NÚMEROS 176 – Daniel diz que o metrônomo deu 864 batidas. Temos o 8, o 6 e o 4. Sempre lembrando que eu considero o 6 porque além de ser muito usado na série, trata-se da quantidade dos números misteriosos. Charles Widmore financiava 1,5 bilhões de libras para as pesquisas de Daniel, ou seja, 15.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 247 – Quando ainda menino, Daniel diz à mãe que pode esticar o tempo, mas na legenda consta arrumar o tempo. Há diferença? Enorme! Esticar leva a entender que ele pode prolongar o tempo, bem diferente da fala real, que quer dizer exatamente o que Daniel tenta fazer: arrumar, consertar, ajeitar os erros no tempo. E ele é Deus para esticar, criar tempo? PÉSSIMO!
ISENTO DE ERROS 94 – PSICOLOGIA 247 – POR QUE VOCÊ TEM MEDO DE CERTAS COISAS? – Aqui temos o maior exemplo que a série mostrou até o momento a respeito de traumas de infância que permanecem até a fase adulta e a pessoa nem se lembra mais, mas que sente temor, trauma por algo que não sabe explicar o porquê. Do mesmo exemplo absurdo que citei no Psicologia 96 do episódio 15 da 2ª temporada e que repeti dois episódios atrás, no Psicologia 245, vou relembrar aqui. Tem lógica você ter pavor de amendoim e não entender por que isso acontece? Em uma consulta ao psicólogo, descobre que quando criança ficou engasgado e quase morre com um amendoim. O cheiro, o gosto, fica armazenado na memória e isso ativará seu paladar e olfato ligado à memória quando perceber amendoim por perto. Já na cena em questão deste episódio, Charlotte e Daniel foram convocados para a Ilha. Eles passaram muito tempo juntos e tudo transcorria na mais naturalidade… até que eles foram para a Ilha. Os efeitos do pulo no tempo afetaram a mente de cada um. Charlotte estava se lembrando de coisas do passado cada vez mais distante enquanto que Daniel se esquecia das coisas. Essa cena inclusive salva outras cenas da série que chegamos a considerar erro, como o fato de Benjamin não se recordar de Sayid; Danielle não se lembrar de Jin; algumas pessoas da Dharma não se lembrarem dos que pularam no tempo, enfim, se muitas pessoas da Dharma ou dos hostis viram os puladores do tempo no passado, por que não se recordaram dela? Bom a cena que vou comentar deste episódio responde bem o caso. Por conta dos pulos no tempo, antes de morrer Charlotte se lembrou que já tinha visto Daniel quando era pequena. Pois é, viu mesmo, neste episódio, que se tratava do ano de 1977, sendo Daniel um jovem de 2007. Observem que Charlotte revela que tinha constantes pesadelos com um homem que a amedrontava. Só agora com os pulos do tempo é que é revelado que ela se referia a Daniel. A cena vista agora em 1977 e quando a ruiva era criança a assustou bastante, pois vê um adulto desconhecido barbudo a assustando e mandando-a fugir de casa senão vai morrer. Isso marcou sua infância e ela cresceu com isso. Só que com o tempo foi esquecendo os detalhes até esquecer de vez a fisionomia da pessoa, vindo em seguida, esquecimento total do fato. Mas todo o ocorrido ficou armazenado em sua memória e só era liberado durante o sono, que é quando a mente relaxa de vez, soltando informações arquivadas na memória, na parte mais profunda do subconsciente. Devido a isso, a pessoa começa a temer coisas que não entende, quando é preciso uma consulta a um psicólogo ou até mesmo uma regressão para descobrir de onde vem a origem de certos medos. Praticamente muito dos medos que temos provém da época dos primeiros anos de vida. Trata-se da época da fantasia, por isso que muita coisa some de nossa memória, mas fica armazenado no cérebro porque foi uma imagem que impressionou a pessoa na época da fantasia, do… tudo novo, um novo mundo, novas descobertas. Já no Isento de Erros, voltando à cena de Daniel e da pequena Charlotte, como disse antes, esta cena salva os outros casos, pois Danielle não se lembrou de Jin ao vê-lo adulto, quando já o tinha visto quando jovem, porque além do tempo ajudar no esquecimento, temos o fato de ela ter um pouco enlouquecido e o trauma de ter sua filhinha ainda bebê sendo raptada. No caso de Ben, só o trauma de ser baleado por quem ele ajudou a fugir e esperava fugir junto, já foi suficiente para traumatizá-lo. Lembrando também que ele era pré-adolescente e o tempo e a idade ajudariam no esquecimento, por isso não se lembrou de Sayid. Outro fator e o principal foi porque ele foi levado para o Templo, e Richard deixou bem claro que ele esqueceria de muita coisa quando se tornasse um dos hostis. Portanto, é escrevendo bem as coisas evolutivamente que se consegue convencer bem as pessoas naquilo que se escreve.
