segunda-feira, 19 de outubro de 2020

T3/E6 - I DO (Eu Aceito). Parte 1 de 4.

 NÚMEROS 91 – Suzanne teve 4 filhos. Mas vou destacar uma coisa que por incrível que pareça não aconteceu. Todo apartamento mostrado em LOST sempre contém os números, mas desta vez e pela primeira vez isso NÃO aconteceu. O apartamento de Kate e Kevin é 752 e o da frente 758. Será que se esqueceram disso ou realmente quiseram fugir da regra?

CURIOSIDADE 423 – A voz dublada do padre é a mesma da de Charles Widmore.

PSICOLOGIA 165 – A QUESTÃO DO DEPRIMIDO. É bem capaz de a maioria não discordar do que vou comentar aqui, mas é pura Psicologia. Daí você pensa em o que tem a ver com Psicologia, pois “eu estudei isso e nunca vi falar sobre isso”. As categorias que classifico aqui como Psicologia, Administração, Sociologia e Filosofia, não são sobre assuntos diretamente relacionados a essas disciplinas estudadas em escolas e faculdades. Suponho que alguns possam ter observado isso. Não se trata de assuntos, mas sim, de situações relacionadas a isso. Enfim, vamos ao comentário.

Enquanto James atira pedras no maquinário, Kate pergunta o que ele está fazendo e ele responde o óbvio. Ao perceber o tédio dele, a sardenta pede que ele pegue um biscoito de peixe para ela. As pessoas têm a mania de fazer esse tipo de coisa: quando vê alguém entediado ou deprimido, percebem que, dependendo do caso, a pessoas possas estar se sentindo inútil, daí, quem percebeu isso vai pedir para ele fazer algo e assim se sentir útil. Mas será que isso é positivo quando se pede a uma pessoa que é muito viva, ou seja, que capta as coisas rápido demais? Será que não surtirá efeito contrário? Aliás, será que é preciso ser vivo para captar isso? Vou tocar em um assunto que já aconteceu comigo e vi acontecer a outras pessoas: o deprimido. Vejam bem, estou falando deprimido e não de depressão. Qual a diferença? O deprimido está mal, mas está atento às coisas que o circunda. O estado depressivo fica alheio a tudo isso. Seus pensamentos estão debilitados e só pensa no pior.

            Quando uma pessoa está muito deprimida, nada a anima, e ainda por cima, tudo o que acontece ao seu redor ela se acha incapaz e inferior. Quando vê alguém se dando bem, ela já começa a fazer comparações. Basta somente ver alguém fazendo algo útil que já faz comparações, sempre se achando superior. Quando se trata de desemprego, aí sim, as coisas complicam. Conheci uma pessoa que prefiro não entrar em detalhes, pois não gosto de me lembrar, se suicidou por sempre estar se achando inferior, apesar de muito inteligente. Um grande problema para quem é muito inteligente é porque pensa demais, analisa demais, filosofa demais. Tem visão além do alcance, pois o limite que uma pessoa normal tem das coisas, para esses mais observadores o limite vai além. Essa pessoa que se suicidou era assim, muito filósofa. Aí você pensa: “como uma pessoa dessas pode ser inteligente se suicida? Se é inteligente á é um grande motivo para ter se dado bem na vida!”. E porque é muito inteligente é obrigado se dar bem na vida? Provavelmente você responderá que sim. Se responder que sim, então implica dizer que você conhece todas as pessoas do muno, não é mesmo?

            Estou aqui me referindo a pessoas muito inteligentes que raciocinam demais, mas não impede que ocorra com pessoas menos suscetíveis a questionamentos.

            O pior para pessoas nesse estado, em que fazem comparações a outras pessoas é quando o tempo passa. Quanto mais o tempo avança, mais a consciência “o acusa” de inútil ou inferior.

            Agora o que dá mais raiva nesses tipos de situações é que a sociedade tem a mania de criticar quem está nesse estado, o tachando de “fraco”, “preguiçoso”, “não quer nada com a vida”, “desculpa para não trabalhar” e por aí vai. Só quem já passou por isso sabe e uma coisa é certa, nunca critique demais esses tipos de situações, pois um dia você pode passar por isso, aí quero ver qual será a opinião. Estar deprimido é uma coisa que fatalmente acontecerá com quase todas as pessoas. Estar em depressão é uma coisa que, principalmente no mundo de hoje, existe uma boa possibilidade de acontecer com qualquer um.

            E para finalizar, vem o outro caso: o religioso. As pessoas também têm a mania, principalmente e praticamente todos os religiosos de plantão, a acusar a pessoa de “fraco”, “sem Deus”, “sem fé” e por aí vai. Só um lembrete: muitas pessoas na Bíblia já passaram por isso, como Jó, Jonas e outros. Até um Pastor e Padre podem passar, porque não nós, meras ovelhas. E aí? Isso quer dizer que é falta de Deus??? Se você acha que é, que bom, pois você é uma pessoa com muita fé e muito, mas muito mesmo religiosa e uma grande serva do Senhor, que trabalha muito para Deus.

