domingo, 17 de janeiro de 2021

T5/E15 - FOLLOW THE LIDER (Sigam o Líder) - Parte 1 de 3.

LINHA DO TEMPO 24 – Por mais que se diga que ‘o que aconteceu, aconteceu’ e que tudo já estava escrito na História, inclusive os pulos no tempo, o que leva ao entendimento de que não se possa mudar a História, aqui temos mais um caso de que é possível sim que haja erros na também possível interferência do tempo. Como assim? Trata-se daquilo que referi em outros Linhas do Tempo: quando você interfere em sua própria história. Acompanhem meu raciocínio. Eloise enviou seu próprio filho ao passado porque sabia que ela própria quem iria matá-lo sem saber que era seu filho no futuro. Quando ela presenteou o filho com uma agenda, na verdade, ela estava enviando algo para ela mesma no passado. Por conta da agenda que ela percebeu pela sua letra e por se lembrar do mesmo Daniel Faraday de 1954 e em 1977, ela se convenceu que aquela agenda era dela no futuro (2007). Qual era a intenção da agenda e de matar o próprio filho sem saber? Porque assim ela começaria a estudar probabilidades e quando chegasse em 2007, soubesse o que fazer. Bom, depois de toda essa recapitulação, agora vamos ao Ciclo Vicioso Eloise, mais um efeito looping. Se Eloise só vai fazer as coisas no futuro, e especialmente em 2007 porque sua versão de 2007 vai fazer com que seu filho vá a Ilha para ser assassinado por ela em 1977, então, como Eloise de 1977 começará a agir segundo os conceitos do pulo no tempo por causa da sua versão do futuro, se os fatos só vão acontecer por causa dela própria no futuro? E em contrapartida, como a sua versão de 2007 fará o que fará a respeito da agenda por causa dela mesma ter recebido tal agenda em 1977, se levando em conta o passado como tempo presente, ou seja, estão acontecendo naquele momento, a agenda não chegará as suas mãos porque 2007 ainda não ocorreu? RESUMINDO esse Ciclo Vicioso Eloise, a agenda não deveria ter chegado a Eloise em 1977 se foi ela própria quem preparou até chegar ao ano de 2007 e mandar por Daniel, assim como ela não deveria preparar as coisas a partir de 77 se 2007 ainda não chegou. Você não pode mexer em seu próprio tempo, pois não pode enviar algo para você mesmo no passado se você ainda não passou por isso. Daí você diria a mesma coisa para outras situações, como por exemplo, interferir na vida de outra pessoa. Mas no caso de sendo a si próprio é diferente, pois chegamos ao Ciclo de Eloise. Como recebo algo de mim mesmo se não aconteceu ainda? E o principal: como envio algo para mim mesmo do futuro para o passado, se é exatamente no passado que, após receber um recado meu do futuro, tomarei atitudes cujos eventos me levarão no futuro a mandar esse recado? Não posso tomar atitudes no passado por conta de um futuro que ainda vai acontecer. É tão complexo isso que está uma explicação repetitiva e mais confusa ainda. Por isso que batizo de Ciclo Vicioso Eloise, pois uma pessoa interferir em sua própria ordem cronológica faz com que uma coisa anule a outra.

FILOSOFIA 59 – Conversando sobre as coisas que já sabe que vão acontecer a respeito dos próximos eventos com o retorno dos 6 da Oceanic à Ilha, Eloise diz à Penélope que pela primeira vez em anos, ela não sabe o que vai acontecer em seguida. Óbvio, tudo o que ela tem feito se refere a fatos que já sabia e que ocorreram nos anos de 1954 e 1977. Mas desta vez ela se encontrava em pânico por não saber o que iria acontecer, já que ela tinha a vantagem de poder interferir na História. Essa cena na verdade se passa no episódio anterior, mas resolvi deixar para comentar aqui para ligar com o comentário do Linha do Tempo 24. Já que Eloise viu Daniel em 1954 e anos depois, com a mesma fisionomia jovem em 1977, após ver sua agenda com dedicatória dela para um filho que ainda nem tinha nascido, então, ela percebeu que Daniel, Jack e Kate eram de fato do futuro. Lembrando também que em 1954 Faraday desapareceu bem na sua frente. De certa forma, ela ficou ciente de algumas coisas do futuro: que ela ainda estará viva após o ano 2000 (período em que presenteou a agenda para o filho) e que terá um filho. Que saberá sobre coisas no espaço e tempo, sendo assim, pode estudar sobre isso nos anos seguintes. Agora com esta cena do episódio anterior, ela se demonstra em pânico por, pela primeira vez em anos, nada saber. Em outras palavras, ela estava dominada pela vantagem de saber de coisas do tempo, e agora sem saber do que poderia acontecer, se sente perdida. E você? Você consideraria isso uma vantagem: poder saber do futuro ou poder mexer no passado? O que seria bom? Saber do que lhe vai acontecer ou seria melhor deixar pelo mistério de nada saber? Consideraria bênção ou maldição? Por que chamo maldição? Simples, se você sabe que algo vai te acontecer de ruim, não iria querer evitar aquilo? Não tentaria fugir? Mas o problema é: se tudo está escrito na linha do tempo e o que aconteceu, aconteceu… será que você estaria fugindo mesmo do evento, ou de qualquer forma não estaria evitando o acontecimento naquele lugar, mas que se fugisse, só estaria mudando o evento de lugar? Levando em conta que tudo está escrito na História. Essa filosofia eu também narrei em um de meus livros que escrevi e em outro momento neste Blog. Será que, como Daniel, o fato de você querer mudar algo ruim no passado, não estaria bagunçando mais ainda um conserto que não pode ser feito? Por isso que digo, será que seria tão vantajoso assim saber de eventos futuros ou poder mexer no passado? Tiremos como exemplo Eloise, que já estava dominada pelo fato de poder fazer algo que talvez não pudesse ser feito. Deixa a pessoa em estado mental prejudicado, e depois que não pudesse mais fazer aquilo, poderia entrar em uma crise complicada por conta da abstinência.

