LINHA DO TEMPO 3 – O COMPLEXO ROTEIRO DE SE MEXER NO TEMPO: PASSADO, PRESENTE E FUTURO – Como dito na Introdução deste Blog, essa categoria só surgiria a partir da 5ª temporada, porque ela mexe com os tempos passado, presente e futuro. Mas nesta temporada há mais um episódio em que se mexe com esse complicado assunto, e pra variar, só podia ser episódio cujo personagem central é Desmond Hume. Como eu falei na Introdução, mexer com o tempo é muito complicado e vou tentar explicar algo que, talvez nem eu mesmo me compreenda.
Desmond tem visões do futuro próximo (o dia seguinte) a respeito de coisas que vão acontecer com ele, Charlie, Hugo e Jin. Mas o problema é: como você pode ter visões futuras de você mesmo? No momento em que você sabe do que vai acontecer, provavelmente não conseguirá fazer aquilo que viu. Como assim? Vou tentar explicar, mas como disse, esse assunto é complicado e nem eu sei se conseguirei chegar a algum entendimento. 1) Eu prevejo que ao passar em uma rua, capto um cartaz de um filme muito bom em breve nos cinemas. Bom… se eu já vi o cartaz, não precisa mais olhar para aquele lugar. Se não precisa olhar, logo, eu não olho mais. Se não olho mais, logo, eu não vi, portanto, não previ. 2) Mas se eu previ e ao passar naquele lugar resolvo não olhar porque já sei o que há lá, então, eu só previ, mesmo que não tenha visto. Foi só uma previsão, pois o cartaz continua lá. A pergunta que fica é: é previsão ou não? 3) O tira-teima. Se eu previ, vou querer ter certeza se há mesmo um cartaz ali, portanto, eu confiro, o que validará a previsão de que eu olhei para aquele lugar, logo, eu realmente previ. 4) Mas eu só olhei para o lugar do cartaz porque eu previ, portanto, eu só olhei ali para comprovar, logo, eu não olhei por olhar, mas por prever e comprovar. 5) E para finalizar essa teia tão entrelaçada, tudo isso ocorreu para eu comprovar, mas… se eu estou andando na rua, é óbvio que vou olhar para várias direções, logo, com certeza eu iria ver o cartaz, sendo assim, eu realmente previ que iria ver por acaso.
Estão vendo esses cinco fios de uma teia muito emaranhada que torna as possibilidades bem complicadas? Agora vamos levar isso à cena de Desmond. Só que no caso dele é mais complicado que o exemplo que citei, pois ele tentou fazer com que suas visões futuras ocorressem.
O escocês previu cenas até chegar à morte de Charlie, o que logo após isso traria a liberdade de todos, ou seja, sairiam da Ilha. Depois dos flashes, Desmond passou a fazer com que as cenas que previu fossem acontecer. Mas como isso é possível? Se Desmond foi à busca dessas cenas para que elas ocorressem, então, porque a preocupação em querer que as cenas ocorressem. Ele não previu? Não deveria se preocupar nem buscar que as cenas ocorressem. Era só deixar as coisas agirem por naturalidade.
Outra coisa: se ele previu e batalhou para que as cenas ocorressem, então, os fatos não iriam acontecer, foi a previsão dele que maquinou os fatos. Se foi a previsão que levou aos fatos, como os fatos poderiam acontecer se foi proveniente da previsão? Os fatos ocorreram por causa da previsão e não que iriam acontecer naturalmente. Os flashes causaram os fatos, logo, as visões têm… vida própria??? Não vieram de fatos ocorridos naturalmente?
Mas… devemos observar que deixar as coisas acontecerem naturalmente inclusive é citado neste episódio, portanto, isso pode ter salvado o desespero de Desmond. Talvez ele tenha se preocupado tanto que as coisas acontecessem para ir de encontro a sua amada Penélope, que realmente buscou que tudo acontecesse nos mínimos detalhes, ou seja, ele não deixou que as coisas acontecessem, pois se previu os fatos, tudo aconteceria naturalmente.
Há outro caso que pode salvar este episódio. Observem que logo no começo ele viu as cenas, mas parecia de trás para frente, portanto, lhe causou confusão e ele precisava refazer os passos porque ficou confuso. Como ele mesmo disse era como um quebra-cabeça, mas não tinha uma figura como mapa para ele se orientar. Essa visão foi diferente e por isso ele tinha medo de modificar algo.
Mas aí, voltamos ao pensamento inicial: se ele previu, por que se preocupar que tudo vá acontecer se realmente vai acontecer? Ele só poderia modificar algo se realmente procurasse modificar o que viu.
E para complicar mais ainda esse caso e encerrar esse assunto louco… até onde iria a real visão de Desmond. Qual era o ponto limite, a porta em que ele podia abrir e modificar as coisas? Se ele pode mudar algo, então isso não era para ser considerada previsão? Se ele previu cada passo e resolve modificar, não teria visto no flash essa modificação? O que seria considerado a fronteira de sua visão? Até o momento em que tudo acontece, o momento que ele muda ou toda a visão, podendo mudar em qualquer momento as coisas?
