sábado, 6 de fevereiro de 2021

T6/E8 - RECON

NÚMEROS 192 – No mundo paralelo, James acorda com Ava ao seu lado na cama e o despertador marcando 8:42. No mundo real a distância para a clareira é de 400 metros.

LINHA DO TEMPO 45 – James e Miles trabalham na polícia. Todo esse mundo paralelo poderia ser resolvido com o que já falei nos LT anteriores: mesmo que a história seja mudada, é como se o destino estivesse escrito de qualquer forma. Repito, é como o caso de Desmond que tentava salvar Charlie da morte, mas era inevitável a morte chegar para o ex-roqueiro. Aqui se trata da mesma coisa. Você pode alterar a História, mas mais cedo ou mais tarde o fato acontecerá. Isso já seria suficiente para não precisar explicar esse mundo paralelo, mas de qualquer jeito vou trazer aqui uma dedução de como James e Miles foram parar na polícia como parceiros. A história desses dois seria inevitável se tornarem parceiros, mas se a Ilha tivesse sido afundada, vamos analisar como as vidas desses dois se cruzariam. Miles captava os últimos pensamentos dos mortos. Dá para perceber, conforme os últimos LT, que muito do sobrenatural que ocorria com muitos personagens, provavelmente vinha da Ilha, sendo assim, sem a Ilha, Miles se tornou uma pessoa comum, logo, não passou a lucrar dinheiro com seus serviços paranormais, o que com certeza mudaria seu futuro. É tão comprovado isso, que no mundo paralelo, em nenhum momento vemos Miles utilizando seu dom, mas sim, tendo uma profissão concreta. Então, os caminhos de ambos se cruzaram, até porque, se olhar pelo lado de James, o vemos dizer a seguinte frase: que teve um momento da vida que precisou escolher entre ser bandido ou mocinho. Mas se observarem bem, mesmo James mudando totalmente o curso de sua vida para ser um policial, em vez de criminoso, a meta era a mesma: fazer justiça (se vingar de Tom Sawyer. Mas será que esse Sawyer seria o mesmo Anthony Cooper? Em outra LT teremos a resposta). Só que desta vez procurou a justiça na forma da lei. Portanto, por mais que o curso tenha mudado, sua história seria a mesma, por isso, o destino juntou de qualquer jeito esses dois personagens.

PSICOLOGIA 270 – Aproveitando o comentário acima. Vejam como um detalhe em nossa vida pode comprometer nosso futuro. Por conta de um momento trágico na vida de James, vemos que no mundo real ele passou a praticar crimes. Já no mundo paralelo ele se tornou policial. Os dois lados inversos tinham um único objetivo: justiça. Não importa qual caminho acabe sendo escolhido, o desejo era o mesmo: vingança. São pequenos momentos em nossa vida que acaba moldando um caráter futuro.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 274 – “John Locke” pede para o pessoal acampar por uns dias. “Uns dias” te leva a imaginar quantos dias? Obviamente de dois para cima, mas vamos combinar… ‘dois’ você praticamente descarta, pois “uns” nos leva a imaginar uma quantidade considerável, e com certeza até “três” você pensa em descartar e “quatro” ainda tenta ignorar. Isso só poderia estar no áudio, pois na legenda diz “dois dias”. Aparentemente seria insignificante a diferença, entretanto, para o entendimento da série, isso pode ser fatal porque afeta toda a história, sem contar na bagunça que colocaria na Cronologia.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 275 – “John Locke” pede para James Ford ir à Ilha da Hidra. Ford pergunta: “Se eu encontrar alguém que queira me fazer mal?”. Isso está na legenda, pois no áudio acrescentaram mais coisas e se você observar bem, mais parece um pleonasmo e ao mesmo tempo uma coisa sem lógica: “Se eu encontrar alguém que queira me fazer mal; me matar; me dar um tiro?”. Para que todo esse exagero se o que está na legenda, ou seja, se a fala original já é suficiente? Seria porque em inglês há mais palavras que na tradução? Se você escutar o áudio, verá que o acréscimo é dito bem rápido, portanto, daria para reformular a frase melhor sem mudar seu sentido ou reforçar algo que já é entendido na fala original. E neste caso, o áudio fez as duas coisas, reforçou e ao mesmo tempo deixou a frase sem noção. “Se eu encontrar alguém que queira me fazer mal”. Precisa dizer mais além disso? Mas aí os tradutores acrescentam “me matar”. Ok! Fazer mal não implique dizer necessariamente que vai matar, entretanto, além de fazer mal, ainda pode matar e acrescentar “levar um tiro”. Só faltou dizer: me matar; me trucidar; degolar; me decapitar… ah! E… levar um tiro. E estão vendo também a ordem das frases que ficou sem noção. “me dar um tiro” deveria vir antes de “me matar”. É, tradutores, vocês se superam sempre.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 275 – Quando James está procurando Charlotte em um bar, ele pede a descrição de como ela é a Miles por telefone. Este responde que ela é ruiva e ainda debocha complementando “Tá vendo quantas ruivas aí?”, ou seja, seria como se reclamasse que é raro encontrar uma ruiva. Obviamente James entendeu a bronca de Miles e responde: “Entendido”. Mas esta resposta está na legenda, porque no áudio a resposta foi: “Tá! Já vi!”, ou seja, seria como se James fosse uma criancinha e aceitasse a bronca de Miles porque estava seguindo as ordens “do pai”, bem no estilo do “Vá comprar um pão”, o filho pergunta “onde” e ele responde “na padaria, oras!”. Então, o filho diz “certo”. Entenderam agora? Quando James responde corretamente “entendido”, está dando uma resposta à altura da bronca de Miles, do tipo: tá! Já entendi! Dê em mim agora!”. Sacaram a diferença nas falas?

