9) SOCIOLOGIA 186:
DE QUEM É A CULPA DE OS FILHOS PEQUENOS SEREM REBELDES?
CLAIRE: Posso te fazer uma pergunta?
SAYID: Sim, claro.
Já comentei sobre isso antes e vou repetir aqui. Na cena anterior Michael também disse a mesma coisa para Locke: “Posso te perguntar uma coisa, John”. A resposta dele foi tão óbvia quanto à de Sayid: “Claro”. Por acaso a pessoa vai responder: “Não”? Aquela tendência que sempre temos em perguntar isso. Como se a pessoa fosse dizer não. Essa é boa. Além do mais, no momento em que você diz isso já fez uma pergunta, não é mesmo? Dá vontade de dizer: “Pronto. Já fez a pergunta. Tchau”.
Seguindo a conversa desses dois, Claire quer saber se Charlie sabia se havia drogas dentro das imagens das santas. Sayid pede para ela perguntar ao próprio Charlie. E mais uma vez vemos algo sem sentido. Imagine… você se droga, alguém pergunta e você vai confirmar que sim, que se droga? Pensamento sem lógica. Então, Claire se justifica em querer saber por que Charlie cuida do filho dela, Aaron, portanto, estaria pondo a vida de seu filho em risco por estar sendo cuidado por um viciado. O bom é que a cena não mostra resposta de Sayid nem que ele iria responder. Bom… de certa forma ela estaria correta em se preocupar com o filho. Aproveitando a deixa de saber a quem deixar seu filho sob cuidados de outra pessoa…
Devo levar esse comentário para outro patamar no mesmo assunto: filhos que são levados para uma creche porque os pais trabalham. Por mais que sejam cuidados por pessoas responsáveis, ainda assim, é outra cultura, portanto, podem ensinar (por mais que sejam corretas) coisas que não agradariam aos pais. E de quem é a culpa?
Os dois têm de trabalhar? Tem…, mas o melhor seria que pelo menos um estivesse em casa cuidando dos filhos. Além do mais, mesmo em uma creche existe a influência dos outros pequenos. Aí você diria: “crianças inocentes vão ensinar o que de errado para outras crianças inocentes?”. Na verdade, criança não ensina nada… aprende. E é aí onde entra a cultura de cada lar. O que um aprende em casa, leva isso para uma creche ou escolinha e lá passa essas informações aos outros pequeninos. Querem um exemplo:
Meu sobrinho de três anos nunca desrespeitou os pais. Depois que entrou em uma escolinha aprendeu com os outros pequeninos o desrespeito. Agora chama pai e mãe de pai feio e mãe feia, quando está com raiva. E aí? Não é complicado o convívio? Mas é aí onde mora o outro problema: é preciso colocá-los em uma escolinha para iniciar sua educação. Onde está o problema? Com os professores? Não. Na verdade, é com a influência de amiguinhos, que acontece já na infância. Então estou dizendo de qualquer jeito que a culpa é de criancinhas inocentes? Na verdade e na verdade mesmo… não! E de quem é a culpa então? Dos pais que não estabelecem da forma correta uma educação e têm medo de repreender os filhos, por amor demais, não querendo deixá-los tristes.
Outro detalhe importante a se destacar: ensinar às crianças gestos aparentemente engraçados de adultos, mas não adequados para as idades dos pequenos. Ensinar palavrões, danças obscenas e por aí vai. Parece engraçado ver uma criancinha fazendo essas coisas, mas isso é MUITO NOCIVO. Depois os pais nem sabem como tais crianças foram ficando rebeldes, especialmente na adolescência. Curioso é que até na Bíblia, mais precisamente nos Dez Mandamentos, temos em um deles o “Honrar pai e mãe”. Mas como cobrar os filhos sobre educação e obediência se você ensina exatamente o contrário? Até aplaude ou ri quando criança faz esses tipos de coisa. Quando um dos filhos se torna pai ou mãe ainda adolescente, também não entende como isso foi acontecer, quando na verdade a culpa está nos pais, não na escola. Um comentário parecido com esse pode ser visto em SOCIOLOGIA 142 do episódio 11 desta temporada.
10) ISENTO DE ERROS 56 e SOCIOLOGIA 187 – Quando James pede para Hugo aproveitar e ir à lavanderia na hora em que Libby vai, o pedido é aceito e filmado, mas excluíram tal cena.
Assim como no Isento de Erros 55 logo acima, ocorre o mesmo aqui, ou seja, também pode causar uma confusão na trama da série. Na lavanderia, Hurley conversa com Elizabeth:
HUGO: O que você faz, quero dizer, antes.
LIBBY: Sou Terapeuta especializada em famílias e casais.
Achei interessante a frase dele. Está no presente (faz), mas ao mesmo tempo ele levou ao tempo passado (antes). Foi curioso, pois realmente Libby “faz”, mas no momento não faz… “era”.
Onde está a confusão?
Após essas trocas de palavras, Libby diz que foi casada três vezes. Como assim? Em alguns episódios vemos que provavelmente ela foi aleatoriamente para o Instituto Mental Santa Rosa devido à morte de seu marido, David. Inclusive o barco dela tem o nome Elizabeth, que é o nome dela. Para isso acontecer, é bem certo que ela amava seu marido e que o sentimento era recíproco. Vemos que ela era amável. Como é jovem, como teria casado três vezes? É possível, mas nos episódios deixa subentendido que ela fora casada uma vez. Deu errado em dois casamentos relâmpagos e acertou no terceiro??? Não cola muito. Poderia ser que ela tivesse mentido, entretanto, também deixa subentendido que ela não é uma pessoa de mentir nem haveria sentido naquele momento querer mentir. Então… o que sobrou? Houve algum erro nesse roteiro. Ainda bem que excluíram, mas conforme comentei no Isento de Erros anterior, mesmo excluído isso oficialmente faz parte do roteiro, o que não salva a série de uma possível gafe.
