CURIOSIDADE 408 – Não chega exatamente a ser curiosidade, pois o que vou comentar é falado neste episódio, mas é sempre bom lembrar realçar os fatos. Foi a primeira vez que Juliet disse qual era sua real função: médica especializada em fertilidade, acostumada com nascimento, não com morte. É bom relembrar isso porque terá muita resposta sobre isso na 5ª e 6ª temporada. Quando Colleen está morrendo, Jack perde o desfibrilador, mas Juliet diz que não funciona porque nunca foi preciso usar, até porque, ninguém na Ilha adoece. Essa foi uma resposta de Juliet, mas embutida. Não fica explícito esse detalhe. Também nesse episódio, Tom fala que os comunicadores não estão funcionando desde que o céu ficou roxo, ou seja, essa é uma das cenas que mostra que eles realmente não sabiam qual o efeito que causaria, caso deixassem de digitar o código na escotilha, daí, vem outra resposta bem interessante a respeito da outra estação descoberta por Locke e Eko (que na verdade foi descoberto primeiro por Paulo (Rodrigo Santoro)). Se analisarmos bem, não havia experimento em nenhuma das estações, apesar de vermos que tudo que era registrado na Estação Pérola ser anotado e descobrirmos que todas as anotações iam parar num amontoado de lixo. Apesar de os cadernos com anotações serem ignorados, o que tínhamos na escotilha? Duas pessoas em turnos digitando um botão, ou seja, caso morressem os dois, quem digitaria o código? Por isso eles eram observados, para que sempre tivesse substitutos. Portanto, eles ficaram incomunicáveis com o mundo fora e até mesmo entre eles mesmos, na Ilha. Lá no meio e no fim da Temporada, esse detalhe será dito novamente por Mikhail a respeito das comunicações terem sido cortadas de repente.
PSICOLOGIA 159 – Por mais que uma pessoa saiba manipular outras através de palavras e certas “jogadas”, isso não quer dizer que ela vá se dar bem. Quando Tom pergunta se deve ir pegar Jack na sala onde tentou salvar Colleen, Ben responde: “Não! Eu quero que ele fique com ela mais um pouquinho”. O risco de fazer esses tipos de jogadas é surtir efeito contrário, pois assim como Juliet poderia ganhar a confiança de Jack, o médico poderia ganhar a confiança dela. E foi nesse único risco, como já comentei antes, que Ben errou. Não adianta tentar jogar alguém para investigar algo ou alguém, pois a pessoa pode acabar sendo “dobrada” também.
PSICOLOGIA 160 – PALAVRAS DE CONFORTO??? O assunto a seguir é bem capaz de ninguém concordar comigo e pode até ofender, mas fazer o quê? Sou uma máquina de pensar. Quando Jack explica a Juliet que não tinha como salvar Colleen, ela responde: “Você só está me dizendo isso para me sentir melhor”. Ele responde: “Eu não tô nem aí se você vai se sentir melhor”. Apesar de sabermos que Jack dizia isso com toda sinceridade, o assunto não é esse. Observem que em momentos de pesares as pessoas têm o costume de falarem coisas para que as outras se sintam bem, principalmente em se tratando de morte. Isso é bom para levantar um pouco o ânimo da pessoa, mas vamos pensar um pouquinho mais: será que realmente levanta? A pessoa perde um ente querido e alguém vem com bonitas palavras que não vão deixar de realmente serem bonitas, mas… vai surtir efeito??? Algumas palavras bonitas e como num passe de mágica a pessoa vai se sentir melhor. Isso é bom? É! Mas não creio muito que a pessoa se sentirá mais forte por causa disso. Dentro de poucas horas é bem provável de nem mais se lembrar disso.
NÚMEROS 88 – Jack vê o raio-x de uma pessoa e supõe que ela seja de um homem de 40 anos, que invertido dá 04. Mas convenhamos, Michael Emerson está longe de ter 40 anos. Ele tem cara de ter mais de 50. Provavelmente quando gravaram essa cena, ele tivesse com uns 53 anos. O personagem de Benjamin Linus também não combina ter 40 anos. 40 está mais para Jack do que para Ben.
