez adaptando ao “copo pela metade/cheio”. Até em um momento mais difícil na vida de alguém que é a insônia, pode ser trabalhado de uma forma que você torne a angustiante falta de sono em um momento de reflexão. Como assim? Usando a Psicologia Reversa, ou seja, se você não consegue dormir, nunca vá se deitar e lutar para o sono chegar. Como a própria tentativa diz, o fato de você lutar é motivo suficiente para lhe deixar agitado, logo, o sono nunca virá. Ele não vem exatamente porque você está lutando para que venha, e assim, vai acabar lhe estressando mais. Se você quer dormir, ele não vem porque sua mente está lutando para isso; se você não quer que venha, como por exemplo, assistindo a um bom filme, o sono virá. Em outras palavras, procure fazer o contrário do que você quer e a mente não deixa: se deite, mas não queria dormir. Como assim? Apague a luz (ou deixa acesa se quiser), se deite e passe a pensar em qualquer coisa. Simplesmente se deite e não queira dormir. Se possível até fale consigo mesmo. Pense em qualquer coisa, até mesmo naquilo que lhe preocupa (o que não é recomendável por deixar mais tenso), mas o que importa é você pensar e NÃO querer dormir. Passei um tempo demorando duas horas para dormir. Ao fazer esse teste, caiu de 2 horas para 20 minutos, depois 15. Isso acontece porque tirou a tensão de querer dormir a qualquer preço e passei a pensar. Como você quer pensar, o sono virá e você nem perceberá, quando menos esperar, já é manhã e nem percebeu que dormiu há horas. Claro que isso não vai acontecer com todos, mas não custa tentar. E é bem provável dar certo, depende de como você preparou sua mente, pois como disse nos outros itens, tente levar para a naturalidade (neste caso: pensar). Não force. Da outra vez que postei isso no Facebook, um colega lançou uma indireta numa imagem postada a respeito de ficar pensando até o sono vir. Muitos minutos depois segurava o travesseiro e dizia bem zangado: “Pô, cabeça! Deixa eu dormir!!!”. Eu pensei em responder a isso, mas deixei quieto. Parece que ele não entendeu minha dica. Se na postagem o rapazinho em desenho estilo mangá reclama com a mente para parar de pensar e deixá-lo dormir, ele não seguiu minha instrução, que era NÃO querer dormir. Ele quis ENGANAR a mente e ficou pensando, mas seu íntimo era que estava fazendo isso para ver se conseguiria dormir e com o passar do tempo, se irritou pelo sono não vir. Vou repetir: esse teste é para você NÃO dormir. Você tem que ir para a cama NÃO querendo mesmo dormir. Se não consegue dormir mesmo, então, para quer insistir? Fique na cama e pense, oras! No momento que você se enganava pensando e muitos minutos depois reclamou de estar pensando e agora quer dormir, acabou de se entregar e mostrar que na verdade você estava se enganando no pensamento, sua intenção mesmo continuava em querer dormir, só estava embutida, oculta. Eu já disse, não queira dormir. Não tenha pensamento bem lá no íntimo ansioso para querer dormir. Esqueça do sono. Pense. Não se engane que a mente sabe disso.

            Finalizando, eu poderia citar vários exemplos aqui, como até mesmo fazer almoço, mas acho que já está bem entendido. Faça de algo da sua vida, que você normalmente consideraria tedioso, em algo positivo. Se você passar a ver os benefícios que citei em cada um desses seis exemplos, é bem provável que você acabe fazendo as coisas naturalmente, sem precisar forçar a barra e sem querer que pareça bom. Tudo sairá, fluirá naturalmente. Portanto, faça de um copo pela metade como um açude sangrando, que seu futuro na saúde lhe agradecerá e você nem perceberá os benefícios, pois são mudanças boas em seu organismo, corpo e mente em longo prazo.

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