            Preciso encerrar esse comentário com o motivo principal, a cena de LOST que levou a esse assunto. Como disse no início, será que fazer com que uma pessoa se sinta útil não surtirá efeito contrário, caso essa pessoa não seja muito atenta para observar tais intenções? Será que ela não vai se sentir mais fútil ainda, como se para ela, surtisse o efeito de sou tão inútil que ela quer que eu faça algo porque sou um ‘Zé Ninguém’? Pelo menos nesta cena de Lost, isso aconteceu, pois veja a resposta de James: “Quer que em me sinta produtivo?”. Ele não somente percebeu de cara como fez exatamente o que se esperava: nada. Ele não pegou o biscoito de peixe que Kate queria que ele pegasse para sair do tédio. Lógico que a reação do ser humano é imprevisível, pois não é obrigado que alguém perceba e reaja assim, mas o que estou frisando aqui é como devemos reagir com pessoas entristecidas. Aí você pergunta: “E você deu uma resposta?”. Não! Não existe resposta para isso. Você conhece o seu próximo e tem que tentar a usar as palavras ideais para aquele momento, coisa que você tem que conhecer bem a pessoa e pensar bem em como fazer, pois você lidará com alguém que já está pensando, ou seja, está um passo à frente de você. É como em um jogo de xadrez. Tem que tentar, eu disse TENTAR… imaginar o que virá em resposta da outra pessoa, para saber como retrucar. Por isso é importante conhecer Psicologia, e mesmo assim, mesmo estudando bastante, você ainda não saberá de NADA!

ADMINISTRAÇÃO 120 – TODOS NÓS SOMOS IMPORTANTES. Pickett vem pegar Kate para trabalhos forçados e avisa que é a “folga” de James. A sardenta sabia que o fato de vir pegar somente ela era porque iriam fazer algo contra ele, por isso respondeu: “Não, Sawyer! Somos uma equipe! Você quebra as pedras e eu carrego”. Tirando o que realmente quer dizer a cena, mas aproveitando a fala, é assim que deve sempre funcionar uma empresa, e já comentei isso antes: todos em uma empresa são importantes, desde a gerência até o auxiliar de limpeza. Se ele deixar de limpar a empresa, o aspecto afugentará a clientela. Ele é tão importante quanto qualquer um. Sem o dedo mindinho do pé, aparentemente sem importância, você perde o equilíbrio. Lembro-me da parábola da revolução do ânus. Este, resolveu fazer greve e não “abrir” até que todos os órgãos reconhecessem que ele era mais importante do que qualquer um ali, até mesmo o coração. Todos riram bastante dele, até que ele resolveu “travar”. Os órgãos foram se incomodando com o mal cheiro e começou um reboliço ali dentro. Todos começaram a funcionar mal, até que clamaram para o ânus evacuar. Ele só evacuou quando todos reconheceram estar errados e pediram desculpas. Apesar de vermos nessa história que o ânus provou ser muito importante, o que vale para todos os integrantes de um grupo, como uma empresa, ainda assim, o próprio ânus cometeu o mesmo erro dos outros: se achar melhor. TODOS SÃO IGUAIS e todos têm importância. Qualquer órgão que pare, consequentemente pode fazer os outros pararem. O que importa aqui é mostrar que uma empresa é uma equipe: eu atendo clientes, você cataloga clientes, ele limpa a empresa. Todos funcionando bem se evita o gargalo, que consequentemente pode falir uma empresa.

MISTÉRIO 74:

SAYID: Você acha que esses monstros decidiram que Eco tinha que morrer?

JOHN: Eco morreu por alguma razão.

            Esta é a segunda vez que a Fumaça mata alguém. Sayid pergunta pelo público, inclusive por mim a razão de Eko morrer. Vemos no episódio que foi porque o nigeriano não se arrependia do que tinha feito no passado. Mas por que fazer isso com os sobreviventes? Seria como se realmente a Ilha agisse como um Deus, um Juiz. Mas como julgar quem é bom ou mal??? James matou alguém por engano. O que o faz diferente de Eko. Outro fator muito importante, mas que terá mais a ver com a última temporada: se entre os sobreviventes poderia ter os escolhidos, matar não mataria os escolhidos? Mas aí você diria que quem fez isso foi o irmão de Jacob, o que é compreensível, entretanto, ele não poderia matar ninguém. Como matou dois? Aí você também responderia que Seth Norris e Eko não estavam entre os escolhidos, mesmo assim, foi uma interferência futura. Perguntas que não foram respondidas ou que seja bem capaz que houvesse um erro no roteiro da série que eles não se deram conta, até porque, escrever 6 temporadas existe uma grande possibilidade de deixar pontas soltas.