PSICOLOGIA 248 – O PROBLEMA DA DISPLICÊNCIA – Prosseguindo o comentário anterior, agora é a vez de falar das consequências nos pulos do tempo para o cérebro de Daniel. Ele ia esquecendo as coisas, o que consequentemente o fazia ficar desligado nas palavras e atitudes. Quando vão saindo no jipe, Dan se descuida e conversando com Phil, acaba tirando a mão que estava atrás de si, exibindo a arma. Começa daí um tiroteio. A cena é interessante para observarmos as mancadas e deslizes que uma pessoa dá quando se encontra desorientado, nervoso, “perdido”. Pessoas desligadas tendem a cometer deslizes, e quando estão com problemas a tendência é aumentar a desorientação. Esquecer chaves em alguns lugares, objetos que carregam e até mesmo, acreditem, celulares. Mas o pior é quando se trata de trair o pensamento. As pessoas muito desligadas no momento podem até se entregar e dizer em voz alta o que está pensando. Às vezes, pensando em uma pessoa, mas conversando com outra, pode trocar os nomes. Não conseguirá se submeter a provas escritas e até mesmo causar acidentes no trânsito, pois basta um segundo de deslize para causar um acidente de mais de dois metros percorridos. Quando a mente está perturbada ela se perde no espaço e no tempo e a pessoa se torna alvo de todo tipo de acidente, como no caso de Daniel aqui.
CURIOSIDADE 1111– O MITO DO TIRO NO COMBUSTÍVEL – No meio do tiroteio, Jack atira em um tonel de combustível para que exploda e ele e seus amigos consigam fugir. Já comentei isso antes e vou repetir aqui. Já foi comprovado pelos estudiosos que isso é mentira. Quando se atira nesse tipo de coisa nada explode. Só não classifiquei como Isento de Erros porque isso já é comum nos filmes de Hollywood. E vamos combinar… errado ou não, é um charme em filmes de Ação. Mas olhando por outro lado, o próprio Lost fez cenas com tiros na 4ª temporada que acertou o combustível do helicóptero. Não explodiu. Ok, precisavam do helicóptero, por isso não explodiu, ainda assim, poderia ser considerada uma contradição da série? Não exatamente. Às vezes pode explodir, outras não, apesar de sabermos que NUNCA explode.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 248 – DIFERENÇA VERGONHOSA!!! – Eloise avisa a Daniel que estava sabendo sobre o patrocínio que ele estava recebendo para continuar a realizar suas pesquisas. Daniel pergunta como sua mãe estava sabendo e ela responde “Ora, saber das coisas é o meu negócio”. O que você pensa com uma afirmação dessas? Que Eloise está dizendo que trabalha com investigações, ou seja, que ela seja espiã, detetive, policial ou quem sabe até uma mercenária, uma assassina profissional, já que ela diz que o negócio dela é saber das coisas e negócio também leva a outros sentidos. Além do mais, ela realmente investiga as coisas por causa da “Ilha misteriosa”, enfim, imaginam-se várias coisas, mas o que está na legenda, que obviamente é a fala real, diz também… o óbvio. ORAS! Se o filho quer saber como a mãe sabe, falem vocês leitores… o que uma mãe responderia a um filho quando este pergunta como ela sabe de algo que ele faz escondido??? Ela só poderia responder que é a mãe e tem que saber tudo o que o filho faz, não é mesmo? Pois bem, vejam a ÓBVIA resposta de Eloise: “Porque é da MINHA CONTA saber”. Perceberam o óbvio sentido? Seria algo do tipo óbvio que “é da minha conta saber porque sou sua mãe’, Isso é tão, mas tão ÓBVIO, que repeti com vontade a palavra ÓBVIO… porque OBVIAMENTE é ÓBVIO DEMAIS!!! Essa fala do áudio foi tão irritante que quero até “perolar” propositalmente, pois… OBVIAMENTE é ÓBVIO DEMAIS GRRRRRRRRRRR!!!
