quinta-feira, 5 de novembro de 2020

T3/E13 - THE MAN FROM TALLAHASSEE (O Homem de Tallahassee) - Parte 1 de 2.

 LEGENDA VS. DUBLAGEM 138 – Quando John Locke vai renovar seus benefícios devido a terapia que está fazendo, a funcionária do governo nega a renovação e avisa que quando ele terminar as sessões poderá pedir o benefício novamente. Mas na legenda ela fala que ele terá de volta os benefícios quando voltar a fazer as sessões. “Quando terminar” dá a entender que ele encerrará a terapia e não mais precisará, mas “quando voltar” deixa a entender que ele voltará, logo, não terá fim definido. Afinal… é quando ele terminar ou quando voltar??? Óbvio que a legenda está correta. Ele precisa voltar à terapia.

PSICOLOGIA 182 – DEPRESSÃO É FRESCURA? – Chegamos a um assunto que é pura Psicologia, que acontece com muitas pessoas e que será uma das doenças que mais afetará a humanidade de hoje em diante: a depressão. É uma questão complicada de se debater, pois temos vários casos que podem ser exemplificados somente com a cena a seguir.

FUNCIONÁRIA: Se o governo vai pagar o seu seguro de invalidez eu tenho que descobrir se sua situação melhorou (ela faz uma série de perguntas).

FUNCIONÁRIA: Você parou de enviar as faturas de terapia para reembolso.

JOHN LOCKE: É porque deixei de fazer.

FUNCIONÁRIA: (ela carimba o benefício como suspenso) É apenas uma suspensão temporária, senhor Locke. Assim que terminar (voltar – legenda) suas sessões, pode pedir de novo.

JOHN LOCKE: Acha que estou temporariamente inválido?

FUNCIONÁRIA: Depressão pode ser temporário sim. Se está apto para parar a terapia acho que melhorou.

            Como disse, é uma questão complicada, pois já vi muitos casos diferentes, e alguns deles com pessoas que conheço e não citarei nomes. Pessoas que entraram em depressão por causa do corre-corre de hoje, especialmente professores (salário desvalorizado, alunado que desrespeita a ponto de agredir fisicamente, disputas políticas internas, problemas pessoais internos etc.). Muitos desses casos levam realmente a uma depressão profunda. A pessoa busca ajuda psicológica, mas na hora de passar pelo governo em se tratando de benefício, de uma readaptação, de uma aposentadoria ou alguma saída desse problema sufocante, acaba encontrando empecilhos, dificuldades. Hoje em dia está cada vez mais difícil conseguir se ver livre de uma “saída”, pois o governo tem cada vez mais posto obstáculos para que uma pessoa não consiga os benefícios possíveis. Para muitos médicos do trabalho, mesmo que um paciente demonstre estar muito deprimido e transtornado, ainda não é suficiente para conseguir se ver livre ou sequer conseguir algumas férias forçadas. Mesmo os médicos do trabalho, que conhecem uma pessoa enferma como ninguém, eles fazem vista grossa para todos os pacientes e fazem o possível para que seus pacientes não consigam vencer uma causa. Pessoas que se encontram em depressão escutam muitas piadas indiretas ou até mesmo diretas daqueles que estão bem e isso só agrava o quadro de saúde mental de alguém. Não confundam! Saúde mental é a saúde de sua mente. Parece óbvio? Para muitas pessoas não, pois veem a saúde mental como um quadro de loucura. Portanto, se já não basta escutar palavras dos outros como “isso é fricote”; “isso é manha”; “não quer nada da vida”; “é muita frescura”; “quer se fazer de coitadinho”; “doente uma ova! Isso não tem doença nenhuma”… imagine escutar palavras quase indiretas daquelas pessoas que você mais espera ajuda: o médico. Mas o pior de tudo isso é saber quando realmente alguém está mal ou possa estar se aproveitando da situação. Por isso que digo que é uma questão complicada, pois uma pessoa pode se aproveitar da situação, mas você nem pode criticar, pois no momento que acha que possa ser “corpo mole”; “muita frescura”, acabará agindo exatamente como aqueles que desprezam pessoas que se encontram nessa situação de saúde mental debilitada.

