FILOSOFIA 61 – VOCÊ GOSTARIA DE PODER VOLTAR AO PASSADO E CORRIGIR UM ERRO? – Voltamos ao assunto do Filosofia anterior (60) logo após a conversa entre Jack e Kate. Eloise pergunta se o médico sabe o que está dizendo a respeito de explodir a construção da Escotilha para evitar a queda da Oceanic em 2006 e assim evitar a cadeia de eventos que levará à morte de seu suturo filho pelas suas próprias mãos. Kate responde que ele acha que sim. Jack queria corrigir as coisas no passado para evitar os sofrimentos que eles passaram, ou seja, ele queria reescrever a História. Lembrei-me até da frase de Penélope a Desmond: “Não se atreva a reescrever a História.”. Já Kate sabia que tudo o que tinha acontecido fez parte da História, logo, seria um insulto modificar as coisas que seguiram seu curso no tempo. Claro que ela também se referia ao fato de que não queria apagar os momentos bons que ela teve, especialmente com ele. Mas aqui vemos mais uma vez o dilema de o que se considerar como correto. Evitar sofrimentos e mortes para modificar algo na História ou achar que tudo deveria ter acontecido da forma como aconteceu? Qual sua opinião? Você gostaria de poder voltar no tempo e corrigir alguma besteira que tenha feito? Será que não aprendemos com os erros que cometemos? Será que não crescemos também com nossos erros? Pelo menos eu não gostaria de mudar nada, até porque, se Deus fez um curso e eu tenho o livre arbítrio de mexer nesse curso, estaria dizendo que Deus não sabe o que faz. Além do mais, um curso existiu e eu modifico. Vai que a mudança seja pior. E basta uma alteração na sua história pessoal para poder, acredite ou não, poder até mesmo mudar a História mundial. Acha que você não tem nada a ver com o mundo ou as pessoas que te circundam, mesmo em outras países ou até mesmo continentes? Então releia o texto dos “Seis Graus de Separação” que está no artigo anterior ao início da 2ª temporada. Eis o link: https://curiosidadeslost.blogspot.com/2020/08/teoria-da-centralidade-seis-graus-de.html Você vai entender e vale a pena ler (ou reler).
CURIOSIDADE 1125 e LINHA DO TEMPO 26 – SE VOCÊ SOUBESSE QUE ALGO VAI LHE ACONTECER NO FUTURO, TENTARIA MUDAR O CURSO DO TEMPO? – Um fato curioso passou-me à mente assim que teci os quatro comentários acima. Quando Eloise de 1977 matou um filho de 2007 que ainda nem nasceu em 77 e que veio do futuro (2007), pelo menos ela saberia que teria um filho. Mas logo a seguir, podemos chegar à conclusão que: se vou ter um filho e vou matá-lo sem querer, então, para evitar esse destino trágico em família, não faria o possível e o impossível para não ter um filho? Ninguém nunca parou para pensar neste caso que ocorre na série a respeito de Eloise. Mas aí, vamos à frase famosa de Daniel Faraday: o que aconteceu, aconteceu. Pensem bem: mesmo que você saiba que irá matar um filho que veio do futuro e que não nasceu ainda, mesmo que você evite engravidar (ou inocular, para o homem), só que estamos falando de excitação, tesão… sexo. Por mais que uma pessoa evite isso, acaba se entregando, e numa dessas, o estrago já está feito. Mesmo que se usem preservativos, mas chega um momento que a carne acaba falando mais alto (e sem pensar). Deve-se destacar aqui também o esquecimento. Enfim, o que estou querendo dizer é que por mais que se evite algo, por mais que se tente mudar um futuro que você viu acontecer (considerando aqui a ficção, claro), se o fato aconteceu e sendo válido aqui o pensamento de Daniel, então, não adianta mudar algo mesmo sabendo, pois ele irá acontecer.
LINHA DO TEMPO 27 – Ô assunto pra render. Seguindo o comentário acima, vamos a mais uma prova do ‘o que aconteceu, aconteceu’. Mesmo que uma pessoa raciocine essa questão de poder mudar o tempo, caso volte ao passado, o caso de Eloise matar um filho do futuro prova que não é possível reescrever a História. Se ela quisesse evitar a gravidez para não ocorrer esse destino trágico em família, isso só prova que seria impossível reescrever a História, pois levando em conta que isso é o presente (1977) para ela, então, parafraseando mais uma vez Daniel, o que aconteceu, aconteceu, portanto, se ela tivesse mudado algo no futuro, seu filho não teria aparecido naquele momento, até porque, ela evitaria o filho para mudar o futuro? Não é mesmo?
