segunda-feira, 8 de março de 2021

AS PROVAS DE QUE ELES NÃO MORRERAM

 AS PROVAS DE QUE ELES NÃO MORRERAM

 REPETINDO O TEXTO DO ÚLTIMO COMENTÁRIO DO ÚLTIMO EPISÓDIO

(retirando alguns trechos)

CURIOSIDADE 1514, MISTÉRIO 103 e LEGENDA VS. DUBLAGEM 306 – A maioria das pessoas não entendeu o fim de Lost. Para muitas, todos eles morreram. Para alguns, todos morreram na queda da Oceanic 815 e que tudo aquilo era um purgatório. Para outros eles morreram no Ajira 316. Mas não foi NADA disso e TODA A série deu respostas sobre esse mistério e estava nas entrelinhas das falas dos personagens, era só prestar bem atenção. Mas a maior resposta aparece na conversa entre Jack e Christian na Igreja. Assim que Jack vê seu pai na Igreja, pergunta “Como posso estar aqui agora?” e o outro responde “Como você está”, ou seja, se o pai morreu e está ali com ele também, logo, Jack morreu. Precisava explicar o óbvio? Não. Então por que expliquei isso? Vocês vão entender agora. ENTRETANTO, não foi bem isso o sentido da frase… aliás, nem sequer foi a tradução da fala original. Na legenda Christian responde a pergunta do filho com outra pergunta e não dando uma resposta, conforme apresenta o áudio. A legenda diz: “Coma está aqui?”, ou seja, quando Jack pergunta “como está ali, agora” e o pai responde algo que seria como se fosse no sentido de “Me responda você… como você está aqui?”, então, faria consequentemente uma indireta do tipo “Me responda, você, Jack. O que você acha que está acontecendo para você estar aqui comigo? Como você acha que viemos os dois parar aqui e agora?”. Entenderam a diferença entre responder algo e responder com uma pergunta para que a própria pessoa diga a resposta que já sabe qual é?

            Enfim, explanadas tais diferenças, vamos dar prosseguimento à resposta sobre os mistérios de Lost. Mais uma prova de que a legenda é a correta. Como Christian respondeu perguntando, Jack ainda ficou na dúvida, ao mesmo tempo, entendeu o recado ao perguntar se ele próprio também morreu. Mesmo assim continua na dúvida, por isso pergunta se ele também morreu. Mas saindo definitivamente da questão de legenda e dublagem, temos a primeira resposta sobre a dúvida se todos morreram. Após perguntar se também morreu, Jack pergunta se Christian é real. Curiosamente este responde que “espera que sim” (tomara que sim, segundo a legenda) de uma forma insegura, que é para representar o mesmo pensamento dos telespectadores. Em seguida, responde: “Eu sou real” (Eu sou de verdade, segundo a legenda), de uma forma afirmativa. Seria como se mostrasse que aquele mundo paralelo é real, mas para aquele mundo. Após isso complementa que Jack é real (você é de verdade, segundo a legenda).

            Mas de repente há uma transição nas afirmações. Christian Shephard falava do mundo paralelo e de repente passa a falar do mundo real ao dizer “Tudo o que aconteceu com você foi real”. A partir deste momento a fala do personagem é uma dica para que todos saibam que eles não morreram em queda de avião nenhuma e que tudo o que ocorreu na Ilha foi de verdade. Daí, após isso, há outro momento de transição para a dica para os dois mundos. Christian complementa que “todas aquelas pessoas na igreja são reais” (todas também são de verdade, segundo a legenda), o que indica que as pessoas desse mundo paralelo são reais, dando importância a esse suposto purgatório em que todos se reencontram para o último adeus, depois de resolverem suas “questões pendentes” na terra. Ao mesmo tempo, indicando que todas aquelas pessoas são reais no sentido de que nada do que eles passaram na Ilha teria sido irreal e que talvez eles pudessem estar mortos, pois realmente a história foi real.

