segunda-feira, 12 de outubro de 2020

T3/E2 - THE GLASS BAILERINA (A Bailarina de Cristal) - Parte 2 de 2.

 CURIOSIDADE 398 – O primeiro contato de James na outra ilha foi com Juliet. Imagine a estranha surpresa que ele teve ao ver uma linda loira naquele meio. O segundo contato com ela, e ao mesmo tempo, o primeiro contato por meio de comunicação, mesmo sem emitir uma palavra, também foi com Juliet, quando ela ofereceu o cantil para ele e James derramou a água. Vejam como são as coisas. Esses dois fatos aconteceram logo com quem relacionado a James? O mundo dá voltas, não é?

NÚMEROS 84 – Quando Jae Lee chega a seu apartamento, é óbvio que eu já estava de olho na porta porque sabia que ia ser mostrado o número do apartamento. Cheguei até a pensar em 815. O número era 1516.

PSICOLOGIA 148 – VOCÊ NÃO SE CONHECE NEM A SI MESMO, SENÃO NÃO SE SURPREENDERIA COM SEUS ATOS – Sayid e Jin vão esperar os “Outros” pelos matos, enquanto que Sun esperará no barco. O árabe diz que há uma arma escondida no barco, mas Sun responde: “Se passarem por vocês vai significar que estão mortos. Para mim tanto faz”, mas o curioso é que Sayid, experiente como sempre foi, mostra o como conhece o ser humano e repete: “Como disse, a arma tá embaixo da lona”. Sabemos que Sun falou isso porque se seu marido morresse, ela não ligaria em continuar vivendo. Mas vejam como o ser humano diz uma coisa fácil, mas na hora da prática, tudo pode acontecer o inverso, como o próprio Sayid saberia que aconteceria. Quando invadiram o barco a primeira atitude de Sun não foi deixar as coisas acontecerem por já presumir que seu marido estaria morto, mas sim, foi atrás da arma como o árabe deduziria. Lembro-me até daquela velha piada do velório “Meu marido morreu! Eu quero ir com ele! Eu quero ir com ele!”. Sem querer, alguém bate na mulher e ela cai na cova “Alguém me ajude! Alguém me ajude!”. Ué? Cadê aquele discurso anterior? Existe o outro exemplo do ateu, que ao cair na água e não saber nadar; existe um pequeno risco de dizer: “Meu Deus! Me ajude!”. Há o outro caso de um marido saber que sua mulher o traía e ele ficar ameaçando sem parar que irá matá-la. Mas se ela diz: “Quero me separar”, ele mudará o discurso para choro e “Não! Por favor! Não se separe de mim!”. Claro que isso é só um exemplo, não que vá realmente acontecer, mas o que estou querendo dizer é exatamente isso: é muito fácil dizermos coisas, especialmente em se tratando de morte, mas quando se trata de manter a vida o que pode parecer discurso ameaçador é só da boca pra fora. Mais uma vez é bom lembrar que isso não é via de regra, estou citando esses exemplos só para mostrar que é muito fácil vivermos em teoria, mas na hora da prática, não acontecer como se relata. Encerro esse assunto com uma frase: O ser humano não conhece nem a si mesmo, pois se conhecesse, não se surpreenderia com seus próprios atos.