CURIOSIDADE 1124 – Engraçado como pequenos detalhes nos passam despercebidos. Somos familiarizados com todos os personagens, mas isso não quer dizer que os personagens são todos conhecidos entre si. Neste episódio vemos Sun tomando conhecimento de Richard Alpert pela primeira vez. E eu que pensava que todos conheciam Richard.

FILOSOFIA 60 – Tudo depende de um ponto de vista. Jack e Kate têm uma excelente conversa sobre poder voltar no tempo e alterar os fatos. Tudo o que Jack queria era evitar que o avião em que ele e seus amigos estavam, não caísse. Ele alega o seguinte: “Todo o sofrimento que passamos será apagado nunca terá acontecido.” Em seguida, complementa que, o avião não caindo, todos os que morreram estariam vivos. Observem que o ponto de vista do médico é nobre, mas o que ele via, era diferente do que Kate via. Ela afirma: “Nem tudo foi sofrimento”. Vejam como duas pessoas veem uma mesma situação. Para Jack tudo o que passaram trouxe muito sofrimento, e levando em conta o seu senso de justiça e de procurar sempre querer fazer a coisa certa, ele só conseguia ver o copo pela metade, quase vazio. Quanto a Kate, viu o copo pela metade, quase cheio, pois teve sofrimento, mas também teve momentos bons, inclusive pelo fato de ter conhecido e quase casado com Jack. Mas então, ele não deixa barato e rebate: “Mas foi muito sofrimento”. Seria como se dissesse: houve momentos bons sim, mas vai ignorar os sofrimentos? Pessoas inclusive morreram, e não foram poucas. Claro que aquilo magoou Kate, pois para ela seria como se Jack não gostasse tanto assim dela, mas e pra você, o que representaria? Considerar sofrimento e querer apagar tudo isso da história seria demonstrar que não gosta da outra pessoa ou não querer apagar seria considerar egoísmo e não se importar por aqueles que morreram?

LINHA DO TEMPO 25 – Seguindo o comentário anterior, LT 24, Eloise descobre que atirou no próprio filho, já que ela não sabia que ele era do futuro. Jack se vira para Eloise e alega que o filho não tem que estar morto. Eloise não precisa matá-lo. O médico diz isso no sentido de que, mudando os fatos históricos para evitar a queda do Oceanic 815, que consequentemente leva aos fatos que trouxe o cargueiro com Daniel à Ilha, evitando a queda do avião, poderia assim evitar a bagunça que o pessoal da Oceanic 815 fez, sendo assim, não haveria nenhum pulo no tempo nem tão pouco Daniel morrer pelas mãos da própria mãe. Obviamente Eloise se sente mal, mesmo por um filho que ainda não nasceu, e mais lógico ainda é que ela vai se convencer pelas palavras de Jack que pode mudar o rumo da história e salvar o futuro filho da morte e ela do remorso. Mas a Eloise de 2007 sabe que sua versão de 1977 tentará mudar os fatos, por isso que a versão de 2007 manda Daniel para o passado exatamente para que ele morra, pois sabe que as tentativas do filho não modificarão a História. Ela sabe o que ela sentirá da morte de Daniel de 1977 em diante, por isso que o enviou para o passado, pois sabe que a sua versão do passado fará exatamente o que deve fazer: seguir o curso da História, mesmo sem saber que vai seguir o curso certo, pensando a Eloise de 77 que conseguirá mesmo salvar o filho. Curioso é ver que foi pelas palavras de Jack que Eloise será levada a destruir o poço que irá explodir em breve, o mesmo poço que 30 anos depois derrubará o voo da Oceanic 815. Era preciso recapitular tudo isso para voltarmos ao Ciclo Vicioso Eloise. Sua versão de 2007 envia o filho para 1977 para ser morto por ela mesma. Tudo bem que ela fez isso para evitar que Daniel bagunçasse mais ainda a História, mas, como Eloise manda o filho para o passado e ser morto por ela própria se os eventos de 77, que apesar de ser passado, neste caso consideraríamos como presente, não aconteceram ainda? Se ela não chegou a 2007 para mandar algo para si mesma por que ainda está em 77, como sua versão de 2007 poderia mandar algo se tal ano não aconteceu?

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