            A prova definitiva nesta conversa se encontra a seguir quando Jack pergunta concluindo que “Então estão todas mortas?”, daí, seu pai responde que “Todos morrem um dia, filho. Alguns antes de você, outros depois de você (Outras muito tempo depois, segundo a legenda)”. Essa é a chave principal para acabar de vez com a hipótese de que todos morreram na queda do Oceanic 815. Se todos morrem um dia, alguns antes e outros depois, obviamente deduzimos que não morreram no acidente aéreo, pois assim faria com que todos morressem no mesmo segundo ou minuto. Mas a palavra-chave é quando ele frisa que ‘alguns antes e outros depois’, só que eu gostei mais ainda da legenda quando enfatiza o “muito tempo depois”. Essa fala faz com que esse mundo paralelo, que não devemos levar em consideração como algo importante, mas sim, conforme já comentei em outros artigos, somente como uma forma de mostrar o que aconteceria com todas essas pessoas se o avião não tivesse caído (ou melhor, se a Ilha tivesse afundado). Entretanto, ao mesmo tempo mostra que poderíamos considerar aquele mundo paralelo como uma espécie de purgatório, ou seja, todos se encontraram após terem morrido. Mas… na queda do Voo? Não exatamente. Observem a explicação no parágrafo a seguir:

            Aquela espécie de purgatório ocorre, pela lógica estando todos mortos, como se tivesse ocorrido décadas depois. Décadas? Como assim? Se Christian deixou claro que alguns morrem antes e outros MUITO depois, esse “muito depois” é referente a anos, ou seja, todos se encontraram para uma última despedida somente depois que o último personagem morresse, ou seja, Aaron que era o mais novo. Levando pela lógica do tempo por morte natural e sem doenças, o último a morrer seria Aaron, e para que todos se encontrassem, era preciso que o último sobrevivente pela contagem no tempo morresse, que seria Aaron décadas depois, por isso que o pai de Jack diz que alguns morrem antes e outros bem depois. Levando pela cronologia de mortes, temos os primeiros mortos pela queda do Oceanic 815, que se seguem pela ordem como… Gary Troup, depois foi a vez de Edward Mars, Joana, Boone, Shannon, Steve e por aí vai. O último na série a morrer foi Jack, entretanto, a história da série termina, mas seria como se ela continuasse, pois apesar de ficção, se considerássemos a história como real, teríamos 6 pessoas saindo da Ilha pelo Ajira 316 e outras ficando na Ilha. Pela ordem natural das coisas, todos morrerão, mas como temos Aaron como o mais novo, até que ele morra, pela suposição de uns prováveis 80 ou 90 anos depois, o suposto purgatório ou encontro de todos os personagens ocorrerá somente quando todos estiverem mortos, sendo assim, esta cena em que muitos entenderam que todos morreram, levando em conta essa minha explicação, realmente todos morreram, como já disse, cada um em seu tempo, e como bem disse Christian, uns antes e outros bem depois, muito depois. Quem sabe até uns 90 anos depois. Reveja isso no item mais abaixo: o 4.

            Outra coisa que devemos levar em consideração é que este reencontro final tem o mesmo significado para um encontro final de todo elenco. Toda série e novela costuma fazer um fim festivo no último capítulo ou episódio, sendo assim, esse final deve ser levado em conta também que seria como um último adeus, por isso que sublinhei “última despedida” no parágrafo anterior. É um tipo de festa final, tanto que temos um show no último episódio.

Seguindo a conversa entre pai e filho, Jack pergunta por que estão todas aquelas pessoas ‘aqui agora’. Christian responde que “não existe aqui agora”, em seguida complementa que “aquele é o lugar onde todos chegaram juntos para que pudessem se encontrar uns aos outros” (em um lugar que todos criaram juntos para que pudessem se encontrar, segundo a legenda). Portanto, voltamos ao fator de que, segundo a legenda, de certa forma não seria um purgatório, mas um lugar criado por eles inconscientemente pós morte, para assim, se reencontrarem. Bom… podemos até considerar que esse suposto purgatório nem seja mesmo um purgatório. Como assim? Explicações mais abaixo no item 1, após esse texto com a conversa de pai e filho.