            Juntamente a esse caso, vemos o que acontece com John Locke. O paciente se entope de remédio controlado (remédio controlado não tem nada a ver com loucura, conforme alguns preconceituosos e leigos acham), mas chega a pensar que os remédios não surtem efeito ou que acham que não servem de nada, sendo assim, decide não tomar mais, pois deseja ver uma melhora rápida e fica ansiosa para voltar a ficar bem. Esse é o caso de John Locke, que pelo fato de dizer que decidiu parar com a terapia, induziu a funcionária a decidir também recusar os benefícios do paciente. Vejam como o governo (mesmo o americano), como já disse antes, faz de tudo para dificultar os recursos que uma pessoa busca a respeito de benefícios do governo. Seria como se o próprio governo agisse como as pessoas leigas sobre esse assunto, e começam a falar que quem sofre de depressão na verdade está só com frescura. Eu vi pessoalmente casos assim, e acreditem, há muitos médicos do trabalho que perseguem mesmo o paciente, tentando espremer até o último pingo para suspender qualquer ajuda ao paciente.

            As pessoas tendem a ignorar uma pessoa em estado de depressão, e uma coisa posso garantir, não vou nem dizer que “peça muito a Deus para nunca entrar em depressão algum dia”, pois no mundo de hoje, é mais fácil dizer: “peça muito a Deus que quando a depressão te pegar seja leve e em curto espaço de tempo”.

Depressão não é brincadeira; não é fricote; não é frescura; é preciso dar apoio a quem está mal, e não, criticar e desprezar mais ainda quem está precisando exatamente de apoio.

Que tipo de pessoa é você que ajuda mais ainda a derrubar o próximo???

SOCIOLOGIA 213 – AQUELE NÃO É ELE! – No começo da 1ª temporada eu comentei sobre a aproximação que foi acontecendo com os sobreviventes da Oceanic. Em poucas horas Kate já foi tendo aproximação a Jack a ponto de já achar que já o conhecia muito bem. Isso aconteceu com outros personagens, mas com esse casal foi mais perceptível. Tudo bem que agora já se passaram 80 dias, ainda assim, não é motivo para que alguém ache que já conhece bem outra pessoa. Quando Kate, Locke, Sayid e Danielle vem Jack se divertindo com o pessoal da vila Dharma, Kate afirma categoricamente: “Aquele não é ele. Aquele não é o Jack. Devem ter feito alguma coisa com ele!”. E por que não poderia ser ele? Sempre gosto de dizer aqui: ninguém conhece ninguém, nem a si próprio, quanto mais quando você conheceu a pessoa em tão pouco tempo. Mas em contrapartida, de certa forma você pode sim conhecer alguém mesmo que em curto espaço de tempo. Locke relembra: É o Jack! A primeira vez que eu o vi, ele estava arriscando a vida tirando gente dos destroços do avião em chamas”, ou seja, John relembrou que a obrigação que Jack sempre sente é de salvar as pessoas, independente se seja médico, até porque, quem escolhe seguir o ramo da medicina é porque já está em seu sangue querer ajudar as pessoas. Portanto, o que John quis dizer foi exatamente isso: “É o Jack! Ele salva pessoas! Só precisam esperar e acreditar nele”. Ainda assim, mesmo demonstrando confiança, Locke responde que se Jack não quiser fugir, será tirado à força. Mas o que quero destacar mesmo aqui é esse pensamento que temos a respeito de alguém, quando nos surpreendemos quando este faz algo que menos esperamos: “aquele não é ele”. E por que não poderia ser? Cada um faz o que quer, não precisa pedir autorização de ninguém.