CURIOSIDADE 1112 – Eu comecei a deduzir uma coisa. Sabemos que a Ilha mudou a vida de muita gente … na Ilha… e os “lapsos” de memória de Charlotte versus os lapsos de esquecimento de Daniel são exemplos disso. Só que comecei a pensar… se Daniel fazia testes sobre o tempo e uma de suas “cobaias”, a namorada, foi vítima a ponto de ficar em alguns momentos do tempo em estado vegetativo… será que ele próprio não causou isso nele? Neste episódio ele revela que fez testes em si próprio, mas devido a ter se exposto pouco, não chegou ao estado vegetativo. Mas aí vemos que ele já tinha certas “habilidades” mentais quando era pequeno. Entretanto, não demonstra que quando era pré-adolescente tinha lapsos de memória. Seu problema é mostrado pouco antes de ser convocado para o cargueiro.
CURIOSIDADE 1113 e LINHA DO TEMPO 22 – Daniel pergunta a Jack se quando eles se conheceram Daniel tinha uma cicatriz no pescoço. Tal pergunta foi feita para mostrar que os fatos que estão acontecendo com eles é o presente deles, pois se fosse no passado, apesar de eles estarem no passado, tal cicatriz, que se trata do tiro que ele acabara de ser atingido, deveria existir, até porque, se o tiro surgiu em 1977, então, quando Daniel e Jack se conheceram em 2007, a marca do tiro deveria estar ali. Isso comprova que apesar de eles estarem em 1977, eles pertencem a 2007. O tiro aconteceu em 1977, mas não continuou até chegar ao ano de 2007 pelo fato que, de certa forma, o tiro foi para eles em 2007. Com esse pensamento Daniel conclui que eles podem morrer, pois apesar de estarem no passado, eles pertencem a 2007, logo, seu ferimento surgiu em 2007 em 1977. A curiosidade está por conta de que essa explicação da cicatriz no pescoço ocorrerá na última temporada e que explicará mais uma vez sobre qual o tempo correto.
BÍBLIA 32 e LINHA DO TEMPO 23 – Daniel fala sobre a sequência de eventos que vai acontecer até causar a queda da Oceanic 815. Ele conclui que poder modificar o tempo estava errado, confirmando que eles, as pessoas, é que são as variáveis, ou seja, pensam, raciocinam, fazem escolhas… têm o livre arbítrio. Sendo assim, podem mudar a História ao voltar ao passado. A partir desta 5ª temporada a série trabalha bastante com o livre arbítrio, tão falado na Bíblia, mas o mais curioso é que o livre arbítrio dado por Deus, a mesmo tempo não é tão livre assim, pois se você escolhe errado, sofrerá a tormenta eterna. É o mesmo caso aqui em Lost. Daniel chega à conclusão que podem optar em mudar a História, mas daqui até o fim da temporada vão perceber que a escolha existe, mas estão fadados a fazer exatamente o que está escrito no tempo, pois como bem falava Daniel, o que aconteceu, aconteceu. E o bom é que eles acham que podem mudar o tempo, mas se tudo está escrito na linha do tempo, o que eles farão, pela lógica, também já estava escrito, ou seja, nada se muda. Por mais que se tente, tais tentativas já estavam escritas na História também. Pois é, com toda a Física estudada de Daniel Faraday, ele estava calculando errado em não percebeu que não existem variáveis.
CURIOSIDADE 1114 – Eloise diz a Penélope que Desmond se tornou vítima em um conflito que é maior que ele. Na verdade, ela estava errada, pois ele se tornou a solução. Mas isso foi somente para destacar essa fala da Srta. Hawking, pois o que vai acontecer não posso revelar por se tratar do fim da série.
ISENTO DE ERROS 95 – Quando Daniel aparece para Richard, este pergunta se eles se conhecem. Mais uma vez vemos uma forma de a série mostrar que é possível sim a pessoa esquecer de outra, ou até mesmo, não esquecer, mas ter uma noção que possa conhecer, pois se você observar bem, Richard fez uma pergunta, mas há uma leve interrogação em sua face. Esse comentário é continuação do Isento de Erros anterior que está neste episódio também. Intensifico esse trecho do episódio porque, conforme já comentei antes, muitas pessoas criticavam a série pelo fato de o pessoal que pulou no tempo ter ido ao passado e as pessoas deste passado não os reconhecerem no futuro. Bom… Lost é tão bem escrito que até nos possíveis erros… eles acham saída. Parabéns, redatores, roteiristas!