Continuando a conversa de ambos, Hugo diz que ganhou 114 milhões que neste momento deve estar valendo 156 milhões. Neste momento o Isento de Erros realmente funcionou e deveriam ter posto isso em algum momento dos episódios. Por quê? Porque há episódios em que Hugo fala um valor e em outro episódio fala outro valor. Eu até classifiquei como erro ao ver essa diferença, mas nesta cena excluída explica a diferença, pois lembrando que um valor alto no banco gera juros altíssimos.
Agora vamos entrar no Sociologia. Ao ver que finalmente alguém acredita nele, já que sua vida foi com pessoas que não acreditavam nele, ele criou coragem para pela primeira vez (na verdade segunda, pois em um dos flashbacks ele convida Starla) Libby para caminhar, coisa que ele não conseguia fazer sozinho se não tivesse empurrão de James. Também achei que essa cena deveria ter ido ao ar. Hugo não fez o convite somente porque ela acreditou nele, mas porque ele também percebeu que ela o estava aceitando de alguma forma. Mas vejam curiosamente como uma pessoa toma coragem para algo quando percebe que está sendo aceito ou que uma pessoa o vê positivamente, quando todas as outras o veem negativamente. São atitudes positivas na sociedade que podem modificar o ânimo de alguém. Lembrem-se que um dos sobreviventes passou por isso, mas não na série pela TV, e sim, em um dos livros, o personagem Dexter, ao perceber que as pessoas acreditavam nele, coisa que não acontecia dentro de sua própria casa, com a mãe e tia.
11) ADMINISTRAÇÃO 114 – Jack cogita soltar o prisioneiro “Henry”. Sayid, para variar e como sempre, discorda da ideia:
JACK: Ele não sabe nada.
SAYID: Ele me conhece, te conhece. Ele sabe que não conseguimos concordar em nada, e isso, Jack, é uma fraqueza.
Realmente essa cena não teria importância, pois estaríamos falando do óbvio. Um quer soltar o prisioneiro, o que demonstraria falta de experiência do inteligente médico, e o outro estaria dizendo o óbvio que nem precisava nenhum personagem dizer, seria desnecessário, pois fica subentendido bem demais em todos os episódios que “Henry” observa a falta de comunicação e concordância de todos os sobreviventes, e fica mais perceptível ainda que o prisioneiro faz de todos ali suas marionetes.
Agora vamos à Administração. O melhor método para uma empresa sobreviver no mercado é conhecer seus concorrentes. Saber como tudo funciona; seus erros; acertos; clientes; estratégias, enfim, como em um futebol, o time poderá se dar bem se estudar a jogada adversária. Dizem que o melhor ataque é a defesa. Se você estuda o grupo adversário, saberá como se defender por saber quais são os ataques, que é neste caso onde entra a preocupação de Sayid.
12) ISENTO DE ERROS 57 – Sun e Rose falam sobre seus maridos. Rose diz que teve uma filha e faleceu. Assim como os dois Isentos anteriores, mais uma vez parece que houve um erro na trama. Rose teve uma filha? Como assim? Ela casou com Bernard pouco antes de irem parar na Ilha. A não ser que ela tivesse sido casada antes, mas em nenhum momento fica claro que ela foi casada, ou pudesse ter sido mãe solteira. Foi excluída, mas oficialmente também faz parte da trama. Continuando a conversa de ambas, Sun fala das promessas falsas ditas por rose a Bernard, mas Rose pede para ignorar aquilo dito, deixando a entender que se deve ter sim esperança e que Rose falou aquilo só para atingir Bernard.
13) Libby e Hugo estavam correndo na praia e falando das saudades antes de caírem na Ilha.
14) Flashback de Shannon no episódio Abandonada, o qual mostra ela falando de estrogonofe e que o pai adorava. Sua madrasta responde “Bem ele não está aqui pra comer, está?”. Mais um conflito entre as duas. Logo depois Sabrina Carlyle revela que amava o pai de Shannon e esta, concorda. Assim, a madrasta responde: “Acho que é a única coisa que sempre teremos em comum. Quando você vai embora?”. Essa conversa foi muito pesada entre as duas e achei também desnecessário acrescentar, até porque, ambas não se davam bem e isso já é perceptível, não precisa fortalecer a ideia. E aqui também demonstrou o óbvio que Sabrina não a queria na casa. Mesmo sem essa cena, comprometeu o fato de não percebermos isso? Por isso que a série foi tão bem escrita, pois não se ateve em falar demais explicando demais. As cenas falavam por si só sem precisar tanto destaque.
15) Shannon foi babá conforme falando em outro episódio. Neste, o Abandonada, mais um flashback foi retirado. Ainda bem. Os de Shannon eram tão chatinhos quanto sua personagem. Neste foram logo dois. Convenhamos também, os flashbacks das três primeiras temporadas também são chatinhos. Neste episódio mostra quando ela chegou numa das casas e troca olhares com o patrão logo de cara. Foi até melhor excluir, para não vermos o como ela era fútil.
16) Antes da cerimônia do funeral do pai de Locke, John vem caminhando com Helen e o padre. O padre sai perguntando a John como o pai dele, Anthony Cooper, era, querendo saber sobre a vide de Cooper.
Fim das curiosidades dos Extras. Exatamente 16, mas não classifico aqui como Números, pois foi só coincidência.
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