Outra prova que faz cair por terra que todos estivessem mortos é a fala seguinte de Christian ao dizer que “a parte mais importante da vida do filho foi o tempo que passou com essas pessoas (o tempo que dividiu com essas pessoas, segundo a legenda) é por que todos estão ali naquela igreja”, concluindo que “ninguém faz isso sozinho e que Jack precisava dessas pessoas tanto quanto elas precisavam dele”. Essa longa fala se complementa ao que ele falou sobre que alguns morrem antes e outros depois, que em toda a série, esses dois detalhes resumem todas essas seis temporadas que retiram qualquer sombra de dúvida de que eles estivessem mortos. O fato de Christian dizer que a parte mais importante da vida de Jack foi com essas pessoas, comprova que tudo na Ilha foi verdade, como ele também frisou, que tudo aquilo é real. De toda a vida sofrida que Jack teve na adolescência, profissão e na vida conjugal, os fatos na Ilha foram os mais importantes tanto para ele como para todas as outras pessoas que tiveram uma vida difícil e que encontraram uma razão para suas vidas no momento em que caíram na Ilha. Enfim, isso comprova que foi na Ilha que todos aprenderam a evoluir como seres humanos melhores. Não foi  à toa que nesse mundo paralelo eles só se lembraram do passado ao se tocarem, e não exatamente devido o toque, mas em dado momento do passado que era o ponto crucial para a lembrança. E vejam que todos esses momentos relembrados só ocorreram entre eles por momentos na Ilha.

Já perto de encerrar a conversa entre pai e filho, Christian responde ao filho que era preciso todos se reencontrar ali para esquecerem as fases difíceis que passaram em vida, e especialmente, a morte. Como ali todos estavam mortos, era preciso esquecer o que viveram para “seguir adiante”. Na legenda o verbo é “superarem”, em vez de “esquecerem”. Eu inclusive acho que “superar” é mais bem utilizado do que “esquecer”.

Jack se recorda das palavras de Kate a respeito de que eles estavam partindo (indo embora, segundo a legenda), então, Christian corrige para “partindo não, seguindo adiante”. E mais uma vez tive preferência pela legenda, que sempre fala mais corretamente que o áudio. O pai corrige, segundo a legenda, que é “não é ir embora, mas sim, seguindo adiante”. Quando Jack pergunta para onde vão, o pai o chama para descobrirem juntos, sem dar resposta ao telespectador, mas Jack e seus amigos quem vão descobrir como.

            E assim se encerrar essa maravilhosa série. Esse último diálogo comprova que tudo aquilo aconteceu mesmo e que os produtores não fizeram o público de trouxa, caso realmente eles tivessem morrido. Aquele mundo paralelo tinha a intenção de fazer 4 coisas: 1) mostrar o que aconteceria se eles não tivessem sofrido o acidente aéreo; 2) mostrar o que aconteceu após todos terem morrido, ou seja, demoraram-se anos para que todos se reencontrassem; 3) mostrar um purgatório que não era purgatório (explicações mais abaixo, no item 1 novamente); e 4) encerrar a série da forma mais correta: todos juntos para se reunirem como em uma festa. Ah! E por falar nisso, o mundo paralelo serviu exatamente para isso, pois nos prendemos à Igreja, mas devemos nos lembrar que houve uma festa sim na casa dos Widmore, com a junção da Drive Shaft e os músicos clássicos com Daniel Faraday.

FIM DO TEXTO

             Em várias falas fica subentendido que eles não morreram em todo o decorrer da série. Tudo está nas entrelinhas, é só prestar bem atenção.

