sexta-feira, 30 de outubro de 2020

T3/E9 - STRANGER IN A STRANGE LAND (Estranho em uma Terra Estranha).

 CURIOSIDADE 486:

JAMES: Me dá uma boa razão para voltar.

KATE: Não podemos deixar o Jack para trás.

JAMES: Podemos sim! Foi o que o Jack pediu para fazer.

Temos aqui a primeira citação ao filme Deixados Para Trás, tanto que, se você observar em episódios mais adiante, a alusão ganhará mais consistência com o sumiço do pessoal na pequena ilha, na ilha principal e na 5ª temporada. Deixar para destacar tais cenas em seus devidos episódios. Vemos também quando uma pessoa está obstinada em algo e mesmo que lhe tenham informado para não prosseguir, ele teima em continuar. Por outro lado, temos a outra pessoa que decide fazer algo sem culpa, pois de certa forma ela foi ordenada a não prosseguir. Questões adversas das atitudes das pessoas dependendo das circunstâncias.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 120 – Quando Tom vem pegar Jack, o médico diz: “Se vai me matar pelo menos tenha o respeito de me dizer...”, na legenda consta “tenha a decência” em vez de respeito. O sentido é o mesmo, mas devemos lembrar que essa frase é a mesma que Penélope citou no episódio anterior, exatamente numa das cenas mais dramáticas em termos de romance em toda a série. Como se trata de uma frase de uma cena muito marcante para mim, para qualquer um essa diferença é insignificante, mas para mim, com certeza não.

O FATO DE VOCÊ CONHECER ALGUÉM EM POUCO TEMPO NÃO QUER DIZER QUE VOCÊ A CONHECE HÁ ANOS

SOCIOLOGIA 205:

TOM: Que tipo de gente pensa que nós somos, Jack.

JACK: Olha! Eu não sei! É o tipo de gente que pega uma grávida, pendura o Charlie numa árvore, que arranca as pessoas da floresta e sequestra crianças. É esse o tipo de gente que acho que são.

TOM: Quem tem telhado de vidro não joga pedra.

            Achei interessante essa cena. Se nem nós conhecemos nossos próprios limites como achamos que realmente sabemos, quanto mais de pessoas desconhecidas. E boa foi a resposta de Jack, pois, o que essas pessoas que já moravam na Ilha queriam que os sobreviventes da Oceanic pensassem? Como disse bem o cirurgião, houve um estranho sequestro de uma criança, de uma mulher prestes a dar à luz e de mais pessoas, além de deixar uma das pessoas num suposto suicídio. Mas isso acontece muita no cotidiano nosso. Um bom exemplo a se citar são os novos vizinhos, novos colegas de classe e coisas desse tipo. As pessoas subentendem que o fato de conhecerem novos conhecidos em pouco tempo dá a entender que são confiáveis e já bem amigos. Como você pode julgar uma pessoa como ela é se conheceu há poucos dias, semanas ou mesmo meses. Já citei aqui outrora que muitas das vezes uma pessoa se torna algo pelo qual o ambiente a modificou, mais especificamente, as pessoas desse ambiente. Alguém pode se tornar, mas não é. De repente você conhece alguém na fase mais estressante da vida dela. Você já acha que a pessoa é estressada, mas ela se tornou estressada por um momento. Quem a conhece há mais tempo sabe que ela não é assim. Ou então você começa a conhecer alguém no momento em que essa pessoa começa a se valorizar mais, sendo assim, você a julga como alguém que se acha demais. Todas as outras pessoas que a conheciam há muito tempo o viam como alguém que não se valorizava e que já entrava na perigosa fase de se deprimir. Ela sempre se achava um João ninguém. No momento em que passou a se valorizar foi exatamente aí que você a conheceu. Por isso que sempre costumo dizer: antes de julgar alguém, o conheça primeiro, pois o fato de conhecer por certo tempo não é o mesmo que dizer que a conhece há anos.