CULTURA 21 – LOST E O INCENTIVO À LEITURA. Enquanto estão subindo uma serra, como está com o suposto marca-passo, James acha que Benjamin o está levando para o topo para que ele canse e morra do coração. Assim, o loirão cita o livro como exemplo. Como Linus não entende a indireta, James explica que se trata de um livro: Ratos e Homens, de Steinbeck. Em seguida ele critica: “Você não lê?”. Mais à frente Ben devolve a resposta pelo mesmo livro. Curioso é que ele fez isso com Locke na escotilha e agora recebe a mesma indireta e logo de quem? De uma pessoa que aparenta não gostar de literatura. Isso mostra como as aparências enganam. Mas a questão aqui não é essa cena, mas sim, o que há por trás da mensagem. A série LOST tem uma peculiaridade que nenhuma outra série jamais teve: incentivo à leitura. Se eu já sou fã de LOST e viciado em leitura, junta essas duas coisas e o que tem? A melhor série do mundo. Certa vez vi em um site que depois de Lost, todos os livros citados e mesmo os não citados, mas que serviram de ajuda para a história da série acabaram se esgotando nas livrarias. Alguns deles tiveram que ser refeitos para voltar às prateleiras, pois já haviam esgotado. Sem dúvida nenhuma, essa série fez algo muito difícil para o mundo de hoje: fazer as pessoas se voltarem aos livros. Por isso, nesse sentido, “meu Oscar” vai para LOST.
PSICOLOGIA 161 – CURA PSICOLÓGICA OU ESPIRITUAL? Lá vem polêmica. Certa vez comentei sobre o poder da mente: adoecer ou curar (Psicologia 3, episódio 3; Psicologia 6, episódio 9). Na 1ª temporada foi o que mais aconteceu a respeito de cura, mas também vemos isso a respeito de doença com Sullivan (Psicologia 6 e 7, episódio 9). Vamos ver acontecer de novo, sendo desta vez com James, logo ele, que é tão seguro de si e não fácil de se dobrar.
Depois que Ben inventou a história do marca-passo (que na verdade não funciona da forma como ele descreveu. Isso prova como uma pessoa pode ser enganada fácil em algo que não conhece), James passou a ter medo de morrer. O marca-passo era de mentira, mas foi o suficiente para ele passar a se sentir mal toda vez que o suposto objeto apitava. Num desses momentos, observem que enquanto vão subindo a colina e o relógio começa a apitar, James sente um pequeno e imperceptível mal-estar, mas na verdade não tinha nada a ver com o coração, mas sim, com sua adrenalina que subiu e ele por um breve momento quis se sentir mal, mas resolveu prosseguir e não demonstrar fraqueza. Vejam que a mente consegue dominar o medo, mas mesmo uma pessoa como James, esse medo ainda quis enganá-lo e ele pensou por um breve momento que estivesse passando mal. Vemos aqui os dois casos que citei tanto no Psicologia 3 quanto no 6. A mente derruba e também levanta. Nesse caso acaba entrando certos acontecimentos que ocorrem em algumas Igrejas a respeito de cura. Não que eu não creia nisso, mas conheço muito bem Psicologia para saber que em locais como esse, algumas pessoas poderão sair do recinto se achando curadas. Por quê? Porque sua adrenalina estava agindo a mil e isso pode fazer com que a mente “cure”. Por que coloquei “cure” entre aspas? Veja bem. Já aconteceu casos de pessoas saírem desses lugares se sentido curadas, mas uma semana depois voltam a ter os sintomas da doença. E aí? Não foi curada? Daí, começam a pôr a culpa em Deus. Já para quem curou, vai alegar que tal pessoa não teve fé. A verdade é: existem casos, e não poucos, em que a adrenalina agiu a mil e por um momento a pessoa pensa ter se sentido curada. Ache que não pode acontecer? Releia o Psicologia 3, sobre uma reportagem ocorrida no Fantástico. Há outros casos que pode ser que a pessoas saíam dali muito bem porque ouviu palavras que lhe fizeram bem, mas se os problemas retornam, só existiria uma explicação: sua mente trouxe a cura. Dias se passam e você começa a duvidar se realmente foi curada. Sua mente trouxe de volta os problemas. Não se engane com o poder da mente. Se estão pensando que o Professor Xavier dos X-Men é ficção, nem faz ideia o quanto há de PX no mundo todo, inclusive você, ou talvez todos nós (ou realmente todos nós). A mente traz doença até que não existe. Novamente exemplos nos dois Psicologias citados no começo desse comentário.
Voltando a James, o bom é que Benjamin aconselha-o para que ele se comporte mais agora, respirando fundo, fazendo ioga, e por aí vai. Essa é mais uma resposta do poder da mente: contra-atacar os problemas de saúde com ela própria.
Quando chegam ao topo do monte, Ben revela que o marca-passo era de mentira e que o coelho que eles alegaram ter morrido porque Ben o estressou até o suposto marca-passo que o animal também tinha, explodir, na verdade não tinha “relógio” nenhum, mas sim, que deram um sedativo para o animal. Mesmo assim, James duvidou e respondeu se o coelho com o número 8 pintado que Ben acabara de mostrar, não seria outro coelho, e que aquele morrera mesmo. Linus responde que o que colocaram dentro de James não foi um objeto, mas sim, a dúvida e que se James não acreditava, era problema dele.
