CURIOSIDADE 557 – VOCÊ CONCORDA COM SÉRIES QUE COSTUMAM TRAZER ALGUÉM PARA A PRÓXIMA TEMPORADA, SENDO QUE ELE MORREU NA ANTERIOR? BOLAR UM JEITO DE TRAZÊ-LO SÓ PORQUE O PÚBLICO DESAPROVOU SUA MORTE? Logo no começo do episódio, a personagem Corvetta da série Exposé morre. Nikki vem conversando com Howard Zukerman e este, que é o diretor, comenta que pode fazer com que a personagem que Nikki representa possa voltar na próxima temporada, era só alegar que ela usava um colete à prova de balas. É claro que a conversa dos dois está se referindo exatamente à própria Nikki como personagem de LOST, pois ela irá morrer neste episódio. Ao ouvir isso, Nikki abre seu roupão para mostrar que era stripper e estava fazendo uma de suas apresentações quando foi interrompida ao ver que algo iria acontecer na sala do Cobra, logo, ela estava somente de sutiã e calcinha e tinha acabado de pegar o roupão, portanto, não havia o menor sentido de ela estar com colete naquele momento. Eu achei isso interessante, pois mostra que tem que ter todo um cuidado com esses tipos de coisas em séries, especialmente em se tratando de trazer alguém que supostamente morreu. Melhor até fazer mortes com brechas para retornos, assim evita problemas futuros. Mais interessante ainda é que o diretor quem teve a ideia do colete, mas Nikki quem alertou para esse detalhe. Isso é bom para mostrar que todos os envolvidos em uma série devem observar cada detalhe da série para evitar encenar algo que pode comprometer a credibilidade dela. O bom é que essa parte mostrada entre Nikki e Howard estava se referindo exatamente a LOST, pois quando o telespectador se apega a um personagem ele se revolta quando seu personagem predileto morre e fica pedindo o retorno. Muitas séries têm essa capacidade de trazer alguém e inventar algo para que o personagem retorne. Por mais que eu goste de um personagem, se ele morrer eu prefiro que não volte, pois como diz o próprio bordão de LOST: “o que está feito, está feito”. No momento em que voltam atrás em algo se perde não somente a credibilidade, mas também o sentido da história. Já vim muito isso acontecer em revistas em quadrinhos e a campeã em trazer gente morta é a linha de revista dos X-Men. Uma das que mais morreu nas histórias foi Jean Grey. Como disse, não gosto quando isso acontece, pois, além de perder credibilidade, você nunca levará a morte a sério quando ocorrer novamente com algum personagem. Ainda bem que em LOST não fizeram isso, pois quem morreu, realmente morreu. Mesmo os personagens voltando de vez em quando, mas pelo menos eles continuam mortos, se tratando somente de flashbacks.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 140 – Nikki fala o nome de Howard Zukerman pelo apelido: Howie, duas vezes em menos de um minuto, mas isso ocorreu na legenda. Se não fosse a legenda, mal saberíamos o “nome” dele sendo dito logo no começo, pois no áudio nem seque fala nome ou apelido de pessoa nenhuma.
CURIOSIDADE 558 – Alguém observou uma cena que ficou meio fraquinha no início deste episódio? Quando Hugo pede ajuda antes que Nikki “morra”, James vai atrás dessa ajuda, mas… que cena foi aquela??? James vai até os matos, tira um galhinho da frente (como se impedisse a visão) e olha para frente, balançando a cabeça para a esquerda e direita à procura de alguma movimentação. Ele faz isso como se fosse uma criança que não sabe resolver essas coisas e só realmente dá uma olhada, como se essa atitude fosse suficiente para constatar que fez alguma coisa e que de fato procurou alguém. Ele não grita, não esboça reação, não corre atrás de alguém, age como se o pequeno galhinho fosse uma barreira intransponível e que não dá para avançar para procurar ajuda. Mas sabe o que foi pior nessa cena? Ele se direcionou para as matas. Como assim??? Os sobreviventes não moram na praia e fora das matas??? Não classifiquei isso como Isento de Erros por não ser exatamente um erro, mas que foi uma cena fraca… isso foi.