É! Como disse: bem-vindo (ou mal-vindo) a essa complexa teia que dá nó na mente, podendo até dar dor de cabeça.
CULTURA 23 – A CULTURA AMERICANA EMPURRADA À FORÇA. Hugo diz: “Todo mundo gosta de marshmellows”. Tudo bem que nos Estados Unidos é natural a maioria gostar de marshmellow, mas será mesmo que a maioria gosta disso. Não vejo nada demais na citação dele, pois é a opinião de quem come muito, mas não vou deixar essa oportunidade de crítica passar. Não se pode falar por todos, pois marshmellow é muito, muito doce mesmo. Chega a causar arrepios e enjoos de tão doce, e realmente tem um gosto enjoado mesmo. É tão intenso seu gosto que eu mesmo aguentei comer só dois pedaços. Todo o pacote que havia comprado foi para o lixo porque ninguém mais em minha casa gostou. Pois é, dizemos que não somos levados pela cultura americana, mas vira e mexe consumimos algo deles e acabamos gostando. Que bom que detestei.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 159 – Charlie pergunta a Desmond por que ele deixou Penélope e foi parar na Ilha. Ele responde que é um covarde. Ao ouvir isso, Charlie se compadece e responde “Sinto muito”, mas infelizmente está na legenda, que é o correto. No áudio Charlie fala como se não tivesse entendido a resposta e pergunta “O quê?”. Os dois estavam tendo uma conversa interessante, mas o áudio fez parecer que Charlie saiu da conversa para ficar surpreso e perguntar se tinha ouvido direito. Mas o pior vem agora. Na legenda, assim que o ex-roqueiro responde sentir muito, o escocês chega até a responder por si próprio “Eu também, cara”, ou seja, tem raiva de realmente se considerar um covarde. Daí, os tradutores fizeram uma confusão enorme. “Eu também” no sentido de sentir também por se considerar um covarde, mas os tradutores entenderam esse “eu também” de uma forma bem longe do sentido real. Segundo o áudio, quando ele diz ser um covarde e seu amigo se surpreender, perguntando “O quê?”, ele responde “Nós dois somos”. Como assim??? Segundo o áudio, qual foi o sentido de o escocês responder “nós dois somos”? Só ele quem era o covarde. Que motivos teria para classificar Charlie como covarde também??? Não teve o menor sentido isso. Se na fala original, que é a legenda, Desmond responde por si próprio “eu também”, não está se referindo “aos dois” serem algo. Ele está concordando com o amigo o que ele é, não dizendo que os dois são. Que viagem fizeram esses tradutores!!!
NÚMEROS 110 – Dessa vez os números não são os reais da série, mas estão subentendidos. Ruth diz que ela e Desmond namoraram por 6 anos. Refere-se à quantidade dos números de LOST. O monge diz a Desmond que engarrafam os vinhos a cada 108 anos. Esse número se referia ao tempo para se digitar o código na Escotilha e também os 6 números somados: 4+8+15+16+23+42 resulta em 108.
LINHA DO TEMPO 4 – Eu sempre questionei a fala de Desmond ao dizer que se os flashes não acontecerem exatamente como viu, a figura muda, ou seja, o curso da história. Como isso seria possível? O fato de no fim da visão ele chegar até o local onde deveria estar Penélope não mudaria os acontecimentos da visão só porque ele salvou a vida de Charlie. A suposta Penélope não cairia na Ilha? Não haveria queda nenhuma? Essa eu não entendi. O único ponto que me sustento é que, se fosse voltar no tempo, qualquer fato que você se envolva pode alterar os cursos dali em diante, mas sobre esse caso deixarei para comentar na 5ª temporada. Quanto a modificar cenas agora que podem acarretar mudanças também no curso do futuro, pode até ser, mas que Desmond iria encontrar a pessoa que teria caído de paraquedas, com certeza encontraria. Não vai mudar de pessoa como em um passe de mágica,
SOCIOLOGIA 224 – Eu sei que já está bastante batido, mas não tem como não falar das mudanças progressivas de James. Ele vem chamar Jack para jogar tênis de mesa. Ele chegou até a dizer que muita coisa melhorou desde que o médico havia saído, e ao dizer isso, ele nem percebe que está se incluindo nestas melhoras. Tudo bem que de certa forma houve a intenção de querer arrancar informações sobre a noite anterior que teve com Kate, e que mostra também que ele foi bem inteligente para usar esse estratagema, mas de qualquer jeito isso mostra como ele estava tão sociável com o grupo. Chegar a ponto de chamar alguém para se divertir, quando ele vivia sempre isolado, e mais ainda, por chamar seu arquirrival, mas que, lembremos, eles eram mais rivais pelo amor de Kate, pois lembremos que no fim da 2ª temporada James chegou a dizer ao próprio Jack que tinha o médico como o único amigo daquele grupo. Essa é outra adaptação em outro sentido, conforme comentei pouco acima, no Psicologia 198.
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