segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

T6/E16;17 - THE END (O Fim - episódio duplo). Parte 2 de 7.

CURIOSIDADE 1452 e ADMINISTRAÇÃO 170 Agora que Jack se tornou o novo Jacob e diz que vai matar “John Locke”, James pergunta como vai fazer isso e ele responde que ainda não sabe. Eu achei bem interessante essa fala do médico por dois motivos: ficaria muito estranho e fantasioso demais se Jack de repente ficasse ciente de tudo e quase se tornasse um "deus”. Observem que da mesma forma que ocorre com ele e logo mais com Hugo, nada acontece ao beber a misteriosa água. Ambos demonstram naturalidade, sem nenhuma surpresa ou espanto. Com as reações dos dois, e devemos nos lembrar também do próprio Jacob quando sua suposta mãe faz o mesmo com ele passando o cargo, podemos ver que nada mesmo aconteceu, entretanto, seria como se eles adquirissem uma coisa simples e ao mesmo tempo complicada: sabedoria. Inclusive mais adiante, quando Jack se depara com “John Locke” e este pergunta como o médico vai matá-lo, o Dr. Shephard responde que isso é segredo, ou seja, ele já estava adquirindo algo que era a habilidade específica de Jacob, seu irmão e a mãe postiça (Ben e James também): calcular as coisas, já que Jack não tinha de forma alguma tal habilidade. E é nesse ponto onde entra a Administração, pois vemos que quando uma pessoa tem a famosa “presença de espírito” consegue se sair em qualquer situação tendo rápidas saídas estratégicas. Mesmo sem planejar nada, uma pessoa é capaz de conseguir planejar estratégias praticamente na hora. O que é interessante também aqui é que vemos que tanto Jack, como Jacob, o irmão deste e sua mãe postiça passaram pelo mesmo problema, mesmo tendo presença de espírito, que foi o fato de ser pego de surpresa com as situações e sem saber o que fazer no momento, podendo se sentir por um momento sem saída, demonstra que mesmo sendo “especial”, esse quarteto também demonstrava não ser perfeito em suas jogadas.

FILOSOFIA 75 e LEGENDA VS. DUBLAGEM 302 E SE VOCÊ SOUBESSE O DIA DA MORTE A PEDISSE MAIS TEMPO? Desmond é o único que tem conhecimento sobre o mundo paralelo e é exatamente por ter esse conhecimento que ele oferece esse novo mundo a seu amigo Jack, um mundo em que o avião não precisa cair, que pessoas não precisam sofrer e/ou morrer.  Mas o Doutor diz que o que aconteceu, aconteceu (“passou”, segundo erroneamente o áudio, já que esta frase com o verbo “acontecer” é o bordão da série. Ainda cometerem esse erro no último episódio, depois de seis temporadas, é inadmissível!) e complementa dizendo que “tudo isso aqui importa”, ou seja, o que importa é a realidade, não alguém que ele consideraria fantasia pelo fato de poder mudar a História e tornar tudo as maravilhas. E você? Se pudesse mudar a História para consertar erros ou evitar sofrimento, faria ou deixaria que as coisas tivessem acontecido como aconteceram? O que seria melhor? Aprender com os erros e sofrimentos para evoluir ou mudar os fatos no tempo para evitar tais coisas? Lembro-me até do caso de Eliseu, na Bíblia, que soube que iria morrer tal dia e pediu a Deus para não morrer. Deus então acrescentou 15 anos para ele. Eliseu, que era uma excelente pessoa, tornou-se alguém cheio de erros. Foi pedir mais tempo quando soube de seu dia de morte e acabou se tornando uma péssima pessoa, quando era exemplar, antes disso. Ou seja, será mesmo que vale a pena mudar as coisas? Deixar como está não traria aprendizado na vida?

PSICOLOGIA 294 – TALVEZ VOCÊ TENHA OUVIDO TANTO QUE NÃO ERA CAPAZ, QUE ACREDITOU – Hugo diz a Sayid no mundo paralelo que o amigo é uma boa pessoa, concluindo que talvez o árabe tenha ouvido tanto que era uma má pessoa, que começou a acreditar nisso. Já comentei isso em outro momento e vou repetir o assunto, já que o Blog está para se encerrar. Às vezes uma pessoa escuta tanto das outras uma determinada opinião sobre si, que acaba acreditando. Por incrível que pareça, isso se escuta mais dos mais próximos… e mais frustrante ainda é que acontece comumente dentro de casa. Você pretende fazer sucesso em algo e seus irmãos e até mesmo os pais colocam empecilhos e dizem que você não tem capacidade. E quando isso ocorre ainda enquanto você é criança, aí sim que tais palavras pesarão na vida futura da criança, pois isso o acompanhará para qualquer lugar, o que fatalmente deixará o indivíduo dependente e fraco. Sempre haverá uma barreira na frente da pessoa quando chegar um momento decisivo para seu futuro, pois a mente o travará e ele não conseguirá seguir adiante, atrapalhando seu futuro profissional. A cena em questão se encerra com Hugo dizendo a Sayid que não pode deixar os outros dizerem o que ele é, o que poderíamos levar esse conselho em nossas vidas. Nunca se deixar levar pelas críticas negativas. Não importa a opinião dos outros, vá à busca de seu futuro… tente. Se falhar, sem problemas, mas pelo menos adquirirá experiência e isso é fundamental para o futuro profissional estar mais perto.