CURIOSIDADE 1115 – A curiosidade que vou citar agora não tem a ver com a série, mas com meu Blog. Um fato raro: três das minhas categorias empataram na enumeração. Bom, na verdade, quase. Psicologia finalmente empatou com Filosofia (248) e eu estava doido para que isso acontecesse, pois detesto assuntos de Sociologia e sou fascinado pela Psicologia. Já o Legenda Vs. Dublagem quase empata, com 247. Já Bíblia e Linha do tempo não somente tiveram números inversos como ficaram junto no mesmo comentário. E quer coincidência maior? Temos 23 em sentido normal e inverso, um dos números de Lost. Mas óbvio que não vou classificar aqui pelo Números, pois os números só podem se referir à série.
As curiosidades a seguir são do site da série
CURIOSIDADE 1116 – Esse é o 100º episódio da série e sua exibição foi exibida exatamente 100 dias após Barak Obama tomar posse dos Estados Unidos como presidente.
NÚMEROS 177 – As batidas do metrônomo são de 864 = 8 x 108 e em 64 temos 8 x 8. Richard vagamente se lembra de ter encontrado Faraday 23 anos antes.
CURIOSIDADE 1117 – James se refere a Daniel como “H.G. Wells”, quem foi um grande e famoso autor de ficção científica conhecido pelos seus trabalhos O Homem Invisível, A Máquina do Tempo e The Shape of Things to Come.
CURIOSIDADE 1118 – Widmore tira do lugar uma cópia da revista Wired para sentar no sofá de Faraday. Wired é uma revista norte-americana que trata sobre como a tecnologia afeta a cultura, a economia e a política. A capa da revista que aparece no episódio é da edição de agosto de 2003 “Super Power”, que falava sobre visão raio-x, invisibilidade e viagem no tempo. JJ Abrams foi editor convidado de uma edição recente da Wired (edição 17/05/09).
CURIOSIDADE 1119 – Hugo menciona Fonzie, um personagem desta série de TV que esteve no ar originalmente entre 1974 e 1984. O seriado apresenta uma visão idealizada da vida nos EUA nos anos 50.
CURIOSIDADE 1120 – Daniel chorando em frente à TV é uma alusão à perda de memória e lágrimas aleatórias de Billy Pilgrim no livro Slaughterhouse-Five (ou Matadouro 5). Daniel usa Miles na tentativa de convencer Dr. Chang que ele é do futuro, semelhante a Billy Pilgrim usando Montana Wildhack para convencer sua filha de que ele está no futuro/Tralfamadore. A luta de Daniel em compreender se existe ou não o livre-arbítrio está relacionado aos Traldamadorians e seu discurso de que o livre-arbítrio é um conceito único aos homens em função de sua limitada concepção de tempo.
CURIOSIDADE 1121 – op. Posth.: Daniel toca a seção intermediária desta obra para piano de Frédéric Chopin quando garoto, e também em 2004.
CURIOSIDADE 1122 – Duas características mencionadas de Daniel Faraday, seu diário e a perda de memória são similares às do protagonista do filme Efeito Borboleta, o qual também tem como tema viagem no tempo.
CURIOSIDADE 1123 – ERROS DE GRAVAÇÃO:
1) Na continuação da cena de “Confirmado Mortos”, na qual Daniel reage às notícias do falso acidente do Voo Oceanic 815, o cabelo dele vai até os ombros, enquanto nas cenas anteriores da 4ª temporada, seu cabelo é curto. Acho que eu tinha percebido algo estranho exatamente no cabelo. Mas eu já esperava encontrar erros, pois refazer cenas nunca sairão perfeitas.
2) O filtro de óleo laranja visto na oficina durante os tiros era um filtro da Fram com SureGrip. Em 1977, os filtros da Fram tinham as cores laranja e preto e não possuíam SureGrip até o começo dos anos 2000. (Nossa! Esse foi de um erro de tempo terrível! Muito recente para deixar aparecer em 1977).
3) As cerimônias de graduação na Universidade de Oxford ocorrem no Teatro Sheldonian. Isso não foi mostrado no fundo depois de Daniel graduar-se.
Nenhum comentário:
Postar um comentário