PSICOLOGIA 149 – VOCÊ NÃO CONHECE NEM A SI MESMO, QUANTO MAIS AO PRÓXIMO – Esse comentário tem ligação direta com o anterior. Essa é mais uma prova de que é fácil dizermos coisas por achar que nos conhecemos bem. Os “Outros” haviam estudado a vida de cada sobrevivente para saber como lidar psicologicamente com cada um. Mas mesmo sabendo do que uma pessoa não é capaz, isso não quer dizer que se conhece bem uma pessoa. Como disse antes, a própria pessoa pode se surpreender com seus próprios atos. Colleen tinha certeza, pelo que estudou sobre Sun, que ela não seria capaz de maltratar uma mosca: “Eu te conheço, Sun., e sei que você não é assassina”. Ela se confiou nisso, mas vejam que os sobreviventes estavam assustados e acuados por estranhos sobreviventes em uma ilha misteriosa. Além do mais, por mais que uma pessoa não seja capaz de cometer alguma loucura, JAMAIS alguém deve desafiar a pessoa dizendo que ela não fará isso, pois COM CERTEZA ela não faria, o problema é quando você o desafia ao dizer que não fará. Isso é o único incentivo possível para fazer com que tal pessoa faça aquilo que nem ela imaginaria. Fazer (quanto mais no caso de Sun, desafiada por uma desconhecida que disse que a conhecia muito bem para saber que não faria tal loucura). Conheço alguém que foi matar outra pessoa. A vítima o desafiou, dizendo que não seria capaz. O que aconteceu em seguida prefiro não comentar, mas uma coisa é certa, NUNCA, JAMAIS desafie alguém a fazer algo que provavelmente ele não faria. E para finalizar esse assunto, encerro como no comentário anterior: ninguém conhece a si próprio, quanto mais ao próximo.

PSICOLOGIA 150 – VOCÊ NÃO CONHECE NEM A SI MESMO NEM AO PRÓXIMO, PORTANTO, NÃO O PROVOQUE – Esse comentário também é coligado aos dois anteriores. Da mesma forma como não se conhece alguém, também se pode conhecer alguém. Como? James era muito bom em estudar alguém pelas expressões faciais e tons de palavras. Quando Juliet pegou Kate e apontou a arma, James disse mais tarde nas celas à sardenta que com certeza Juliet iria atirar nela. Nesse caso não era pelo fato de ele saber, que seria o contrário do que falei nos dois comentários anteriores em relação ao fato de não se saber quando uma pessoa é ou não capaz de alguma loucura. Aqui se trata de estudar e conhecer o ser humano. E vejam que coisa interessante, James não desafiou Juliet a atirar, pelo contrário, ele obedeceu às ordens e largou a arma que tinha em mãos. Se ele tivesse continuado com certeza saberia que ela atiraria. Trata-se desta vez em saber do que um ser humano PODE ser capaz, e não pelo fato de ter certeza que é capaz. A experiência de James falou mais alto. Encerrando conforme os dois outros comentários, ninguém conhece a si próprio, sendo assim, não provoque.

LEGENDA VS. DUBLAGEM 108 – Além da diferença nas duas frases, você pode até concordar com o que foi modificado no áudio, mas vou mostrar que não. Quando James beijou Kate e depois foi surrado, ele se justificou: “Você tão provocante com esse vestidinho”. Na legenda temos: “Você ESTAVA tão provocante com aquela picareta”. Agora vamos analisar os sentidos das frases e inicialmente você concordará com o áudio. Só inicialmente. Sabemos que Ben fez com que Kate usasse o vestido para provocar James, e principalmente porque ela nunca usou vestido. O que torna tudo mais sensual, pois seria novidade ver alguém que nunca usou vestido, e convenhamos, mulher de vestido é super, hiper, mega “tremendamente” sensual. Como vemos que o vestido foi dado à sardenta para exatamente provocar “Sawyer”, os tradutores logo interpretaram pelo óbvio, ENTRETANTO, isso é no que dá quando se tem preguiça de pensar. Mas antes de falar o motivo da preguiça, devo em parte concordar que ficaria estranho ele dizer que ela estava sensual com a picareta. Como se fica sensual com uma picareta? Como se fica sensual trabalhando? Aliás, trabalho forçado, o que lembra de cara algo másculo. Realmente soaria estranho James ficar fissurado nela por estar trabalhando duro. Mas vejam só…  quando Ben deu o vestido, não foi somente para ela ficar sensual, mas como a sardenta estaria fazendo trabalho forçado e todos os tipos de movimentos, além de ficar suada e com o vestido coladinho no corpo (e quem disse que trabalho forçado não deixa sensual?), tal trabalho servia para deixá-la vulnerável com aquele vestido. Muito antes de ver a diferença entre L e D, eu já tinha percebido que o que fez James perder a cabeça não foi o vestido, mas sim, o trabalho forçado somado ao vestido. E vejam o que diz o áudio: “Você ESTÁ provocante com o vestido”, ou seja, tempo presente. Ele nem estava olhando com tesão naquele momento, ã não ser quando se referiu ao momento do beijo, com aquele olhar safado. Na legenda temos: “ESTAVA provocante com a picareta”, tempo passado, deixando claro que ele se referia àquele momento, ou seja, ela estava tão provocante naquela hora com a picareta que ele não resistiu e a foi beijar, que era isso que Ben queria que acontecesse.