CURIOSIDADE 559 – Quando Hugo constata que Nikki morreu, James diz: “E quem é a Nikki?”. Antes de falar sobre essa cena vou repetir algo que já comentei antes. Não se deixem levar pelas falas dos personagens, pois nome próprio NUNCA, JAMAIS deve vir antecipado por artigo. A não ser que você queira dar ao nome próprio uma entonação de desprezo ou de tachá-lo como uma coisa. Voltando à cena, as palavras de James foram interessantes, pois há um sentido triplo aí. Primeiro e principal: quando ele pergunta quem é Nikki, foi uma entrada para o flashback e para assim responder pelo flash quem era a sobrevivente da Oceanic que ainda não a conhecíamos. Esse caso foi exatamente igual ao primeiro flash de John Locke, quando Michael faz a mesma pergunta: “Quem é esse cara?” e assim entra o flashback mostrando quem é Locke. Segundo: foi a mesma pergunta do público. Quem é essa personagem que surge agora, apesar de ser tida como uma sobrevivente desde o início? Seria como se reclamasse em pôr alguém agora, em andamento já na metade da série, o que provavelmente não seria bem aceito pelo público. Terceiro: O fato de James dizer isso soa estranho, pois depois de mais de 80 dias, como alguém não saberia quem é uma pessoa com quem está convivendo há tanto tempo? Temos dois casos que podem salvar essa fala. Primeiro: Em vários episódios já comentei sobre o fato de… não é porque você conviver com um grupo que conhecerá a todos. Pode até ver, mas não ter aproximação. Automaticamente as pessoas têm a tendência de se aproximar a outras que fica como se fosse o famoso “bateu ou não o santo”. (Ainda assim, 80 dias para 40 pessoas? É dose.). Temos os sobreviventes narrados nos livros oficias da série que não tinham tanto contato com os principais, mas acima de tudo, e parece ter sido até proposital, no episódio a seguir, quando James tenta se socializar com a galera por ideia de Hugo, quando tenta se socializar com Desmond, este responde que o loiro caipira nunca sequer tinha trocado três palavras com ele desde que o escocês passou a fazer parte do grupo (obs.: este último detalhe só vim perceber anos depois. Para vocês verem o como você consegue achar resposta nesta série não importa quantas vezes assista ou que seja anos depois. Data desta observação: 15/11/2022, dia de eleição para prefeito. Só vi isso porque meu Blog de LOST havia sumido e eu estava refazendo em outra plataforma, e vejam a coincidência, eu estava vendo exatamente este episódio na maratona do canal SYFY em pleno domingo à tarde, às 15h:00. Quer outra coincidência? Domingo de eleição. Qual um dos focos deste episódio? Eleição, apesar de mentirosa inventada por Hugo, para tirarem James do grupo na ilha, e depois, eleição verdadeira, para escolher James como líder, já que Jack, John, Kate e Sayid não estavam entre eles. O episódio anterior eu revi também, que é este, o do flashback de Paulo (Rodrigo Santoro) e Nikki. É muita coincidência ao estilo Lost!). Segundo: a fala de James pode ter outra interpretação. Quando você escuta uma reclamação e opinião de alguém e não lhe agrada, você responde: “E quem é você hein, ô filho?”, bem no estilo de James. Seria como se dissesse: “E quem é você para dizer o que eu deva ou não fazer? Não pedi sua opinião”. O comentário abaixo tem a ver com esse.
CURIOSIDADE 560 – Continuando o comentário anterior, James fala, ao encontrarem Paulo caído nas matas: “Esse aí deve ser o Paulo”. Essa frase compromete ainda mais a fala dele anteriormente, pois leva a entender mesmo que ninguém sabia quem era o casal e que surgiu agora, como realmente surgiram os atores: Rodrigo Santoro e Kiele Sanchez. Mas pode ser que a frase tenha sido dita com insignificância. Hugo reclama e ele responde: “Então tá, Huguinho, cadê a barraca deles?”. Essa pergunta foi interessante, pois revela que o casal não morava na praia, mas provavelmente nas matas, o que reforça mais ainda a probabilidade de serem vistos pouco, entretanto, no velório dos dois, Hugo em seu discurso fúnebre diz que os dois eram muito legais com ele, portanto, alguns dos outros sobreviventes tinham contato com o casal. O fato de não achar a barraca é para servir de álibi a realmente não se ver barraca deles nas 3 temporadas. Esse caso é o mesmo do sobrevivente Jeff Hadley, o pintor que tinha seu “ateliê” isolado e que se encontrava numa caverna, por isso poucos tinham conhecimento dele.
CURIOSIDADE 561 – E vejam que interessante! Alguém finalmente tinha soltado uma direta para Kate e James dizendo: “Kate e os dois namorados dela encontraram uma mala de armas e decidiram não contar a ninguém”. Todos pareciam cuidadosos para não falarem sobre esse triângulo amoroso entre Kate, James e Jack, mas alguém teve a ousadia de citar isso na frente deles. E mais inacreditável ainda é que quem falou fora Shannon, a mais inútil do grupo. É, Shannon, pela primeira vez saiu algo engraçado (apesar de ela não tentar ter sido engraçada) de sua boca.