CURIOSIDADE 541 – JAMAIS DESAFIE ALGUÉM A FAZER ALGO QUE ELA NÃO É CAPAZ – Vejam que fato curioso. No comentário anterior a cena mostra Kate se surpreendendo em ver Jack diferente, afirmando que ele não era aquele Jack que estava vendo. Agora foi a vez de acontecer entre Locke e Ben, só que de forma inversa. Quando Benjamin cita que John pretende explodir o submarino e diz: “Te conheço, John”, este responde: “Você não me conhece não”. Desta vez mostra que uma pessoa conhece tão bem alguém que sabe se esta será capaz de algo ou não. Mas o fato também de dizer que alguém responde que conhece outra pessoa e que sabe que esta não terá coragem de fazer algo, não é bom fazer tal citação, pois isso se torna um desafio e a outra pode acabar fazendo o que não se acreditava fazer. Mas a curiosidade está mais em outra coisa: no caso de LOST, realmente os “Outros” conheciam os tripulantes da Oceanic, pois os estudaram bastante, ainda assim, não é motivo suficiente para acreditar que essa afirmação deva ser levada cem por cento a sério. Lembremos que Colleen tinha certeza que Sun não era capaz de matar uma mosca, mas a sul-coreana atirou nela (3º episódio desta temporada) e não foi pelo fato de Colleen estar errada, ela estava certa, Sun não era capaz de matar ninguém. O problema é que Colleen falou isso, e no momento que falou acabou provocando a sul-coreana e lançando o desafio do “você não é capaz”. Jamais diga isso a ninguém, especialmente em casos que oferecem perigo à segurança de alguém, pois as consequências podem ser inacreditáveis até para a própria pessoa que jamais faria algo e acaba fazendo por causa da provocação. Eu mesmo conheci alguém que foi desafiado a não atirar em outra pessoa. Bom, prefiro não citar o desfecho trágico disso.

CURIOSIDADE 542 – John Locke está assistindo Exposé no flashback. É aquilo que já cometei aqui outras vezes: é de praxe em LOST darem uma “palhinha” em um episódio sobre o que virá no próximo. Pois é, o próximo episódio se intitulará Exposé.

CURIOSIDADE 543 – Poderia intitular isso como ATUAÇÃO, mas não achei para tanto, por isso que classifiquei como Curiosidade, mas que a cena merece ser elogiada, com certeza merece. Enquanto está tocando piando, Kate chega sorrateiramente e fica assistindo espantada a Jack tocando piano em um lugar tão improvável.  A cena que me chamou a atenção logo na primeira vez que vi foi a forma como Matthew Fox fez sua virada ao perceber que alguém o assistia. Provavelmente a maioria dos atores faria esta cena se virando rapidamente ao perceber que alguém estava atrás dele. Seria um sentido de aranha? Oooh!!! Ele adivinhou que tinha alguém atrás??? Mas não foi assim que Matthew agiu. Provavelmente ele realmente incorporou a cena, pois se você está tocando piano e chega alguém sorrateiramente atrás de você e fica parado, motivo suficiente para não provocar nenhum som, mesmo assim, de certa forma existe sim aquele sexto sentido, aquele “feeling” que lhe alerta que há alguém por perto. Não como um sentido de aranha, super eficiente, mas um sentido mesmo de que alguém o observa. Pois é, foi assim que Fox interpretou tão bem sua virada na tocada de piano. Ele não agiu com uma rápida virada, pelo contrário, continuou tocando até que em um momento deu uma leve olhando de ombro por uns 10 graus somente. Nesta curta virada de cabeça, ainda demorou um pouquinho mais, ou seja, ele teve aquele sentimento, deu a viradinha de cabeça e foi nesse momento da virada que definitivamente seu sexto sentido comprovou que sua sensação estava correta, sendo assim, olhou para trás, e mesmo assim não virou tão rápido, mas normalmente. Em outras palavras, ele agiu normalmente como qualquer outro faria ao não ver nem ouvir nada, mas ter aquele sentimento de alguém por perto. Parabéns, Matthew Fox.

NÚMEROS 102 – John Locke caiu do andar. Passou 4 anos em uma cadeira de rodas até cair na Ilha.

 LEGENDA VS. DUBLAGEM 139 – É quase inaudível, mas eu acho que quando Jack fala no ouvido de Kate algo, parece ser: “Mas eu vou voltar aqui de novo”. Na legenda diz: Mas eu vou voltar aqui por você”. Jack reclamou e deixa claro que detestou que Kate tenha voltado ali por ele, deixando a entender que ele não ligava para ela, entretanto, quando diz que voltará por ela, está dizendo que ligava e muito pela sardenta, para que assim ela não pense que ele não gosta dela. Pena que a dublagem em áudio não deixou claro essa troca de palavras de amor entre o casal.

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