PSICOLOGIA 178 – MUITAS COISAS QUE FAZEMOS OU DIZEMOS, MESMO QUANDO ACUSAMOS OS OUTROS, SÃO PALAVRAS E ATITUDES QUE PRESENCIAMOS DENTRO DE CASA, PRINCIPALMENTE QUANDO SOMOS O ALVO. Nos flashbacks, enquanto está conversando com Achara, Jack começa a falar de Christian, a tailandesa responde: “Eu não tô interessada no seu pai, Jack”. Há dos casos aí. No primeiro vemos quando uma pessoa pensa demais em alguém e vez ou outra está sempre citando a pessoa. Isso eu já comentei em outros episódios, quando a pessoa chega até às vezes a trocar os nomes porque está pensando na pessoa pela qual trocou os nomes. No segundo caso temos os problemas familiares que interferem na vida social. Jack estava passando umas férias em outro país para aliviar-se do estresse, mas seus problemas com o seu pai foram juntos. Não fica claro aqui se a cena é antes ou depois do dia em que ele denunciou o próprio pai, mas de qualquer forma ele não teve amor e atenção suficiente de Christian na juventude, e mesmo agora adulto, sempre se sentia na necessidade de buscar a atenção que não teve. Mesmo se divertindo ele citava seu pai, até que Achara deu a resposta que ele precisava ouvir: falar dele mesmo, viver para ele, não para o pai. Esse assunto aparenta ser Sociologia, mas resolvi classificá-lo como Psicologia porque muitos têm essa mania de carregar coisas do passado sem perceber, e isso, atrapalha no seu cotidiano futuro porque vai carregando em seu inconsciente sem nem perceber. Muitos problemas em família ocorrem no passado, presente ou até mesmo no passado que vai carregando imperceptivelmente até o presente, daí, se a pessoa resolve buscar uma ajuda psiquiatra ou com psicólogo, descobrirá que as coisas que teme hoje podem ser problemas familiares do passado que barraram atitudes que tal pessoa poderia tomar, mas que não consegue devido traumas familiares que o travou em alguns aspectos da vida. Algo parecido a isso pode ser visto em PSICOLOGIA 58 e 62 que se encontra no livro Identidade Secreta, convido para que releiam (ou leiam) e entenderão o caso aqui. Enfim, muitas coisas que fazemos ou dizemos, mesmo quando acusamos os outros, são palavras e atitudes que você presencia dentro de sua casa, principalmente quando você é o alvo.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 121 – Achara pergunta a Jack: “Você não é daqui. Você está em Phuket para se encontrar?”. Mas na legenda consta “americano” em vez “daqui”. Suponho que talvez possa ser que retiraram a palavra “americano” porque a série dublada é direcionada para o público brasileiro, óbvio, portanto, faz-se assim para evitar confusões, entretanto, durante toda a série qualquer um percebe que a maioria é americano, inclusive o destino da Oceanic era Austrália para Los Angeles. Eu acho que desta vez não comprometeria usar “americano” como ocorreu quando Sun fora descoberta que falava Inglês. Kate fala no áudio: “Você fala minha língua?”, o que caiu como luva o que os tradutores fizeram. Já aqui não causa confusão em ninguém. Cheguei inclusive a pensar que omitiram a palavra “americano” para não ficar subentendido que os americanos só vão para a Tailândia para pegar prostitutas, por isso que optaram pela palavra “daqui”, que subentende “estrangeiro”, para não comprometer os americanos. Mas acho que não seria esse o caso. O que os tradutores brasileiros ganhariam com isso em, desculpem-me a palavra pejorativa, babar os gringos???

LEGENDA VS. DUBLAGEM 122 – Quando James vai conversar com Carl, ele cita Bobby da Silva Sauro, mas na legenda o personagem citado é outro Bobby: Bobby Brunch.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 123 – Jack pede para Juliet pegar um galho para ele passar no ferimento dela. Mas na legenda há uma palavra a mais que foi omitida no áudio: galho de babosa. Essa omissão eu desaprovei por completo, pois LOST tem a mania de pregar culturas, religiões, medicina e livros (destacando como a maior das culturas). Aqui no Brasil, que a babosa é conhecida, seria muito positivo ter colocado a tradução inteira e destacado a planta tão benéfica para nós.

