PSICOLOGIA 179 – TRAUMAS DA INFÂNCIA QUE NÃO APARENTAM TRAUMAS. Aqui finalmente chegamos a um clássico caso de Psicologia. Muitas pessoas sofrem de algum problema e não conseguem chegar à solução. Daí, quando se busca um psicólogo, descobre que tinha algo a ver com o passado. Existem vários casos que eu poderia citar como exemplo, especialmente em se tratando de fobias, mas vou exemplificar exatamente esta cena. Acabamos de achar o problema de obesidade de Hugo Reyes. Não tinha a ver com tendência para isso. Observem como determinadas situações do passado podem influenciar o futuro de alguém. Hugo Reyes era um menino magro e que viu seu pai partir para nunca mais voltar. Antes de ir para Las Vegas e deixar mulher e filho, David Reyes entrega um chocolate ao filho, prometendo que irá voltar, o que na verdade passou-se 17 anos até seu retorno. Sendo assim, Hugo sempre comia chocolate, pois foi isso que o pai lhe deu ao ir embora, e por isso, ele comia como se cada vez que comesse se lembrasse do pai e assim tivesse uma esperança de retorno do pai. Inclusive o carro (Camaro) ele guardou na garagem, já que foi a última coisa que os dois fizeram antes de o pai sumir: ajeitar o carro. A obesidade de “Hurley” surgiu exatamente por passar a consumir bastante gordura. O tempo vai passando e a pessoa nem percebe mais por que come tanto e nem mais irá saber que o fato de comer demais e engordar não é por gostar e tendência a engordar, mas sim, por possíveis traumas da infância que afetaram o cotidiano da pessoa.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 124 – Sun pede algo a Jin em inglês. Ele reclama e ela responde que de agora em diante falará com ele em inglês exatamente para ele aprender o idioma. Claro que isso está na legenda. Na dublagem em áudio eles fizeram uma adaptação, até porque, muitos poderiam não entender ela falar “só falo com você em inglês” se ela estava falando Português, obviamente porque no áudio estão falando em Português. O áudio diz: “De agora em diante eu só falo português com você”. Mesmo assim, considero que os tradutores falharam feio nessa adaptação, pois na verdade ela está falando em Inglês. Por que não fizeram como no dia em que Kate descobriu que Sun falava em Inglês e puseram no áudio Kate dizendo: “Você fala minha língua?”. Era só eles terem adaptado para “De agora em diante só falo pela língua deles”. Por que eu suprimi a parte que tem “com você”? Simples: se acrescentar “minha língua” são duas palavras e teremos duas palavras a mais no áudio, o que não combinaria com o movimento labial de Yunjin Kim, por isso teria que ser preciso diminuir outras palavras na frase, o que se encaixaria na supressão de “com você”. Mas existe outra opção: manter a frase e acrescentar as palavras, acelerando as palavras. Pode haver outra terceira opção: mudar as palavras e adaptando a frase da melhor forma possível.
ADMINISTRAÇÃO 128 – UMA EMPRESA NÃO TEM QUE LIDAR BEM SOMENTE COM CLIENTES, MAS TAMBÉM COM SEUS PRÓPRIOS FUNCIONÁRIOS. Engraçado como a evolução dos assuntos de LOST vão mudando de acordo com as temporadas, e olha que só observei isso por causa desse Blog em que temos assuntos de vários tipos a respeito de cadeiras que pagamos na faculdade. A primeira temporada prevaleceu a Administração e Sociologia, até porque, os sobreviventes estão se adaptando à sobrevivência em uma ilha, o que com certeza os obrigarão a formar uma nova sociedade e a sobreviver neste lugar. Pouco vemos sobre Psicologia. Já na 2ª temporada a Sociologia se manteve e a Administração também, só que com quantidade pouco menor. Psicologia passou a aparecer mais, pois temos Benjamin Linus, que com seus jogos psicológicos, mostra o como a mente humana pode ser manipulada. Na 3ª temporada tudo muda. Psicologia prevaleceu com força, com menos aparição do Sociologia e uma grande freada na Administração. O conteúdo de Adm. foi tão pouco que até o Legenda Vs. Dublagem chegou a empatar na quantidade de comentários. Mas aqui, temos um comentário que lembra bem algo idêntico na 1ª temporada, ADMINISTRAÇÃO 21, episódio 9, quando Hugo criou um campo de golfe e as pessoas começaram a se sentir bem por causa da diversão, quando antes a prioridade era: sobrevivência e resgate. A mesma pessoa também teve ideia igual à anteriormente, quando achou uma Kombi. Ao chegar à praia para avisar o que tinha achado, Paulo (Rodrigo Santoro) foi o primeiro a rechaçar a ideia dele, dizendo: “Pra que a gente tem que ligar um carro?”