CURIOSIDADE 1453 – MAIS UMA CENA TOCANTE NESTE FIM DE SÉRIE: poucas pessoas devem ter notado ou achado nada de mais na cena, mas eu achei o máximo. Vemos Miles, aquele que odiava Ben Linus e que tinha ido à Ilha para capturá-lo, aliado a ele. Antes de tentarem fugir no Ajira 316 com Richard e Frank, Miles liga para Ben para chamá-lo para saírem da Ilha antes que ela afunde. Ele se preocupou com Benjamin a ponto de ligar, mas para sorte dos dois, não persistiu muito na ligação, senão, o Homem de Preto teria percebido ao escutar a estática do walkie-talkie. Quem diria.

SOCIOLOGIA 265 – Enquanto estão descendo Desmond na fonte, Jack diz ao Homem de Preto que Locke estava certo sobre quase tudo a respeito da Ilha. Só queria ter dito a ele enquanto ele estava vivo. Esse é um assunto chato que causa até um pouco de remorso, pois infelizmente é mais comum do que pensamos, quando uma pessoa nunca diz que ama seu parente, seja irmão ou até mesmo os pais. Daí, só depois que morre é que essa frase de “eu te amo” é que consegue sair… só que tarde demais.

NÚMEROS 206 – A mesa de Claire e David onde já se encontram Kate e Desmond á a 23. No pé do Ajira podemos ver a enumeração 840. A barra de chocolate Apollo que James tenta pegar está no número 23.

CURIOSIDADE 1454 – MAIS UMA CENA TOCANTE NESTE FIM DE SÉRIE: Ver Ben empurrando Hugo para não ser atingido por uma árvore foi uma das cenas mais tocantes. Quem diria, quem tanto atazanou o pessoal, agora se importava com eles. Mas logo a seguir, a cena ganhou mais ainda um tom emotivo ao vermos todos querendo salvar Benjamin e este observando a preocupação de todos em salvá-lo. Vou colocar esta cena nas que mais gostei em toda a série. Diga-se de passagem, tem muita cena neste último episódio que merece destaque.

CURIOSIDADE 1455 – John Locke do mundo paralelo está substituindo o lugar de Sarah no mundo real.

CURIOSIDADE 1456 – Pode parecer insignificante, mas a cena a seguir me chamou a atenção. Quando Benjamin tenta entrar em contato pelo walkie-talkie com Frank no Ajira, este reclama dizendo para não encher o saco, então, Linus responde que “parece que eles estão progredindo”. Isso mostra que a pessoa deduz que, se está reclamando para não atrapalhar, implica dizer que o que estão fazendo está em andamento, em um possível término do processo. Outra coisa interessante nesta cena é o diálogo, que é um ponto extremamente forte na série. Isso aconteceu em muitos episódios, pelo qual não temos aqueles diálogos desnecessários em que alguém fala algo e o outro responde, aumentando o roteiro das falas dos personagens e correndo riscos de a cena ficar alguns minutos um pouco chato. No momento em que Ben liga para Frank, qualquer série poderia ter colocado o seguinte: “Estamos tentando consertar o avião, Ben. Ligue depois que estamos ocupados”, entretanto, a série se aproxima mais da realidade, pois imagine você aperreado em querer resolver algo urgente e alguém te liga na hora. Esse é o ponto positivo de Lost e que não somente me faz gostar da série como inclusive me ensina a como escrever livros, pois em vez de perder tempo em alguns momentos nos diálogos, eu pulo isso para ir direto à reclamação. Mas esse tipo de diálogo desnecessário não é o que acontece em Lost, pois vai direto ao ponto.

ISENTO DE ERROS 123 PEDRAS ISOPOR??? – Eu poderia isentar de erros aquele momento em que as pedras começam a rolar antes, durante e depois que a árvore cai em cima de Ben enquanto a Ilha passa a tremer violentamente, entretanto, vamos combinar uma coisa… que “pedras” mal feitas são essas que vêm caindo terreno abaixo! Não estou perguntando, estou mesmo exclamando. Pedras daquele tamanho não rolam parecendo papel, com tanta facilidade, como tais pedras demonstraram. Assim que vi a cena percebi logo a leveza desses pedregulhos. Aquilo me levou diretamente àquelas pedras que pareciam rolar como isopor em alguns episódios do Chapolin.

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