ADMINISTRAÇÃO 125 – Já comentei logo nos primeiros episódios desta temporada sobre a inteligente jogada psicológica de Benjamin Lins, fazendo das pessoas suas peças em um tabuleiro de xadrez, mas que ele cometeu um único erro, isso cometeu, e aqui chegamos ao ápice de seu erro. Ele diz ao médico que não adianta Jack protegê-la e mentir por ela, pois com certeza Juliet não se importava com o médico. Em seguida, ele conclui em dizer: “Não importa o que ela tenha feito, ela é uma de nós”. Vejam que às vezes a pessoa pode até cegar pelas suas brilhantes estratégias e achar que todas darão certo. O pouco de tempo que teve ali, o médico percebeu que Juliet se considerava no mesmo patamar dos tripulantes da Oceanic, portanto, repetindo os comentários anteriores, não importa o quão estrategista você seja, variáveis sempre vão existir e você precisa contar com isso.

ADMINISTRAÇÃO 126 – É PRECISO SABER LIDERAR. Achara diz a Jack: “Sou capaz de ver o que as pessoas são. Você é um grande líder, um grande homem, mas isso te deixa sozinho, assustado”. Muito curioso essa afirmação dela, pois de certa forma quando você pretende ser um líder, estará sujeito a tudo, especialmente ao fato de ficar só, pois é preciso saber agir quando estiver no topo, mas também tem de saber estar em pé de igualdade com todos para não parecer um chefe, em vez de líder. Liderar é tomar a frente, mas também ajudar, não somente mandar. Mesmo que você esteja rodeado por pessoas, muitas dessas podem se aproximar por interesse, mesmo que “aparentem” estar pronto para te ajudar, portanto, você se sentirá só de todo jeito, pois perceberá quando as ajudas não são verdadeiras, mas sim, interesseiras. É preciso saber e ter veia para liderança. É preciso ter o dom para ser um bom líder.

CURIOSIDADE 487 – Esse foi um dos episódios mais fracos que eu assisti, que o diga o flashback. Tal episódio só foi criado para explicar a tatuagem de Jack, até porque, um médico com tatuagem não combina, tanto que Kate cita isso no começo da 1ª temporada, ao perguntar se ele é um desses médicos modernos. Na verdade, a tatuagem é de verdade, do ator Matthew Fox, por isso, se sentiram na obrigação de contar um episódio, que não estava no roteiro, sobre a origem da tatuagem. Inclusive inventaram até uma explicação para a tatuagem. Sinceramente, achei o episódio desnecessário, se salvando só as cenas com James, Kate e Carl, e algumas cenas entre Jack e Juliet, retirando as partes em que aparece Isabel, que aliás, que voz feia a da atriz que interpreta Isabel. Parece um ewok, aqueles ursinhos de O Retorno de Jedi, que por sinal, será até discutido entre Hugo e Miles na 5ª temporada. No fim do episódio, Achara diz a Jack que fazer aquela tatuagem terá consequências. Até isso ficou sem sentido. Que consequências? O fato de ele ser espancado no fim do episódio ou o fato de ir parar na Ilha? Espero que não tenha sido por nenhum desses dois motivos, pois se for por causa da Ilha deram uma grande mancada, pois tudo o que acontece não tem nada a ver com a Ilha. Se estiver se referindo ao espancamento, é outro motivo fútil, pois consequências levam a entender que está se referindo a algo até se possível sobrenatural, menos, uma briguinha de praia sem nenhum sentido.

