segunda-feira, 5 de outubro de 2020

CONTRADIÇÃO NA QUEDA DA OCEANIC 815 - UMA APRESENTAÇÃO ANTES DOS COMENTÁRIOS DA 3ª TEMPORADA

 CONTRADIÇÃO NA QUEDA DA OCEANIC 815

UMA APRESENTAÇÃO ANTES DOS COMENTÁRIOS DA 3ª TEMPORADA

 Antes de começar os comentários dos episódios da 3ª Temporada, tenho que fazer uma apresentação sobre ela, mais precisamente sobre a queda da Oceanic 815.

Bem… assim que vi o começo dessa 3ª Temporada, uma cena chamou-me a atenção e fez-me logo recordar do episódio Os 48 Dias, da 2ª temporada. Assim, resolvi analisar as cenas, e desta vez, o Isento de Erros com certeza não funcionou. Há uma contradição ENORME na série só por causa dessa cena e na do 7º episódio da 2ª temporada.

Eu paralisei a cena em que o avião se parte e cada pedaço cai em um lugar diferente da ilha, como também mostra o vilarejo dos Outros. Passei exatos 42 minutos (Olha!!! Um dos números!!!) decifrando muita coisa sobre esse momento.

Vamos calcular o tempo que Goodwin e Ethan teriam para chegar até os locais do acidente, cada um em seu respectivo lugar e a caminhada da turma de Ana-Lucia para a praia onde se encontra a turma de Jack.

Os da parte de trás do avião demorou horas para chegar até os da frente.

Quando mostra o vilarejo dá para ver o ponto no céu onde o avião se partiu. Nós vemos que a divisão ocorreu logo acima do vilarejo dos Outros: a vila Dharma… é só observar Benjamin Linus e Juliet olhando para cima, ou seja, o avião se parte bem acima deles. Será?

Já na cena vista do alto, exibindo toda a vila Dharma, tem-se a impressão de o avião se partir mais à frente do vilarejo e não acima, sendo mais próximo da praia, assim como os pontos em que cada pedaço caiu serem realmente bem distantes, observando pelo rastro de fumaça das duas divisões.

Contudo, na cena vista do alto, pelo rastro da fumaça dos dois lados, o vídeo não mostra o exato ponto em que o avião se partiu, portanto, dá para engolir essa e achar que o avião se partiu acima deles.

Percebe-se que os dois pontos da queda: esquerda e direita, se subentendem que o da esquerda seja a parte da frente, já que obviamente o avião segue em frente, e que o da direita seja a parte de trás, pois perde velocidade e tende a cair primeiro que o da frente.

Benjamin diz a Goodwin que este chegará a um dos pontos da queda em uma hora, ou seja, a parte de trás. Quando assistimos o episódio “Os 48 dias”, Goodwin chega à praia avisando que tem um homem preso nas árvores (Bernard) no momento em que as pessoas estão se recompondo ainda do choque do acidente e ainda com a movimentação das pessoas na água, alguns saindo e outros desesperados em busca de sobreviventes conhecidos. Fica aparente que esse momento de desespero esteja ocorrendo por volta de uma hora. Para Goodwin chegar dentro de uma hora não deveria ter mais ninguém na água, a não ser os que procuravam por sobreviventes.

Já quanto a Ethan, o caminho seria muito longo para conseguir se infiltrar no meio dos sobreviventes, porém, o choque de sobreviver a um acidente e pelo fato de ninguém se conhecer pode fazer com que o plano dê certo, até porque, a própria turma de Jack comenta isso, já que ninguém se conhecia e estavam em estado de choque, mesmo já se passando dias (inclusive um dos personagens que é citado somente nos livros, era um pintor que só vivia afastado dos outros, Jeff Hadley, que tinha seu ateliê particular natural. Dexter também era outro que as pessoas mal o conheciam). Benjamin também supõe aos dois espiões a respeito desse choque psicológico que os sobreviventes estão.

Agora vamos ver a distância dos pontos.

Pela possível contagem de arranha-céus, do vilarejo até a parte de trás do avião há somente um, além do próprio arranha-céu que serve como paredão, protegendo o vilarejo como uma grande muralha.