. Hugo rebate: “Pra gente se divertir”. Como sempre “Hurley” é o único ali que vê as coisas pelo otimismo, mesmo sendo ele um pessimista por causa dos números. Se lembrarmos bem, na 2ª temporada, enquanto ele tenta fazer Aaron parar de chorar, está cantando a música I Feel Good, ou seja, músicas de bem com a vida, mesmo apesar das adversidades da Ilha e dos números que o assombram. Pela segunda vez ele quem tem a ideia de criar algo que traga diversão aos outros. Interessante é que no episódio seguinte terá outra ideia genial a respeito de diversão, mas que dessa vez não temos certeza se a ideia foi dele, mas que ele estará lá… estará. Inclusive será ele o pivô da diversão, mas que só comentarei em seu devido episódio. Vejam que Hugo é sempre a pessoa que vê um copo pela metade quase cheio, como já comentei também na 2ª temporada logo no começo do primeiro episódio, em ADMINISTRAÇÃO 63. Mas enfim, tudo o que falei foi só uma apresentação. Na verdade, esse longo comentário foi somente para chegar aonde queria: na Administração, que não comentei ainda, mas ficou bem subentendido. Analisem como em um grupo de pessoas, em uma sociedade, como numa empresa, por exemplo, é preciso ter momentos de lazer também para os responsáveis pela empresa, pois isso serve como espairecimento entre o grupo, como uma fuga da vida agitada e possivelmente o estresse. Uma empresa não tem de lidar somente com clientes, tem de lidar também, e até quem sabe, principalmente, seus funcionários. Eles estando bem, atenderão possivelmente bem seus clientes. Viver sobre pressão gerencial causa tensão e isso agrava a comunicação e convivência em tudo: membros da empresa, clientes, fornecedores, visitantes, observadores (aqueles que nada compram nem sequer entram, mas observam a movimentação, como os vizinhos, por exemplo – tudo faz parte de uma empresa, não somente os que têm contato com ela). Descontração é a palavra-chave. Até em filas de bancos já vi noticiários de existência de karaokê para quem está na fila, ou seja, quem espera se diverte e não vê o tempo passar nem se estressa. Voltando à cena deste comentário, quando Paulo questiona o fato da importância de se ligar um carro naquele lugar, ele nem sequer observou que não precisa exatamente ser para diversão. Eles estão uma ilha. Isso seria interessante até para locomoção e exploração pelo lugar.
SOCIOLOGIA 206 – Imagine se você fosse parar em um país que não conhecesse o idioma. A comunicação falha poderia lhe trazer situações inusitadas. Temos aqui um exemplo clássico disso. Quando Hugo foi chamar ajuda para virar a Kombi, todos fugiram, a exceção de Jin. Por quê? Simples, como ele não entendia o que Hugo falava, aceitou ajudar. O próprio Hugo fala: “Não faz ideia no que tá se metendo, não é?”, e mesmo dizendo isso não comprometeria seu pedido, pois Jin não entenderia mesmo assim. Jin acabou se metendo em algo porque não entendia o idioma inglês. Por mais que se façam gestos, a comunicação torna-se complicada quando duas pessoas não falam a mesma língua.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 125 – Como esse caso se repete bastante neste episódio, vou unir todos no mesmo comentário. Nas palavras entre aspas da esquerda se trata do áudio e da direita se refere à legenda. James chama Jin de “Samurai/Jin-bo”; “Samurai/Man – sem apelidos”; “Samurai/não apelida”. Apelida Hugo de “Bolinho/Snuffy”; “Bolinho/não apelida”; “Balofo-Bolão-Bobão/Casa Internacional das Panquecas”; “Rolha de Poço/Jimbo Tron”; “Gordo Safado/Son f a Bitch” (explicação sobre esse apelido no próximo comentário). Apelida Charlie de “Grilo Falante/Jimmy Cricket”; nem Vincent escapa: “Totó/não chama nome algum”; o mesmo vale para o esqueleto de Roger: “Zé Esqueleto/Eskeletor”, mas o mais genial foi apelidar Charlie de “Hobbit/Munchkin”. Genial porque Dominic Monaghan interpretou um dos Hobbits em O Senhor dos Anéis. Eu entendo que alguns desses apelidos foram modificados no áudio devido à cultura americana que não conhecemos, mas esse último, que na verdade foi o primeiro citado no episódio, foi o mais inteligente de todos. Pena que não foi na legenda, que é fiel à fala original, pois Hobbit não somente combinou bem como também você pode perceber a cara que Dominic/Charlie faz, pois é como se realmente tivesse apelidado de Hobbit e naquele momento, por um breve momento, a reação fosse de Dominic e não de Charlie. Mas é uma pena saber que na verdade a cara de Charlie foi pelo apelido, e não uma suposta cara do ator.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 126 – Num desses apelidos acima, Hugo responde “Seu… caipira”. James rebate: “Que gracinha!”, mas na verdade ele não debochou de Hugo, mas sim, disse: “Touche”, ou seja, aprovou o contra-ataque de “Hurley”, já que poucas pessoas responderam à altura de seus apelidos. Com certeza James gostou disso porque ninguém tinha falado sua língua, por apelidos. Ele gostou porque foi a primeira vez que alguém entrou em seu jogo.
LEGENDA VS. DUBLAGEM 127 – Se eu não assisto os episódios observando áudio e legenda jamais descobriria o detalhe a seguir: Kate vem explicando a John Locke e Sayid Jarrah que Jack se sacrificou, ficando com os “Outros” e deixando ela e James fugirem. No momento em que se encerra a cena com Hugo e Jin e entra nessa cena de Kate falando, na verdade, Sayid havia feito uma pergunta antes: “Por que ele disse: ‘Não voltem?’”. Isso você pode ver na legenda, mas no áudio não consta nenhuma pergunta do árabe.