1º) Dando continuidade ao texto anterior, houve um momento nos episódios que me fizeram pensar até em outra probabilidade: que o mundo paralelo sequer era uma espécie de purgatório, mas sim, que fosse literalmente um mundo paralelo, ou seja, outro mundo que poderia existir se determinada pessoa fizesse algo. O que seria? No Episódio 11 da 6ª temporada (C1322) Charles Widmore revela a Desmond que ele tem uma missão a fazer, caso contrário, todas as pessoas que conhece vão desaparecer. Isso me fez pensar o seguinte: será que pela primeira vez temos uma resposta para esse mundo paralelo que talvez… talvez… esse mundo não fosse exatamente o limbo, mas sim, uma probabilidade de se tornar outro mundo “real”? Mas aí você diria: “e aqueles fatos que ocorrem nos últimos minutos do fim da série? Ali não deixa claro que é o limbo?”. Na verdade, aquilo não seria bem o limbo. Se Desmond tivesse falhado com todas as pessoas no mundo paralelo (mostrá-los que aquilo não era real), isso implicaria dizer que aquele mundo paralelo se tornaria real e que o que os personagens realmente viveram na Ilha deixasse de existir. Se for isso, Charles Widmore continuaria tendo outra vida melhor no mundo paralelo e não sofreria tanto como sofreu no mundo real, mas mesmo assim, ninguém quer deixar de existir, mesmo que ganhe outra vida bem melhor. Agora, vejam bem o que comentei… eu falei TODOS, pois no momento em que consegue fazer com que uma das pessoas saiba que aquele mundo não é real, já quebrou a teia da Linha do Tempo, daí, não haveria mais volta, quisesse ou não, teria de mostrar a todas as pessoas daquele mundo paralelo que aquele mundo não era o verdadeiro. Sendo assim, esse mundo poderia se tornar de possível limbo para real. Será? Será que a frase de Juliet antes de morrer ao dizer para James que “deu certo” se referia a isso? Isso então levaria a outra dedução: por mais que tudo estivesse escrito, e mesmo que o pessoal tivesse voltado no tempo para alterar o futuro, mas como estava tudo escrito… será que realmente nada poderia ser mudado e… o que aconteceu, aconteceu? Mesmo a volta ao passado estaria escrita? Será que o fato de voltar para destruir um poço para alterar o futuro, de certa forma, poderia surtir o efeito de mudar mesmo o tempo?, até porque, com a explosão do poço, surgiu um mundo paralelo, logo, ter-se-ia criado uma nova linha do tempo que passaria a existir se algo fosse feito (com Desmond – ou não feito, pois era só ele nada fazer e deixar as coisas acontecerem para o mundo paralelo se tornar e o real deixar de existir). É um caso a se pensar.

2º) No último adeus de Jack para Kate, ela implora a ele dizendo: “Diz que vou te ver de novo”. Jack responde que não, ou seja, se é uma dica para… se eles não vão se ver mais, logo, o mundo paralelo em que eles vão se ver, não é real, já que eles se veem.

3º) Todos do mundo paralelo sempre estão olhando para o espelho e aquilo representa o outro lado do espelho. Numa dessas, vemos Jack no Templo olhando seu reflexo distorcido na água, ou seja, ele no mundo real olhando para ele no mundo distorcido, não real (M95).

4º) Se for levar em conta que o mundo paralelo seja o reencontro para todos após morrerem, então, esse reencontro não se refere aos eventos da Ilha, mas sim, à cronologia normal da vida, ou seja, o reencontro só aconteceria após todos morrerem, sendo assim, o último a morrer, pela lógica do tempo, seria Aaron, e pela lógica do tempo pessoal, depois de velho, portanto, esse reencontro deveria acontecer uns oitenta, noventa ou quem sabe até cem anos após os eventos da Ilha. Era preciso o último participante da história morrer, o que não seria obrigado que fosse Aaron. Poderia ser qualquer um. Mas é que levamos em conta a idade e como sobrevivente, pois não temos somente Aaron. Temos também Ji Yeon, a filha de Jin e Sun, e também Clementine, a filha de James e Cassidy (mesmo não tendo feito parte da Ilha, mas envolvia James). Esses três praticamente com a mesma idade. Essa dedução iniciou-se na fala do episódio 8 da 6ª Temporada (C1284): “… e saber que as pessoas não morrem. Temos as boas lembranças para nos confortar até nos vermos novamente”. O mundo paralelo seguiria aquela linha muito vista nas revistas Marvel: “O que aconteceria se…”, para mostrar o outro lado da história se ela tivesse sido diferente.

5º) No mundo paralelo Charlie é salvo por Sayid. Quando estava para morrer, Charlie disse que viu a verdade, referindo-se a ter visto uma loira e que apesar de ter sido em um sonho, parecia ser real. Sabemos que ele se referia à Claire, mas vejam o que há por trás dessa fala. Ao dizer que viu a verdade, é mais uma dica que esse mundo paralelo em que ele está é que é um sonho, o real foi o que ele viu, logo, mundo paralelo é irreal e as aventuras na Ilha passam a ser a verdade.

6º) Ainda no começo da 6ª Temporada, ao ser salvo por Jack, Charlie diz que era pra ter morrido. Aquilo foi outra indireta para a história real, pois na real, Charlie não é salvo, mas sim, morre. Mais uma dica de que nada no mundo paralelo seja real.

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