Para chegar a um ponto com montanhas teria que se escalar, o que leva bastante tempo, todavia, as duas montanhas estão quase no início do vilarejo, portanto, os dois espiões não precisaram escalar nada. Para Goodwin chegar à praia, que não aparentava muito distante, quase que teria que ir pela praia mesmo até o ponto da queda, ou seja, pode ser que realmente ele chegasse dentro de uma hora ou até bem menos.

Na contagem de arranha-céu da parte onde caiu a parte de trás da Oceanic até a parte frente, há, se a visão não me engane, três arranha-céus, fazendo realmente um percurso longo da turma de Ana-Lucia até a de Jack, como demonstrou os episódios 7 e 9, incluindo uma parte de praia impossível de se passar que não fosse por dentro da selva. São as horas que demora ao encontro dos grupos.

Quanto à Vila Dharma até os da parte da frente da Oceanic, há supostos cinco arranha-céus, fazendo o caminho de Ethan durar horas e ser cansativo. É só somar o tempo da caminhada da parte de trás com a caminhada de Goodwin até os destroços.

Porém, os nativos da ilha conhecem bem o local, portanto, a de se entender que eles conhecem atalhos para os lugares. Nos episódios da 1ª Temporada Ethan só aparece a partir do 9º episódio, ou seja, é como se os produtores fizessem com que a gente se adaptasse à mesma situação dos sobreviventes: esse tal de Ethan estava aqui? Nem percebi por causa do trauma do acidente. Até na 3ª temporada ainda se percebe que nem todos se conhecem tanto assim, ao vermos James se referir a Nikki como “E quem é a Nikki?”.

Agora vamos a dois casos muito interessantes. Quando os de trás vão para a turma de Jack, o caminho é da esquerda para a direita (contando pela nossa visão, telespectadores), mas os pontos de separação mostram da direita para a esquerda. Isso pode ser irrelevante, pois depende das posições das câmeras enquanto gravam os episódios, mas o segundo caso é bem mais relevante e foi por esse principal motivo que eu quis fazer esse estudo. Os outros foram só acréscimos que procurei estudar depois, até porque, este principal eu percebi de cara na primeira vez que assisti.

No episódio Os 48 Dias, é mostrado logo nos primeiros segundos do episódio que quando a parte de trás do avião vem caindo, ela está vindo da direção do mar para a praia, em outras palavras, de fora para dentro. Já nessa cena deste episódio em que o avião se parte supostamente em cima do vilarejo, a parte de trás se separa logo acima deles e pela lógica só pode ir cair na praia, não é mesmo? Sendo assim, a direção da queda das duas partes é da ilha para a praia e não do mar para a praia, em outras palavras, de dentro para fora.

Vai ficar pior ainda.

Se, segundo essa cena deste episódio, logo nos primeiros minutos da temporada o avião se parte acima da Vila, a lógica seria que os dois pedaços seguissem a mesma rota, mesmo que não caíssem no mesmo lugar, o que logicamente a parte de trás cairia primeiramente e o da frente bem mais adiante. JAMAIS, deveriam os dois pedaços rumar um para a esquerda e outro para a direita.

Seguindo essa óbvia dedução de cair a parte de trás primeiramente e o da frente muito mais adiante, e como ambos os pedaços caem na praia, a lógica é que a parte de trás cai primeiro ao mar, PRÓXIMA à Vila Dharma. A parte da frente do avião prossegue segundo a linha da praia, até cair em outra costa da praia, bem distante. Em outras palavras, as partes seguem o rumo da praia para obviamente caírem ambas na água, NUNCA, passando por cima da ilha.

Mas aí, ao se observar a cena deste episódio, mais duas coisas se devem observar:

1) Quando o avião realmente se parte não está mais exatamente acima deles, mas um pouco mais afastado e devido à distância, a altitude, isso causa uma ilusão de ótica. Talvez, na verdade, o avião nem tivesse passado exatamente acima deles, mas um pouco de lado devido essa ilusão. Sendo assim, a Vila Dharma estava próxima da praia e o avião seguiu pela linha da praia.