ADMINISTRAÇÃO 130 – O PROBLEMA DE QUERER TOMAR A FRENTE DOS OUTROS NAS DECISÕES. Enquanto estão discutindo sobre a mala de armas e que Kate, James e Jack decidiram não contar a mais ninguém, Artz saiu gritando: “Acha que são a polícia?”. Fazia tempo que eu não mais comentava sobre essa categoria, e para falar dela, preciso exemplificar com algo que ocorra nas empresas, ou até mesmo na sociedade. Em meio a um grupo, sempre haverá aqueles que tomam as rédeas da situação. O problema é quando essa liderança assumida por alguns chegam ao ponto de tomarem decisões pelos outros sem consultar. Decidem falar pelo outros e decretar decisões sem nem querer saber quem vá ou não concordar. Isso foi o que Artz quis dizer e é isso que acontece muito em meio a grupos de pessoas. E daí nascem os conflitos.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 141 – O comentário acima, ADM. 127, só existiu por causa do áudio em português. Eu só o pus porque era um assunto bem interessante a se frisar. Na verdade, Artz não diz: “Acha que são a polícia?”, ele diz: “Os porcos estão andando”. Eu não sabia o que significava isso, mas com certeza modificaram totalmente a fala só para combinar com o momento, ou seja, que Artz se incomodava porque Jack, Kate e Locke, juntamente com uns poucos (poucos, não porcos), tomaram as rédeas da situação, decidindo tudo por ali sem consultar os outros. Isso pode ser perceptível no fim da 1ª temporada, antes dele se explodir. Mas é aí onde mora o problema, pois intensificaram o sentido de revolta de Artz quando não era nada disso… ou talvez fosse, bastava saber o sentido dessa fala da legenda, mesmo assim, que fizeram interpretar erroneamente o que Artz queria dizer… isso fizeram. Observação final: os porcos devem estar se referindo ao livro A Revolução dos Bichos.
NÚMEROS 104 – A bolsa que Paulo e Nikki desejam obter vale 8 milhões de dólares. A picada da aranha no pescoço de Paulo também tem a duração de horas referente a esse mesmo número.
PSICOLOGIA 184 – QUANDO A CONSCIÊNCIA NOS ACUSA. Sun começa a falar do que os “Outros” fizeram com ela quando estava na sua lavoura e foi arrastada com um capuz na cabeça durante uma chuva. Ao citar isso, Charlie faz uma cara de sem jeito e James olha para baixo, se sentindo sem graça, já que foram os dois que fizeram isso a ela, este quem arquitetou o plano e aquele quem executou. Vejam como a mente do ser humano começa a martelar quando este cometeu algo contra alguém e este alguém fala sobre o caso. Se uma pessoa observadora visse a cara dos dois (muito bem interpretada por Dominic Monaghan e Josh Holoway, por sinal), poderia ver algo suspeito, entretanto, quem adivinharia que seu atacante não seria um hostil, mas sim, de seus próprios amigos? O que importa aqui é discutir sobre a consciência quando está pesada e fica se acusando de erros cometidos no passado. No final do episódio inclusive, veremos que Charlie finalmente confessará que foi ele quem atacou Sun. Mesmo a acusação caindo sobre os inimigos, ao ver Sun relembrar sobre aquele caso e enfatizar que foram os “Outros” que a atacaram, mesmo assim, Charlie, que poderia deixar essa acusação para os inimigos, resolveu contar a verdade para se ver livre de culpa. Mas houve uma coisa a mais nesse caso que eu fiquei sabendo ao assistir o bônus desse episódio: como ele sabia que iria morrer, conforme Desmond falou, Charlie resolveu se redimir de culpa para se confessar seu pecado, caso realmente fosse morrer. Outra coisa reforçada no bônus: ele estava cavando os túmulos de Nikki e Paulo. Como estava ocupando naquele momento a posição de possível “morador” daquela cova, o fato de fazer uma cova alimentou seu sentimento de culpa. É o mesmo que acontece conosco quando cometemos erro que não gostamos, quando mentimos ou quando magoamos alguém. A mente não nos deixa em paz e o único sossego, a única redenção só vem quando liberamos, quando soltamos esse sentimento de culpa e procuramos nos ver livres dele definitivamente.
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