LINHA DO TEMPO 28 e ADMINISTRAÇÃO 160 – Eloise de 2007 enviou seu filho para 1977 porque sabia que ela o mataria neste ano passado. Aí se pergunta: ela não teria sido uma matricida por enviar o filho para ser morto por ela no passado? Não exatamente e analisem comigo: o que vou comentar agora rebate o Linha do Tempo logo acima. Na verdade, a mãe não manipulou a morte do filho pelas suas próprias mãos só para evitar que ele bagunçasse no tempo, mas na verdade ela quis garantir que nada na História fosse modificado, pois a insistência de estudar o tempo era do filho. Ela queria que ele estudasse música. Mas como não se manda na vida de alguém, mesmo no filho, ela sabia que não adiantava refazer a História, pois os fatos iriam acontecer de qualquer jeito e contra sua vontade. E onde entra a Administração nessa história? Não somente pelo fato de saber o que ia acontecer no passado, mas quando Eloise enviou o filho ao passado e pelo qual logo mais seria morto por ela, ela sabia da lógica que ocorreria logo aí: depois de todos os fatos, como ter visto Daniel com o mesmo rosto e fisionomia de 1954, logo em seguida ele desaparecer na sua frente, e depois de ver uma agenda com frases dedicatórias ao filho sendo com sua letra, ela (versão de 2007) só poderia saber que sua versão de 77 iria acreditar no que Jack lhe contou, que poderiam modificar a história e evitar que Daniel morresse. Em outras palavras, a versão de 2007 deduziu corretamente (e óbvio também) que poderia evitar os fatos futuros. Sendo assim, Eloise de 2007 tomou atitudes bem analisadas pela lógica de sua crença (ou de qualquer um) em 77, pela qual, soube como estudar sua própria pessoa do passado. Ela de certa forma usou a inocência de 77 para saber como administrar as coisas e evitar uma bagunça no tempo. Ela deu um bom xeque-mate no trato de gestão de pessoas.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 249 – Enquanto torturam James tentando arrancar alguma “confissão” dele, Radzinsky diz: “Tudo bem, última chance”, mas na legenda consta: “Tudo bem, Jim, última chance”. Daí você se pergunta o que teria de mais aí por não fazer tanta diferença. Mas prestem atenção que a categoria é Legenda vs. Dublagem e aí temos não somente uma diferença, mas omissão de palavras. Mas há algo mais aí que mostra o como essas duas falas podem ser mais diferentes do que se imagina. No áudio, como omitiram o nome pelo qual o pessoal da Dharma o chamava, Jim, isso demonstra que a tortura era pra valer. Com seus torturadores não teria conversa, James estava frito. Mas na legenda vemos que, ao citarem o nome dele, não havia tanta hostilidade na tortura, pois eles estavam levando em conta tudo o que James fez por eles, e queriam ver se o loirão colaborava. Sendo assim, não temos animosidade, mas ainda tentativa de amizade. E prestem também atenção que os caras o chamam pelo apelido amigável, não pelo nome mesmo (que James tinha adotado como La Fleur).
CURIOSIDADE 1507 – Obs.: Esta curiosidade foi acrescentada depois que eu terminei o blog, no dia 05/03/21. James quem desenhou o mapa dos hostis a Radzinsky. Será possível que alguns mapas encontrados no decorrer da série, especialmente nas 2 primeiras temporadas, um deles possa ser o desenhado por James? Se for, é uma curiosidade muito interessante porque o próprio James ajudou a encontrar localidades na ilha. E se isso aconteceu, interfere até na lógica ilógica Linha do Tempo, pois como o pessoal ou até mesmo o próprio James seguiria um mapa que ele próprio ainda não desenhou, e ao mesmo tempo, e como ele desenhou se ainda vai desenhar? Complicado mexer não tempo, não é? Outra curiosidade vou acrescentar aqui, mas não como uma nova Curiosidade, já que o termo “5 minutos” é muito usado na série. Richard pede 5 minutos para descansar enquanto vão atrás de Jacob. Radzinsky.
ADMINISTRAÇÃO 161 – Alguns episódios atrás, Hugo temia mentir que ele e seus amigos tinham vindo do futuro por imaginar que alguém pudesse perguntar algo do passado que ele não saberia responder. James reclama e diz que isso não é um programa de perguntas e respostas, que alguém vá fazer isso. E aqui temos o temor de Hugo se concretizando. O pai de Miles pergunta em que ano Hugo nasceu, e ele responde 1931. Pierre Chang rebate perguntando se Hugo tem 46 anos. Logo depois, Dr, Chang pergunta se Hugo lutou na guerra da Coreia. Hurley achou que isso era pegadinha e alegou que isso não aconteceu, mas a guerra foi entre 1950 e 1953. Em seguida, o pai de Miles faz exatamente a pergunta que “Hurley” temia que fosse feita e que não lhe responderam episódios atrás: “quem é o presidente dos Estados Unidos”. Ele nem sequer arriscou um chute, pois provavelmente de História ele não era bom, nem fazendo ideia de nomes de presidentes. E o que tem a ver com Administração? Bom… vejam o que acontece quando se planeja algo, independente se envolva ou não mentira, mesmo considerando errado. Hugo pensou nas probabilidades de erro, mas James ignorou a opinião do amigo por considerar improvável que alguém fosse perguntar exatamente quem era o presidente do país. Por mais que achamos que algumas coisas erradas sejam improváveis acontecer, é preciso sim ter uma saída para todos os tipos de probabilidades, mesmo que você as considere improváveis, mas é você quem considera, não as probabilidades. Hugo estava certo no medo, apesar de não saber História.
SOCIOLOGIA 249 – Vejam como o convívio em um grupo modifica as pessoas. Eu já tinha comentado em outros artigos/episódios sobre como James foi melhorando. A cena que vou destacar agora, apesar de se referir a ele, é para frisar na verdade Hugo. Quando ele, Jack, Kate e Daniel fogem, Hugo pede para voltar e ajudar James, pois, conforme ele diz: “Sawyer nunca deixaria a gente pra trás”. Além de vermos um dos famosos bordões da série que alude a série de filmes Deixados para Trás, vemos agora o que tanto Hugo como os outros já viam em James: alguém que já não mais pensava somente em si, mas agora nos outros. Observem que não é somente uma pessoa que muda, as outras passam a ver a mudança também e passam até a aceitá-lo com sinceridade como alguém confiável. Tudo Não passa de uma questão de convívio.
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