PSICOLOGIA 271 – VOCÊ SÓ PRECISA DO EMPURRÃOZINHO CERTO – Depois que Aaron tinha sumido (2004), Claire se sentiu perdida. Sendo assim, o falso John Locke disse que os “Outros” tinham levado seu filho. Depois que ela tentou matar Kate (2007), “JL” falou que a culpa era dele, pois tinha dito à loira que tinha sido os “Outros” porque assim ela teria raiva e precisava de força para seguir. Tendo ódio de algo, ela conseguiria prosseguir, em vez de se tornar uma pessoa fragilizada. Interessante observar nessa fala porque mostra o como uma mente precisa do incentivo certo para que a pessoa tenha coragem para algo. Há pessoas que para ter uma capacidade é preciso que outros digam que ela não é capaz. Isso serve de motivação para fazer questão de cumprir a meta que acham que não é provável. Lógico que outros se abaterão mais pelo desincentivo. Já outras pessoas precisam do empurrão mais besta que se precisa ouvir: que você é capaz. Você sabe que pode, mas a mente trava e você não consegue fazer enquanto não escutar alguém dizendo que você pode. Esses são somente dois exemplos, pois existem vários casos que poderíamos citar sobre os mistérios da mente. Todo motor para uma coragem sempre precisa de um incentivo certo, só precisa descobrir qual é esse motor.

CURIOSIDADE 1297 – Em resposta ao comentário acima, na verdade não foi Aaron, mas sim, Claire. Sendo assim, deduzi o seguinte: se esse falso John Locke disse à Claire que os “Outros” levaram seu filho, quando sabemos que Aaron foi abandonado e Kate teve que pegar a criança, já que foi Claire quem sumiu, então, só sobrou uma explicação: o falso Locke, e nem precisaria deduzir isso já que a loira ficou ao lado dele, arrumou uma forma de separar mãe e filho para depois manipulá-la. Esperou que Kate, James e Miles saíssem com Aaron e depois arrumou uma forma de a mãe voltar e não encontrar mais seu filho ali. Em seguida, inventa essa história de que os “Outros” levaram o menino para conseguir ter alguém para fazer suas vontades. Nesse caso, Claire para o “JL” seria o Richard de Jacob.

PSICOLOGIA 272 – Quando temos uma Psicologia mais aguçada (e nem precisa tanto), temos a capacidade de ver as coisas um pouco mais além. Depois que James encontrou Zoe, se dizendo esta ser a última sobrevivente do Ajira 316, ela começou a fazer mais perguntas e isso levantou suspeita exatamente de alguém que já trabalha manipulando os outros, portanto, James era a pessoa certa para saber que Zoe era uma mentirosa. Mas isso não é muito difícil de vermos acontecer conosco. Quando alguém pergunta demais, pode estar querendo algo de você, pode estar querendo arrancar informações ocultas que não estariam presentes nas perguntas, uma espécie de “jogar de um lado do muro, verde, para colher maduro, mas do outro lado do muro e bem distante”. Pessoas que perguntam demais podem estar nervosas, inseguras, mas o principal de tudo, muita das vezes e isso é a cara de Lost, as perguntas que foram feitas na verdade já se sabe as respostas, mas está querendo chegar a outro motivo que só ela está arquitetando bem. Enfim, como disse, nem precisa ter uma boa observação. Pergunta demais já levanta desconfiança de quem é perguntado.

CURIOSIDADE 1298 – Claire diz ao falso John Locke que agora Aaron tem uma mãe louca e que ela tem medo de sair da Ilha e ele ter medo dela, até porque, para o menino, quem é a mãe é Kate. E olha para quem ela está dizendo isso: “JL”. Justamente ele, que sem querer adiantar algo que só veremos na reta final da série, teve uma mãe que realmente era louca e que tal mãe foi a causa de todos os problemas na Ilha com Jacob e seu irmão. Se bem que, de certa forma, a mulher a quem me refiro não era a mãe de Jacob e seu irmão gêmeo. E outra observação, a mãe do verdadeiro JL era louca de verdade.