BÍBLIA 8 – LOST sempre costuma usar a Bíblia. Desta vez vemos João 3.5 escrito no cajado de Eko. Quando o nigeriano morreu foi a vez do Salmo 23, que curiosamente, também é um dos números da série. O curioso é que o mesmo livro de João será usado em breve, na verdade, não o livro, mas a passagem e tem a ver com o Ajira. Todavia, isso é história para outro momento.

ADMINISTRAÇÃO 121 e PSICOLOGIA 166 Benjamin Linus agiu como um verdadeiro jogador de xadrez neste episódio, só que suas peças foram pessoas. Desde que prendeu Jack, tentou, e até entregou seu jogo ao médico: dobrá-lo para conseguir fazer com que o médico fizesse a cirurgia nele. Mesmo entregando o jogo, ele é tão bom em seus jogos psicológicos que ainda conseguiu o que queria. Vamos por partes.

            1ª tentativa. A mais simples: mostrar seus exames, saber que dentro de uma semana seu tumor ficará inoperável, e Jack, como médico, se sensibilizaria, e como alguém cuja função é a obrigação de salvar pessoas, aceitaria fazer a cirurgia por ser obviamente o único neurocirurgião presente. Contudo, seria também muita inocência de Linus achar que uma pessoa que ele fez como prisioneiro, mentiu, sequestrou pessoas e que tem um povo estranho, ajudaria a lhe curar. E Jack deu uma resposta óbvia:

JACK: Eu não disse que ia fazer isso, eu só queria que você entendesse como você vai morrer. Vocês acham que eu acredito em vocês? Que vou fazer essa cirurgia e esperar vocês me soltarem?

BEN: Bom, Jack, estou desapontado pela sua decisão.

JACK: Pelo menos você não vai ficar desapontado por muito tempo.

            Como realmente Jack não sabia de nada do que se passava ali, depois de tudo o que aconteceu não lhe passaria pela cabeça que seria solto. Salva a vida e depois lhe matam? É bem capaz de ele ter pensado nisso. Você não pensaria?

            2ª tentativa: usar a pessoa que Jack ama, mas que ainda não sabe que a ama. Kate foi levada até ele para tentar convencê-lo a fazer a cirurgia. Disseram que matariam “Sawyer” se o médico não ajudasse. Primeiro erro na estratégia de Ben: o fato de levar a mulher que o outro ama não implica dizer que a pessoa possa fazer o que mandam por chantagem. Segundo erro: ao fazer com que Kate peça para que Jack faça a cirurgia e assim salvar a vida de James, isso causaria um desconforto no médico, pois Kate só está pedindo aquilo para salvar o outro homem que Jack acha que ela gosta. Tudo bem que a turma da Oceanic já se considerava amigos e provavelmente ele gostaria de salvar o outro, mesmo sendo muita das vezes um desafeto, ainda assim, era um rival. Isso causaria um desgosto para ele. 3º erro na estratégia de Ben: achar que seu prisioneiro vai acreditar que será libertado depois da cirurgia, e aí, a gente volta à primeira tentativa. Confiram pela conversa:

JACK: E você acreditou? A conversa acabou!

KATE: Sou obrigada.

            E mais uma vez o médico foi mais esperto. Todavia, estamos falando de alguém muito inteligente. Em tão pouco tempo consegui ter três ideias, acertando na terceira.

            3ª tentativa: manipular os fatos. Como ele fez acreditar que matariam “Sawyer”, Kate acharia que dessa vez não teria jeito, assim, acabou se entregando a ele. Depois que o casal estava bem íntimo, Ben fez com que Jack fosse até a sala dos monitores, para que assim, o médico flagrasse o momento íntimo deles. Para apimentar as coisas, ainda disse: “Se quer saber, eu também fiquei surpreso. Se fizesse uma aposta eu apostaria em você (interessante é que na vida real os telespectadores realmente apostavam em quem Kate ficaria. Talvez tenha sido nesta fala que os produtores fizeram referência aos fãs da série). Jack ficou tão revoltado, magoado e decepcionado, que em vez de matar Ben resolveu salvá-lo.

            Foi preciso três tentativas para Ben conseguir dobrar Jack e vencê-lo por meio de seus jogos psicológicos e estratégias. Vejam como uma pessoa muito atenta tem a capacidade de raciocínio rápido. Apesar do uso de manipulação psicológica, estudando os seres humanos, vemos o lado administrativo, que é quando uma pessoa consegue raciocinar rápido e muito bem para encontrar excelentes saídas durante os contratempos.

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