ADMINISTRAÇÃO 127 – Assim como Benjamin Linus fez ao se passar por Henry e traçando seus jogos psicológicos, chegando finalmente ao ápice de suas estratégias, sendo libertado por Michael, assim acontece com Jack. Quando o médico diz que realizou a cirurgia em Ben porque o mesmo prometeu que o deixaria ir pra casa, Juliet confirma que Linus disse a mesma coisa a ela. Assim, Jack diz que vai fazer com que Ben cumpra a palavra. Quando a loira pergunta como, ele diz que farão isso com os dois trabalhando juntos. Jack deu seu xeque-mate da mesma forma como seu desafeto no tempo da escotilha, pois a partir dali ele conseguiu fazer com que ela passasse para o seu lado. Enfim, quando se traça bem os planos para se conseguir um objetivo, tudo é possível, mas e claro, é preciso considerar as variáveis.

CURIOSIDADE 488 – Isabel explica o significado da tatuagem de Jack: “Ele está no meio de nós, mas não é um de nós”. Ela se refere ao fato de Jack estar com os “Outros”, mas não ser um deles. Curioso é que esta citação é uma preparação para um episódio logo mais. O bom é a resposta de Jack: “É o que elas dizem, não o que significa”. Mas interessante é que era exatamente o que significava, pois ele não era um deles, e se olhar por outro lado, Juliet também não e foi exatamente isso que causou a queda de Ben.

ATUAÇÃO 12 – Desta vez a atuação não é referente a uma pessoa só, mas sim, à cena. Essa é mais uma daquelas brilhantes cenas de fim de episódio, bem típico da 1ª temporada, quando tem um fundo musical, que é um dos que mais gosto: “We Can Go Dutch”, principalmente quando a música alcança aquele tom forte ao mostrar os rostos de Jack e Juliet no barco.

A partir de agora as curiosidades são do site da série.

CURIOSIDADE 489 – A Tatuagem do Jack não significa literalmente "Ele caminha entre nós, mas ele não é um de nós." Como Isabel afirmou. Ela é inspirada no poema de Chairman Mao Zedong, e traduzida corretamente do chinês corresponde a "Eagles high, cleaving sky." De qualquer maneira essa tatuagem é do ator Matthew Fox, além de outra no seu tríceps. No flashback, quando Achara ia tatuá-lo e ele está sem camisa, a tatuagem parece estar coberta ou talvez a cena tenha sido editada e modificada.

CURIOSIDADE 490 – Diferente de Sawyer, Jack aperta do botão de comida na jaula do urso apenas duas vezes.

CURIOSIDADE 491 – O título do episódio, "Stranger in a Strange Land" pode ser referência a: 1) Êxodo 2:22. O versículo é "A qual teve um filho, e ele chamou o seu nome Gérson: pois, ele disse, Eu tenho sido um estranho em uma terra estranha." 2) O nome do livro escrito por Robert Heinlein: Stranger in a Strange Land; 3) Alguma das músicas Stranger in a Strange Land com o mesmo título: uma do Iron Maiden, uma do U2, uma de Barbra Streisand, e uma de Leon Russell; 4) Uma frase de "Oedipus at Colonus" de Sófocles. Édipo, cego e exilado de Tebas, aproxima de uma vila que lhe é desconhecida, e o texto diz: “Chorus: Patience, stranger – here in a strangle land, poor man, hate with a ill whatever the city holds in rootes hatred, honor what the city holds in Love”.

CURIOSIDADE 492 – Outra referência bíblica inclui “Deus te ama, assim como Ele amou Jacob.

CURIOSIDADE 493 – Alex menciona a Lei do Código de Hamurabi, "olho por olho...". Este verso é também da Bíblia: Êxodo 21:24.

CURIOSIDADE 494 – A marca de Juliet pode ser uma referência à Marca de Cain, da estória de Caim e Abel. Genesis 4:15 - "E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse qualquer um que o encontrasse.".

CURIOSIDADE 495 – Sawyer canta "Show Me The Way To Go Home" na canoa assim como a tripulação do Orca canta no filme Tubarão.

CURIOSIDADE 496 – Sawyer chama Karl de "Bobby", em referência a Bobby Brady de The Brady Bunch.

NÚMEROS 98 – Nos flashbacks Jack usa um pingente na forma do número 8.

CRONOLOGIA – 73º e 74º dia. Este episódio se passa em dois dias e o dia 73 se passou em 4 episódios.

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