CURIOSIDADE 1299 – MAIS UMA DICA PARA A EXPLICAÇÃO DE SE TODOS MORRERAM – “… e saber que as pessoas não morrem. Temos as boas lembranças para nos confortar até nos vermos novamente”. Essa fala neste episódio foi uma prévia para o fim da série e também para aquela dúvida sobre se todos morreram. Esse mundo paralelo, sem querer adiantar o fim, foi uma forma de mostrar o que aconteceria se o avião não tivesse caído. Ao mesmo tempo, seria como se aquilo fosse um limbo para depois que todos morressem. Mas isso não queria dizer que eles morreram na queda do avião, mas sim, cada um no seu tempo até que o último morra e todos se reencontrem após a morte. Na verdade, essa fala não foi uma explicação para dizer que todos morreram. Eles não morreram, mas tal mundo paralelo seria como se para mostrar que tal mundo ocorreu depois do último personagem de todos os eventos de LOST (pela lógica, Aaron), morrer, ou seja, décadas depois que saíram da Ilha. O MP não deve ser levado a sério, como algo real, mas só para mostrar o bom e velho “o que aconteceria se…”. Mais explicações sobre isso na reta final.

 

As curiosidades a seguir são do site da série

 

CURIOSIDADE 1300 e LINHA DO TEMPO 46 Miles menciona que seu pai trabalha em um museu, sugerindo que Dr. Chang nunca tenha ido para a Ilha ou que tenha conseguido sair antes do Incidente. Eu nem tinha percebido isso. E aqui temos mais um que teve sua vida modificada. Sem Ilha, teve uma vida normal. Quanto a Miles, reforçando o LT anterior. Se Miles teve o pai presente em sua vida, isso facilitou para que ele buscasse uma vida profissional digna, em vez de marcar consultas paranormais (que ele já não era mais) ou coisa do gênero.

CURIOSIDADE 1301 – Contando com esse episódio, Henry Ian Cusick não aparece há 7 episódios, empatando com a ausência de Harold Perrineau na 2ª temporada como a sequência mais longa de ausência de um personagem regular.

CURIOSIDADE 1302 – Pela primeira vez na 6ª temporada, este episódio não contém um ‘anteriormente em Lost’. Sem querer estragar a surpresa, ainda haverá mais três em breve.

CURIOSIDADE 1303 – O título deste episódio faz referência ao 8º da 1ª temporada: Confidence Man.

CURIOSIDADE 1304 – Wrinkle in Time. Este romance sci-fi inantil, escrito em 1962 por Madeleine L’Engle, está na cômoda de James. A história é sobre Merry, um adolescente que viaja no tempo e no espaço com o irmão mais novo de Charles Wallace e amigo Calvin O’Keefe. Sua missão é resgatar seu pai, que é um cientista que está sendo mantido prisioneiro em um planeta alienígena dominado por uma grande nuvem escura chamada “A Coisa Preta”.

CURIOSIDADE 1305 – Lancelot. Este romance, escrito por Walker Percy em 1977, conta a história de Lancelot Lamar, um advogado que descobre que ele não é pai de sua filha mais nova. Lamar mata a esposa ao explodir sua casa. Ele acaba em uma instituição para doentes mentais com suas memórias, onde a realidade e o passado ficam turva para ele. (Há vários pontos aí que lembram Lost. O pai adotivo de Kate, que descobre depois que ela não é sua filha. Kate explode o pai com a casa inteira. Hugo e Libby no Santa Rosa. As duas realidades que irão se mesclar.

CURIOSIDADE 1306 – Quando James está sendo levado preso, Boone está na delegacia falando sobre a irmã (1ª temporada). No mundo paralelo, James é policial e passa por Liam que está perguntando sobre o irmão, Charlie.

CURIOSIDADE 1307 – O Homem de Preto se aproxima de Kate em um bosque de árvores Banyan. Esse mesmo tipo de árvore também serviu de barreira (ou somente para assustar mesmo) contra ele a favor de Kate tanto na 1ª como na 3ª temporada (Kate e Juliet).

CURIOSIDADE 1308 – ERROS DE GRAVAÇÃO:

1) O número da cauda do voo Ajira 316 era N25705 quando ele apareceu originalmente no episódio “316”. No entanto, nesse episódio, o mesmo avião aparece com o número N9748C. Na realidade, N25705 é o número da cauda reservado pela FAA para uso cinematográfico e já foi usado em vários outros seriados e filmes.

2) Kate bate com o carro no lado do motorista, no entanto, quando eles a pegam, o carro parece não ter estrago algum.

3) Na estação policial, James usa o Microsoft Office 2007, quando no mundo paralelo, o presente se passa em 2004.

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