O mesmo vale para todos nós, quando uma dúvida é plantada em nossa mente. Por mais que se sinta bem (ou mal, dependendo do caso) a dúvida se realmente possa estar bem ficará, e isso atrapalha no bem-estar.
Aconteça o que acontecer, dê o remédio que for, seja excelente ou não, se a mente persiste em dizer o contrário, nem o melhor remédio do mundo irá resolve. E resolve também, se a pessoa realmente acreditar que funciona. Ora, se até um caroço de milho curava da enxaqueca (mais uma vez, Psicologia 3).
SOCIOLOGIA 192 – Quando estamos presos em um lugar com poucas pessoas, por mais que não goste estar ali, você acaba com o tempo se habituando ao lugar e às pessoas. Foi o que aconteceu com os sobreviventes da Oceanic 815. Vejam o que Ben diz à James: “Já esteve em Alcatraz? Já visitou? No momento estamos em uma ilha duas vezes maior do que Alcatraz e aquela ali é sua ilha. A que você aprendeu a conhecer e a amar. Eu só queria que soubesse que não tem para onde fugir. Fizemos isso porque para ganhar a confiança de um trapaceiro temos que enganá-lo e você é bom, Sawyer. Mas somos melhores”. Interessante é observar a alfinetada de Linus “Já visitou?”, quase dizendo: “Já esteve preso lá?”. Quando ele cita “a ilha que você aprendeu a conhecer e a amar” é exatamente do que falei no começo deste comentário. Quando se está em um lugar, mesmo que esteja preso nele, como o exemplo da ilha, por mais que você queira a qualquer custo voltar para casa, você se acostuma com o lugar. E veja que já se foram dois meses e dez dias. Se a pessoa não se habituasse ao lugar seria de não acreditar. Você supõe um resgate e tira a ilha como um lugar de férias. O mesmo vale para as pessoas. Você se habitua tanto a elas que passa a tê-las como uma segunda família. É só uma questão de convivo, de sociedade.
Vejam também como o conceito que uma pessoa tem de um lugar muda quando as circunstâncias exigem isso. Ao saber que estava em uma ilha pequena e ver a ilha maior aonde seu avião caiu, James fica frustrado. Seria como se percebesse que não tinha escolha, seu novo lar seria ali. Ao mesmo tempo, aquilo faz com que ele realmente deseje voltar à ilha principal. Lembro-me, por coincidência (ou não), de quando James saiu na jangada no fim da 1ª temporada e citou a frase: “Já vai tarde”. No começo da 2ª temporada, ele cita: “Voltamos… para casa”, ao ver que a maré os tinha trazido de volta à Ilha. No final das contas, realmente a Ilha acabou se tornando um lar par todos ali.
E para encerrar esse assunto, vemos outra coisa: quando Ben citou: “para ganhar a confiança de um trapaceiro temos que enganá-lo”, ou seja, era preciso usar as mesmas armas de James para que ele percebesse que as pessoas ali também falavam sua língua e que ele melhor se adequaria àquele lugar. Seria preciso mais convívio para que ele percebesse que ali não era tão ruim como ele imaginava. Era preciso fazê-lo se sentir “em casa”.
A partir de agora as curiosidades não foram minhas, mas retiradas do site.
CURIOSIDADE 409 – O banco que Kate ajudou a roubar fica em Albuquerque.
CURIOSIDADE 410 – James chama Munson pelo apelido de “Costanza” em referência ao personagem de Seinfeld; George Costanza.
CURIOSIDADE 411 – Sawyer chama Munson de "Murgatroyd" em referência ao personagem de quadrinhos Snagglepuss, que em tempo é uma referência ao personagem Leão Covarde de Bert Lahr na versão de Mágico de Oz de 1939.
CURIOSIDADE 412 – Sawyer chama Pickett de "Chinatown" em referência ao nariz quebrado e coberto por curativos do personagem Jack Gittes de Jack Nicholson no filme de Romam Polanski em 1974 Chinatown.
CURIOSIDADE 413 – O coelho branco numerado com um 8 é quase certamente referência ao livro de Stephen King On Writing. King descreve um coelho branco preso com um número 8 pintado como uma forma de expressar como palavras podem expressar ideias e imagens.
NÚMEROS 89 – A sentença de prisão de Sawyer era de 15 meses, porém, no 9º, se tornou um homem livre.
CRONOLOGIA – 70º e 71º dia.
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