PSICOLOGIA 151 – Ben vai se apresentar a Jack e relembra de quando era prisioneiro na escotilha. Ele falou uma coisa que de certa forma estava CERTO. Prestem atenção no que vou comentar aqui, pois não estou incentivando à mentira, mas sim, a respeito da lógica que aconteceria se ele dissesse a verdade naquele momento em que era prisioneiro como “Henry”. Benjamin Linus diz: “Cai na real! Se eu dissesse que era um “dos Outros” eu ia parar nas mãos do Sayid e seus socos”. Vamos levar em conta aqui duas coisas: A turma de Ben não poderia falar o que se passava naquela ilha, pois com certeza ninguém entenderia, além do mais, o grupo de Jack se viu surpreso com estranhos moradores naquela misteriosa ilha, portanto, isso os deixavam assustados. A segunda coisa é que, se Linus não poderia falar nada, obviamente pararia nas mãos de Sayid, torturador nato, o que provavelmente para arrancar informações, Ben seria torturado. Você diria o que realmente estaria acontecendo ali? Se ponha no lugar dele. Acusar é fácil, quero ver na hora. Não é que mentir seja correto, JAMAIS, mas se Linus dissesse a verdade ali, as consequências seriam catastróficas.

PSICOLOGIA 152 – O fato de alguém não ter como se explicar ou não querer se explicar implica dizer que esteja errado? Implica dizer que o fato de não se explicar é porque não tem respaldos para se defender? A lógica seria essa, mas devemos lembrar que as observações, movimentos corporais e faciais, a lógica do estudo do ser humano não quer dizer que tudo seja como a regra geral. Vejam a cena a seguir:

            No caso aqui não estou me referindo exatamente a movimentos ou expressões, mas sim, às palavras. Jack fica buscando lógica sobre os mistérios desses moradores da ilha e diz: “Se pudessem sair desta ilha, por que ainda estariam aqui?”. O médico buscava lógica em tudo isso e é claro que muita coisa ali não fazia sentido. Benjamin diz: “Sim, Jack! Porque estaríamos aqui?”. Vejam que ele não respondeu à pergunta, isso queria dizer que ele estava perdido, não sabia como se defender e estaria errado? Ele não teria como explicar o real motivo de tudo aquilo porque com certeza o Dr. Shephard não acreditaria, sendo assim, preferiu não responder, mas para provar que eles podiam sair da Ilha, mostrou uma fita de beisebol recente, além de algumas informações que ocorreram durante esse pouco mais de dois meses na ilha, como George W. Bush ter sido reeleito e Christopher Reeve ter morrido. Ainda por cima, Ben falou até a data atual: 29 de novembro de 2004. Linus mostrou que tinha conhecimento fora da Ilha e que poderia sair dela quando bem entendesse. Isso é como a estatística matemática. Nunca existe nada 100% correto. Sempre haverá uma margem de erro. Nunca se deve levar nada como uma verdade absoluta, principalmente em se tratando de ações do ser humano. A única mentira real naquele momento foi quando Ben disse que viveu na Ilha toda a sua vida. Sobre isso comentarei na 5ª Temporada.