2) Se é para as duas partes da Oceanic caírem na água, só pode implicar dizer que ela seguiu o rumo da linha da praia, portanto, o item 1 logo acima comprova a ilusão de ótica, ou seja, o avião realmente passava ao lado, não acima da Vila.

Com tudo isso, chega-se à conclusão que a cena da queda neste episódio está correta. Resta agora analisar o 7º episódio, já que os destroços vêm de fora para dentro; do mar para a ilha.

Poderíamos chegar à dedução de que se os destroços mostrados nos primeiros segundos do episódio “Os 48 Dias” vinham da água, e levando em conta o que se vê neste primeiro episódio da 3ª Temporada, ao mostrar a Vila do alto, vendo que, pela lógica do formato de qualquer praia, existem as costas, ou seja, todas as praias têm um formato de “U” mais aberto, então, o avião que segue a linha da praia e se parte, faz com que os destroços provavelmente possam estar passando ainda por cima da água, portanto, tais destroços possam realmente estar vindo da água para a ilha.

Ainda assim a cena que mostra os destroços vindo de fora para dentro está errada. Como posso afirmar isso? Observem o desenho:

Para entender o desenho, leve em consideração que esse desenho dessas supostas montanhas não são montanhas, mas sim, o formato das costas, das enseadas no chão. O avião não está passando na altura dos topos, está na verdade sendo vista por cima do avião, sendo assim, esses supostos topos das montanhas estão abaixo do avião e são as enseadas. Não existe altura de nada, são as enseadas.

Voltando à cena dos primeiros segundos de Os 48 Dias, os destroços vêm da água. Se fosse considerar que o avião ainda passa por cima da praia, por isso os pedaços da Oceanic 815 estão vindo da água, deveria ter pelo menos um pedaço da ponta da outra costa no outro lado, não é mesmo? Mais precisamente, por trás do avião. Mas o que há no vídeo desses primeiros segundos da direção de onde vêm os pedaços do avião? Somente água. Além do mais, nem haveria como o avião passar ao lado da costa, pois se lembrem que Bernard foi parar em terra firma, portanto, o avião passa rente à linha da praia.

O que sobrou com todas essas explicações? Que a cena do 7º episódio está errada. Provavelmente eles pensaram isso e nós mesmos, telespectadores, pensou o mesmo logo no 1º episódio da 1ª Temporada, ou seja, o avião caiu na praia e estaria vindo do mar. Mas quando fizeram a cena dos primeiros minutos desta 3ª Temporada, apresentaram uma interessante queda envolvendo as três temporadas, para mostrar como os “Outros” entraram na história, além de apresentar a Vila Dharma. O problema é que esta brilhante cena invalidou a do 7º episódio, que também tinha sido bom.

E aí? Houve ou não houve contradição? Pelo menos em meu ponto de vista houve sim.

Com certeza houve um erro nestas duas cenas e creio que a dos 48 dias é a errada, pois imagino que os produtores só quiseram mostrar o momento da queda, que para quem está assistindo desde o início da série, fica interessante ver como foi a queda dos sobreviventes da parte de trás, e principalmente, o telespectador ficar surpreso em ver o episódio já começar com uma queda de avião sem nada entender, aí, quando vê Ana-Lucia, a ficha cai e fica maravilhado com o que está vendo. Independente de erro geográfico, mesmo assim, o telespectador esquece o erro e aplaude as duas cenas.

 Antes de começar a falar do 1º episódio, vou destacar aqui um texto muito criativo que há nos Extras do DVD. Observem essa apresentação:

 Um voo cheio de desconhecidos. Entre eles, um médico que perdeu o pai e perdeu o rumo. Um homem atrás de vingança, que matou o homem errado. Um casal cujo casamento estava arruinando. O homem que abandonou a fé e cujo corpo abandonou. Eles não podiam imaginar o poder da Ilha e as provações a serem submetidas. Eles serão afastados por um tempo e antes de se juntarem novamente, viverão experiências diferentes na Ilha. 48 sobreviventes foram unidos pelo acidente. Eles viveram de diferentes culturas. Um novo dia chegou. Os sobreviventes começam a se conhecer. Eram estranhos obrigados a ficar juntos. Cada um com suas prioridades.

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