FILOSOFIA 42 – Ben diz a Jack enquanto mostra a TV que exibe o jogo de futebol americano: “Isso é seu lar, Jack. Bem aqui, do outro lado do vidro”. Achei muito inteligente essa frase. Jack estava preso naquela sala, portanto, quando diz “isso é o seu lar bem do outro lado do vidro” é uma alusão à própria ilha, pois a sala representa sua prisão que representa a Ilha e o que está na TV representa o lar de Jack, sua liberdade, coisa que o médico mais desejava. Ao mesmo tempo, ao dizer: “isso é o seu lar bem do outro lado do vidro, também estaria se referindo à Ilha, ou seja, aqui do outro lado do vidro é a Ilha. Esse é o seu lar agora. Bem aqui, é só cruzar a porta. O vidro poderia tanto estar se referindo à parede que separava a sala como a tela da TV. Como havia sentido duplo, Ben deixa margem para o que realmente Jack queria: seu lar fora da Ilha, por isso que diz que o médico sairia dali se fizesse o que ele (Linus) mandasse.

CURIOSIDADE 399 – Essa curiosidade garanto que você não encontrará em site nenhum. Fui eu quem observou tal detalhe, que pode não ter a ver com LOST, mas envolve a série.

            CONEXÃO ENTRE LOST, filme AMOR EM JOGO (com Drew Barrymore) e RED SOX.

            Quando assisti ao filme Amor em Jogo, resolvi dar uma olhada nos extras, já que sou fã de Drew Barrymore. O que para mim deu mais brilho ao filme foi algo inusitado que deu mais realismo ao fim do filme. Amor em Jogo conta a história de um apaixonado pelo time Red Sox. Ele é apaixonado pela personagem de Barrymore, mas a paixão pelo time está em primeiro lugar, e mesmo assim ela leva isso numa boa, aliás, ela até passou a querer gostar e entender de futebol americano, especialmente sobre o time. O que foi mais ousado ainda para o diretor do filme foi buscar um time que nunca foi campeão e que não é considerado dos grandes. As pessoas até faziam piada dele por, em vez de buscar um time que era mais certo ser campeão, buscar um azarão. A Direção inclusive ia forjar uma final com o time sendo campeão, o que com certeza gastaria mais dinheiro para encenar tudo isso.

            Quando estava perto de terminar as gravações do filme, estava ocorrendo a final do beisebol. Quem estava na final??? Red Sox. Nos Extras do DVD eles até comentaram que às vezes, a vida imita a arte e nesses tipos de coisas dá certo para um time. Ligaram pela madrugada para o diretor avisando que Red Sox estava na Final e ganhando. Era só uma questão de tempo, pois inevitavelmente o time iria vencer. Toda a produção correu para o Estádio. O elenco nem usou maquiagem, podem observar pela cara de Barrymore, o que foi bom, pois deu mais realismo à cena. Aliás, diga-se de passagem, realismo foi pouco. Imagine filmar uma final de verdade, sem gasto nenhum e com todos aqueles torcedores realmente torcendo. Eles disseram que o filme deu sorte ao time, levando-o pela primeira vez a um título no campeonato em 27 de outubro de 2004. Quando o time foi campeão, aconteceu no dia em que Hugo descobriu sobre os números da francesa, no episódio Números, da 1ª Temporada. Coincidentemente esse dia também era dia de aniversário de Claire.

            Pena que Benjamin Linus não deixou a fita do jogo rolando por mais tempo (ou o episódio não deixaria), mas quem sabe se não veríamos Drew Barrymore no meio da torcida? Foi somente Amor em Jogo que deu sorte a um time azarão??? Jack e seu pai eram torcedores do Red Sox. Por isso Jack zombou de Benjamin, mas depois que viu a fita, ficou sem reação. E veja como realmente ficou sem reação. Em vez de ficar feliz, ficou surpreso, não acreditando no que via (não pelo fato do time vencer, mas por saber que os habitantes da Ilha não eram tão retrógados quanto demonstravam).

CRONOLOGIA – 69º dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário